Existem várias fascÃolas: a hepática humana, a intestinal humana, a hepática ovina, a pancreática bovina, a hepática do gato, mas todas elas parasitam humanos.
São vermes chatos, em forma de folha. Passam por vários estágios durante seu crescimento. O verme adulto produz ovos que saem nas fezes do hospedeiro. A chuva ou o esgoto primitivo os levam para os rios. Em contato com a água eles liberam miracÃdios, que têm cÃlios com os quais se movimentam à procura do primeiro hospedeiro – um caramujo, camarão ou peixinho de água doce. Uma vez dentro, os miracÃdios se subdividem internamente em bolinhas chamadas rédias, que produzem outras rédias, que produzem cercárias – que são larvinhas com rabo, ou melhor, nadadeira, pois serve para que saiam do hospedeiro e nadem até uma plantinha qualquer. Ali se agarram, a boca feito ventosa, e começam imediatamente a se encistar – ou seja, a formar uma carapaça em volta de si mesmas – enquanto o rabo cai, esperneia e se dissolve na água. A futura fascÃola é agora uma metacercária, cisto de paredes duplas, sendo a de fora muito grudenta e a de dentro quase inquebrável.
Aà alguém come a plantinha, digamos um pé de agrião, na salada. A parede externa do cisto se rompe à menor pressão dos dentes, mas a interna resiste à mastigação e ao suco gástrico e só se dissolve no duodeno. A larvinha que sai de dentro corre então para a parede intestinal e começa a virar adulta, para viver muitos anos e pôr no mundo até mil ovos a cada movimento intestinal do hospedeiro.
Fasciola hepatica
No intestino delgado, os cistos da fascÃola hepática humana se abrem e o vermezinho vai viajando pela corrente sanguÃnea até o fÃgado, penetra nos tecidos e chega aos dutos biliares, onde se instala. (Esses dutos são os que levam a bile do fÃgado para a vesÃcula.) Sua presença ali e as andanças pelo fÃgado fazem o hospedeiro emagrecer e ficar fraco.
A fascÃola hepática apodrece o fÃgado de ovelhas, animais domésticos e humanos. Em muitos paÃses a fasciolÃase em ovinos e bovinos torna a carne imprópria para consumo humano.
Fascioloides magna
à a fascÃola hepática ovina, parasita muito comum nos Estados Unidos. Pode medir até 2,5 cm de largura por 10 cm de comprimento. Os parasitas são encontrados no fÃgado e nos dutos biliares do hospedeiro definitivo. Quando estão nos dutos biliares, os ovos saem pelas fezes; quando estão no fÃgado, os ovos ficam presos nos tecidos e causam problemas graves.
Fasciolopsis buski
Essa é a tal da fascÃola intestinal humana, que vive no intestino delgado de humanos e suÃnos. Mede até 8 cm de comprimento – um dos maiores trematódeos encontrados em humanos. à muito comum em paÃses do Oriente e seu maior propagador é o porco. Seu ciclo de vida é semelhante ao da Fasciola hepatica. As fêmeas adultas produzem até 25.000 ovos por dia, que saem com as fezes e amadurecem num caramujo, do qual nascem larvas que se encistam na vegetação ribeirinha, e os humanos se contaminam comendo a folhagem. A fasciolÃase se caracteriza por sintomas graves no intestino delgado: inflamação, úlceras, hemorragia e finalmente abscessos, que podem ser fatais.
CÃNCER: FASCÃOLAS?
A cientista canadense Hulda Clark, Ph.D., N.D., bióloga especialista em biofÃsica e fisiologia celular, pesquisou durante 21 anos para o governo americano e resolveu prosseguir sozinha. Tem seu próprio laboratório e atende pacientes de câncer, afirmando que já obteve a reversão de centenas de casos. Ela diz que cem por cento de todos os portadores de câncer têm Fasciolopsis buski, a fascÃola intestinal humana, só que no fÃgado em vez do habitat natural, o intestino. Segundo ela, esse deslocamento anômalo e fatal é possÃvel graças à presença de poluentes quÃmicos no organismo e à debilidade do sistema imunológico. E sustenta que basta acabar com a fascÃola para acabar com o câncer.
As notÃcias do trabalho da dra. Clark estão em www.drhuldaclark.org e www.drhuldaclark.com, bem como a venda de livros e os tratamentos.
Ela diz que os ovos da fascÃola entram na corrente sanguÃnea por minúsculos machucados na parede intestinal, causados pelos mecanismos de fixação do verme adulto, e chegam ao fÃgado já convertidos em miracÃdios, que normalmente seriam engolidos pelas células macrófagas. O desastre acontece quando, por alguma razão, a pessoa tem álcool isopropil circulando; ele neutraliza a capacidade protetora do fÃgado, os miracÃdios se instalam e produzem rédias com alto poder de multiplicação espontânea – 40 novas rédias por cabeça, que também podem se deslocar para outros tecidos imunologicamente debilitados, como o pulmão dos fumantes, por exemplo, ou o colo do útero ferido. Depois de algum tempo, essas rédias se transformam em cercárias; constroem um cisto em torno de si mesmas e ali viveriam fechadas para sempre, não fosse pela presença no organismo de solventes, como benzeno, que dissolvem o cisto. Pronto: a fascÃola está livre para comer nossos tecidos, crescer, casar e ter muitos filhinhos.
O problema, porém, não fica aÃ. Essa multiplicação dentro do organismo põe em circulação um agente quÃmico, a ortofosfotirosina, que só a Fasciolopsis buski produz. Trata-se de um fator de crescimento que o verme fabrica para si mesmo nos estágios iniciais, mas que serve igualmente para multiplicar as células cancerosas. E, segundo a dra. Clark, esse fator é amplamente reconhecido como sinal de atividade do tumor.
Em suas pesquisas, ela detectou a presença anormal de álcool isopropil no fÃgado e/ou intestino em 100% dos casos de câncer (mais de 500 casos), com fascÃolas se desenvolvendo em vários órgãos e neles produzindo tumores, e também encontrou o solvente benzeno associado com 100% de casos de HIV (mais de 100 casos), com fascÃolas intestinais se desenvolvendo no timo. Encontrou ainda aflatoxina B, produzida por fungos, e reconhecidamente cancerÃgena, na maioria dos pacientes.
Esta cientista está convencida de que nós, humanos, só temos dois problemas de saúde: parasitas e poluição. Diz que a fascÃola, quando se instala nas paredes do útero, provoca cólicas e sangramento menstrual fora de época; se sair, pode levar pedaços do endométrio para a cavidade abdominal e gerar endometriose. Nos rins causa lúpus e mal de Hodgkin. Se completar seu ciclo no cérebro, causa mal de Alzheimer e esclerose múltipla. Se for no pâncreas, dá diabete. No timo, vai produzir baixa imunidade e favorecer a ação dos vÃrus da aids. Se invadir os músculos causa distrofias. No intestino é responsável pelo mal de Crohn, e o sarcoma de Kaposi também seria obra dela.
A dra. Clark tem uma idéia surpreendente sobre as pedras da vesÃcula: que elas se formam em
torno de parasitas do sistema hepático, mortos e
já apinhados de bactérias. Essas figurinhas carimbadas não aparecem nos raios-x e ultra-sons porque, em sua maioria, não são calcificadas. Vão entupindo os dutos biliares, impedem a bile de fluir, e isso faz aumentar o nÃvel de colesterol no sangue. Em seu livro The cure of all diseases ela mostra fotos dessas pedras que lembram a forma das fascÃolas.
Sobre câncer, o cenário que a dra. Clark desenha não é menos dramático: como o tecido invadido pela fascÃola não recupera mais sua imunidade, vira albergue para todo tipo de parasitas e o tumor canceroso é um foco de vermes, bactérias, fungos e vÃrus, cheio de toxinas, álcool isopropil, fréon, metais pesados como cobre, mercúrio e nÃquel, venenos como arsênico e componentes de agrotóxicos e pesticidas. E os cistos de seios e ovários, diz ela, são cheios de micélios, a forma avançada dos fungos.
Muito enfática em suas afirmações, a dra. Clark deixa de lado o rigor cientÃfico quando divulga seus achados, o que cria uma enorme margem de dúvidas quanto à seriedade do seu trabalho; mas nunca foi contestada oficialmente e divulga aos quatro ventos sua fórmula para acabar com vermes, que está no capÃtulo sobre tratamentos.
Mas acentua que, depois da limpeza, o mais importante é recuperar a imunidade, banindo da alimentação fontes de álcool isopropil como bebidas gaseificadas, café descafeinado, sucos de fruta engarrafados e açúcar branco. Esse álcool é muito presente em cosméticos, xampus e outros produtos para cabelo; ela diz para bani-los e não usar nada que tenha "propil" no meio.
Há nos Estados Unidos uma crescente mania de limpeza intestinal através de colonics, lavagens intestinais em que água e outros produtos penetram profundamente no cólon. SÃndrome de um paÃs onde a prisão de ventre se tornou regra. Pessoas que trabalham com isso dão testemunho de uma enormidade de vermes intestinais saindo da maioria dos clientes, todos adultos, urbanos, de primeiro mundo e sem sintomas claros de verminose, mas cheios de problemas de saúde.
Diz o parasitologista americano Geoffrey Lapage, em seu livro Animals parasitic in man: "Não há parte do corpo humano, bem como de outro hospedeiro qualquer, que não seja visitada por algum tipo de animal parasitário em algum momento de sua história de vida."
VERME HEPÃTICO CHINÃS / ORIENTAL
Clonorchis sinensis
Ele mede entre 10 e 25 mm e vive nos dutos biliares de humanos e outros mamÃferos. A clonorquÃase é uma doença comum na China, Vietnã, Coréia e Japão, e é adquirida comendo peixe de água doce contaminado pela larva. Estima-se em 30 milhões o número de pessoas infectadas. O verme vive de 10 a 20 anos no hospedeiro e faz com que o revestimento interno dos dutos biliares fique grosso, o que provoca uma inflamação nos tecidos hepáticos adjacentes; pode haver degeneração do tecido dos dutos e os ovos do parasita entrarem no tecido hepático; nesse caso as defesas do hospedeiro providenciam uma cápsula fibrosa, um granuloma, em torno dos ovos. Pode haver bloqueio total ou estreitamento dos dutos biliares. Como os parasitas vivem muitos anos, o dano causado ao fÃgado e seus dutos tende a se acumular e pode matar. O diagnóstico depende da identificação dos ovos nas fezes.
Peixe cru, defumado, salgado ou seco: em qualquer um destes pode estar a larva. Logo em seguida à infecção podem aparecer sinais de indigestão, mais tarde seguidos por aumento e sensibilidade do fÃgado e uma leve icterÃcia. Freqüentemente não há sintomas. Infestações grandes (a partir de 20.000 vermes) podem envolver o pâncreas e a vesÃcula biliar e estar associadas ao acúmulo de fluido no abdome e sinais de intoxicação geral. Não existe tratamento satisfatório contra clonorquÃase; algum sucesso foi obtido com agentes como cloroquina, que são tóxicos para o verme. A prevenção se faz cozinhando bem os peixes de água doce e tomando cuidado para não contaminar nada durante o preparo.
VERME DO PULMÃO
Paragonimus westermani
Há muitas variedades de Paragonimus, mas a que normalmente infesta os humanos é a P. westermani, encontrada nos pulmões.
São vermes robustos, medindo 10 mm de comprimento, 5 mm de largura e 5 mm de profundidade, e parecem grãos de café. Produzem ovos que vão para as passagens de ar dos pulmões e saem junto com a tosse e o escarro, ou são engolidos e saem pelas fezes. Os ovos amadurecem e soltam larvas, e o primeiro hospedeiro intermediário é um caramujo. As larvas, já no estágio de cercárias, infectam um segundo hospedeiro, caranguejo ou camarão-de-água-doce (pitu), e o hospedeiro definitivo é infectado quando come a carne com o cisto do verme. O cisto se abre no intestino delgado, a larva imatura penetra na parede intestinal, migra pela cavidade abdominal, atravessa o diafragma e finalmente chega aos pulmões. As infecções pulmonares raramente são fatais, mas os vermes são encontrados freqüentemente em lugares estranhos como cérebro, coração e medula espinhal, e aà podem matar.
Não se costuma comer caranguejo e camarão-de-água doce crus, mas a metacercária permanece viva em conservas tipo picles ou marinada, e é assim que se dá a transmissão – além, é claro, de mãos e utensÃlios de cozinha contaminados.
No Japão não é raro encontrar pessoas infectadas por Paragonimus westermani e P. miyazakii; o diagnóstico geralmente aponta câncer de pulmão ou tuberculose. No pulmão, o verme fica encapsulado num cisto produzido pela reação imunológica do hospedeiro. Eventualmente invade o cérebro. Na radiografia aparece uma massa calcificada.
EURITREMAS
Eurytrema pancreaticum
Esse parasita vive nos dutos pancreáticos e gosta de humanos, bovinos, ovinos, suÃnos, macacos e camelos. à encontrado em muitos lugares do Oriente e algumas áreas da América do Sul. Seu ciclo de vida envolve dois hospedeiros intermediários, o caramujo e o gafanhoto, num processo de amadurecimento que leva dois anos. A infecção do hospedeiro definitivo se dá quando ele come o gafanhoto ou algum hospedeiro infectado.
Vários pesquisadores, entre eles a dra. Hulda Clark, afirmam que a infestação do pâncreas por vermes causa diabete. O Eurytrema cava caminhos nos próprios tecidos pancreáticos, produzindo neles uma verdadeira devastação. Segundo o médico Michel Briamonte, em seu site WellnessWeb, alguns pacientes diabéticos puderam normalizar totalmente suas taxas de glicose e suspender os remédios depois de fazer um programa completo de vermifugação. O ideal seria que exames de fezes detalhados pudessem apontar a existência do parasita, mas isso é difÃcil; a melhor maneira de saber se eles são os culpados é fazer uma limpeza parasitária rigorosa e checar os resultados
2006-11-16 19:00:21
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answer #3
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answered by Anonymous
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