Apoptose ou morte celular programada é um tipo de "auto-destruição celular" que requer energia e síntese protéica para a sua execução. Está relacionada com a homeostase na regulação fisiológica do tamanho dos tecidos, exercendo um papel oposto ao da mitose. O termo é derivado do grego, que referia-se à queda das folhas das árvores no outono - um exemplo de morte programada fisiológica e apropriada que também implica em renovação.
Ocorre no desenvolvimento embrionário, na organogênese, na renovação de células epiteliais e hematopoiéticas, na involução cíclica dos órgãos reprodutivos da mulher, na atrofia induzida pela remoção de fatores de crescimento ou hormônios, na involução de alguns órgãos e ainda na regressão de tumores. Portanto consiste em um tipo de morte programada, desejável e necessária que participa na formação dos órgãos e que persiste em alguns sistemas adultos como a pele e o sistema imunológico
2006-11-22 07:29:54
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answer #1
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answered by Anonymous
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Actualmente existe uma necessidade premente em descobrir novas drogas com actividade anti- cancerígena e com novos mecanismos de acção devido ao aumento de resistência aos quimioterápicos que tem limitado a eficácia de um grande número destes fármacos. Os estudos que esta equipa tem desenvolvido no âmbito da pesquisa de novos compostos com potencial actividade anti-anticancerígena levaram à descoberta de um novo composto, a artelastina, uma flavona prenilada isolada de Artocarpus elasticus, que demonstrou ser um potente inibidor do crescimento in vitro de um grande número de linhas celulares tumorais humanas. A sua nova estrutura e o seu potente efeito antiproliferativo levaram o Instituto Nacional de Cancro dos Estados Unidos a aceitar a artelastina no seu programa de despiste de compostos com actividade anti-tumoral.
Os flavonóides, quer naturais quer sintéticos, são conhecidos por inibirem o crescimento de uma grande variedade de células tumorais quer através da interacção com o DNA, quer através da inibição das enzimas nucleares, topoisomerases e cinases dependentes das ciclinas. Dado que a artelastina representa um novo flavonóide isoprenilado é imperioso avaliar os mecanismos celulares que permitam explicar a sua potente actividade antiproliferativa. Inicialmente será avaliada a citotoxicidade e a capacidade citostática da artelastina por métodos baseados na viabilidade e proliferação celular em linhas tumorais não proliferativas e em divisão. Depois, será estudada a sua capacidade de interferir com a biossíntese de DNA e RNA e de inibir as topoisomerases I e II. Para compreender melhor a capacidade da artelastina em inibir o crescimento celular o seu efeito será avaliado durante a progressão do ciclo celular, tanto em células não sincronizadas como em células previamente sincronizadas em G0, G1, S, G2 e em mitose. O efeito da artelastina no aparelho mitótico será avaliado usando anticorpos contra microtúbulos, centrossoma, cinetocoros, centrómeros e pólos do fuso. Estudos citológicos preliminares numa linha tumoral humana revelaram que a artelastin diminui o índice mitótico. O estudo dos índices mitóticos será deternminado em células em fase exponencial de crescimento e em células em recuperação, após tratamento com a artelastina.
Muitos dos agentes quimioterápicos exercem o seu efeito anti-tumoral induzindo a apoptose nas células cancerígenas. A linha leucémica humana promielocítica HL-60 será usada para determinar se o efeito da artelastina está também associado a eventos apoptóticos. Estes estudos incluirão a observação das alterações morfológicas características da apoptose por microscopia óptica e/ou fluorescência, a análise da fragmentação do DNA, por electroforese e "TUNEL", e a detecção da fosfatidilserina com Annexin V.
Adicionalmente e com o objectivo de se estabelecer uma relação estrutura-actividade este projecto visa o estudo in vitro do efeito de uma série de flavonas preniladas, estruturalmente relacionadas com a artelastina,em várias linhas tumorais humanas. A identificação do farmacóforo activo destes compostos pode contribuir substancialmente para a inovação terapêutica, ao providenciar uma nova estrutura química com um novo mecanismo de acção e ao disponibilizar um bom candidato para o desenvolvimento de novas drogas anti-cancerígenas.
2006-11-22 14:16:38
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answer #2
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answered by kdvced 3
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VAMOS LÁ OUTRA VEZ
Uma característica marcante é que a apoptose é "silenciosa". Não há, como na necrose, o "alvoroço" da inflamação. Em geral, as células apoptóticas são as reconhecidas por macrófagos (um tipo de glóbulo branco presente em todos os tecidos) e ingeridas antes que se desintegrem. Isso evita o derrame do conteúdo celular e, assim, não há inflamação e lesão do tecido, garantindo o seu funcionamento normal.
Fato interessante é que certas células apoptóticas não são removidas logo, continuando no local às vezes por toda a vida. É o caso dos queratinócitos, células da camada externa da pele. Ao migrar de camadas mais profundas para a superfície, eles morrem por apoptose, mas no processo substituem seu conteúdo pela proteína queratina e ganham uma "capa" impermeável. Assim, a camada protetora mais externa da pele é feita de células mortas, descamadas e trocadas por outras a cada 21 dias, em média. O cristalino (a lente) dos olhos também é formado por células mortas, que substituíram a maior parte de seu citoplasma por proteínas denominadas cristalinas.
As idéias inovadoras geradas pelo grupo de Kerr no início da década de 1970 passaram despercebidas por mais de uma década, até que suas previsões começaram a ser confirmadas. Hoje, inúmeros cientistas pesquisam a apoptose e, embora muitas questões continuem sem resposta, vários princípios básicos já foram descobertos.
ABRAÇOS E UM FELIZ NATAL
2006-11-22 13:56:07
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answer #3
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answered by Virginia-DF Casada 3
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