Tem o Natal Origem Divina?
A respeito da origem do Natal e do dia do nascimento de Cristo, observe os seguintes comentários de fontes religiosas e históricas:
“O Natal não se encontrava entre as primitivas festas da Igreja.” — The Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica).
“A primeira menção da celebração do Natal ocorreu em 336 A.D., num primitivo calendário romano.” — The World Book Encyclopedia.
“A observância do Natal não foi divinamente instituída, nem se origina do N[ovo] T[estamento]. O dia do nascimento de Cristo não pode ser determinado pelo N. T., nem, deveras, por qualquer outra fonte. Os pais dos três primeiros séculos não falam de qualquer observância especial da natividade.” Cyclopedia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature (Ciclopédia de Literatura Bíblica Teológica e Eclesiástica), de McClintock e Strong.
Aspectos históricos
No ano 245 d.C., o teólogo Orígenes repudiava a idéia de se festejar o nascimento de Jesus "como se fosse um Faraó". De acordo com almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336 d.C.. Na parte Oriental do Império Romano, comemorava-se em 7 de janeiro o seu nascimento quando do seu batismo, em virtude de não ter aceito o Calendário Gregoriano. No Século IV, as igrejas Ocidentais passaram a adotar o dia 25 de Dezembro, e o dia 6 de Janeiro para Epifania (que significa "manifestação"). Nesse dia comemora-se a visita dos Magos.
A celebração do Natal de Jesus foi instituída oficialmente pelo bispo romano Libério, no ano 354 d.c.. Na realidade, a data de 25 de Dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam por altura do Solstício de Inverno.
Assim, em vez de proibir as festividades pagãs, forneceu-lhes simbolismos cristãos e um nova linguagem cristã. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como "o Sol de justiça" (Malaquias 4:2) e a "luz do mundo" (João 8:12) expressam o sincretismo religioso.
Foi por isso que, segundo certos eruditos, o dia 25 de Dezembro foi adoptado para que que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao "nascimento do deus Sol invencível", que comemorava o Solstício do Inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada em 17 a 22 de Dezembro, era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de Dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus persa Mitra, o Sol da Virtude.
Esta versão, porém, tem sido extremamente contestada desde meados do Século XX. Segundo Louis Duchesne, Adam Mortimor e Joseph Ratzinger (agora, o Papa Bento XVI), esta teoria não se sustenta tendo em consideração que já nos 2º e 3º Séculos, ou seja antes de o Imperador Aureliano ter decretado a celebração da festa romana ao deus Sol, cristãos havia que celebravam esta data a 25 de Dezembro, inclusive em zonas do Império em que nunca se implementaria a referida festividade imperial.
De acordo com estes e outros autores, a verdadeira e mais credível hipótese para a fixação desta data decorre da denominada "Teoria do Cômputo". Segundo esta, a referida data deriva da tradicional data da morte de Jesus – a 25 de Março de 29 d.C., ano em que os primeiros cristão acreditavam ter morrido Jesus. Esta data era ainda mais carregada de significado desde a leitura judaica da data do início da Criação, putativamente a do equinócio da Primavera a 21 de Março, mais especificamente a da criação do Sol ao "quarto dia" criativo (21 + 4 = 25 de Março).
Na antiguidade ninguém, de facto, retinha a data do dia do nascimento, mas as pessoas que ganhavam notoriedade, deviam ter, na mentalidade de então, vivido um número inteiro, perfeito, de anos, pelo que fazia-se coincidir a data da sua morte com a da sua concepção. Deste modo, tendo Jesus falecido a 25 de Março, também teria sido concebido a 25 de Março, pelo que deveria ter nascido 9 meses depois a 25 de Dezembro.
No Ano Novo romano, comemorado em 1 de Janeiro, havia o hábito de enfeitar as casas com folhagens e dar presentes às crianças a aos pobres. Acrescentaram-se aos ritos natalinos os costumes germânicos e célticos, quando as tribos teutônicas penetraram na Gália (França), na Grã-Bretanha e na Europa central. A acha de lenha, o bolo de Natal, as folhagens sempre verdes, o pinheiro, os presentes e as saudações comemoram diferentes aspectos dessa festividade. Os fogos e luzes são símbolos de ternura e vida longa. O costume da Árvore de Natal difundiu-se durante o Século XIX.
Mas desde o Século XIII, São Francisco de Asis já iniciara os costumes seguido nos paises latinos, representar as cenas do nascimento com figuras em torno dos presépios de Belém. Outras tradições natalinas são a montagem dos presépios, colocar árvore de Natal com enfeites coloridos e luminosos, a troca de presentes, a figura de São Nicolau (vulgarmente chamado de "Pai Natal" ou "Papai Noel") que traz presentes às crianças; as procissões e Missa de Natal e a Ceia de Natal. No Brasil, o Natal é a celebração cristã mais profundamente enraizada no sentimento nacional, com rico material poético e folclórico.http://pt.wikipedia.org/wiki/Natal
“Embora isto pareça inexplicável, a data do nascimento de Cristo não é conhecida. Os Evangelhos não indicam nem o dia nem o mês.” — New Cath
2006-11-14
07:42:25
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LLian
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Sociedade e Cultura
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