Vou tentar resumir.
A principal característica é o coronelismo, o poder dos grandes senhores de terra.
Convém lembrar que foram os grandes fazendeiros, descontentes pelo Imperador ter abolido a escravidão sem indenização, entre outros motivos, que fomentaram a proclamação da República. Embora os militares tenham tomado a frente num primeiro momento, sempre estiveram subordinados aos interesses dos grandes senhores, assim como os políticos e aquela parcela da população que vive dos favores do Estado.
Para manter este poder, os currais eleitorais (o voto não era secreto) eram comandados diretamente por cada senhor, mantendo na prática o antigo voto censitário (restrito aos proprietários) do Império.
Há que ressaltar também as alianças entre os fazendeiros de São Paulo e Minas, na chamada política do café-com-leite, que estabeleciam a eleição alternada de um mineiro e um paulista para a Presidência, garantindo assim a manutenção dos status quo.
Na década de 20, os militares começam a disputar o poder com os coronéis (títulos honoríficos da guarda nacional) e aproveitam a insatisfação regional com o resultado da eleição de 1930 para tomar o poder com Getúlio Vargas e dar fim à República Velha.
2006-11-17 21:58:39
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answer #1
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answered by Aurélio 3
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A República Velha ou Primeira República foi o período da história do Brasil que vai da proclamação da República, em 1889, até a Revolução de 1930.
Com a proclamação da República, o Brasil mudou sua forma de governo. A República Velha, segundo alguns, pode ser dividida em dois períodos, denominados República da Espada e República Oligárquica.
O período inicial da República brasileira, de 1889 a 1894 é conhecido como República da Espada. Foi um período governado por dois militares, os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Durante este período transicional, foram comuns os levantes populares, e a repressão a focos de resistência simpáticos ao Imperador Dom Pedro II.
Uma junta militar encabeçada por Deodoro da Fonseca governou o Brasil entre 1889 e 1891, quando eleições indiretas o elegeram presidente, com Floriano como vice. Entretanto, Deodoro renunciou no mesmo ano, com problemas de saúde que o afligiam havia anos, e com graves problemas políticos, como atritos com a oligarquia cafeeira, greves, e a Primeira Revolta da Armada. Floriano Peixoto assumiu a presidência, e entre seus atos, estatizou a moeda, estimulou a indústria, baixou o preço de imóveis e alimentos. Floriano também repreendeu movimentos monarquistas, e entre seus atos, proibiu o Jornal do Brasil, na época com inclinações monarquistas, de circular até o final de seu governo.
Durante toda a República da Espada, a base governamental foram as oligarquias agrárias. O poder dos militares sucumbiu à força política dos barões do café de São Paulo e aos pecuaristas de Minas Gerais, e com a instituição de eleições diretas, o cafeicultor paulista Prudente de Morais foi eleito Presidente da República, encerrando o período da República da Espada, dando início à Política do Café com Leite, que norteou o restante da República Velha.
República Oligárquica (1894-1930) foi o período da história brasileira em que o poder ficou nas mãos das oligarquias cafeeiras. O governo federal foi controlado pelas oligarquias de São Paulo e de Minas Gerais, por meio da chamada "Política do Café-com-Leite. O "café" é referência a São Paulo, maior centro exportador de café do país, e o "leite", a Minas Gerais, apesar de esta não ter a maior produção de leite nacional.
Uma característica peculiar da política brasileira durante a República Oligárquica foi a "política dos governadores", instituída no governo de Prudente de Morais (a partir de 1894). De acordo com esse arranjo, o poder federal passou a apoiar os candidatos dos governadores estaduais (elites regionais) nas eleições subnacionais brasileiras, e, em troca, os governadores passaram a dar apoio e suporte garantido ao governo federal, colaborando com a eleição de determinados candidatos para o Senado e para a Câmara dos Deputados, mediante combinações entre os governos. Tais acordos significaram, na verdade, a execução da oposição na política brasileira, uma vez que os representantes populares eram escolhidos mediante pactos entre o governo federal e as elites estaduais, legitimadas por eleições fraudulentas, sem espaço para candidatos independentes. Nesse período, até mesmo a Comissão de Verificação de Poderes do Congresso, órgão encarregado de fiscalizar o sistema eleitoral brasileiro, se mostrava ineficiente, uma vez que era controlada pelas políticas de alianças.
2006-11-17 11:04:19
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answer #4
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answered by gatinha 1
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É eu tb fico assim, todo empolgado qdo me deparo com um assunto novo na faculdade e que me desperta interesse.
Continue assim, isso é bom. Nunca deixe de pesquisar e estudar bastante. É o único investimento pessoal que ninguém pode roubar de vc.
2006-11-17 10:30:53
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answer #6
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answered by Mô 4
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