Numa sociedade com tanta desigualdade como a brasileira, não se pode criticar o fato de 86,1% dos empregos com carteira assinada, criados de 2002 a 2004, terem sido para trabalhadores com renda entre um e dois salários mínimos. Mas é frustrante constatar - como fez uma pesquisa realizada em janeiro pelos economistas Claudio Dedecca e Eliane Rosandiski, da Unicamp - que, no mesmo período, diminuiu 10,6% o número de empregos com carteira assinada para trabalhadores com renda igual ou superior a dez salários mínimos.
Esta é, justamente, a faixa que pode ser considerada a da classe média brasileira. Por representar um ponto de equilíbrio numa sociedade marcada por desigualdades e, desse modo, evitar o surgimento de conflitos entre os extremos, o crescimento da classe média deveria ser fortemente estimulado. Mas o contrário é que vem ocorrendo no Brasil.
ÍNTEGRA - As perdas da classe média
http://www.estado.com.br/editorias/2006/11/17/edi-1.93.5.20061117.1.1.xml
2006-11-17
01:39:32
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verena
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Governo e Política
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