Biografia
Vladimir Herzog nasceu em Osijsk, na Iugoslávia,e veio com os pais para o Brasil ainda pequeno fugindo do nazismo que assolava a Europa no início do século passado. Brasileiro naturalizado, filho de Zigmundo e Zora Herzog, casado com Clarice Herzog , pai, professor da USP, teatrólogo e jornalista, Vlado, como era chamado pelos amigos, era um homem íntegro e um profissional competente, muito ligado às manifestações culturais.
Vladimir foi intimado a prestar depoimento no DOI do II Exército de São Paulo a respeito das suas atividades políticas, onde foi preso e morto no dia vinte e cinco de outubro de 1975, aos trinta e oito anos de idade. Era ligado ao Partido Comunista do Brasil-PCB e trabalhava como diretor do telejornal A hora da Notícia da TV Cultura, quando foi morto.
O corpo foi mostrado à imprensa, pendurado a uma grade por uma tira de pano do macacão de prisioneiro que usava. No entanto, os jornalistas Duque Estrada, Jorge Benigno Jathay e Leandro Konder, que estavam presentes durante a prisão de Herzog, afirmam que ele morreu sendo torturado pelos militares. A polícia política alega que Herzog após ter assumido que era integrante do PCB, suicidou-se.
Muitos jornalistas, familiares e boa parte da opinião pública não acreditaram na versão de suicídio dada pela União. Todos sabiam que Vladimir tinha sido assassinado nas dependências do DOI. Alguns companheiros do jornalista quiseram ver o corpo do amigo no IML, mas foram impedidos. Segundo o juiz Márcio José de Moraes " o laudo da morte de Vladimir não seguia as exigências legais. Não tinha valor".
No velório havia a presença de policiais à paisana. O enterro foi no dia vinte e sete de outubro de 1975, de acordo com o ritual da religião judaica. O rabino Henry Sobel, não colaborou com a versão do governo e decidiu que Vlado não seria enterrado como suicida. Depois do episódio da morte de Vladimir, o governo brasileiro tomou iniciativas e tentou controlar aquela situação, que violava a dignidade e os direitos humanos. Houve uma revolta por parte dos jornalistas, que começaram a se mobilizar, cada um à sua maneira, e contestar o sistema ditatorial que assassinava e reprimia. Uma facção da sociedade também começava a dar sinais da sua insatisfação com as arbitrariedades do regime militar.
O sindicato dos jornalistas, em São Paulo, teve um papel muito importante nesse momento. Mostrou coragem em uma época em que o medo dominava o país.
Finalmente, em 1978, a justiça admitiu que a União foi culpada pela morte do jornalista. O governo resolveu em 1987, nove anos mais tarde, que seria pago uma indenização à família de Herzog, a qual só seria recebida durante o governo FHC. Hoje, Vladimir é tido como símbolo de luta pela democracia no Brasil.
2006-11-14 09:01:44
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answer #1
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answered by Anonymous
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ele morreu e somente agora que eu fico sabendo
2006-11-14 10:31:08
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answer #2
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answered by Gladiador Corinthiano 5
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Jornalista brasileiro assassinado pelo DOPS (Departamento de Operações Políticas e Sociais) em uma cela de prisão no Estado de São Paulo, na época da ditadura militar.
Os assassinos chegaram a encenarem um suicídio criando artificialmente um auto-enforcamento, com direitos a fotos e tudo mais. Tudo muito bem fotografado, mas tão amodaristicamente feito que poucos meses depois especialistas médicos, analisando as próprias fotos do DOPS, descobriram tantas evidências que tinha sido um assassinato que logo a farsa foi revelada.
2006-11-14 10:21:55
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answer #3
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answered by Arqueiro 6
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Vladmir com certeza foi um dos maiores heróis do Brasil. Em todas as capitais deveria haver uma estátua para homenageá-lo.
Ele lutou com todas as armas, principalmente com sua caneta para implantar o comunismo no Brasil. Comunismo idêntico ao da Ex-União Soviética (URSS). O comunismo hoje está fora de moda, exceto na Coréia do Norte, mas naquela época dominava a maioria dos intelectuais brasileiros.
Infelizmente suicidou-se ou não e não pode continuar escrevendo em apoio aos seus companheiros comunistas que pegaram em armas para implantar o comunismo no Brasil, como o José Genuíno(aquele dos dólares na cueca).
Hoje, seus amigos estão no poder a 21 anos, não implantaram o sistema comunista mas sim o sistema socialista, quem sabe se fosse o comunismo como queria Vladmir o Brasil estaria melhor.
2006-11-14 10:13:47
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answer #4
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answered by Anonymous
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Por isso que eu gosto daqui, quando conseguimos ler tantas informações maravilhosas inteligentes e com credibilidade nos sentimos bem,.Parabens pela pergunta e parabens a Francimar, pela resposta.
2006-11-14 09:42:48
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answer #5
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answered by mítia 3
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Querido, cdd, eu ia responder, mas disseram tudo acima. Parabéns pl iniciativa de remexer nessa ferida purulenta q foi a Ditadura militar no Brasil.
Abraços da Araguaia.
2006-11-14 09:42:41
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answer #6
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answered by Araguaia 6
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tudo acima menos o Silvio r
2006-11-14 09:23:56
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answer #7
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answered by candinha s CANsaDINHA 4
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A explicação da vida dele já está completa, dada por um participante q respondeu.
Em minha opinião era um anarquista, traidor de uma pátria que nem era sua, de qualquer forma, existem infelizmente muitos sobreviventes que deveriam ter destino semelhante.
O povo americano trata traidores com cadeira eletrica. Não se choque isto é real, por isto são o numero 1 do mundo, e tem minha admiração.
Repito traidores da pátria tem que ir para cadeira eletrica.
- Fernando Henrique
- José Serra
E muitos outros foram traidores, o Jornal O Estado de São Paulo, e a Revista Veja são traidores da pátria, instigam jovens em favor de traidores da pátria.
2006-11-14 09:17:27
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answer #8
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answered by Silvio R 5
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Jornalista, morto no Dops e pelo dops.
2006-11-14 09:07:49
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answer #9
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answered by Anonymous
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Numa atmosfera ríspida e implacável de ditadura militar, ao entardecer de uma sexta-feira, Vladimir Herzog - ou "Vlado", como era conhecido por familiares e amigos - é intimado por agentes da Doutrina de Segurança Nacional para prestar depoimento nas dependências do Departamento de Operações Internas (DOI). Ao se apresentar no dia seguinte, sábado dia 25 de outubro de 1975, não imaginava o jornalista que sofreria as mais contundentes atrocidades, muito menos que estava a poucas horas de sua morte. Facom.ufba.br
Na noite do dia 24 de outubro de 1975, agentes dos serviços de inteligência foram à TV Cultura convocar o jornalista Vladimir Herzog, diretor de jornalismo da empresa, para prestar depoimento sobre suas ligações com o PCB (Partido Comunista Brasileiro), proibido à época. Ele prometeu comparecer, na manhã do dia seguinte, ao quartel da rua Tutóia. A proposta foi aceita. Seu depoimento foi uma sessão de tortura. Dois jornalistas presos com ele, Jorge Benigno Duque Estrada e Leandro Konder, confirmaram o espancamento. Herzog morreu nesse mesmo dia.
A nota oficial divulgada pelo II Exército informava, de maneira categórica e minuciosa, que Herzog teria confessado participar efetivamente do PCB. Ele teria ainda denunciado outros companheiros antes de se enforcar. Segundo a versão oficial, Herzog se enforcou na cela com um cinto do macacão de presidiário. Seu corpo foi apresentado à imprensa pendurado em uma grade pelo pescoço. A grade era mais baixa que a altura do jornalista. Mesmo assim, a versão oficial era de suicídio.
O médico-legista Harry Shibata foi responsável pelo laudo necroscópico que sustentava a tese de suicídio. A solução apresentada não era muito original: segundo Elio Gaspari ("A Ditadura Encurralada"), tratava-se do 38º suicida do regime militar e o 18º a matar-se por enforcamento.
A Sociedade Cemitério Israelita rejeitou a versão apresentada pelos militares e decidiu não enterrar o jornalista na ala destinada aos suicidas: "Vi o corpo de Herzog. Não havia dúvidas de que ele tinha sido torturado e assassinado", declarou o rabino Henry Sobel. No dia 31 de outubro de 1975, foi realizado um culto ecumênico em memória de Herzog na Catedral da Sé, do qual participaram 8.000 pessoas, num protesto silencioso contra o regime.
Tempos depois, três fotos foram entregues pelo ex-cabo do Exército José Alves Firmino à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Nelas, é possível ver o sofrimento de Herzog. Possivelmente, as fotografias foram tiradas na sede do órgão, na rua Tutóia, em São Paulo, ou em um sítio usado para sessões de tortura na periferia da cidade. Centenas de militantes do antigo Partido Comunista Brasileiro foram presos em São Paulo e barbaramente torturados. A onda de prisões de militantes do PCB, que se estendeu a todo o País, foi a resposta da linha-dura do Exército à vitória do MDB nas eleições de 15 de novembro de 1974.
Em 1978, a Justiça responsabilizou a União por prisão ilegal, tortura e morte do jornalista. Em 1996, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos reconheceu que Herzog fora assassinado no DOI-Codi de São Paulo e decidiu conceder uma indenização para sua família.
2006-11-14 09:06:40
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answer #10
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answered by Vanyle 6
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Foi Jornalista, preso na década de 70 pela policia como comunista, foi morto torturado numa cela do DOI-CODE- Policia Militar de reepressão na época da ditadura, Apareceu enforcado na cela, mas esta história ninguem acredita até hoje,
2006-11-14 09:05:30
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answer #11
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answered by Anonymous
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