A República Federativa do Brasil é o terceiro maior e o segundo mais populoso paÃs das Américas e o quinto maior em área e população do mundo. Sua área total é de 8.514.876,599 km², localiza-se na parte centro-oriental da América do Sul. Suas fronteiras ao norte são com a Venezuela, a Guiana, o Suriname e com o departamento ultramarino francês da Guiana Francesa; a leste e sudeste faz fronteira com o Oceano Atlântico. Ao sul, limita com o Uruguai; a sudoeste, com a Argentina e o Paraguai; a oeste, com a BolÃvia e o Peru, e a noroeste, com a Colômbia. Os únicos paÃses sul-americanos que não fazem fronteira com o Brasil são o Chile e o Equador.
O Brasil é dividido em 26 estados, e um Distrito Federal, e é subdividido em 5.564 municÃpios, que são autonomos e possuem sufrágio universal. Os municÃpios podem se subdividir em distritos, e se subdividirem em bairros. Bem além do território continental, o Brasil também possui alguns pequenos grupos de ilhas no Oceano Atlântico: Penedos de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha (região administrativa especial do estado de Pernambuco) e Trindade e Martim Vaz no EspÃrito Santo. Há também um complexo de pequenas ilhas e corais chamado Atol das Rocas.
Origem do nome
A origem do nome do Brasil deu lugar a várias hipóteses, até que o filólogo brasileiro Adelino José da Silva Azevedo as resumiu em uma só num livro publicado em 1967, no qual postulou que se trata de uma palavra de procedência celta, embora suas origens mais remotas possam ser rastreadas até os fenÃcios. Este povo manteve um intenso comércio de um corante vermelho que se extraÃa de um mineral cujos principais provedores eram os celtas, povo minerador que explorava jazidas da Ibéria até a Irlanda.
Os gregos sucederam aos fenÃcios no comércio deste produto, a que chamavam "kinnabar", e que passou ao latim como "cinnabar", ao português como "cinábrio" e ao espanhol como "cinabrio". Como uma das caracterÃsticas das lÃnguas celtas é a inversão de partÃculas, a "kinnabar" chamaram "barkino", que daria lugar a "barcino", adjetivo que se aplica a certos animais de pelo avermelhado e que, com variantes, passou a designar a cor vermelha em várias lÃnguas de influência celta.
Na Idade Média, os artesãos começaram a usar um colorante vermelho extraÃdo da madeira que na Toscana chamou-se "verzino", em Veneza "berziy", em Gênova "brazi", nome que logo foi usado para designar também a madeira de onde era extraÃdo, que ficou conhecida na Espanha como "palo brasil" ou "palo de Pernambuco", e em Portugal como "pau-brasil".
Na época dos descobrimentos, era comum aos exploradores guardar cuidadosamente o segredo de tudo quanto achavam ou conquistavam, a fim de explorá-lo vantajosamente, mas não tardou em se espalhar na Europa que haviam descoberto uma certa "ilha Brasil" no meio do atlântico, de onde extraiam o pau-brasil.
O gentÃlico "brasileiro" surgiu no século XVI e se referia inicialmente aos que comerciavam aquela madeira e, mais tarde, aos portugueses que chegavam à quele lugar exótico em busca de fortuna.
Antes de ficar com a designação actual "Brasil" as novas terras descobertas foram designadas de: Monte Pascoal (quando os portugueses avistaram terras pela primeira vez), Terra dos Papagaios (primeiros contactos, designação mais popular), Ilha de Vera Cruz, Terras de Santa Cruz, Nova Lusitania, Cabrália, etc.
[editar] História
âºVer artigo principal: História do Brasil.
[editar] PerÃodo pré-colonial
âºVer artigo principal: Descobrimento do Brasil.
Originalmente habitado por amerÃndios (aproximadamente de três a cinco milhões), o território que hoje pertence ao Brasil, além do restante da América do Sul, já estava dividido entre duas potências européias, Portugal e Espanha antes mesmo de seu descobrimento oficial. O Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, foi um importante acordo para a definição da futura fronteira do Brasil, que dividia o continente de norte a sul, desde o atual estado do Pará até a cidade de Laguna (Santa Catarina), sendo muito alterada posteriormente, com a expansão portuguesa para o oeste.
[editar] PerÃodo colonial
âºVer artigos principais: Colonização do Brasil e Brasil Colônia.
Ouro Preto, maior conjunto homogêneo da arquitetura barroca do mundo.A colonização não esteve jamais nos propósitos da empresa mercantil que impulsionou as navegações, montada especificamente para a troca, ela operava sempre na pressuposição da existência de produção local, nas áreas com que mantinha a troca. O problema da colonização apresenta, assim, grandes dificuldades, uma vez que a estrutura econômica portuguesa não estava preparada para enfrentá-lo. A exploração da América devia aparecer, no quadro do tempo, como uma empresa extraordinariamente difÃcil, em primeiro lugar tinha que atrair pessoas para povoar o continente americano. Os obstáculos, nesse sentido, foram tão importantes, que no século XVI, que parece ter-se refletido no controvertido problema dos degredados: tornar o Brasil destino destes parece ter sido uma das formas de vencer as naturais resistências à transplantação para uma terra que não oferecia tão poucas perspectivas. Também havia como obstáculo, penosas condições de trabalho na colônia ao lado das fraquÃssimas possibilidades de enriquecimento, mas poderia ser vencido por uma retribuição alta do trabalho, no caso de se deslocarem trabalhadores assalariados. Oficialmente, o descobridor foi Pedro Ãlvares Cabral, tendo avistado terra em 21 de abril e chegado à atual Porto Seguro (Bahia) em 22 de Abril de 1500.
A ocupação efetiva se deu a partir de 1532, com a fundação de vila de São Vicente, por Martim Afonso de Sousa, donatário de duas capitanias, mas apenas a de São Vicente prosperara, e mesmo assim, menos que a capitania da Nova Lusitânia (Pernambuco). Todas as demais capitanias não prosperaram.
Insatisfeito, Dom João III decidiu criar um governo central para corrigir os problemas sem abolir as capitanias. Foi enviado Tomé de Sousa como primeiro governador-geral, que em 29 de março de 1549 fundou a cidade de Salvador como capital do Brasil.
Ao longo do século XVI, foi-se ensaiando a escravidão, inicialmente a dos indÃgenas, e a partir das últimas décadas a do africano, pois já havia muitos escravos negros em Portugal. Datam desse século as primeiras tentativas de exploração do interior.
[editar] Invasões estrangeiras
âºVer artigos principais: Invasões francesas do Brasil, Invasões holandesas do Brasil e Escravidão no Brasil.
As ruÃnas jesuÃtas de São Miguel das Missões. Patrimônio da Humanidade desde 1983 no estado do Rio Grande do Sul.Houve ainda disputas com os franceses, que tentavam se implantar na América pela pirataria e pelo comércio do Pau-Brasil, chegando a criar uma guerra luso-francesa. Tudo isso culminou com a expulsão dos franceses trazidos por Villegaignon, que haviam construÃdo até o pequeno forte de Coligny no Rio de Janeiro), estabelecendo-se em definitivo a hegemonia portuguesa.
O século XVII vê um grande desenvolvimento da agricultura, que usa a mão-de-obra escrava de Negros africanos, com culturas de tabaco e especialmente da cana-de-açúcar na Bahia, Pernambuco, e mais tardiamente no Rio de Janeiro. As expedições chamadas de Entradas e Bandeiras dos paulistas descobriram o ouro, pedras preciosas em Minas Gerais e ervas no sertão. As colônias nordestinas foram ocupadas pelos holandeses em 1624, e entre 1630 e 1654, principalmente sob o comando de MaurÃcio de Nassau, sendo ao final expulsos na batalha de Guararapes. Nessa época foi fundado o Quilombo dos Palmares, por Zumbi, lÃder guerreiro, e que congregava milhares de negros fugidos dos engenhos de cana do nordeste brasileiro e alguns Ãndios e brancos pobres ou indesejáveis. Este sub-mundo foi finalmente destruÃdo, não sem uma resistência heróica e violenta, pelos bandeirantes portugueses comandados por Domingos Jorge Velho, tendo seu lÃder sido morto e decapitado (segundo a tradição não-oficial, Zumbi teria conseguido fugir).
No século XVIII, ainda que a produção do açúcar não tenha perdido sua importância, as atenções da Coroa se concentravam na região das Minas Gerais onde se tinha descoberto ouro. Este, entretanto, esgota-se antes do final do século.
[editar] Revoltas coloniais
Joaquim José da Silva Xavier em sua juventude, o TiradentesNo final do século XVII, a insatisfação dos colonos acarreta no surgimento dos primeiros movimentos contra a Coroa Portuguesa. Parte dessas rebeliões foram geradas por insatisfação econômica, como foi o caso da Revolta de Beckman, a Guerra dos Mascates e a Guerra dos Emboabas. Porém, dois movimentos ficaram marcados por terem a intenção de proclamar a independência: a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
A Inconfidência Mineira foi um movimento que partiu da elite de Minas Gerais. Com a decadência da mineração na segunda metade do século XVIII, tornou-se difÃcil pagar os impostos exigidos pela Coroa Portuguesa. Além do mais, o governo português pretendia promulgar a derrama, um imposto que exigia que toda a população, inclusive quem não fosse minerador, contribuÃsse com a arrecadação de 20% do valor do ouro retirado. Os colonos se revoltaram e passaram a conspirar contra Portugal.
Em Vila Rica (atual Ouro Preto), participavam do grupo, entre outros, os poetas Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Francisco Antônio de Oliveira Lopes, o padre Rolim, o cônego LuÃs Vieira da Silva, o minerador Inácio José de Alvarenga Peixoto e alferes Joaquim José da Silva Xavier, apelidado Tiradentes. A conspiração pretendia eliminar a dominação portuguesa e criar um paÃs livre. A forma de governo escolhida foi o estabelecimento de uma República, inspirados pelas idéias iluministas da França e da recente independência norte-americana. TraÃdos por Joaquim Silvério dos Reis, que delatou os inconfidentes para o governo, os lÃderes do movimento foram detidos e enviados para o Rio de Janeiro, onde responderam pelo crime de inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Em 21 de abril de 1792, Tiradentes, de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento. Sua cabeça foi cortada e levada para Vila Rica. O corpo foi esquartejado e espalhado pelos caminhos de Minas Gerais. Era o cruel exemplo que ficava para qualquer outra tentativa de questionar o poder de Portugal.
A Conjuração Baiana foi um movimento que partiu da camada humilde da sociedade da Bahia, com grande participação de negros, mulatos e alfaiates, por isso também é conhecida como Conjuração dos Alfaiates. Os revoltosos pregavam a libertação dos escravos, a instauração de um governo igualitário (onde as pessoas fossem promovidas de acordo com a capacidade e merecimento individuais), além da instalação de uma República na Bahia. Em 12 de Agosto de 1798, o movimento precipitou-se quando alguns de seus membros, distribuindo os panfletos na porta das igrejas e colando-os nas esquinas da cidade, alertaram as autoridades que, de pronto, reagiram, detendo-os. Tal como na Conjuração Mineira, interrogados, acabaram delatando os demais envolvidos. Centenas de pessoas foram denunciadas - militares, clérigos, funcionários públicos e pessoas de todas as classes sociais. Destas, 49 foram detidas, a maioria tendo procurado abjurar a sua participação, buscando demonstrar inocência. Mais de 30 foram presos e processados. Quatro participantes foram condenados à forca e os restos de seus corpos foram espalhados pela Bahia para assustar a população.
[editar] Sede do Governo Português
Os jardins do Ipiranga, onde foi proclamada a Independência do Brasil, às margens do Rio Ipiranga, em 1822. Ao fundo, pode-se ver o Museu do Ipiranga.Em Novembro de 1807, as tropas de Napoleão Bonaparte obrigam a coroa portuguesa a procurar abrigo no Brasil. Dom João VI chega ao Rio de Janeiro em 1808, abandonando Portugal após uma aliança defensiva feita com a Inglaterra (que deu proteção aos navios portugueses no caminho). No mesmo ano os portos brasileiros são abertos às nações amigas, configurando, de fato, um fim à condição de colônia, e, finalmente, em 1815, o Brasil é elevado à categoria de Reino Unido à Portugal e Algarves. Com o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves governado a partir do Rio de Janeiro, o Brasil passa a ser a única ex-colônia do mundo a se tornar metrópole, ou seja, na prática, colonizar a antiga metrópole.
Isso irritou setores da sociedade portuguesa da época, e culminou na Revolução liberal do Porto, que eclode em 1820. Os liberais exigiam o regresso de Dom João VI para Portugal e a volta do Brasil à condição de colônia. Em 1821, Dom João VI retorna para Portugal e deixa seu filho, Pedro, como regente. Embora rei, D. João perde, com a Revolução, a condição de monarca absolutista, possuindo um poder simbólico. D. Pedro é convocado pelos liberais a voltar para Portugal, o que iria deixar o Brasil novamente na condição de colônia. Ele rejeita retornar (Dia do Fico) e passa uma lei na qual qualquer decisão tomada a partir de Lisboa que afetasse todo o Reino Unido deveria ser por ele ratificada a fim de valer no Brasil. Finalmente, a 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I declara a Independência do Brasil, às margens do Rio Ipiranga.
[editar] PerÃodo imperial
âºVer artigo principal: Brasil Império.
Imperador Dom Pedro II do Brasil, 1873.Após a separação de Portugal, ou seja, fim do Brasil Colônia (1500-1822), datado oficialmente em 7 de setembro de 1822, o Brasil se torna uma monarquia constitucional, Brasil Império (1822-1889), mantendo a base de sua economia na agricultura com mão-de-obra escrava. Com o fim do tráfico negreiro em 1850, a liberação de capital permitiu uma maior diversificação da economia brasileira. Então, Dom Pedro II se dedicou a pôr um fim à escravidão, com o que fazendeiros e polÃticos de todo o paÃs discordavam. Além de desumana, a mão-de-obra escrava é pouco eficiente e gradualmente substituÃda por braços vindos com a imigração portuguesa, alemã, italiana e espanhola.
O surto de modernização continua com o fim da escravidão (1888), mas Dom Pedro II paga um alto preço por isso e um golpe de estado o tira do poder e acaba com a Monarquia, no ano seguinte. O que se vê a partir de 1889 e da derrubada de Dom Pedro II é um retrocesso na maneira com que os negros são tratados pelo governo, e a um primeiro momento se estabelece um regime, em essência, racialmente preconceituoso.
[editar] Primeira República ou República Velha
âºVer artigo principal: Primeira República Brasileira.
A República que então se instaura em 15 de novembro de 1889, foi proclamada provisoriamente, com a promessa de um plebiscito dentro de um ano para escolher entre República ou Monarquia, o que só ocorreu em 1993 devido a determinação da Constituição Federal vigente (1988). Dominada por oligarquias estaduais que se sustentavam através de eleições que necesseriamente se alternavam no cargos de maior poder os paulistas e mineiros, por isso a República Velha (1889-1930) tem como suas maiores marcas a polÃtica do café-com-leite, que começa em 1894, e as mudanças no federalismo no Brasil – o federalismo brasileiro até hoje se apresenta uma versão muito diferente do federalismo estadunidense, em que é baseado.
[editar] Era Vargas
âºVer artigo principal: Era Vargas.
Em 1930, Getúlio Vargas comanda uma Revolução que o coloca no poder, acabando com a República Velha. Em 1934, sob pressão, promulga uma Constituição democrática. Porém, em 1937 alegando uma conspiração comunista para a tomada do poder, conhecida como Plano Cohen, Vargas outorga uma nova Constituição, fechando o Congresso Nacional, restringindo liberdades individuais, instaurando uma ditadura de inspirações fascistas que durou até até 1945. Este perÃodo ditadorial da Era Vargas (1930-1945) é chamado Estado Novo.
[editar] República Populista
Congresso Nacional, em BrasÃlia.Após a derrubada da ditadura getulista e a promulgação de uma nova Constituição Federal (1946) até o Golpe Militar de 1964, o paÃs vive a fase mais democrática que já experimentara - Populismo (1946-1964) - embora abalada por fatos como o suicÃdio do presidente Getúlio Vargas em 1954. Vargas havia assumido em 1951 após ter vencido eleição direta presidente .
Em janeiro de 1956, tomou posse o novo presidente Juscelino Kubitschek, ex-governador de Minas Gerais, que inicia um perÃodo de intensa industrialização do paÃs e a construção da nova capital federal, BrasÃlia.
Em 1961 assume a presidência da república o udenista Jânio Quadros, tendo como vice-presidente o petebista João Goulart (havia eleições para presidente e para vice-presidente em duas chapas distintas).
Com a renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961 e após um perÃodo de instabilidade institucional e da campanha que ficou conhecida como "campanha da legalidade" patrocinada pelo cunhado de João Goulart, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, Jango assume a presidência (primeiro em um regime parlamentarista, depois a partir de 1963 em um regime presidencialista) e propõe um conjunto de reformas que ficaram conhecidas como as "reformas de base", que incluÃam distribuição de renda, reforma agrária e outras medidas, consideradas, pela oposição, "comunizantes" . Iniciara-se um perÃodo de instabilidade polÃtica e atritos entre os diversos interesses da direita e da esquerda.
[editar] Ditadura Militar
âºVer artigo principal: Anos de chumbo.
O golpe militar de 31 de Março de 1964 derruba Goulart, esfria as ambições pessoais e partidárias de ambos os lados e instaura um regime de exceção - ditadura militar (1964-1985) - que teve cinco presidentes que, embora civis no momento em que exerciam a magistratura, eram oficiais-generais da reserva (em ordem cronológica): Marechais Castelo Branco e Arthur da Costa e Silva, e Generais EmÃlio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo. Sob a influência ou coordenação de técnicos como Eugênio Gudin, Roberto Campos e Delfim Netto, o regime militar levou a cabo reformas econômicas, fiscais e estruturais, curiosamente adotando bandeiras semelhantes à s de João Goulart, como a Reforma Agrária (cujo projeto, de Roberto Campos, foi combatido pela UDN) e a nacionalização das empresas de infra-estrutura.
Inicialmente entusiasta do regime militar em conseqüência do progresso econômico, principalmente para à classe média, e também devido à manipulação através da censura da mÃdia e da propaganda oficial, a sociedade opôs-se posteriormente ao regime autoritário. Os exageros do sistema de policiamento polÃtico, epitomizados pela morte do jornalista Vladimir Herzog levaram o próprio presidente Geisel a adotar posição enérgica contra a "linha dura".
Nas eleições de 1976 a oposição teve expressiva votação, o que levou a uma " lenta, segura e gradual" abertura polÃtica no Brasil|abertura, com a volta de vários exilados polÃticos, o fim da censura prévia à imprensa, a anistia (dita "ampla, geral e irrestrita") e o movimento, na prática inútil, porém de grande significado simbólico, as Diretas-Já, que reuniu milhões de pessoas em comÃcios no ano de 1984. ComÃcios que foram levados ao ar, ao vivo, pelas emissoras de TV do paÃs. Curiosamente, a maior emissora de TV do Brasil, a Rede Globo de Televisão, foi a única a ignorar completamente o movimento, sem fazer qualquer referência aos comÃcios em seus noticiários. Somente vindo a fazê-lo após o então presidente do Brasil, General João Figueiredo tratar publicamente do assunto.
[editar] Nova República
âºVer artigo principal: Nova República.
A Câmara dos Deputados.Em 1985, concorrendo com o candidato situacionista Paulo Maluf, o oposicionista Tancredo Neves ganhou uma eleição indireta no Colégio Eleitoral. à o fim da ditadura militar. O perÃodo pós-ditadura militar é conhecido como Nova República. Tancredo não chega a tomar posse, vindo a falecer vÃtima de infecção hospitalar contraÃda na ocasião de uma cirurgia. Seu vice-presidente, José Sarney assume a presidência da república. Sob seu governo promulga-se a Constituição de 1988, que institui um Estado Democrático de Direito e uma República presidencialista, confirmada em plebiscito em 21 de Abril de 1993.
Em 1989, o ex-governador do Estado de Alagoas Fernando Collor, praticamente desconhecido no resto do paÃs, por força de uma campanha agressiva baseada na promessa de combate à corrupção (combate aos marajás), da construção de uma imagem de lÃder jovem e dinâmico, que vendia uma imagem de polÃtico de direita progressista (seu partido era o inexpressivo Partido da Juventude) e com apoio dos setores que temiam a vitória do candidato do PT, Luiz Inácio da Silva, é eleito presidente, nas primeiras eleições diretas para o cargo desde 1960. Entretanto, após dois anos, o próprio irmão do presidente, Pedro Collor de Mello, faz denúncias públicas de corrupção através de um sistema de favorecimento montado pelo tesoureiro da campanha eleitoral, PC Farias. Sem qualquer resistência do Executivo, o Congresso Nacional instaura uma CPI cujas conclusões levam ao pedido de afastamento do presidente (impeachment). Durante o processo, a Rede Globo de Televisão produz e transmite Anos rebeldes, de Gilberto Braga, uma série dramática ambientada nas manifestações de 1968, a qual serve de inspiração para o movimento dos cara-pintadas, manifestações de estudantes e intelectuais que, do alto de carros-de-som, clamavam por justiça e por um Brasil melhor. Fernando Collor de Mello renunciou antes de ter seu impedimento aprovado pelo Congresso, mas mesmo assim teve seus direitos polÃticos suspensos por dez anos, embora a lei em vigor na época previsse a suspensão do processo no caso de renúncia antes de sua conclusão. Collor mudou-se em seguida para Miami. A Justiça o absolveu de todos os processos movidos contra ele por sua gestão. PC Farias evadiu-se do paÃs durante alguns anos e, após enviuvar, retornou a Alagoas mas, em 1996, foi encontrado em seu quarto de dormir, morto por ferimento de arma de fogo.
Plenário do Senado Federal.Collor de Mello foi sucedido na presidência pelo vice-presidente Itamar Franco em cuja administração é adotado o Plano Real, um plano econômico inédito no mundo executado pela equipe do então ministro da fazenda, Fernando Henrique Cardoso (FHC). Percebendo que a hiperinflação brasileira era um fenômeno emocional de separação da unidade monetária de troca da unidade monetária de contas, o plano concentrou todos os Ãndices de reajuste de preços existentes em um único Ãndice, a Unidade Real de Valor, ou URV, a qual posteriormente foi transformada em moeda corrente, o real, acabando assim com o maior problema econômico do Brasil: a inflação.
Com o sucesso do Plano Real, Cardoso, centro-esquerda, concorre e é eleito presidente em 1994, conseguindo a reeleição em 1998. No primeiro mandato de FHC é aprovada à emenda constitucional que permite à reeleição em cargos eletivos do Legislativo e Executivo. Fernando Henrique Cardoso também foi o responsável por privatizar grandes empresas estatais como a Telebrás e a Companhia Vale do Rio Doce.
Após os oito anos do governo considerado neoliberal pela porção maior da mÃdia e dos intelectuais de esquerda brasileiros, em 2002 elege-se presidente da República o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, do tradicionalmente esquerdista Partido dos Trabalhadores (PT). A ortodoxia econômica de Fernando Henrique continua sendo executado por este governo. Em 2006, Luiz Inácio Lula da Silva é reeleito presidente da República.
[editar] PolÃtica
âºVer artigo principal: PolÃtica do Brasil.
Luiz Inácio Lula da Silva, o atual presidente da república.De acordo com a Constituição de 1988, o Brasil é uma República Federativa Presidencialista, de inspiração estadunidense quanto à forma do Estado. No entanto, o sistema legal brasileiro segue a tradição romano-germânica. Também o federalismo no Brasil não é igual ao federalismo estadunidense. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente, que acumula as funções de chefe de Estado e chefe de Governo, eleito quadrienalmente. Concomitantemente às eleições presidenciais, vota-se para o Congresso Nacional, sede do Poder Legislativo, dividido em duas casas parlamentares: a Câmara dos Deputados, que têm mandato de quatro anos, e o Senado Federal, cujos membros possuem mandatos de oito anos e elegem-se em um terço e dois terços alternadamente a cada quatro anos.
Embora o peso de cada voto individual seja o mesmo no sufrágio para o poder Executivo, o mesmo não ocorre com o poder Legislativo. Por um lado, há três Senadores representando cada Unidade da Federação (atualmente 27). Por outro, a se considerar o modelo federativo clássico, a representação do povo pelos deputados deveria ser consoante à população de cada UF; seu número é, entretanto, limitado a no mÃnimo 8 e no máximo 70. De qualquer forma, adota-se o sistema majoritário para a eleição dos senadores e o proporcional para os deputados.
Finalmente, há o Poder Judiciário, cuja instância máxima é o Supremo Tribunal Federal, responsável por interpretar a Constituição Federal e composto de onze Ministros indicados pelo Presidente sob referendo do Senado, dentre indivÃduos de renomado saber jurÃdico. A composição dos ministros do Supremo Tribunal Federal não é completamente renovada a cada mandato presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um deles se aposenta ou vem a falecer.
[editar] Subdivisões
âºVer artigos principais: Regiões do Brasil, unidades federativas do Brasil e municÃpios do Brasil.
As 27 unidades da federação são agrupadas, para fins estatÃsticos e, em alguns casos, de orientação da atuação federal, em cinco grandes regiões: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Cada estado, bem como o Distrito Federal, tem seus próprios órgãos executivos (na figura do governador), legislativos (Assembléia Legislativa unicameral) e judiciários (tribunais estaduais).
Apenas aos estados cabe subdividir-se em municÃpios, que variam em número, entre quinze (Roraima) e 853 (Minas Gerais). As menores unidades autônomas da Federação dispõem apenas do poder Executivo, exercido pelo prefeito, e Legislativo, sediado na câmara municipal. Esta última é uma entidade com uma história secular na PenÃnsula Ibérica e áreas por ela colonizadas.
[editar] Estados
O Brasil é dividido administrativa e politicamente em 27 unidades federativas, sendo 26 estados e o distrito federal.
As unidades federativas do Brasil. Estado Sigla Capital Região
1 Acre AC Rio Branco Norte
2 Alagoas AL Maceió Nordeste
3 Amapá AP Macapá Norte
4 Amazonas AM Manaus Norte
5 Bahia BA Salvador Nordeste
6 Ceará CE Fortaleza Nordeste
7 EspÃrito Santo ES Vitória Sudeste
8 Goiás GO Goiânia Centro-Oeste
9 Maranhão MA São LuÃs Nordeste
10 Mato Grosso MT Cuiabá Centro-Oeste
11 Mato Grosso do Sul MS Campo Grande Centro-Oeste
12 Minas Gerais MG Belo Horizonte Sudeste
13 Pará PA Belém Norte
14 ParaÃba PB João Pessoa Nordeste
15 Paraná PR Curitiba Sul
16 Pernambuco PE Recife Nordeste
17 Piauà PI Teresina Nordeste
18 Rio de Janeiro RJ Rio de Janeiro Sudeste
19 Rio Grande do Norte RN Natal Nordeste
20 Rio Grande do Sul RS Porto Alegre Sul
21 Rondônia RO Porto Velho Norte
22 Roraima RR Boa Vista Norte
23 Santa Catarina SC Florianópolis Sul
24 São Paulo SP São Paulo Sudeste
25 Sergipe SE Aracaju Nordeste
26 Tocantins TO Palmas Norte
27 Distrito Federal DF BrasÃlia Centro-Oeste
[editar] Regiões
1 • Região Centro-Oeste
2 • Região Nordeste
3 • Região Norte
4 • Região Sudeste
5 • Região SulAs regiões do Brasil são cinco grupos de unidades (estados ou distritos) da federação, reunidos de acordo com a proximidade territorial e caracterÃsticas geográficas, como paisagens e tipo de solos, semelhantes. A finalidade da divisão do paÃs em regiões é estatÃstica e econômica. Não há, portanto, qualquer tipo de autonomia polÃtica das regiões.
Essa divisão tem caráter legal e foi proposta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE) em 1969. O IBGE levou em consideração apenas aspectos naturais na divisão do paÃs, como clima, relevo, vegetação e hidrografia; por essa razão, as regiões também são conhecidas como "regiões naturais do Brasil". Há uma pequena exceção com relação à região Sudeste, que foi criada levando-se parcialmente em conta aspectos humanos (desenvolvimento industrial e urbano).
[editar] Cidades mais populosas
Cidade Estado População
São Paulo SP 11.016.703
Rio de Janeiro RJ 6.136.652
Salvador BA 2.711.372
Fortaleza CE 2.416.920
Belo Horizonte MG 2.400.920
BrasÃlia DF 2.383.784
Curitiba PR 1.788.559
Manaus AM 1.688.524
Recife PE 1.515.052
Porto Alegre RS 1.440.939
Belém PA 1.428.368
Guarulhos SP 1.283.253
Goiânia GO 1.220.412
Campinas SP 1.059.420
As cidades com mais de 1 milhão de habitantes segundo o IBGE em julho de 2006.
[editar] Regiões Metropolitanas
âºVer artigo principal: Lista de regiões metropolitanas do Brasil.
Região Metropolitana de São Paulo.
Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Região Metropolitana de Belo Horizonte.Região Metropolitana Estado População
Região Metropolitana de São Paulo SP 20.500.000
Região Metropolitana do Rio de Janeiro RJ 11.351.937
Região Metropolitana de Belo Horizonte MG 4.975.126
Região Metropolitana de Porto Alegre RS 4.184.042
Região Metropolitana do Recife PE 3.589.181
Região Metropolitana de Fortaleza CE 3.415.455
Região Metropolitana de Salvador BA 3.350.523
Região Metropolitana de Curitiba PR 3.251.168
Região Metropolitana de Campinas SP 2.634.000
Região Metropolitana de Belém PA 2.086.906
Região Metropolitana de Goiânia GO 2.013.073
Região Metropolitana da Baixada Santista SP 1.476.820
Região Metropolitana da Grande Vitória ES 1.437.711
Região Metropolitana da Grande São LuÃs MA 1.300.000
Região Metropolitana de Natal RN 1.240.734
Região Metropolitana de Maceió AL 1.116.075
Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense SC 1.024.212
Região Metropolitana de João Pessoa PB 998.890
Região Metropolitana de Florianópolis SC 821.423
Região Metropolitana de Londrina PR 739.195
Região Metropolitana de Aracaju SE 708.000
Região Metropolitana de Caxias do Sul RS 682.025
Região Metropolitana de Pelotas-Rio Grande RS 635.495
Região Metropolitana de Maringá PR 576.581
Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaà SC 465.225
Região Metropolitana de Macapá AP 458.008
Região Metropolitana do Vale do Aço MG 450.000
Região Metropolitana do Vale do Itajaà SC 449.726
Região Metropolitana CarbonÃfera SC 354.066
Região Metropolitana de Tubarão SC 128.545
As regiões metropolitanas do Brasil segundo o IBGE em julho de 2006 e de 2005.
[editar] Geografia
âºVer artigos principais: Geografia do Brasil e Relevo brasileiro.
A beleza do litoral Nordestino se reflete nas praias de Recife.A geografia é diversificada, com paisagens semi-áridas, montanhosas, de planÃcie tropical, subtropical, com climas variando do seco sertão nordestino ao chuvoso clima tropical equatorial, ao frio da Região Sul, com clima temperado e geadas freqüentes.
Seu povo é o resultado da miscigenação de diferentes raças e culturas, com influências tanto dos amerÃndios, moradores originais do continente, como dos europeus, e dos africanos que foram trazidos como escravos. Além destes, participam também os povos asiáticos, mas de influência mais limitada. A imigração foi incentivada pelo governo no final do século XIX, após a abolição da escravatura, para compor a mão-de-obra que iria trabalhar nas lavouras de café e nas nascentes indústrias. Houve forte fluxo de imigrantes para a região Sudeste (portugueses, italianos, espanhóis) e para a região Sul (alemães, poloneses, eslavos). Outros surtos imigratórios, causados por fatores externos, trouxeram judeus, japoneses e sul-americanos em geral.
Esta miscigenação é responsável, em parte, pelo fato do Brasil ser reconhecido como um dos paÃses mais abertos e tolerantes à s diferenças culturais. Pessoas das mais diferentes origens, raças e credos convivem lado a lado, sem tensões sociais, contribuindo para uma cultura rica e diversificada.
[editar] Clima
Fernando de Noronha, um paraÃso de clima tropical.
Neve no Planalto Serrano de Santa Catarina.Em conseqüência de fatores variados, a diversidade climática do território brasileiro é muito grande. Dentre eles, destaca-se a fisionomia geográfica, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Este último fator é de suma importância porque atua diretamente tanto na temperatura quanto na pluviosidade, provocando as diferenciações climáticas regionais. As massas de ar que interferem mais diretamente são a equatorial (continental e atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a polar atlântica.
O Brasil apresenta o clima super-úmido com caracterÃsticas diversas, tais como o super-úmido quente (equatorial), em trechos da região Norte; super-úmido mesotérmico (subtropical), na Região Sul do Brasil e sul de São Paulo, e super-úmido quente (tropical), numa estreita faixa litorânea de São Paulo ao Rio de Janeiro, Vitória, sul da Bahia até Salvador, sul de Sergipe e norte de Alagoas.
O clima úmido, também com várias caracterÃsticas: clima úmido quente (equatorial), no Acre, Rondônia, Roraima, norte de Mato Grosso, leste do Amazonas, Pará, Amapá e pequeno trecho a oeste do Maranhão; clima úmido subquente (tropical), em São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul, e o clima úmido quente (tropical), no Mato Grosso do Sul, sul de Goiás, sudoeste e uma estreita faixa do oeste de Minas Gerais, e uma faixa de Sergipe e do litoral de Alagoas à ParaÃba.
O clima semi-úmido quente (tropical), corresponde à área sul do Mato Grosso do Sul, Goiás, sul do Maranhão, sudoeste do PiauÃ, Minas Gerais, uma faixa bem estreita a leste da Bahia, a oeste do Rio Grande do Norte e um trecho da Bahia meridional.
O clima semi-árido, com diversificação quanto à umidade, correspondendo a uma ampla área do clima tropical quente. Assim, tem-se o clima semi-árido brando, no nordeste do Maranhão, Piauà e parte sul da Bahia; o semi-árido mediano, no Ceará, Rio Grande do Norte, ParaÃba, Pernambuco e interior da Bahia; o semi-árido forte, ao norte da Bahia e interior da ParaÃba, e o semi-árido muito forte, em pequenas porções do interior da ParaÃba, de Pernambuco e norte da Bahia.
[editar] Geologia
âºVer artigo principal: Geomorfologia do Brasil.
Chapada Diamantina, Bahia.O Brasil possui terrenos geológicos muito antigos e bastante diversificados, dada sua extensa área territorial. Não existem, entretanto, cadeias orogênicas modernas, datadas do Mesozóico, como os Andes, os Alpes e o Himalaia. Eis a razão pela qual a modéstia de altitudes é uma das caracterÃsticas principais da geomorfologia brasileira. Raros são os pontos em que o relevo ultrapassa dois mil metros de altitude, sendo que as maiores altitudes isoladas encontram-se na fronteira norte do paÃs, enquanto as maiores médias regionais estão na Região Sudeste, notadamente nas fronteiras de Minas Gerais e Rio de Janeiro. As rochas mais antigas integram áreas de escudo cristalino, representadas pelos crátons: Amazônico, Guianas, São Francisco, LuÃs Alves/Rio de La Plata, acompanhado por extensas faixas móveis proterozóicas. Da existência destes crátons advém outra caracterÃstica geológica muito importante do território: sua estabilidade geológica.
São incomuns no Brasil os grandes abalos sÃsmicos ou terremotos. Também não existe atividade vulcânica expressiva. As partes mais acidentadas do relevo são resultantes de dobramentos ou arqueamentos antigos da crosta, datados do proterozóico (faixas móveis). As áreas de coberturas sedimentares estão representadas por três grandes bacias sedimentares: Bacia Amazônica, Bacia do Paraná e Bacia do ParnaÃba, todas apresentando rochas de idade paleozóica.
[editar] Meio Ambiente e Patrimônio Histórico
Vista aérea das Cataratas do Iguaçu.
A Floresta Amazônica.O Brasil é o paÃs de maior biodiversidade do planeta. Foi o primeiro signatário da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), e é considerado megabiodiverso – o paÃs é responsável por aproximadamente 14% da biota mundial – pela Conservation International (CI).
A biodiversidade pode ser qualificada pela diversidade em ecossistemas, em espécies biológicas, em endemismos e em patrimônio genético.
Devido a sua dimensão continental e à grande variação geomorfológica e climática, o Brasil abriga seis biomas, 49 ecorregiões, já classificadas, e incalculáveis ecossistemas. Os biomas são: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Pampas e Caatinga.
A biota terrestre possui a flora mais rica do mundo, com até 56.000 espécies de plantas superiores já descritas; mais de 3.000 espécies de peixes de água doce; 517 espécies de anfÃbios; 1.677 espécies de aves; e 530 espécies de mamÃferos; pode ter até 10 milhões de insetos.
à preciso lembrar que abriga, também, a maior rede hidrográfica existente.
O Patrimônio histórico do Brasil é um dos mais velhos existentes na América, concentrados sobretudo no estado de Minas Gerais (Ouro Preto, Diamantina, São João del-Rei, Sabará, Congonhas, etc) e em outras zonas especÃficas, como nos centros históricos de Recife, São Luis, Salvador, Olinda, Santos, etc.
Também há diversidade em sÃtios arqueológicos, como o encontrado no Sul do Estado do PiauÃ: Serra da Capivara. Os problemas enfrentados pela maioria dos sÃtios arqueológicos brasileiros não afetam os mais de 600 sÃtios que estão no Parque Nacional da Serra da Capivara, no PiauÃ. Localizado em uma área de 130 mil hectares o Parque Nacional da Serra da Capivara é um exemplo de conservação do patrimônio histórico e artÃstico nacional. Em 1991, foi consagrado patrimônio mundial pela Unesco.
A Serra da Capivara é uma das áreas mais protegidas do Brasil, pois está sob a guarda do Iphan, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fundahm e do Ibama local, que tem poder de polÃcia. Nesta mesma área se localiza o Museu do Homem Americano, onde se encontra o mais velho fóssil humano encontrado na América e o segundo mais velho do mundo.
[editar] Economia
âºVer artigo principal: Economia do Brasil.
Avenida Paulista, em São Paulo, um dos mais importantes centros financeiros do Brasil.
O Rio de Janeiro é o maior centro turÃstico do paÃs.
As belas praias brasileiras, como de Maceió, atraem turistas do mundo inteiroO Brasil é a 9° maior economia mundial, de acordo com os critérios de Produto Interno Bruto diretamente convertido a dólares estadunidenses, e está entre as 10 maiores economias mundiais em critérios de paridade do poder de compra, sendo a maior da América Latina, e está na 63° posição no ranking do IDH.
O primeiro produto que moveu a economia do Brasil foi o açúcar, na capitania hereditária de Pernambuco, durante o perÃodo de colônia, seguindo pelo ouro na região de Minas Gerais. Já independente, um novo ciclo econômico surgiu, agora com o café. Esse momento foi fundamental para o desenvolvimento do estado de São Paulo, que acabou por tornar-se o mais rico do paÃs.
Apesar de ter, ao longo da década de 90, um salto qualitativo na produção de bens agrÃcolas, alcançando a liderança mundial em diversos insumos, com reformas comandadas pelo governo federal, a pauta de exportação brasileira foi diversificada, com uma enorme inclusão de bens de alto valor agregado como jóias, aviões, automóveis e peças de vestuário.
Atualmente o paÃs está entre os 20 maiores exportadores do mundo, com US$ 118 bilhões (em 2005) vendidos entre produtos e serviços a outros paÃses. Mas com um crescimento vegetativo de dois dÃgitos ao ano desde o governo Fernando Henrique, em poucos anos a expectativa é que o Brasil esteja entre as principais plataformas de exportação do mundo.
Em 2004 o Brasil começou a crescer, acompanhando a economia mundial. O governo diz que isto se deve a polÃtica adotada pelo presidente Lula, no entanto, grande parte da imprensa reclama das altas taxas de juros adotadas pelo governo. No final de 2004 o PIB cresceu 4,9%, a indústria cresceu na faixa de 8% e as exportações superaram todas as expectativas.
O Brasil é visto pelo mundo como um paÃs com muito potencial assim como a Rússia, Ãndia e China, as economias BRICs. A polÃtica externa adotada pelo Brasil prioriza a aliança entre paÃses sub-desenvolvidos para negociar com os paÃses ricos. O Brasil, assim como a Argentina e a Venezuela vêm mantendo o projeto da ALCA em discussão, apesar das pressões dos EUA. Existem também iniciativas de integração na América do Sul, cooperação na economia e nas áreas sociais.
[editar] Turismo
O Brasil atraiu, em 2005, cerca de 5 milhões de turistas estrangeiros.[1] Da Argentina vieram 991 mil, dos Estados Unidos 792 mil e de Portugal 373 mil turistas. Os visitantes deixaram US$ 4 bilhões no paÃs, tornando o turismo uma importante atividade econômica para o Brasil, gerando 678 mil novos empregos diretos.
Os estados mais visitados pelos turistas foram Rio de Janeiro (34,7%), Santa Catarina (25,1%), Paraná (20,3%), São Paulo (16%) e Bahia (15,5%). As cidades mais visitadas foram Rio de Janeiro (31,5%), Foz do Iguaçu (17%), São Paulo (13,6%), Florianópolis (12,1%) e Salvador (11,5%).[2]
[editar] Demografia
âºVer artigo principal: Demografia do Brasil.
Os alemães formam grande parte da população do Sul do BrasilA população atual do Brasil é muito diversa, tendo participado de sua formação diversos povos e etnias. De forma geral, os brasileiros são descendentes de quatro ondas migratórias:
Os diversos povos indÃgenes, autóctones do Brasil, descendentes de grupos humanos que migraram da Sibéria, atravessando o Estreito de Bering, aproximadamente 9.000 a.C.
Os colonos portugueses, que chegaram para explorar a colônia desde a sua descoberta, em 1500, até a sua independência, em 1822.
Os africanos trazidos na forma de escravos para servirem de mão-de-obra, em um perÃodo de tempo que durou de 1530 à 1850.
Os diversos grupos de imigrantes da Europa, Ãsia e Oriente Médio que chegaram ao Brasil entre o final do século 19 e inÃcio do século 20.
Acredita-se que o Continente Americano foi povoado por três ondas migratórias vindas do Norte da Ãsia. Os indÃgenas brasileiros são, provavelmente, descendentes da primeira leva de migrantes, que chegou à região por volta de 9.000 a.C. Os principais grupos indÃgenas, de acordo com sua origem lingüÃstica, eram os tupi-guarani, jê ou tapuia, aruaque ou maipuré e caraÃba ou caribes.
A imigração européia no Brasil iniciou-se no século XVI, sendo dominada pelos portugueses. Neerlandeses (ver Invasões holandesas do Brasil) e franceses (ver França Antártica) também tentaram colonizar o Brasil no século XVII, mas sua presença durou apenas algumas décadas. Nos primeiros dois séculos de colonização vieram para o Brasil cerca de 100 mil portugueses, uma média anual de 500 imigrantes. No século seguinte vieram 600 mil, em uma média anual de 10 mil colonos. A primeira região a ser colonizada pelos portugueses foi o Nordeste. Pouco mais tarde, os colonos passaram a colonizar o litoral do Sudeste. O interior do Brasil só foi colonizado no século 18. Os portugueses foram o único grupo étnico a se espalhar por todo o Brasil, principalmente graças à ação dos bandeirantes ao desbravarem o interior do PaÃs no século 18.
Dois indÃgenas brasileirosA população indÃgena original do Brasil (entre 3-5 milhões) foi em grande parte exterminada ou assimilada pela população portuguesa. Os mamelucos (ou caboclos, mestiços de branco com Ãndio) se multiplicavam à s centenas por toda a colônia, chegando a formar a maioria da população em diversas regiões.
Um outro elemento formador do povo brasileiro chegou na forma de escravo. Os africanos começaram a ser trazidos para a colônia na década de 1530, para suprir a falta de mão-de-obra. Inicialmente, chegaram escravos de Guiné. A partir do século 18, a maior parte dos cativos era trazida de Angola e, em menor medida, de Moçambique. Na Bahia, os escravos eram majoritariamente oriundos do Golfo de Benin (atual Nigéria). Até o fim do tráfico negreiro, em 1850, de três à cinco milhões de africanos foram trazidos ao Brasil[3]-37% de todo o tráfico negreiro efetuado entre a Ãfrica e as Américas.
O grande fluxo imigratório em direção ao Brasil foi efetuado no século 19 e inÃcio do século 20. Para se ter uma idéia do impacto imigratório nesse perÃodo, entre 1870 e 1930, entraram no Brasil um número superior a cinco milhões de imigrantes. Esses imigrantes foram divididos em dois grupos: uma parte foi enviada para o Sul do Brasil, onde se tornaram colonos trabalhando na agricultura. Todavia, a maior parte foi enviada para as fazendas de café do Sudeste. Os colonos mandados para o Sul do paÃs foram, majoritariamente, alemães (a partir de 1824, sobretudo da Renânia-Palatinado, Pomerânia, Hamburgo, Vestfália, etc) e italianos (a partir de 1875, sobretudo do Vêneto e da Lombardia). Ali foram estabelecidas diversas colônias de imigrantes que, ainda hoje, preservam os costumes do paÃs de origem. Para o Sudeste do paÃs chegaram, majoritariamente, italianos (sobretudo do Vêneto, Campânia, Calábria e Lombardia), portugueses (notadamente oriundos da Beira Alta, do Minho e Alto Trás-Os-Montes), espanhóis (sobretudo da Galiza e Andaluzia), japoneses (sobretudo de Honshu e Okinawa) e árabes (do LÃbano e da SÃria).
Imigrantes italianos no Rio Grande do SulDe acordo com o Memorial do Imigrante, entre 1870 e 1953, entraram no Brasil cerca de 5,5 milhões de imigrantes, sendo os italianos (1.550.000), portugueses (1.470.000), espanhóis (650.000), alemães (210.000), japoneses (190.000), poloneses (120.000) e 650.000 de diversas outras nacionalidades.
Essa diversidade de imigrantes proporcionou um aspecto diverso entre as regiões do Brasil: a população do Centro-Sul tem forte ascendência européia, enquanto o Nordeste tem uma grande população afro-brasileira e o Norte tem uma forte raÃz indÃgena. Ao contrário de outras sociedades multirraciais, como os Estados Unidos e Ãfrica do Sul, no Brasil não se assistiu à grandes conflitos étnicos. A miscigenação de diferentes raças sempre fez parte da cultura do paÃs e é uma caracterÃstica marcante da sociedade brasileira.
[editar] Raças e etnias
Membros do Olodum em SalvadorDe acordo com o censo de 2000 realizado pelo IBGE, o povo brasileiro se auto-classificou como: brancos (53,7%), pardos (38,5%), negros (6,2%), amarelos (0,5%), indÃgenas (0,4%) e não-especificados (0,7%). A classificação racial no Brasil é baseada sobretudo na cor da pele e na aparência fÃsica, e não na ancestralidade. Um recente estudo genético realizado pelo UFMG[4], revela que a maioria dos brasileiros possuem uma combinação de ancestralidade IndÃgena (principalmente Tupi e Guarani, entre outros), Européia (principalmente portugueses, italianos, espanhóis e alemães) e Africana (principalmente Bantu e Iorubá), com uma minoria de ascendência Asiática (principalmente japoneses) e Ãrabe (libaneses e sirios).
De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, racismo é um crime inafiançável e deve ser punido com prisão.
Ver também
Povos AmerÃndios
Imigração no Brasil
Imigração italiana no Brasil
Imigração portuguesa no Brasil
Imigração alemã no Brasil
Imigração japonesa no Brasil
Imigração espanhola no Brasil
Escravidão africana no Brasil
Invasões holandesas do Brasil
França Antártica
[editar] Cultura
âºVer artigo principal: Cultura do Brasil.
Carnaval no Brasil.A cultura brasileira reflete os vários povos que constituem a demografia do paÃs: indÃgenas, europeus, africanos, asiáticos, árabes etc. Como resultado da intensa miscigenação de povos, surgiu uma realidade cultural peculiar, que sintetiza as várias culturas que formaram o paÃs. Embora seja um paÃs lusófono e tenha herdado a cultura dos colonizadores portugueses, a realidade nas várias regiões do Brasil reflete a imensa diversidade étnica-cultural do paÃs. No nordeste, nomeadamente na Bahia e no Maranhão, são comuns as festas, os ritos e os ritmos da tradição africana; no norte do PaÃs, o folclore e a culinária indÃgenas; no sul, as tradições européias, das quais merecem destaque a alemã e a italiana, havendo, mesmo, algumas delas que, tendo já desaparecido em seus paÃses de origem, só subsistem no Brasil.
[editar] Idioma
O português é a lÃngua oficial e falada por toda a população. O Brasil é o único paÃs de lÃngua portuguesa das Américas, dando-lhe uma distinta identidade cultural em relação aos outros paÃses do continente.
O português é o único idioma falado e escrito oficial do Brasil, podendo existir, entre regiões e estados do paÃs, pequenas variações na linguagem coloquial. à a lÃngua usada nas instituições de ensino, nos meios de comunicação e nos negócios.
O idioma falado no Brasil é em parte diferente daquele falado em Portugal e nos outros paÃses lusófonos. O Português do Brasil e o Português europeu não evoluÃram de forma uniforme, havendo algumas diferenças na fonética e na ortografia, embora as diferenças entre as duas variantes não comprometam o entendimento mútuo.
[editar] Idiomas minoritários
Nas Serras Gaúchas é possÃvel escutar brasileiros falando em alemão ou italiano.Apesar do português ser a lÃngua materna de 98% dos brasileiros, diversos outros idiomas minoritários são falados no dia-a-dia no vasto território brasileiro. Parte desses idiomas são lÃnguas indÃgenas, faladas sobretudo na Região Norte do Brasil. As lÃnguas mais faladas são do tronco Tupi-guarani. Ao todo, são faladas cerca de 180 lÃnguas indÃgenas no Brasil, porém, muitos desses idiomas estão em sério risco de extinção.
Outras lÃnguas faladas no Brasil são entre as poucas comunidades de descendentes de imigrantes que conseguiram preservar seus idiomas, principalmente no Sul do PaÃs. A maior parte dessas comunidades são falantes de dialetos alemães, predominando o Riograndenser Hunsrückisch, embora outros falares germânicos, como o pomerano, ainda sobrevivam em comunidades mais restritas.
O italiano e, principalmente, a lÃngua vêneta (no caso a variante talian) ainda possui falantes concentrados nas serras gaúchas e municÃpios do interior de São Paulo. O japonês tem falantes sobretudo nas colônias de São Paulo, principalmente na Liberdade.
No censo de 2000, aproximadamente dois milhões de brasileiros declararam ter como lÃngua materna uma lÃngua que não é a portuguesa. O alemão foi declarado como lÃngua materna por 1,5 milhão de brasileiros; o italiano por 500 mil, o japonês por 400 mil e o coreano por 37 mil. Essas minorias lingüÃsticas são em sua maior parte bilÃngües, ou seja, falam português juntamente com a lÃngua de origem imigrante. Todavia, devido à rápida assimilação, o número de descendentes de imigrantes que ainda falam a lÃngua dos antepassados está em declÃnio, principalmente entre as gerações mais novas, que normalmente aprendem primariamente a lÃngua portuguesa.
[editar] Religião
âºVer artigo principal: Religião do Brasil.
Estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro.Quase 3 em cada 4 brasileiros, ou 74% da população, são católicos. Isso faz do Brasil a maior nação católica do mundo.
O número de protestantes tem crescido rapidamente, apresentando 15,4%, ou quase 1 em cada 6.
Cerca de 7% da população não professa nenhuma religião.
Seguidores do espiritismo compreendem 1,3%.
Seguidores de religiões de origem africana (como candomblé e umbanda) representam em torno de 0,3% da população.
A comunidade judaica brasileira tem 160 mil membros, e as religiões asiáticas (xintoÃsmo, budismo, Seicho-No-Ie etc) são seguidas por 300 mil pessoas. O Islamismo é seguido por 30 mil pessoas.
[editar] Culinária
âºVer artigo principal: Culinária do Brasil.
A culinária brasileira é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, indÃgenas e africanos. A refeição básica do brasileiro se consiste em arroz, feijão e carne. O prato tÃpico do paÃs é a feijoada. Os hábitos alimentares variam de região para região. No Nordeste há grande influência africana na culinária, com destaque para o acarajé, vatapá e molho de pimenta. No Norte há a influência indÃgena, no uso da mandioca e de peixes. No Sudeste há pratos diversos como o feijão tropeiro e angú, em Minas Gerais, e a pizza em São Paulo. No Sul do paÃs há forte influência da culinária italiana, em pratos como a polenta, e também da culinária alemã. O churrasco é tÃpico do Rio Grande do Sul.
[editar] Lite
Portugal (de nome oficial República Portuguesa) fica situado no sudoeste da Europa, na zona Ocidental da PenÃnsula Ibérica e é o paÃs mais ocidental da Europa, delimitado a Norte e a Leste pelo reino de Espanha e a Sul e Oeste pelo Oceano Atlântico. O território de Portugal compreende ainda as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, situados no hemisfério norte do Oceano Atlântico. Durante os séculos XV e XVI, Portugal era a maior potência económica, social e cultural do mundo, com um império que estendia-se em várias colónias pelo mundo. à hoje um paÃs desenvolvido, economicamente próspero, social e politicamente estável e humanamente desenvolvido. Membro da União Europeia desde 1986, é um dos paÃses fundadores da Zona Euro e da NATO.
História
âºVer artigo principal: História de Portugal.
Antiguidade
âºVer artigos principais: Portugal pré-romano, Lusitânia.
O território português actual foi originalmente habitado por populações ibéricas do PaleolÃtico, que produziram as Gravuras Rupestres do Vale do Côa. O território a Sul do Douro até ao Algarve era conhecido como Lusitânia e veio a constituir a maior parte da provÃncia romana com o mesmo nome. Os Suevos fundaram o reino de Portu-Cale, cuja capital era Braga, englobando a Galiza e estendendo-se até ao Tejo; os Visigodos conquistaram este reino em 580. Mais tarde invadido pelos Mouros, o condado de Portugal ou Condado Portucalense veio a ser estabelecido depois da conquista do Porto por VÃmara Peres, em 868, como parcela da monarquia ásture-leonesa.
Formação e Consolidação do Reino
âºVer artigos principais: Condado Portucalense, Independência de Portugal.
Portugal constituiu-se como reino independente com D. Afonso I, duranto cujo reinado se conquistaram Santarém, Lisboa e Ãvora aos Muçulmanos. Terminada a Reconquista do território português em 1249, a independência do novo reino viria a ser posta em causa várias vezes por Castela, na sequência da crise de sucessão de D. Fernando I, que culminou na batalha de Aljubarrota, em 1385.
Os Descobrimentos
âºVer artigos principais: Descobrimentos portugueses, Império Português.
Vista parcial do Monumento aos Descobrimentos.
Com o fim da guerra, Portugal deu inÃcio ao processo de exploração e expansão conhecido por Descobrimentos, entre cujas figuras cimeiras figuram o infante D. Henrique, o Navegador, e o rei D. João II. O cabo Bojador foi dobrado por Gil Eanes em 1434, e a exploração da costa africana prosseguiu até que Bartolomeu Dias, já em 1488, comprovou a comunicação entre os oceanos Atlântico e Ãndico dobrando o cabo da Boa Esperança. Em rápida sucessão, descobriram-se rotas e terras na América do Norte, na América do Sul, e no Oriente, na sua maioria durante o reinado de D. Manuel I, o Venturoso. Foi a expansão no Oriente, sobretudo graças à s conquistas de Afonso de Albuquerque que, durante a primeira metade do século XVI, concentrou quase todos os esforços dos portugueses, muito embora já em 1530 D. João III tivesse iniciado a colonização do Brasil. Foi no seu reinado que se atingiram o Japão e, provavelmente, a Austrália.
O desastre militar da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, na qual faleceram ou desapareceram o rei D. Sebastião e boa parte da nobreza portuguesa deu origem a uma nova crise de sucessão, 1580, a qual resultou, desta vez, na subida ao trono português de Filipe II de Espanha. Somente em 1640 seria restaurada a independência sob D. João IV, da casa de Bragança.
Restauração, Absolutismo e Monarquia Liberal
âºVer artigos principais: Restauração da Independência, Terramoto de 1755.
Torre de Belém em Lisboa, um dos sÃmbolos mais expressivos de Portugal.O final do século XVII e a primeira metade do século XVIII assistiram ao florescimento da exploração mineira do Brasil, onde se descobriram ouro e pedras precisosas que fizeram de D. João V um dos monarcas mais opulentos da Europa. O desenvolvimento económico do reino baseou-se, no entanto, nas suas colónias e no comércio com a Inglaterra, apesar dos esforços do Marquês de Pombal, ministro de D. José entre 1750 e 1777, para inverter a situação. Foi neste reinado que um tremor de terra devastou Lisboa e o Algarve, a 1 de Novembro de 1755.
Por não quebrar a aliança com a Inglaterra e recusar-se a aderir ao Bloqueio Continental, Portugal foi invadido pelos exércitos napoleónicos em 1807. A Corte e a famÃlia real portuguesa refugiaram-se no Brasil, e a capital deslocou-se para o Rio de Janeiro, onde permaneceria até 1821, quando D. João VI, desde 1816 rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, regressou a Lisboa para jurar a primeira Constituição. No ano seguinte, o seu filho D. Pedro era proclamado imperador do Brasil independente.
Portugal viveu, no restante século XIX, perÃodos de enorme perturbação polÃtica e social (a guerra civil e repetidas revoltas e pronunciamentos militares, como a Revolução de Setembro, a Maria da Fonte, a Patuleia, etc.) e só com o Acto Adicional à Carta, de 1852, foi possÃvel a acalmia polÃtica e o inÃcio da polÃtica de fomento protagonizada por Fontes Pereira de Melo. No final do século XIX, as ambições colonais portuguesas chocam com as inglesas, o que está na origem do Ultimato de 1890. A cedência à s exigências britânicas e os crescentes problemas económicos lançam a monarquia num descrédito crescente, e D. Carlos e o prÃncipe herdeiro D. LuÃs Filipe são assassinados em 1 de Fevereiro de 1908.
República, Estado Novo e Democracia
âºVer artigos principais: Revolução de 5 de Outubro de 1910, Estado Novo, Revolução dos Cravos.
Parque das Nações, Lisboa.A República é pouco depois instaurada, em 5 de Outubro de 1910, e o jovem rei D. Manuel II parte para o exÃlio em Inglaterra. Após vários anos de instabilidade polÃtica, com lutas de trabalhadores, tumultos, levantamentos, homicÃdios polÃticos e crises financeiras (problemas que a participação na I Guerra Mundial contribuiu para aprofundar), o Exército tomou o Poder, em 1926. O regime militar nomeou ministro das Finanças António de Oliveira Salazar, professor da Universidade de Coimbra, que pouco depois foi nomeado Presidente do Conselho de Ministros (1932). Ao mesmo tempo que restaurou as finanças, instituiu o Estado Novo, regime corporativo, tradicionalista e autoritário, com afinidades bem marcadas com o fascismo pelo menos até 1945. Em 1968, afastado do poder por doença, sucedeu-lhe Marcelo Caetano.
A recusa do regime em descolonizar as ProvÃncias Ultramarinas resultou no inÃcio da guerra colonial, primeiro em Angola (1961) e em seguida na Guiné (1963) e em Moçambique (1964). Apesar das crÃticas de alguns dos mais antigos oficiais do Exército, entre os quais o general António de SpÃnola, o governo parecia determinado em continuar esta polÃtica. Com o seu livro Portugal e o Futuro, em que defendia a insustentabilidade de uma solução militar nas guerras do Ultramar, SpÃnola seria destituÃdo, o que agravou o crescente mal-estar entre os jovens oficiais do Exército, os quais, no dia 25 Abril de 1974 desencadearam um golpe de estado.
Na actualidade é um dos membros da União Europeia (aderiu à CEE em 1986) e é um dos 12 membros que integram a Zona Euro.
Divisão administrativa
âºVer artigo principal: Subdivisões de Portugal.
Mapa de Portugal
Mapa dos arquipélagos dos Açores e MadeiraAs principais divisões administrativas de Portugal são, ainda, os 18 distritos no continente e as duas Regiões Autónomas dos Açores e Madeira, que se subdividem em 308 concelhos e 4257 freguesias. Mas o paÃs tem muitas outras formas de organização territorial. Veja subdivisões de Portugal para mais informações.
Distritos
Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Ãvora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Viseu e Vila Real
Regiões Autónomas
Açores, Madeira.
PolÃtica
âºVer artigo principal: PolÃtica de Portugal.
Assembleia da RepúblicaEm Portugal existem quatro Ãrgãos de Soberania: o Presidente da República (Chefe de Estado - poder moderador), a Assembleia da República (Parlamento - poder legislativo), o Governo (poder executivo) e os Tribunais (poder judicial). Vigora o sistema semi-presidencialista.
O Presidente da República é o Chefe de Estado e é eleito por sufrágio universal para um mandato de cinco anos, exercendo uma função tripla de fiscalização sobre a actividade do Governo, de comando como Comandante Supremo das Forças Armadas (Exército, Armada, Força Aérea, Guarda Nacional Republicana) e de representação formal do Estado português no exterior. Reside oficialmente no Palácio de Belém, em Lisboa.
A Assembleia da República, que reúne em Lisboa, no Palácio de São Bento, é eleita para um mandato de quatro anos. Neste momento conta com 230 deputados, eleitos em 22 cÃrculos plurinominais em listas de partidos.
O Governo é chefiado pelo Primeiro-Ministro, que é por regra o lÃder do partido mais votado em cada eleição legislativa e é convidado nessa forma pelo Presidente da República para formar Governo. à o Primeiro-Ministro quem nomeia os Ministros.
Os Tribunais administram a justiça em nome do povo, defendendo os direitos e interesses dos cidadãos, impedir a violação da legalidade democrática e dirimir os conflitos de interesses que ocorram entre diversas entidades.
Desde 1975, o panorama polÃtico português tem sido dominado por dois partidos: o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD). Estes partidos têm dividido as tarefas de governar e administrar a maioria das autarquias praticamente desde a instauração da democracia. No entanto, partidos como o Partido Comunista Português (PCP), que detém ainda a presidência de autarquias e uma grande influência junto do movimento sindical ou o Partido Popular (CDS-PP) (que já governou o paÃs em coligação com o PS e com o PSD) são também importantes no xadrez polÃtico. Para além destes, têm assento no Parlamento o Bloco de Esquerda (BE), o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), o Partido Popular Monárquico e o Movimento o Partido da Terra.
Geografia e Clima
âºVer artigo principal: Geografia de Portugal.
Rio Douro entre Porto (direita) e Gaia (esquerda)Situado no extremo sudoeste da Europa, Portugal Continental faz fronteira apenas com um outro paÃs, a Espanha. O território é dividido no continente pelo rio principal, o Tejo. Ao norte, a paisagem é montanhosa nas zonas do interior com planaltos, intercalados por áreas que permitem o desenvolvimento da agricultura. A sul, até ao Algarve, o relevo é caracterizado por planÃcies, sendo as serras esporádicas. Outros rios principais são o Douro, o Minho e o Guadiana, que tal como o Tejo nascem em Espanha. Outro rio importante, o Mondego, nasce na Serra da Estrela (as mais altas montanhas de Portugal Continental - 1991 m de altitude máxima).
As ilhas dos Açores e Madeira estão localizadas no rift médio do Oceano Atlântico; algumas das ilhas tiveram actividade vulcânica recente: São Miguel em 1563, e Capelinhos em 1957, que aumentou a área ocidental da Ilha do Faial. O Banco D. João de Castro é um grande vulcão submarino que se situa entre as ilhas Terceira e São Miguel e está 14 m abaixo da superfÃcie do mar. Entrou em erupção em 1720 e formou uma ilha, que permaneceu acima da tona de água durante vários anos. Uma nova ilha poderá surgir num futuro não muito distante. O ponto mais alto de Portugal, é o Monte Pico na Ilha do Pico, um antigo vulcão que atinge 2351 m de altitude.
A costa portuguesa é extensa: tem 943 km em Portugal continental, 667 km nos Açores, 250 km na Madeira e nas Ilhas Selvagens. A costa formou belas praias, com variedade entre falésias e areais. Na Ilha de Porto Santo uma formação de dunas chama muitos turistas. Uma caracterÃstica importante na costa portuguesa é a Ria de Aveiro, estuário do Rio Vouga, perto da cidade de Aveiro, com 45km de comprimento e um máximo de 11 km de largura, rica em peixe e aves marinhas. Existem quatro canais, e entre estes várias ilhas e ilhotas, e é onde quatro rios encontram o oceano. Com a formação de cordões litorais definiu-se uma laguna, vista como um dos elementos hidrográficos mais marcantes da costa portuguesa. Portugal possuiu uma das maiores zonas económicas exclusivas (ZEE) da Europa, cobrindo 1 727 408 km².
Em Portugal continental, as temperaturas médias anuais são 13ºC no norte e 18ºC no sul. As ilhas da Madeira e dos Açores, devido à sua localização no Atlântico, são mais húmidas e chuvosas, e com um intervalo de temperaturas menor. Normalmente, os meses da Primavera e Verão são ensolarados e as temperaturas são altas durante os meses secos de Julho e Agosto, com um máximo no centro do paÃs entre 30ºC e 35ºC, mas geralmente mais altas no Alentejo. O Outono e o Inverno são tipicamente ventosos, chuvosos e frios, especialmente nas cidades do norte de Portugal continental em que não são raras as temperaturas negativas, no entanto nas cidades mais a sul de Portugal as temperaturas só muito ocasionalmente descem abaixo dos 5ºC, ficando-se pelos 10ºC na maioria dos casos. A neve é comum nas áreas montanhosas do Norte, especialmente na Serra da Estrela. O clima português é classificado como Temperado Mediterrânico.
Principais Cidades
Torre Vasco da Gama, Lisboa.Lisboa (cerca de 550 000 habitantes - 2,6 milhões de habitantes na Grande Lisboa) é a capital desde o século XII, a maior cidade do paÃs, principal pólo económico, detendo o principal porto marÃtimo e aeroporto portugueses e é a cidade mais rica de Portugal com um PIB superior ao da União Europeia. Outras cidades importantes são as do Porto, (cerca de 260 000 habitantes - 1,3 milhões no Grande Porto) a segunda maior cidade e porto marÃtimo, Aveiro, Braga (Cidade dos Arcebispos), Coimbra (cidade com a mais antiga universidade do paÃs), Ãvora, Faro, Setúbal e Viseu. Na área metropolitana de Lisboa existem cidades com grande densidade populacional como Agualva-Cacém e Queluz (concelho de Sintra), Amadora , Almada , Seixal e Odivelas. Na área metropolitana do Porto as localidades mais povoadas são Vila Nova de Gaia, Maia e Matosinhos. Na região autónoma da Madeira a principal cidade é o Funchal (uma das cidades com melhor qualidade de vida de Portugal). Nos Açores existem três cidades principais que correspondem a ex-capitais de distrito, sendo elas Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, Angra do HeroÃsmo na ilha da Terceira e Horta na ilha do Faial.
Economia
âºVer artigo principal: Economia de Portugal.
O crescimento económico português esteve acima da média da União Europeia na maior parte da década de 1990. O PIB per capita ronda os 76% das maiores economias ocidentais euopeias. Recentes previsões estimam que o PIB português cresça 1,4% em 2006 e 1,8% em 2007. Em julho de 2006, a taxa de desemprego era de 7,2%, abaixo da Zona Euro (7.8%) e da União Europeia (8,0%).
Desde 1985, o paÃs entrou num processo de modernização num ambiente bastante estável (1985 até à actualidade) e juntou-se à União Europeia em 1986. Os sucessivos governos fizeram várias reformas, privatizaram muitas empresas controladas pelo Estado e liberalizaram áreas-chave da economia, incluindo os sectores das telecomunicações e financeiros. Portugal desenvolveu uma economia crescentemente baseada em serviços e foi um dos onze membros fundadores do Euro em 1999. Começou a circular a sua nova moeda a 1 de Janeiro de 2002 com 11 outros estados membros da UE. Portugal faz parte dos paÃses com Ãndice de desenvolvimento humano (IDH) elevado.
Em parte, com o recurso a fundos da União Europeia, o paÃs fez nas duas últimas décadas investimentos avultados em várias infra-estruturas, dispondo hoje de uma extensa rede de auto-estradas e beneficiando de boas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias.
Ponte Vasco da Gama, Lisboa - maior ponte na Europa.Com um passado predominantemente agrÃcola, actualmente a estrutura da economia baseia-se nos serviços e na indústria, que representam 67,8% e 28,2% do VAB (Fonte: INE, 2004).
As maiores indústrias transformadoras são os têxteis, calçado, cabedal, mobiliário, mármores, cerâmica (de destacar a Vista Alegre) e a cortiça. As indústrias modernas desenvolveram-se significativamente: refinarias de petróleo, petroquÃmica, produção de cimento, indústrias do automóvel e navais, indústrias eléctricas e electrónicas, maquinaria e indústrias do papel. Portugal tem um dos maiores complexos de indústrias petroquimicas europeus situado em Sines e dotado de um porto. A indústria automóvel também é relevante em Portugal e localiza-se em Palmela (a maior infra-estrutura é a Autoeuropa), Setúbal, Porto, Aveiro, Braga, Santarém e Azambuja.
As oliveiras (4000 km²), os vinhedos (3750 km²), o trigo (3000 km²) e o milho (2680 km²) são produzidos em áreas bastante vastas. Os vinhos (especialmente o Vinho do Porto e o Madeira Wine) e azeites portugueses são bastante apreciados devido à sua qualidade. Também, Portugal é produtor de fruta de qualidade seleccionada, nomeadamente as laranjas algarvias e a pêra rocha da região Oeste. Outras produções são de horticultura ou floricultura, como a beterraba doce, óleo de girassol e tabaco.
A cortiça tem uma produção bastante significativa: Portugal produz metade da cortiça produzida no mundo. Recursos minerais significativos são o volfrâmio, o estanho e o urânio. Alguns dos recursos naturais, tais como os bosques que cobrem cerca de 34% do paÃs, são nomeadamente: pinheiros (13500 km²), sobreiros (6800 km²), azinheiras (5340 km²) e eucaliptos (2430 km²).
O paÃs compra principalmente dentro da União Europeia: Espanha, Alemanha, França, Itália e Reino Unido. E, também, vende a maioria dos seus produtos dentro da União: Alemanha, Espanha e França são os parceiros principais.
O norte de Portugal vai ter o primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas.
Lisboa é a cidadade mais rica de Portugal, com um PIB superior ao da União Europeia.
Demografia
População de Portugal (INE, Lisboa)
Ano Total Variação Ano Total Variação
1801 2.845.990 - 1940 7.722.152 13,1%
1849 3.411.454 19,9% 1950 8.510.240 10,2%
1864 4.188.419 22,8% 1960 8.851.240 4,0%
1890 5.049.729 20,5% 1970 8.648.369 -2,3%
1911 5.969.056 18,2% 1981 9.833.041 13,7%
1920 6.032.991 1,1% 1991 9.862.540 0,3%
1930 6.825.883 13,1% 2001 10.356.117 5,0%
âºVer artigo principal: Demografia de Portugal.
Os Portugueses são de população europeia mediterrânica. Segundo, as teses, pouco credÃveis, dos historiógrafos tradicionais, ao longo dos tempos, os portugueses, na sua origem, eram, essencialmente, uma mistura de uma mistura de Celtas e Iberos (chamados Celtiberos, como os Lusitanos, os Calaicos ou "gallaeci" e os Cónios, entre outras menos significativas. Outras influências importantes foram também os Romanos (a LÃngua portuguesa deriva do Latim), os Visigodos e os Suevos, todos os quais povoaram o que é hoje território português. Influências menores foram os Gregos e os FenÃcios-Cartagineses (com pequenas feitorias comerciais costeiras semi-permanentes), os Vândalos (Silingos e Asdingos), os Alanos (ambos expulsos ou parcialmente integrados pelos Visigodos) e os mouros.
Porém, a partir dos anos setenta do século vinte, com o aparecimento dos estudos cientÃficos em Ciências Sociais, coloca-se, de modo definitivo, sob uma perspectiva etnológica e numa análise que considera os processos sociais num contexto temporal de longa duração, ou seja, durante séculos e milénios, os portugueses no espaço cultural do Mediterrâneo : com a matriz cultural FenÃcia/Cananeia/Púnica/Cartaginesa comum a todo o seu território e a incidência das Culturas Hebraica e Judaica a Norte, como culturas dominantes, sobretudo na região de Entre-Douro-e-Minho (e também na Galiza e Astúrias), que estão no fundamento da organização sócio-económica constituÃda pelo regime senhorial enfiteutico, pelos morgadios/vÃnculos, pelas famÃlias troncais Noroeste da PenÃnsula Ibérica das casas brasonadas (brasões anteriores ao reinado de D. Manuel I, O Venturoso) mas também em Trás-os-Montes e nas Beiras; e, no Centro e no Sul, a Cultura Berbere (Tribos Macemuda e Zenaga, com a invasão de 711, chefiada por lÃderes Ãrabes) que ocupou o espaço onde estava implantado a Cultura Romana e onde se implantou, com maior incidência, com a substituição da Igreja Católica pelo Império Romano, as estruturas do Catolicismo Romano, como a Inquisição (Ãvora, Lisboa e Coimbra), demonstrando-se a inexistência de outros povos inventados pelos cronistas clássicos e pelos arqueólogos e historiógrafos portugueses ao longo dos séculos, como os Celtas, os Suevos, os Godos, os Visigodos ou os Ãrabes, entre muitos outros, diagnóstico também constatado por sociólogos europeus como Paul Deschamps na obra L’Histoire Sociale du Portugal (1939, 1959, p.30) : “A influência árabe, em Portugal, foi menos importante do que se julga. Certas palavras têm uma falsa etimologia árabe ou uma origem mista, outros têm sido falsamente atribuÃdas aos Ãrabes com o pretexto de que estes são semitas. Nós sabemos que essas palavras vêm dos FenÃcios, e que outras são simplesmente hebraicas.” Esta tese é defendida, sobretudo, por Moisés EspÃrito Santo (Universidade Nova de Lisboa) responsável pela realização dos únicos estudos credÃveis sobre toponÃmia realizados em Portugal, derivados do método proposto pelo investigador francês Victor Bérard, Les Phéniciens et L’Odissée (1927), para a toponÃmia dos paÃses do Mediterrâneo, que aperfeiçoa, denominado ‘método da constelação local’, exposto nas obras Ensaio Sobre ToponÃmia Antiga(1988) e Fontes Remotas da Cultura Portuguesa(1989), onde se desvela a origem etimológica cananeia/fenÃcia/púnica/cartaginesa/hebraico antigo de toda a toponÃmia do território português e onde se comprova a falsidade de todos outros métodos de análise de feição latinista utilizados, até então, pelos letrados portugueses e onde se demonstra que a lÃngua falada, em todo o território português, antes da colonização romana, era a fenÃcia/púnica/cananeia/cartaginesa/hebraico antigo e que se fundiu, em crioulo, com o Latim, lÃngua do ocupante utilizada na administração e, mais tarde, com o decorrer da evolução social, utilizado nas universidades e nas estruturas religiosas da Igreja Católica Romana (ordens religiosas, inquisição, dioceses e paróquias) como lÃngua dominante, apesar do FenÃcio/Cananeu e os valores da Cultura FenÃcia/Cananeia, de feição matriarcal, terem permanecido, como lÃngua e cultura dominadas, em muitos casos quase intactos, nos meios mais isolados e arcaicos do território português, até à contemporaneidade, identificáveis em muitos dos seus aspectos sociais e culturais, fazendo tabula rasa das investigações realizadas pelos linguÃstas portugueses ao longo dos tempos, baseadas em pressupostos latinistas ou celtistas, pan-germanistas e anti-semitas, construÃdos pelos intelectuais portugueses desde o aparecimento dos Estudos Superiores na Idade Média e pelos intelectuais europeus durante o século dezanove, retomando as teses preliminares desenvolvidas pelo Cardeal Saraiva (Frei LuÃs de Santa Maria), identificando unicamente duas origens linguÃsticas que formaram a lÃngua portuguesa: o Latim e as várias variantes do FenÃcio/Púnico/Cartaginês : o cananeu/cananita/ugarÃtico, o acadiano/acádio, o assÃrio e o hebraico antigo, para além das palavras gregas (introduzidas através do Latim, nas estruturas universitárias) e dos estrangeirismos modernos e contemporâneos.
O afluxo de imigrantes é responsável por um crescimento de 0,45%, enquanto o crescimento natural (nascimentos menos os óbitos) correspondeu a um incremento de 0,07%.
Vivem em Portugal perto de 500 mil estrangeiros, sendo a maioria oriunda do Brasil (66.700), seguida da Ucrânia (65.800) e de Cabo Verde (64.300). Os estrangeiros representam 4,5% da população total portuguesa.
Idiomas
âºVer artigos principais: lÃngua portuguesa, lÃngua mirandesa.
De acordo com a Constituição, Portugal tem uma lÃngua oficial: o português. A segunda lÃngua de origem latina mais falada no mundo, é utilizado pela totalidade da população e é uma das lÃnguas de trabalho em diversas organizações internacionais.
A lÃngua mirandesa com origem no asturo-leonês não tem estatuto de lÃngua oficial, mas goza de protecção especial desde 1999 e é ensinada facultativamente como segunda lÃngua nas escolas do concelho de Miranda do Douro e de parte do concelho de Vimioso. O seu uso, no entanto, é bastante restrito, estando em curso acções que garantam os direitos linguÃsticos à sua comunidade falante.
A lÃngua gestual portuguesa é reconhecida e protegida pelo Estado desde a revisão constitucional de 1997.
Cultura
âºVer artigo principal: Cultura de Portugal.
Arquitectura
âºVer artigo principal: Arquitectura de Portugal.
Ponte Maria Pia, em primeiro plano.A "Arquitectura Popular Portuguesa" marcou a arquitectura portuguesa dos anos 50 que prevaleceu até ao final do Salazarismo. Assiste-se hoje, em Portugal, a um fenómeno complementar e inovador, a arquitectura contemporânea, no âmbito da arquitectura portuguesa que, contrapõe a, conceitos velhos e conservadores de tradições e modos de operar, a uma intenção afirmada, de inovar o espaço e construÃ-lo com conceitos, materiais e técnicas que permitam viver em pleno a contemporaneidade. A arquitectura contemporânea cruza várias gerações em simultâneo que marcaram e continuam a marcar arquitectura portuguesa, desde meados do século XX até aos nossos dias. Fernando Távora, Manuel TaÃnha, Ãlvaro Siza, Victor Figueiredo, Gonçalo Byrne, Eduardo Souto Moura, Filipe Oliveira Dias e Carrilho da Graça são os arquitectos que traduzem o que de melhor se produz, de arquitectura, em Portugal. No entanto, estes projectos totalizam uma pequenÃssima parte das construções efectuadas no paÃs, que são na sua grande maioria totalmente desprovidas de rigor e harmonização urbanÃstico. Portugal é o único paÃs da UE em que o PDM das autarquias não tem instrumentos de harmonização de projectos apresentados ou meios para combater a construção que não esteja de acordo com a lei. Se ao fim de 30 dias uma autarquia não se pronunciar sobre um determinado projecto ele está aprovado tacitamente, independentemente das suas valências estéticas, funcionais ou volumetria.
Literatura
âºVer artigo principal: Literatura de Portugal.
Na literatura portuguesa, é eminente a poesia, estando entre os maiores poetas portugueses de todos os tempos LuÃs de Camões e Fernando Pessoa, aos quais se pode acrescentar Eugénio de Andrade, Florbela Espanca, Cesário Verde, António Ramos Rosa, Mário Cesariny, Antero de Quental e Herberto Helder, entre outros. Na prosa, Damião de Góis, o Padre António Vieira, Almeida Garrett, Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Miguel Torga, Fernando Namora, José Cardoso Pires, António Lobo Antunes e José Saramago (prémio Nobel) são nomes de grande relevo. No teatro, destaca-se a figura maior de Gil Vicente, António José da Silva - o Judeu e Bernardo Santareno.
Música
âºVer artigo principal: Música de Portugal.
A música tradicional portuguesa é variada e muito rica. Do folclore fazem parte as danças do vira, do Minho, dos Pauliteiros de Miranda, da zona mirandesa, do Corridinho do Algarve ou do Bailinho, da Madeira. Instrumentos tÃpicos são o cavaquinho, a gaita-de-foles, o acordeão, o violino, os tambores, a guitarra portuguesa (instrumento caracterÃstico do fado) e uma variedade de instrumentos de sopro e percussão.
O mais conhecido estilo de música português é o Fado, cuja intérprete mais célebre foi Amália Rodrigues. Mais recentemente, através dos Madredeus, cuja vocalista é a conhecida Teresa Salgueiro, e pelas cantoras Mariza e Dulce Pontes, a música portuguesa além fronteiras tem atingido um patamar de reconhecimento internacional e tem ajudado a divulgar a lÃngua portuguesa em todo o mundo.
Casa da Música, vista da FachadaAinda na cultura popular existem as bandas filarmónicas que representam cada localidade e tocam vários estilos de música, desde a popular à clássica, sendo as bandas portuguesas das que melhor qualidade artÃstica têm. Em Portugal existem nomes de grande relevância nas filarmónicas, tais como: IlÃdio Costa, Carlos Marques, Alberto Madureira, José Raminhos, Amilcar Morais, etc.
Referências da canção de finais do século XX (principalmente do perÃodo pré e pós revolucionário) são Zeca Afonso, Sérgio Godinho, os Trovante entre outros. Mesmo sendo ainda o fado o género mais conhecido além fronteiras, a "nova" música portuguesa também tem um papel importante, demonstrando grande qualidade. Jorge Palma, Rui Veloso, Clã, GNR, Ornatos Violeta, Xutos & Pontapés, Moonspell, Da Weasel, Fingertips e Primitive Reason são apenas alguns dos nomes mais conhecidos, indo do Rock, à pop-electrónica, ao rap, entre outros estilos.
Na música erudita, as grandes referências actuais são os pianistas Artur Pizarro, Maria João Pires e Sequeira Costa.
Gastronomia
âºVer artigo principal: Gastronomia de Portugal.
A gastronomia é muito rica em variedade e do agrado de nacionais e estrangeiros em geral. Cada zona do paÃs tem os seus pratos tÃpicos, incluindo os mais diversificados alimentos, passando pelas carnes de gado, carneiro, porco e aves, pelos variados enchidos, pelas diversas espécies de peixe fresco e marisco (grande variedade de pratos de bacalhau). Entre os queijos sobressaem os da Serra da Estrela e de Azeitão, entre muitos outros.
Portugal é um paÃs fortemente vinÃcola, sendo célebres os vinhos do Douro, do Alentejo e do Dão, os vinhos verdes do Minho, e os licorosos do Porto e da Madeira. A nÃvel de doçaria, e por entre uma enorme variedade de receitas tradicionais, são muito famosos os chamados pastéis de Belém, mantendo-se o segredo da sua confecção bem guardado, assim como os "ovos moles de Aveiro", os "pastéis de Tentúgal", a "sericaia" ou o "pão-de-ló de Ovar", a par de muitos outros.
De entre os pratos tÃpicos, são de destacar o cozido à portuguesa, o bacalhau à Braz, à Gomes de Sá ou em pastéis, as espetadas da Madeira, o cozido vulcânico dos Açores (S. Miguel), o leitão assado à moda da Bairrada os rojões de Aveiro e do Minho, a chanfana da Beira, a carne de porco à alentejana, tÃpica da zona de Braga, os peixes grelhados(em todo o paÃs), as tripas (da região do Porto), as pataniscas (da região de Lisboa) ou o gaspacho (do Alentejo e Algarve). A cozinha portuguesa influenciou também outras gastronomias, tais como a japonesa, com a introdução da tempura.
Turismo
âºVer artigo principal: Turismo em Portugal.
A belÃssima cidade do Porto.Lista das regiões de turismo de Portugal
O Algarve, no sul de Portugal, é por excelência o ponto turÃstico de muitos europeus. O clima e a temperatura da água são os principais factores que contribuem para o grande crescimento do turismo nesta região.
Lisboa atrai muitos turistas pela história, e pelo recheio de monumentos (como o Aqueduto das Ãguas Livres, a Sé Catedral, a Baixa Pombalina, a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos. Pontos fortemente turÃsticos são os museus de Arte Antiga, dos Coches, e do Azulejo, a fundação Calouste Gulbenkian, o Centro Cultural de Belém e o teatro de ópera de São Carlos. De destacar também o mega-aquário Oceano Atlântico, a diversão nocturna e toda a área envolvente ao recinto da expo 98.
O Porto é uma cidade que vem conquistando um lugar de relevo no panorama cultural do paÃs e da Europa. Foi Capital Europeia da Cultura em 2001. A Fundação de Serralves e a Casa da Música são de visita obrigatória, bem como a Torre dos Clérigos (ex-lÃbris da cidade) e a Sé. De destacar ainda o Teatro Nacional S. João, os Jardins do Palácio de Cristal e toda a zona do centro histórico.
A Madeira é também um pólo turÃstico internacional todo o ano, tanto pelo seu clima ameno e paisagens exuberantes como pela sua excepcional gastronomia.
A PenÃnsula de Setúbal tem das mais variadas caracteristicas naturais e culturais destacando-se a Serra da Arrábida, as Praias de Almada e Sesimbra, a BaÃa Natural do Seixal, as salinas de Alcochete, os Moinhos de Maré, as embarcações tÃpicas do Tejo e Sado, as antigas vilas piscatórias e toda a fauna e flora ribeirinha.
A encantadora cidade de Chaves (Portugal)Na lista do Património Mundial encontram-se os centros históricos do Porto, Angra do HeroÃsmo, Guimarães, Ãvora e Sintra, bem como monumentos em Lisboa, Alcobaça, Batalha, Tomar, as gravuras paleolÃticas ao longo do Rio Côa, a floresta laurissilva da Ilha da Madeira, e as paisagens vitivinÃcolas da Ilha do Pico e do Rio Douro.
Portugal é também um pais onde se pratica, além de muitos outros desportos, surf. Entre os melhores estão o Guincho, Peniche, Ericeira, Carcavelos, S. Pedro e S. João do Estoril, Costa da Caparica e São Torpes. A ilha da Madeira e o Algarve também são locais de eleição por turistas estrangeiros e nacionais para a prática de golf.
Outras atracções importantes turÃsticas são as cidades de Braga (Centro Histórico, Bom Jesus e Bracalândia), Bragança (Centro Histórico, Castelo e Teatro Municipal), Chaves (Centro Histórico e Termas), Coimbra (Universidade, Judiaria e Portugal dos Pequeninos)e Vila Real (Solar de Mateus e Teatro Municipal).
Religião
âºVer artigo principal: Religião em Portugal.
Interior do Mosteiro dos Jerónimos.A maioria dos Portugueses (cerca de 84% da população total - segundo os resultados oficiais do Censos 2001), inscrevem-se numa tradição católica. A prática dominical do Catolicismo segundo um estudo da própria Igreja Católica (também de 2001) é realizada por 1.933.677 católicos praticantes (18.7% da população total) e o número de comungantes é de 1.065.036 (10.3% da população total). Cerca de metade dos casamentos realizados são casamentos católicos, os quais produzem automaticamente efeitos civis. O divórcio é permitido, conforme estabelecido no Código Civil, por mútuo consentimento ou por requerimento no tribunal por um dos cônjuges, apesar de o Direito Matrimonial Canónico não prever esta figura. Existem vinte dioceses em Portugal, agrupadas em três provÃncias eclesiásticas: Braga, Lisboa e Ãvora.
O protestantismo em Portugal possui várias denominações actuantes maioritariamente de cultos com inspiração evangélica neopentecostal (ex: Assembleia de Deus e Igreja Maná) ou de imigração brasileira (ex: IURD).
A comunidade judaica em Portugal conseguiu manter-se até à actualidade, não obstante a ordem de expulsão dos Judeus a 5 de Dezembro de 1496 por decreto do Rei D. Manuel I, obrigando muitos a escolher entre conversões forçadas ou a efectiva expulsão do paÃs, ou à prisão e consequentes penas decretadas pela Inquisição portuguesa, que, precisamente por este motivo acabou por ser uma das mais activas na Europa. A forma como o culto se desenvolveu na vila raiana de Belmonte é um dos exemplos de preseverança dos Judeus como unidade em Portugal. Em 1506, em Lisboa, dá-se um massacre de Judeus em que perderam a vida entre 2.000 e 4.000 pessoas, um dos mais violentos na época, a nÃvel europeu.
Existem ainda minorias islâmicas e hindus, com base, na sua maioria, em descendentes de imigrantes, bem como alguns focos pontuais (alguns apenas a nÃvel regional) de budistas, gnósticos e espÃritas.
A Constituição Portuguesa garante liberdade religiosa total mas a igualdade entre religiões é contrariada pela existência da Concordata que dá benefÃcios especÃficos à Igreja Católica. à comum que em cerimónias oficiais públicas como inaugurações de edifÃcios ou eventos oficiais de Estado haver a presença de um representante da Igreja Católica, ou, nas cerimónias oficiais, são associados actos religiosos católicos como bençãos ou missas.
O estatuto religioso dos polÃticos eleitos é normalmente considerado irrelevante pelos eleitores. A exemplo disso, os últimos Presidentes da República eram pessoas assumidamente laicas.
Feriados
âºVer artigo principal: Lista de feriados portugueses.
Data Nome Observações
1 de Janeiro Ano Novo Passagem de ano, inÃcio do ano, marca o fim da época de férias.
Terça-feira, festa móvel Carnaval Feriado facultativo, sendo rara a sua não utilização na prática. A data tem origem na tradição pagã de celebrar o final do inverno e foi depois adaptada pela Igreja Católica marcando agora o perÃodo de 40 dias antes da Semana Santa, sendo conhecido também por Entrudo.
Sexta-feira, festa móvel Sexta-Feira Santa Em algumas localidades este feriado pode ser celebrado noutra data na época da Páscoa de acordo com a tradição local.
Domingo, festa móvel Páscoa Sendo celebrado a um domingo não é classificado como feriado oficial. As tradições gastronómicas da Páscoa variam muito entre as diversas regiões do paÃs desde o Pão-de-Ló ao Folar. Em algumas regiões a tração do Compasso ainda se mantém mesmo nas grandes cidades quando um pequeno grupo visita cada casa com um crucifixo e onde é feita uma pequena cerimónia de benção da casa. Também é altura da segunda visita tradicional dos afilhados solteiros aos respectivos padrinhos para receberem a prenda de Páscoa tradicionalmete o Folar. 7 dias antes no Domingo de Ramos os jovens oferecem flores à madrinha.
25 de Abril Dia da Liberdade Celebração da Revolução dos Cravos que marcou o fim em 1974 do regime dictatorial.
1 de Maio Dia do Trabalhador
Quinta-feira, festa móvel Corpo de Deus Segunda quinta-feira a seguir à Festa de Pentecostes (EspÃrito Santo)
10 de Junho Dia de Portugal Oficialmente Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. A data do falecimento de LuÃs Vaz de Camões em 1580 é utilizada para relembrar os feitos passados.
15 de Agosto Assunção de Nossa Senhora
5 de Outubro Implantação da República em 1910
1 de Novembro Todos os Santos Tradicionalmente utilizado para recordar entes falecidos.
1 de Dezembro Restauração da Independência Face à Espanha, em 1640.
8 de Dezembro Imaculada Conceição Padroeira de Portugal desde 1646.
25 de Dezembro Natal A noite de 24 para 25 é marcada com uma reunião familiar com um jantar que varia de região para região embora o bacalhau com batatas se tenha tornado cada vez mais popular e o Bolo Rei incluÃdo na sobremesa. No final do jantar trocam-se presentes.
Ver também
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