Más condições de trabalho e saúde dos controladores de vôos representam riscos para a população
Desrespeito diário às normas de segurança, aumento constante do tráfego aéreo, falta de manutenção dos aparelhos, utilização de tecnologia ultrapassada formam um difícil quadro, onde as condições de trabalho destroem a saúde dos controladores de vôo, aumentando ainda mais os riscos de acidentes. Esse é o tema da dissertação de mestrado de Rita de Cássia Seixas Sampaio Araújo, defendida no último dia 11, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Durante três anos, a pesquisadora estudou o Centro de Controle de Aproximação (APP) de São Paulo, situado no Aeroporto de Congonhas, responsável pelo tráfego entre os aeroportos de Cumbica, Viracopos, Campo de Marte, Sorocaba, Santos, entre outros.
A soma desses fatores formam um cenário assustador, de altíssimo risco para a população paulistana. Segundo Rita, os aeroportos de São Paulo passam diariamente por situações perigosas, que são escondidas da opinião pública. "Se nada mudar, o colapso do sistema ocorrerá em, no máximo, três anos", afirma Rita. "O trabalho de coordenação do controlador de vôo, apesar de invisível e não valorizado pela maioria das pessoas, incluindo muitos usuários diários da ponte aérea, é fundamental para o funcionamento de todo o sistema aeroportuário."
Submetidos a constantes turnos alternados, à poluição e a ruídos intensos, os controladores, na maioria sargentos da Aeronáutica, vão, aos poucos, se desvinculando da família, passam a ter problemas de sono e psicológicos, devido a soma desses fatores e à pressão que sofrem por saber que, do seu trabalho, dependem milhares de vidas. "Além disso, a maioria deles exerce outra atividade devido a baixa remuneração da função, cuja faixa média gira em torno de R$ 1,3 mil, o que gera um aumento do estresse e dos riscos de falhas humanas ocorrerem", alerta a pesquisadora. "Entretanto, se isso ocorrer, esse trabalhador não pode ser responsabilizado de maneira exclusiva, na medida em que se encontra privado de condições seguras para cumprir com suas obrigações."
Segundo o estudo, as outras profissões mais exercidas pelos controladores de vôo são: professor de escolas de aviação e do ensino básico (fundamental e médio), dentista, advogado e controlador de tráfego de caminhão.
Os controladores paulistas têm a maior carga de trabalho do País, pois diariamente acompanham cerca de 2 mil pousos e decolagens, o que representa 60% do tráfego aéreo nacional. Pelas normas da Organização da Aviação Civil Internacional, nenhum controlador pode ficar responsável por mais de seis aeronaves na tela do radar. "Nos horários de pico, muitos controlam até 15 aviões", conta Rita. A distância mínima entre aeronaves no ar também não tem sido respeitada. "Enquanto o recomendado é uma distância de 5 milhas, em São Paulo ela chega a 2 milhas."
A APP de São Paulo funciona com 96 controladores, enquanto o ideal é 120. Nos, últimos anos, o tráfego aéreo vem aumentando a uma média anual de 8%, sendo que, de 1998 para 1999, subiu 20,7%. Para Rita, "a situação somente poderá ser resolvida através da união entre os controladores e as empresas que operam linhas no território nacional, as quais, além da população, são as maiores interessadas na perfeição do sistema."
Mais informações: ( (0XX11) 3673-6372 ou e-mail caricari@usp.br, com Rita Araújo.
2006-11-15 05:03:06
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answer #2
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answered by Estrelinha 6
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Caro amigo:
1. A aeronáutica usa aquilo como cabide de empregos da panelinha.
2. O controle do DAC é usada como moeda de poder pelos militares.
3. Os controladores, apesar de membros da panelinha, não têm conhecimento necessário (só 7% fala inglês, p.ex.)
4. As companhias aéreas estavam acomodadas com a situação pois lucravam bastante.
5. Os controladores têm um sindicato que não se incomoda com a população, ao contrário de outros campos militares onde é vedada a sindicalização.
6. Fundo, no País, é sempre usado para destino alheio ao que é necessário, que foi escolhido... falam que o governo não investe, mas ninguém fala o quanto dinheiro foi simplesmente jogado fora na Varig há 40 anos.
7. A mídia ou está perdida ou se faz de ignorante para não revelar à fundo a situação.
Simples, não... é que existem mais umas 40 causas correlatas....
2006-11-15 07:07:07
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answer #4
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answered by MCL/SP 1
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Os controladores de vôo estão há dois anos reivindicando melhores condições de trabalho, e contratação de mão de obra.De acordo com as normas mundiais de segurança da aviação, cada controlador deve monitorar no máximo 14 aeronaves por vez, aqui acontecia de terem atá o dobro de aeronaves por vez para serem monitoradas por cada profissional.Colocando em risco a vida de passageiros e tripulantes.Não existe previsão de novas contratações e para ajudar ainda mais o caos, o Governo Federal, cortou a verba destinada para aviação em 8%.Por conta de todos esses problemas e após o acidente da Gol, os controladores resolveram que irão trabalhar dentro das normas de segurança.Conclusão, atrasos nos vôos.
2006-11-15 04:35:59
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answer #6
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answered by de 2
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