Olá...
1º Você pode ver que sou bem clarinha pelo avatar, então não tenho nenhum interesse em defender os negros, a não ser por livre iniciativa de informar e exercer direito de cidadania de garantir que os outros não sejam discriminados.
Assim, sou completamente contra as cotas raciais, pois acredito que isso só causará mais e mais problemas, um problema que o Brasil não tem que é a falta de tolerância na convivência entre as raças, como bem salientou Roberto Pompeu de Toledo, em seu Ensaio na Revista Veja desta Semana (Edição 1979 - ano 39 - nº 42), com o título "Não o remédio, mas a doença"... Se puder, leia, tenho certeza que irá gostar. Em síntese o ensaio diz que as cotas implantarão uma desigualdade para tentar sanar uma desigualdade, mas o feitiço irá virar contra o feiticeiro.
Há uma tenue linha entre garantir igualdade / gerar igualdade e conferir privilégios, é nisso que o governo não sabe lidar.
Quanto a denominação "negro", ela não denota preconceito algum, sempre é bem empregada. Se checarem o dicionário verão, inclusive, que como substantivo masculino a palavra "negro" tem ótima conotação:
Negro: s. m., a cor negra; homem de raça negra; aquele que trabalha muito.
Ser chamado de negro, portanto, deve ser motivo de orgulho a raça, mas querer preferências por isso é errado, principalmente porque o causador da discriminação atual é aquele que se sente excluído e não luta para garantir o seu direito de igualdade (comos mesmos meios que qualquer um tem - Por exemplo: estudar para passar no Vestibular), e prefere uma "esmola" (benefício) para conseguir isso sem esforço e continuar um "coitado" e "excluído" aos olhos de todos.
Quem faz o preconceito no Brasil são aqueles que se julgam vítimas. Quem faz os pobres, são aqueles que não abrem mão da esmola. E assim sucessivamente.
Mas, sinceramente, me assusta pessoas instruídas, professores de Universidades como a USP (ou mesmo das muito menos famosas e com muito menos recursos com onde eu estudo, a Universidade Estadual de Maringá), pensarem que essas medidas paliativas resolvem. Podem servir de "compensação", tudo bem, podem demonstrar solidariedade, ok. Só que não deixam de ser injustas, num país de iguais (como queremos ser), devemos perceber que os negros antes escravizados não são os negros de hoje, não se faz justiça atrasada. Além disso, os brancos de ontem não são os brancos de hoje. Também os alunos de escolas particulares não são os "monstros" da nação, mas, em sua maioria, filhos daqueles que não tiveram oportunidade e se mataram para que seus filhos não sofressem tanto (como os meus pais, por exemplo, que não têm onde cairem mortos e sempre disseram que a única herança que deixaria as filhas seria os bons estudos). Injusto ainda o cidadão que sempre pagou impostos (os quais deveriam garantir saúde, educação, saneamento, oportunidades), não teve direito a isso, precisou pagar duas vezes (com a educação privada) e agora é tratado com um criminoso vil que não merece esse direito de estudar e ser tratado como igual, devendo continuar a pagar, o dele e o dos outros (com os impostos).
Todos temos oportunidades nesta vida, na minha sala + da metade são alunos de escola pública e há negros sim. Só que há negros na porcentagem de negros que existem no estado do Paraná, ou seja, bem menos que na Bahia, por exemplo. Mas há negros e muito inteligentes por sinal, um deles inclusive um dos melhores alunos da sala deixando todo mundo no chinelo...
Não se faz justiça com papel e tinta (ou seja, com leis), mas com oportunidades, se uma parcela restou prejudicada, devemos trabalhar para que outros não sejam (como ensino fundamental), não criar um problema ainda maior, precisando depois tirar esse privilégio e atentando contra o famoso "direito adquirido".
O brasileiro pensa muito pequeno para o tamanho da diversidade do país. Infelizmente.
B-jos para todos.
Obs.: Ao Prof.º da USP, me sinto no dever de lembrar que quem fez a USP ser o que é foram estes alunos "sem escrúpulos" que você menciona. Eu gostaria de ver a experiência das cotas começar pelos seus alunos, ou melhor, que colocassem uma classe inteira de "excluídos", oriundos de escolas públicas (independentemente de cor), vítimas da sociedade, das injustiças, etc... Todos seus alunos... E veriamos assim quando tempo o "conceito" USP duraria. Há exceções, reconheço, mas as cotas não são para todos???!!! Triste incoerência.
2006-11-17 00:20:51
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answer #1
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answered by Si 7
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Jolly, dependendo da forma como se vê, pode-se concordar ou não. Se vc enxergar pelo prisma de que estarão tentando consertar todo um passado de privações dos quais os negros foram objetos, poderá concordar. Por outro lado, não seria mais uma forma de segregar os negros? rotulando como sendo de menor capacidade que os brancos? A resposta está na essência desta lei que somente o idealizador poderá responder. A nós cabe "enxergar" da melhor maneira possível e fazer dela um bem social. O resto é balela.
2006-11-14 16:23:05
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answer #2
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answered by negão 1
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Eu não concordo e penso que isto é uma forma de constituir o racismo no pais. Sem mencionar o tempo de escravidões. A divida que a sociedade se quisesse pagar seria de no mínimo de reconhecimento ou indenizações de toda as criações da cultura do negro. Exemplo; quem já viu um restaurante português com dono japonês? Ou uma cantina italiana com dono judeu? Mas a feijoada que nasceu do sofrimento do povo negro é vendida por todo o mundo a preço de ouro enquanto muitos dos negros na maioria, não tem condições de colocar feijão puro no prato! O negro criou o jazz, blues, samba, reage, rock, e tantas outras coisas e a sociedade na maioria alem de não valorizar, toma tudo que os negros criam. Muita gente diz que os próprios negros são racistas, não concordo! Acontece que os negros foram educados por na maioria brancos nazistas, que incutiram todo um lado psicológico que muitos tinham até vergonha de se assumirem como tal, exemplo; O lado negro da coisa, a ovelha negra da família, a escuridão seria o mal e o branco é paz e por ai vai... Psicologicamente quase todas as pessoas mesmo sem perceber, associavam tudo isto com a cor da pele dos negros e que infelizmente até hoje é assim, são estas coisas que tem que serem revistas. O dia que no Brasil, tivermos representantes mais inteligentes que se considerem negros e que não queiram demonstrar que sua cultura está somente restrita ou baseada em vesti-los de branco ou azul pela cultura da Índia ou França, onde creio que os que estão ai, não devam ter o mínimo de conhecimento de como os negros são mal tratados na França, se ao menos tivessem conhecimento disto, pelo que muitos puderam perceber abertamente pelos noticiários de várias e serias manifestações, por lá, talvez jamais os ridicularizasse tanto perante a sociedade ou envergonhasse ao estremo sua própria nação, este dirigentes iriam tratá-los, com responsabilidade, seriedade ou respeito ou justiça que todos negros ou brancos, índios etc. ou todo ser humano merece.
2006-11-15 00:01:39
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answer #3
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answered by olyver 2
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a síntese do "PRECONCEITO".
2006-11-15 10:31:56
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answer #4
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answered by Gérson Bombach 1
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Não concordo, acho isto algumas migalhas e odiosas. Com o tempo de sofrimento dos negros, creio que o certo seria varias faculdades ou escolas maravilhosas e inteiras para ajudalos a se recuperar de tantos traumas, pois ninguém é ainda hoje tão mal sofridos como a maioria deles por todo o mundo.
2006-11-14 23:40:55
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answer #5
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answered by leo 4
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Sou professor, estou na USP a 30 anos e posso dizer com certeza
a USP é uma escola gratuita para alunos de alta renda, que puderam pagar escolas particulares de bom nível ( mensalidades acima de Hum mil reais), tiveram professores particulares para sanar suas duvidas (R$ 50.00 a hora) inglês na Cultura e assim por diante, portanto nao é escola para pobres.
Dai eu estaria justificando as cotas para os pobres, alunos das escolas públicas etc...
Agora o negro foi escravizado durante 400 anos (ou isto já se esqueceu?)
quando a libertação dos escravos era inevitável, fizeram a lei de terras ( O NEGRO, MESMO QUE LIBERTO, NAO PODE POSSUIR TERRAS NO BRASIL), durou ate a era Vargas, e o negro nao veio para o Brasil por sua vontade veio ESCRAVO, (PROCUREM ENTENDER A ETMOLOGIA DESTA PALAVRA)
PORTANTO, no mínimo nós devemos reconhecer que existe uma dívida social a ser paga, agora se a sociedade quer pagar ou CALOTEAR é um outro problema.
Estão dadas as condições para pagar esta divida social, nao é a primeira vez que se dá cotas neste país, no sul havia uma lei de cotas que beneficia o imigrante europeu e eu nao vejo ninguem falar contra.
vamos deixar de ser hipócritas e analizar as coisas como elas realmente são.
2006-11-14 18:16:44
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answer #6
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answered by master 4
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Eu sei que posso ser massacrada aqui, mas vou deixar meu pensamento para que vcs possam meditar a respeito. Leiam com atenção e até o final, antes de me (pré) julgarem.
Essa cota é uma medida que se chama AÇÃO AFIRMATIVA. É uma compensação que o governo tenta fazer por ter sido tão medíocre na educação que ofereceu. Essas ações afirmativas são necessárias sim, pois não adianta só dizer que a saída é melhorar as escolas, pq essa solução só atingirá quem ainda nem entrou na escola. Ok, melhorar a escola de base é fundamental, mas o que se vai fazer em relação àquelas pessoas que já concluíram (os estão prestes a concluir) os seus estudos? É necessário adotar uma medida compensatória sim, de forma que alguns possam ter a inimaginável chance de vencer na vida.
Na verdade, acredito que a cota não pode ter apenas o critério da cor da pele. Tal critério deve, isto sim, ser associado à pobreza da pessoa. Aqueles que freqüentaram escolas públicas é que devem ser os verdadeiros titulares desse movimento. Isso porque um negro filho de pessoas ricas, que estudou sempre em escola particular, concorre de igual para igual com os seus colegas de classe.
Temos que ser mais solidários com aqueles que não tiveram a nossa sorte de freqüentar bons colégios. E que com certeza são preteridos por nós na hora de se candidatarem a um emprego apenas por não serem brancos como nós. Essa desculpa de que seria um "racismo às avessas" somente demonstra o quanto temos pensamentos mesquinhos e o quanto estamos distanciados da realidade daquelas pessoas. Afinal, não serão distribuídas todas as vagas, mas apenas um percentual minoritário.
E não dá pra dizer também que eles não têm condição de acompanhar o curso, pois somente ocupam vagas aqueles que fizeram ao menos o mínimo de pontos exigidos pela própria universidade.
Fica aqui o meu pensamento. Ninguém precisa concordar, mas pensem a respeito, leiam, discutam e mais do que tudo informem-se bem. É assim que as idéias evoluem.
2006-11-14 16:31:20
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answer #7
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answered by Daniela D 2
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Vc já disse tudo.E essa lei ainda vai contra a constituição...
2006-11-14 16:25:24
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answer #8
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answered by Anonymous
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Competência não tem cor.
2006-11-14 16:21:21
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answer #9
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answered by claudioroy s 7
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Jolly você falou tudo amiga!!
Concordo plenamente com vc! Acho uma besteira e ainda incentiva mais o preconceito, que pra mim começa na cabeça dos próprios negros. Em minha época de vestibular, não havia nenhum item perguntando minha cor ou raça como preferir, e acho que deve passar que obter a média necessário exigida no concurso.
Um abraço, Stela
2006-11-14 16:19:54
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answer #10
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answered by Stela 2
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