A Estrada Real não é uma estrada única nem tem um tamanho pequeno. São vários caminhos que formam a Estrada Real. Ela ainda é dividida em 3 partes principais: Caminho dos diamantes, de Diamantina a Ouro Preto, Caminho Velho de Ouro Preto a Paraty e o Caminho Novo de Ouro Preto ao Rio de Janeiro.
Existem trechos originais lindíssimos que devem ser percorridos de bicicleta ou a cavalo - a pé demora demais e de carro não é possível perceber tantos detalhes.
Fiz de Jeep boa parte do Caminho dos Diamantes Iniciamos pelo Caminho de Sabarabuçu em Nova Lima e seguimos pelo caminho dos Diamantes até Milho Verde, onde nos hospedamos. o pequeno trecho demorou entre 12 e 14 horas.
Fiz também um passeio pelo caminho Velho entre Tiradentes e São João Del Rey - pode ser feito em Maria Fumaça.
Todos os caminhos percorridos devem ser percorridos pensando na estrada e não no local de chegada - A chegada, é apenas conseqüência da viagem realizada e não o objetivo da mesma.
Existe um site dedicado à estrada Real e as cidades por onde passa. http://www.estradareal.org.br
O trecho abaio, copiei do site da Estrada Real.
"O QUE É A ESTRADA REAL?
Por terem constituído, durante longo tempo, as únicas vias autorizadas de acesso à região das reservas auríferas e diamantíferas da capitania das Minas Gerais, os caminhos reais adquiriram, já a partir da sua abertura, natureza oficial. A circulação de pessoas, mercadorias, ouro e diamante era obrigatoriamente feita por eles, constituindo crime de lesa-majestade a abertura de novos caminhos. O interesse fiscal, base da política metropolitana para a região mineradora da colônia, prevalecia sobre qualquer outro: cumpria, antes de tudo, ter as rotas de comunicação com as minas devidamente controladas e fiscalizadas, para que nelas se pudesse extrair uma massa cada vez maior de tributos para o tesouro real. O nome Estrada Real passou a aludir, assim, àquelas vias que, pela sua antiguidade, importância e natureza oficial, eram propriedade da Coroa metropolitana. Durante todo o século XVIII, e também em parte do XIX, quando a era mineradora já se fora e os caminhos se tornaram livres e empobrecidos, as estradas reais foram os troncos viários principais do centro-sul do território colonial.
Ao longo dos caminhos reais espalharam-se os antigos registros, postos fiscais de controle, alguns dos quais ainda podem ser apreciados na atualidade. Eram de diversos tipos: registros do ouro, que fiscalizavam o transporte do metal e cobravam o quinto; registros de entradas, que cobravam pelo tráfego de pessoas, mercadorias e animais; registros da Demarcação Diamantina, responsáveis pelo severo policiamento do contrabando e pela cobrança dos direitos de entrada na zona diamantífera; e contagens, que tributavam o trânsito de animais. Os prédios dos registros eram instalados em locais estratégicos dos caminhos: passagens entre serras, desfiladeiros, margens de cursos de água. No seu interior se colocava o pessoal empregado: um administrador, um contador, um fiel e dois ou quatro soldados. Um portão com cadeado fechava a estrada.
As estradas reais foram, ainda, os eixos principais do intenso processo de urbanização do centro-sul brasileiro. Ao longo do seu leito ou nas suas margens se distribuíram as centenas de arraiais, povoados e vilas em que se organizou a massa populacional envolvida com a economia da mineração e com as economias a ela associadas. O povoado à beira do caminho, com o cruzeiro, a capela, o pelourinho, o rancho de tropas, a venda, a oficina e as casas de pau-a-pique simbolizou, durante longo tempo, o processo de nucleação urbana do centro-sul da colônia. Povoados e vilas típicos foram visitados e descritos pelos viajantes europeus do século XIX, que nos deixaram páginas e páginas de notas de viagem sobre as paisagens e os núcleos urbanos que encontraram nas suas jornadas pelos caminhos coloniais brasileiros.
No auge da mineração, esses caminhos se viram percorridos por imigrantes paulistas, baianos, pernambucanos e europeus; por tropeiros do sul e de São Paulo; por boiadeiros do rio São Francisco e do rio das Velhas; por sertanistas da Bahia e das vilas paulistas; por escravos negros e índios; por mascates, administradores reais, homens do fisco, soldados mercenários e milícias oficiais.
A expansão originária dos primeiros grandes caminhos do centro-sul do território colonial conformou um dos mais significativos movimentos de apropriação do interior brasileiro e de sua integração com a faixa litorânea. Ampliando a base territorial da América portuguesa, as vias hoje reunidas sob o nome de Estrada Real foram, assim, fundamentais na história do povoamento e da colonização de vastas regiões do território brasileiro, tornando-se verdadeiros eixos históricos-culturais de construção de parte da nossa história.
Texto de Márcio Santos - Pesquisador de rotas históricas, autor de Estradas Reais: introdução ao estudo dos caminhos do ouro e do diamante no Brasil (Belo Horizonte: Editora Estrada Real, 2001)."
Um abraço.
2006-11-13 03:13:25
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answer #2
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answered by eu 2
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Vai depender da sua intenção, se vc quer só curtir a paisagem vá à Tiradentes, se quiser curtir a noite, Ouro Preto tem muitas opções, cidade universitária, sabe como é...
2006-11-13 03:14:49
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answer #3
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answered by Dé L 2
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Ela agora está passando por uma reforma e deverá ficar muito bonita, eu vi um pedaço dela em Tiradentes e pelo projeto parece que vai ficar bem legal, e as pessoas poderão andar de burrinho, cavalo e até charrete pela estrada pra ver como era antigamente...aliás tem uns passeios assim pelas montanhas lá em Tiradentes que é muito dez, vale a pena conferir, tenho certeza que vc vai adorar.
2006-11-13 02:56:36
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answer #4
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answered by Kaoanne 4
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