English Deutsch Français Italiano Español Português 繁體中文 Bahasa Indonesia Tiếng Việt ภาษาไทย
Todas as categorias

2006-11-19 10:41:03 · 9 respostas · perguntado por scarps 2 em Ciências Sociais Antropologia

9 respostas

Princípio daquilo ou da coisa que devora a si própria. Muitas vezes representada por um cobra comendo-se a si mesma.

2006-11-19 11:36:32 · answer #1 · answered by OC BRASIL 5 · 1 0

Ouroboros é um símbolo representado por uma serpente, ou um dragão, que morde a própria cauda. É um signo para a eternidade. Está muito relacionado com alquimia.

Pensa-se que o símbolo matemático de infinito poderá ter origem numa forma de representação desta serpente.

Segundo o “Dictionnaire des symboles” (Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Robert Laffont, 11ª impressão, Paris, 1990, pág. 716) o ouroboros simboliza o ciclo da evolução fechado sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, auto fecundação e, em consequência, o eterno retorno.

A forma circular do símbolo permite ainda a interpretação de que a serpente figura o mundo infernal, enquanto o mundo celeste é simbolizado pelo círculo.

Noutra interpretação, ainda, a serpente rompe uma evolução linear, ao morder a cauda, marcando uma mudança, pelo que parece emergir num nível de existência superior, celeste ou espiritual, simbolizado pelo círculo.

A serpente mordendo o rabo, fechando-se sobre o próprio ciclo, evoca a roda das existências, como condenada a jamais escapar ao seu ciclo, para se elevar a um nível superior.

Diga-se que a roda das existências é um símbolo solar, na maior parte das tradições. A roda, ao contrário do círculo, tem uma certa valência de imperfeição, reportando-se ao mundo do futuro, da criação contínua, da contingência e do perecível.

O ouroboros é, portanto, um símbolo do perpétuo retorno, o círculo indefinido das renascenças, a contínua repetição, com uma predominância duma fundamental pulsão de morte.

Deve-se referir que o ouroboros, ou símbolos semelhantes, constam de obras alquímicas, nas quais significa “alimenta este fogo com fogo, até que se extinga e obterás a coisa mais estável que penetras todas as coisas, e um verme devorou o outro, e emerge esta imagem”. Isto, após uma fase em que pela separação se divide o um em dois, que contém em si mesmo o três e o quatro, “... é um fogo que consome tudo, que abre e fecha todas as coisas”. (cfr. Abraham Eleazar, “Uractes chymisches werk”, Leipzig, 1760, in “Alquimia & Misticismo”, Alexander Roob, Taschen, Lisboa, 1997, pág. 403).

O símbolo, em alquimia, é por vezes representado como dois animais míticos, mordendo rabo um do outro.

Registe-se ainda, na tentativa de avançar pistas para a raiz etimológica da palavra “ouroboros”, que em copta “ouro” significa “rei” e em hebreu “ob” significa “serpente”.

Se o segundo símbolo constante da nossa imagem for uma alcachofra, diga-se que esta é tida por alguns (cfr. “O esoterismo da Quinta da Regaleira”, Vitor Mendanha entrevista José Manuel Anes, Hugin, Lisboa, 1998, pág. 23) o análogo vegetal da fénix, pois após ser submetida ao calor a sua flor perde o colorido e fica totalmente branca, posto o que renasce.

Remete-se, assim, para o tema da ressurreição, que pode simbolizar o “novo” nascimento do iniciado.

Se a planta representada na figura for antes um cardo, o que nos parece menos provável, (cfr. “Dictionnaire ...”, pág. 211) estamos então perante um símbolo de algo desagradável, de defesa periférica, por ser picante, podendo ainda significar o irradiar da luz, por a sua cabeça ter um aspecto irradiante.

Nada sabemos sobre a data e a origem da escultura, mas, quanto ao contexto local, podemos referir que a quinta fica próxima do cemitério da localidade, o mesmo ocorrendo com o antigo cemitério do castelo, pelo que é de admitir que se trate de uma peça com origem funerária, a qual se adapta perfeitamente ao sentido simbólico atribuível aos elementos componentes da imagem.

2006-11-20 12:04:35 · answer #2 · answered by Anonymous · 1 0

Já responderam corretamente
Uróboro: o símbolo da serpente que devora o próprio rabo.
Mas é também um livro de Luiz Antonio Aguiar, uma novela demoniaca chamada Uroboro

2006-11-20 08:06:57 · answer #3 · answered by Harmony 7 · 1 0

algo semelhante a uma vibóra,que engole a propria cauda!!!!

2006-11-19 19:42:59 · answer #4 · answered by Mr:Plim-plim 2 · 1 0

Uróboro: o símbolo da serpente que devora o próprio rabo.

2006-11-19 19:26:26 · answer #5 · answered by Anonymous · 1 0

e u mascorte do ******** ai !

2006-11-19 19:08:28 · answer #6 · answered by ? 2 · 1 0

É a serpente que morde sua própria cauda.

2006-11-19 18:43:42 · answer #7 · answered by tubalcain1733 7 · 1 0

E um veiculo usado pelos urubus,tipo um urubumovel.

2006-11-19 18:42:44 · answer #8 · answered by kanino kaninha 6 · 1 0

O dragão que devora a própria cauda. É um antigo símbolo alquímico que representa o “nous” devorado pelas próprias trevas no momento em que é abraçado pela “physis”. Ocorre que “nous” e “physis” encontram-se em princípio como “caos”. Misturados um com o outro, não há ainda discernimento. Enquanto a consciência não se manifesta os opostos do inconsciente permanecem latentes. Eles são ativados pela consciência e o “regius filius”, o espírito, “logos” ou “nous” é então tragado pela “physis”, isto é, o corpo e os órgãos que o representam adquirem um predomínio sobre a consciência.
O mito do herói conhece a condição de ser tragado pela baleia, assim como Jonas foi tragado pelo peixe e retido em seu ventre. A finalidade de todo conhecimento e de toda a opus é a transformação e a ressurreição do adepto.
Este processo também é simbolizado pelo “tesouro oculto”. O tesouro difícil de ser alcançado suspeita-se que esteja oculto na prima-matéria. Os alquimistas dizem que no “caos” existe em potência uma substância preciosa sob a forma de uma “massa confusa” dos elementos reunidos. Johannes Grasseus desenvolve a idéia de que a “matéria prima” é o chumbo que oculta o ouro.
O uróboros também é representado pelo hermafrodita, ou seja, é por assim dizer, de aspecto masculino-espiritual e feminino-corporal. Na verdade, o “nous” e a “physis” constituem uma unidade indistinta na “prima matéria”, tornando-se uma “natura abscondita”.
O equivalente psicológico deste tema, segundo JUNG, é a projeção de um conteúdo inconsciente altamente fascinante que, como todos os conteúdos deste tipo, apresenta um caráter numinoso, “divino” ou “sagrado”.
As projeções em geral não são reconhecidas como tais, e sim, apenas por seus efeitos. Assim por exemplo, em nosso mundo moderno, elas podem ser reconhecidas como “sintomas”. O “nous” aprisionado na “physis” pode aparecer então, como uma compulsão ou como um obsessão. Aspectos doentios dos vícios, revelam este aprisionamento: alcoolismo, drogadição, bulimia, anorexia e tantos outros.
O “nous” aprisionado na “physis” gera um calor, dizem os textos. Um fogo. Este fogo, psicologicamente, aparece como o fogo do conflito, do desespero, da angústia, do pânico, ou finalmente, quando redimido, como o fogo do amor, da criatividade, inspiração e intuição. Assim, em alquimia, a “pedra” é constituída pelos quatro elementos (fogo, água, ar e terra). O fogo então, representa, o “espírito oculto na matéria”. O sacrifício da missa original tinha este sentido de transmutação dos elementos. O rito da benção do fogo na sexta - feira santa é um exemplo deste fato. O fogo é como que o Cristo (imago Christi). A pedra cujo atrito produz o fogo é a “pedra angular”, outra “imago”; e a centelha que salta da pedra é mais uma “imago Christi”. A pedra de onde salta a centelha também é uma analogia do sepulcro na rocha, ou da pedra selando sua entrada. Dentro do sepulcro jazia Cristo adormecido e preso pelas ataduras da morte durante os três dias da ida aos infernos, isto é, em que desceu ao “ignis Gehennalis”. É de lá que ressurge como novo fogo. O alquimista ultrapassa a “imitatio Christi”, chegando à conclusão que a completa assimilação ao Redentor capacita o assimilado à obra da redenção no mais profundo de sua alma. É o momento em que o uróboros, dragão, devora a própria cauda. O círculo se fecha. O auge do processo é atingido. O alquimista liberta o “nous” de seu aprisionamento na “physis”, perdido que estava na matéria do “mundo” e isto para a salvação da humanidade.
Sonia R. Lyra

2006-11-19 20:26:58 · answer #9 · answered by aretadobem 2 · 0 0

fedest.com, questions and answers