Vampiro | s. m. Entidade imaginária que, segundo a crença do vulgo, sai das sepulturas para sugar o sangue dos vivos.
Este verbete que poderia constar em qualquer dicionário representa fielmente a visão que a maioria das pessoas tem destes seres. Entes malévolos, demonÃacos, mortos-vivos, que perpetuam a sua existência através da vida ainda contida em outras pessoas, o seu sangue. PoderÃamos muito bem nos dar por contentes com esse verbete, se os mitos de vampiros não tivessem um papel tão mais importante na história da humanidade do que imaginou o hipotético autor do dicionário. Desde milhares de anos antes de Cristo, a humanidade devota muito de suas crenças a estas criaturas, em diversas formas de várias procedências. No Egito, os Deuses Ãsis e OsÃris personificavam muitos dos valores do mito vampÃrico, assim como a figura proscrita da bÃblia católica, mas ainda lembrada pelos hebreus, de nome Lilith. Em todos os continentes, com maior ou menor presença, temos representações que se encaixam em maior ou menor grau neste estereótipo. Mesmo a brasileira Cuca, citada por Monteiro Lobato. Mas isso é assunto para outros escritos...
Devido a todas estas referências, isoladas ou não, com todos os pontos em comum que possuem, percebemos que antes de ser um mito isolado, os vampiros representam uma faceta de nossa própria humanidade, de nossos próprios desejos e medos. Trocando em miúdos, os mitos vampÃricos acabaram por se tornar projeções do que desejamos ou tememos em nossa existência.
Entretanto, apesar de sua importância, os vampiros foram sempre explorados como lenda, como mito, pelo esoterismo, ocultismo, ou, quando muito, como arquétipo psicológico e apenas isso... Raramente vimos ou vemos uma abordagem séria sobre a possibilidade destes seres existirem, ainda que de forma diferente da apregoada por muitos.
Por isso foi elaborado este texto. Tenha-o mais como uma abertura para novas idéias do que um tratado fÃsico-quÃmico-biológico-psicológico. Ele apenas trata de uma forma mais determinista essa criatura tão intrigante. Claro, algumas medidas precisaram ser tomadas para relacionar os mitos e encontrar uma figura única, que pudesse ser explorada com os olhos do ceticismo, e estas não serão enumeradas aqui. Apenas aceite como arquétipo a ser estudado um vampiro muito próximo do modelo ocidental, e do qual este texto tratará a partir de agora.
Por serem seres mitológicos, lendários, os vampiros possuem diversas caracterÃsticas “falseadas”, “romantizadas”. Estas caracterÃsticas, que a princÃpio seriam classificadas como sobrenaturais, podem ser divididas em dois grupos. Num deles estariam as que são pura especulação, fruto de mentes incultas e vulgares, que não têm possibilidade de serem reproduzidas em nosso mundo de nenhuma maneira, junto com as que tenham um caráter apenas comportamental/social, não inerentemente vampÃrico, que poderiam se encaixar em quaisquer figuras humanas.
Este grupo inclui o medo de crucifixos, água benta, galhos de roseira, alho ou qualquer outro condimento ou semente (como a mostarda), a incapacidade de passar sobre água corrente, a necessidade de dormir em caixões, a ausência de reflexos no espelho, a morte através de estacas empaladas no coração (não é necessário ser um vampiro para morrer deste modo), a decapitação (nem deste), a ligação com o diabo ou qualquer outra entidade, a capacidade de transmorfia e o fato destes serem mortos-vivos, entre outros absurdos que não merecem mais espaço do que o que já tiveram durante todo este tempo.
No outro grupo estariam aquelas que com um pouco de bom senso e capacidade de interpretação poderiam ser "traduzidas" de maneira mais cientÃfica.
à deste grupo que trataremos. E quais seriam estas caracterÃsticas? Também podemos formar aqui dois subgrupos. As que ligam o vampiro à natureza animal, como os sentidos aguçados, a predileção por sangue, os sentimentos intensos (instintivos), a atração exercida sobre os humanos, os hábitos noturnos, a elegância dos movimentos, a presença de caninos proeminentes (este quase cai no primeiro grupo) assim como sua furtividade, caracterÃsticas de um autêntico predador, e até mesmo similaridades fÃsicas com animais (em pequena escala), ficariam num deles. No outro subgrupo estariam inseridas as que podem ser consideradas "evoluções" ou "melhorias" e também "limitações" não encontradas no organismo humano, pelo menos em âmbito catedrático, e que não encontram similares nos filos superiores do mundo animal, sendo fruto de mutações ou simples seleção natural, tais como enorme capacidade de cicatrização (até mesmo regeneração), não envelhecimento (diferente de imortalidade), alta sensibilidade à luz intensa (não necessariamente solar e fatal), poderes paranormais (estes não tendo, a princÃpio, relação com o caráter vampÃrico), grande força fÃsica, capacidade de sugar energia (vital?) de suas vÃtimas e poderes hipnóticos. O primeiro grupo pode ser considerado um retorno à s origens, enquanto o último seria uma evolução da espécie.
E TODAS ELAS ESTARIAM EM NOSSOS GENÃTIPOS.
Para explicar o porquê da última afirmação e cada caracterÃstica, é necessário enumerar alguns conceitos básicos de genética. Tudo o que somos está contido em nosso DNA. Com exceção das coisas que aprendemos durante nossa existência e as modificações que o meio ambiente nos impõe, tudo é parte integrante de nossa cromatina. E como estamos tratando de vampiros enquanto seres verossÃmeis, estes, se forem analisados de forma cientÃfica e plausÃvel, precisam se enquadrar no que conhecemos como certo, e carregar em seus genes as tais caracterÃsticas.
Outro fator capaz de tornar mais palpável esta abordagem tem respaldo na teoria da evolução. Nós carregamos conosco muitas coisas em comum com os nossos antepassados irracionais. Nosso cérebro foi se tornando maior, e ganhou novas estruturas, mas a parte mais interior ainda é semelhante ao cérebro de parentes tão distantes na cadeia evolutiva quanto anfÃbios e répteis, como o crocodilo, para não mencionar mesmo os peixes, como o tubarão. E esta é justamente a parte que controla os nossos instintos. Se todos nós temos este caráter animal, mesmo que em pequenas doses já amortizadas por milênios de civilização influenciando a seleção natural, é plausÃvel presumir que alguns de nós podem ter resguardado maior semelhança com os animais do que o comum, e isto também está no nosso genótipo.
à aà que entram as caracterÃsticas animais dos vampiros. Quem de nós já não teve vontade de esmurrar uma pessoa, mas não o fez porque a razão, sendo mais forte, refreou os instintos? Porque o nosso super ego, que nos enquadra para a vida em sociedade, nos fez suprimir o nosso id, a nossa parte mais Ãntima. Pois a parte instintiva destes seres é ligeiramente mais desenvolvida, fazendo com que grande parte das vezes a emoção supere a razão, mas por outro lado permitindo a maior compreensão da linguagem emocional de outras pessoas, como uma espécie de empatia, que normalmente não é percebida.
Os sentidos aguçados também seriam resultado dos centros de visão, olfato, audição e mesmo tato mais próximos dos animais. Claro, um vampiro não teria um olfato tão bom quanto o de um lobo, nem a visão de um gavião, mas teria sentidos muito mais apurados que os humanos em geral. Por exemplo, os bastonetes, células oculares responsáveis pela visão monocromática seriam muito mais sensÃveis, ou existiriam em maior quantidade, aproveitando melhor a pouca luminosidade de ambientes escuros, o que possibilitaria ao vampiro ter uma ótima visão noturna.
A sensualidade, apesar de corriqueiramente não percebermos, está intimamente ligada aos hormônios sexuais, os chamados feromônios. Os vampiros produziriam muito mais feromônios, que atrairiam as pessoas através do olfato, sem que estas sequer percebessem, o que na realidade é o que ocorre, em menor grau, mesmo entre as pessoas normais... Isto, aliado à sensualidade gestual herdada dos rituais animais, como os de cortejo e acasalamento, faria dos vampiros seres praticamente irresistÃveis.
Pesquisas feitas com animais determinaram que muitas atitudes tidas apenas como instintivas e naturais nos animais, como o instinto de maternidade, por exemplo, necessitam de um estÃmulo externo para serem efetivadas, como se o instinto fosse uma corrente em que falta apenas um elo, que seria fornecido pelos pais na educação dos filhotes. Isto acontece também com as pessoas, por isso vemos em adultos muitos problemas que tiveram origem na adolescência ou infância. O que isto quer dizer? Que talvez este vampiro, apesar de conter em seu código genético todas as qualidades acima mencionadas, também precise deste estÃmulo externo, e aà terÃamos a explicação de um outro comportamento vampÃrico, que é o despertar, o momento em que este ser aborda outro e o “transforma” em vampiro, que na realidade seria como se ele fosse um tutor ensinando a pessoa a ser o que ela realmente é, a entender a ela mesma, e assim deixar de viver se sentindo isolada numa sociedade com valores muito diferentes dos seus próprios...
E, como não poderia deixar de ser, todos os exemplos de animais citados são predadores, caçadores por natureza, e também carnÃvoros, com predileção por sangue, assim como seriam os vampiros.
Esta é a parte dos vampiros que remonta ao passado. Agora vamos ao futuro.
Praticamente todas as caracterÃsticas do segundo grupo podem ser enquadradas em uma única teoria. Unificando várias delas que aparentemente não tinham muita ligação, chega-se a um denominador comum, ou seja, uma única fonte. Tanto a alta capacidade de cicatrização, a longevidade (o mesmo que rápida renovação das células), o melhor aproveitamento do corpo (um metabolismo mais eficiente), como maior força e agilidade, estariam possivelmente ligados a um único fator: uma substância, uma espécie de catalisador, um hormônio ou enzima, que seria produzido apenas pelos vampiros. Seria como a adrenalina, talvez um parente próximo, talvez a própria adrenalina remodelada, muito mais "polivalente". Este mesmo hormônio ou enzima aceleraria todo o metabolismo, ao mesmo tempo em que ativaria o processo de renovação celular a nÃveis astronômicos. Algo semelhante a isto, porém em menor grau, já acontece com pessoas em situações de extremo perigo, ou em drogados.
Agora, como isso pode acontecer? Algo como rápida cicatrização? O sistema nervoso, ao receber a informação do local do ferimento, normalmente direciona as suas defesas para estancar o sangramento (função desempenhada automaticamente pelas plaquetas componentes do sangue), fechar a ferida e impedir a entrada de corpos estranhos. Mas toda essa eficiência tem um limite, e um ferimento pode causar danos irreversÃveis antes de ser cuidado. Nos vampiros, o organismo descarregaria na corrente sangüÃnea este catalisador, que aceleraria todo o processo de recuperação, aumentando a resistência aos ferimentos, ao mesmo tempo em que garantiria forças para manter o organismo operando. A longevidade? Também acontece da mesma forma, só que num processo muito mais lento; apenas, poderÃamos dizer, de manutenção, garantindo uma sobrevida muito maior.
Força e agilidade superiores? Aqui cabe uma pequena explicação de como acontece o movimento. Nossos músculos são compostos por fibras que se contraem numa reação em cadeia ocasionada por uma seqüência de "pontes quÃmicas" que, como na famosa brincadeira com dominós, gera o movimento. Quanto mais rápida a reação em cadeia, mais rápido o movimento. Está explicada a maior agilidade dos vampiros. Agora, vamos à força. à famosa a equação “Força = massa X aceleração”. Quanto maior a aceleração (ou na prática o tempo de resposta das pontes quÃmicas), maior a força. Portanto, a maior agilidade dos vampiros a nÃvel celular os torna mais fortes.
Agora vamos falar das fraquezas. Entre elas está a sensibilidade à luz forte e/ou calor. Num forte calor, o organismo funciona mais lentamente, pois na conversão da energia quÃmica para a elétrica, e na decomposição dos alimentos, também dissipa energia térmica, elevando a sua temperatura a nÃveis que podem se tornar intoleráveis, superando a capacidade de resfriamento do corpo. Todos os animais, mesmo os homeotermos, incluindo os humanos, quando muito tempo expostos ao sol, ficam letárgicos, "moles". Nos vampiros, então, por serem estes seres muito mais ativos, com um metabolismo muito mais elevado, e por isso gerando por natureza muito mais calor, a exposição ao sol causa um efeito semelhante, porém muito mais intenso. E como nenhum aminoácido resiste a temperaturas maiores que 42 graus centÃgrados, a possibilidade de um vampiro morrer por desnaturação de seu tecido protéico pode vir a ser grande, o que causaria um efeito muito parecido, porém em muitÃssimo menor escala, do vampiro que se desfaz diante do sol. Uma tremenda e fulminante insolação, digamos. Já a luz intensa seria prejudicial pelo mesmo motivo que a escuridão não é muito problema. Com células receptoras da visão mais sensÃveis, a luz excessiva poderia causar irritação e dor, e por que não dizer, até mesmo cegueira.
A necessidade de sangue permanece uma incógnita. Talvez da mesma forma que produza uma certa substância, o vampiro possa deixar de produzir alguma outra essencial, só existente no sangue de outros. Mas ainda assim, esta é uma possibilidade muito remota, pois seria muito difÃcil explicar o mecanismo de absorção, no caso de o sangue ser ingerido, porque podemos encontrar as mesmas substâncias nos tecidos animais e digerÃ-las normalmente. Talvez fosse mais interessante se fosse possÃvel apenas com transfusões, mas ainda assim seria complicado. Não parece existir uma explicação plausÃvel para ela. Por isso, podemos considerar a ingestão de sangue como uma opção. A simples preferência de um ser predador por este alimento. O que, dito de passagem, é perfeitamente plausÃvel. Mesmo que não se endosse a ingestão de sangue como prática diária, ainda é indiscutÃvel a sua posição como nutriente praticamente completo, já que todo e qualquer nutriente que ingerimos com os alimentos, sejam vitaminas, minerais, proteÃnas ou outros, passam pela corrente sanguÃnea dos animais antes de atingir os tecidos dos quais nos alimentamos. E talvez aà mesmo esteja uma explicação para o fato da ligação dos vampiros com o sangue... Tomemos como exemplo uma pessoa que se alimente única e exclusivamente de vegetais, ou indo mais além, que adote a doutrina macrobiótica. No decorrer de alguns anos, o seu sistema digestivo terá se adaptado, se acostumado, falando de forma leiga, ao tipo de alimentação desta pessoa, de forma que se ela vier a comer carne, um alimento muito mais pesado, provavelmente não se sentirá muito bem, pois seu sistema digestivo estará, se não atrofiado, pelo menos sub-utilizado. Imaginemos então um ser que tenha adotado o sangue como única forma de alimento. O sangue praticamente não precisa ser digerido, pois todas as substâncias encontram-se já dissolvidas em seu plasma, para possibilitar sua absorção pelas células. Apesar de no começo isto se tratar apenas de uma opção, depois de anos praticando esse hábito dificilmente alguém conseguiria se alimentar de forma natural. O hábito do vampiro então, com o tempo, tornaria inviável outro tipo de alimentação que não fosse o sangue. O que se encaixa na caracterÃstica dos vampiros, além de beberem sangue, não poderem se alimentar de outras coisas.
Esta é uma pequena explicação de como essas caracterÃsticas poderiam ser viáveis. Mas como toda teoria, esta também tem que ter sua aplicação na vida real. Presumindo-se a herança genética como verdadeira no caso do vampirismo, precisamos analisar ainda como esta ocorreria. Isto poderia acontecer de duas formas: estas caracterÃsticas poderiam estar concentradas em um ou poucos genes próximos entre si na cadeia de DNA, e, portanto, seriam transmitidas provavelmente todas juntas, ou que estas caracterÃsticas, em sua grande maioria, poderiam existir umas sem as outras, em genes espalhados pelo genótipo humano.A primeira é pouco provável devido a grande variedade destas mesmas caracterÃsticas, que não parecem ter alguma ligação a nÃvel genético. Isto nos deixaria com a segunda opção, a de que tais caracterÃsticas podem existir em separado, espalhadas entre nossos genes por toda a cadeia de nucleotÃdeos.
Foi daà que partiu a idéia de uma gradação de vampirismo. Seria relativamente fácil encontrar pessoas com algumas poucas caracterÃsticas vampÃricas, enquanto seria muito difÃcil encontrar alguém vampiro em todos os sentidos. Entretanto, aà terÃamos um problema: a partir de que ponto poderÃamos classificar alguém como “vampiro”? A idéia mais acertada me pareceu escolher a caracterÃstica mais importante, e adotá-la como referência. Esta caracterÃstica é a produção da tal substância catalisadora. Portanto, se um ser produzir tal substância, é um vampiro, mesmo que não possua nenhuma outra caracterÃstica. Ao mesmo tempo em que se uma pessoa tiver sentidos extremamente aguçados e afinidade com animais, mas não produza a substância, seria um “pseudovampiro”.
Resumindo, é bastante provável, senão certo, que existam muitos pseudovampiros pelo mundo afora, enquanto é improvável, porém plausÃvel, presumir a ocorrência de verdadeiros vampiros, vivendo entre nós, alimentado-se (?) de nós, vendo-nos morrer, e caçoando daqueles que tentam compreender a sua existência.
2006-11-17 07:20:13
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answer #5
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answered by Pardal 3
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Vlad III o Empalador (SighiÅoara, 1431 — 1476), também conhecido como Vlad III Drácula (Vlad Å¢epeÅ ['tsepeÊ] em romeno) foi o voivoda (prÃncipe) da Valáquia em 1448, de 1456 a 1462 e em 1476.
Como voivoda Vlad III liderou uma polÃtica independente em relação ao Império Otomano e, na Romênia, é lembrado como um cavaleiro cristão que lutou contra o expansionismo islâmico na Europa. Em turco, Vlad III é conhecido como Kazıklı Bey, ou o PrÃncipe Empalador, sendo um herói popular na Romênia e na República da Moldávia ainda hoje.
Fora da Romênia o voivoda é conhecido por contos que exageram suas atrocidades contra seus inimigos, sendo que muitos dos atos que lhe são atribuÃdo são de veracidade duvidosa. Alguns sustentam que sua personalidade teria inspirado a personagem Drácula, o vampiro mais famoso do mundo, criado por Bram Stoker.
Seu pai era Vlad II, prÃncipe da Valáquia , também conhecido como Vlad Dracul por ser um membro da Ordem do Dragão, um pacto medieval de luta contra os turcos. Assim, o menino herdou a alcunha Draculea, que significa "filho de Dragão". Há de se considerar, entretanto, que a palavra dracul tanto pode se referir a dragão quanto a serpente, um eufemismo comum para fazer referência ao Demônio.
Sobre o nome "Drácula" existem duas teorias, ambas começando com a história do pai de Dracula, Vlad II, também conhecido como Vlad Dracul. A palavra "Drac" em moldávio significa "Diabo", e "ul" é um artigo definido. A tradução de "Dracul" seria "O Diabo". Esse nome, como era de costume na época colocar um adjetivo ou nome depois do nome próprio da pessoa (bastar ver o primeiro parágrafo para exemplos), teria sido colocado por seus rivais polÃticos, devido ao seu governo extremamente rÃgido. A letra "a" colocada no final de um substantivo significa "filho". Dessa forma, "Dracula" significa "O Filho do Diabo", nome ganhado por Vlad III por ser filho de Vlad II.
A outra teoria, mais aceita pelos historiadores, seria sobre a consagração de Vlad II como Cavaleiro da Ordem do Dragão pelo Sagrado Imperador Romano Sigmundo de Luxemburgo, no ano de 1431. A Ordem do Dragão foi uma instituição católica fundada para lutar contra os Turcos. O Dragão era o sÃmbolo do Diabo, portanto um significado alternativo para "Drac" seria "Dragão". O que faria de "Dracul" "O Dragão". Vlad III, sendo filho de Vlad II ganharia o nome "Dracula", ou "O Filho do Dragão".
Vlad III também viria a ganhar o nome Tepes (pronuncia-se Tsepesh), que significa "O Empalador". O porquê desse nome será explicado mais adiante.
Ascensão de Vlad Dracul ao trono (1436-1442)
A situação polÃtica na Valáquia continuou instável depois de Vlad Dracul ascender ao trono em 1436. O poder dos Turcos estava crescendo rapidamente enquanto cada um dos pequenos estados dos Balcãs se rendiam ao massacre dos Otomanos. Ao mesmo tempo o poder da Hungria estava atingindo seu apogeu e o faria durante o tempo de João Corvino, o Cavaleiro Branco da Hungria, e seu filho, o rei Matias Corvino. Qualquer prÃncipe da Valáquia teria que balancear suas polÃticas precariamente entre esses dois poderosos paÃses vizinhos. O prÃncipe da Valáquia era oficialmente um subordinado ao rei da Hungria. Também Vlad Dracul era um membro da Ordem do Dragão, tendo jurado lutar contra os infiéis. Ao mesmo tempo o poder dos Otomanos parecia não poder ser detido. Mesmo no tempo do pai de Vlad II, Mircea, o Velho, a Valáquia era forçada a pagar tributo ao Sultão. Vlad foi forçado a renovar esse tributo e de 1436 - 1442 tentou estabelecer um equilÃbrio entre seus poderosos vizinhos.
Em 1442 Vlad tentou permanecer neutro quando os turcos invadiram a Transilvânia. Os Turcos foram vencidos e os vingativos húngaros, sob o comando de John Hunyadi forçaram Dracul e sua familia a fugir da Valáquia. Hunyadi colocou um Danesti, Basarab II, no trono valaquiano. Em 1443 Vlad II retomou o trono da Valáquia com suporte dos Turcos, desde que ele assinasse um novo tratado com o Sultão que incluiria não apenas o costumeiro tributo, além de outros favores. Em 1444, para assegurar ao sultão de sua boa fé, Vlad mandou seus dois filhos mais novos para Adrianopla como reféns. Dracula permaneceu refém em Adrianopla até 1448.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dr%C3%A1cula
2006-11-17 06:47:57
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answer #10
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answered by Anonymous
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