Roma e alguns povos bárbaros.
Indícios arqueológicos demonstram que a área hoje conhecida como o sul da Inglaterra foi povoada bem antes do restante das Ilhas Britânicas, devido ao clima ameno entre e durante as diversas idades do gelo. A primeira menção histórica à região é do Massaliote Periplus, um manual de navegação para comerciantes provavelmente datado do século VI a.C. Piteas de Massilia escreveu sobre sua viagem de negócios à ilha em cerca de 325 a.C. Mais tarde, outros autores, tais como Plínio, o Velho, e Diodorus Siculus, mencionam o comércio de estanho proveniente do sul da ilha. Tácito registrou que a língua falada na Grã-Bretanha não era muito diferente da empregada na Gália setentrional e notou que as várias tribos britânicas possuíam características físicas semelhantes às dos seus vizinhos continentais.
Júlio César visitou o sul da Grã-Bretanha em 55 e 54 a.C. e escreveu em seu De Bello Gallico que a população local era numerosa e tinha muito em comum com as outras tribos da Idade do Ferro no continente. Curiosamente, há poucas fontes históricas referentes à ocupação romana da Grã-Bretanha. Apenas uma frase sobreviveu a respeito das razões para a construção da Muralha de Adriano. A invasão de Cláudio é bem documentada e Tácito incluiu a rebelião de Boadicéia, de 61 d.C., na sua história. Na altura do século V, a influência romana já havia declinado consideravelmente.
[editar] A conquista anglo-saxã da Grã-Bretanha celta
Na esteira dos romanos, que abandonaram o sul da ilha por volta de 410 de modo a se concentrar em dificuldades mais urgentes e mais próximas do núcleo do império, ondas sucessivas de tribos germânicas começaram a chegar ao que é hoje a Inglaterra, inicialmente convidadas por Vortigern, rei dos bretões, na qualidade de mercenários empregados contra os irlandeses e os pictos.
Os jutos, frísios, francos ripuários, saxões da Germânia setentrional e anglos provenientes do que é hoje a Dinamarca, conjuntamente conhecidos como anglo-saxões, invadiram a Grã-Bretanha em meados do século VI. Assentados na costa oriental, forçaram a subida do rio Tâmisa à procura de mais terras aráveis nos vales, deixando as colinas para os bretões celtas. A teoria de que os anglo-saxões levaram a cabo uma limpeza étnica dos celtas é contestada atualmente, com base em e a pesquisas arqueológicas no pequeno número dos invasores quando comparados à população celta pré-existente (10.000-25.000 contra cerca de 3,5 milhões). O domínio anglo-saxão foi, portanto, politico e cultural, não genético. Com o tempo, a população romano-britânica (os bretões) foi assimilada e a nova cultura espalhou-se nas direções oeste e norte. Esta colonização ou invasão do que é hoje a Inglaterra é conhecida como a Conquista Anglo-Saxã.
Os anglo-saxões estabeleceram-se no que é hoje a Inglaterra e formaram diversos reinos independentes, dentre os quais os da chamada Heptarquia (Nortúmbria, Mércia, Ânglia Oriental, Wessex, Sussex, Essex e Kent). Com a sujeição da Nortúmbria em 829, Egberto de Wessex tornou-se o primeiro suserano (Bretwalda) sobre toda a Inglaterra.
A incursão de 793 contra o mosteiro de Lindisfarne é o ponto de partida na longa história de ataques vikings contra a Grã-Bretanha.
Após um período de saques e incursões, os vikings começaram a colonizar a Inglaterra e ali comerciar. A partir do fim do século IX, governavam parte considerável do território inglês, no que era conhecido como o Danelaw.
[editar] A Inglaterra durante a Idade Média
Cena da batalha de Hastings (1066), na tapeçaria de Bayeux.A derrota do Rei Haroldo Godwinson na batalha de Hastings, em 1066, nas mãos de Guilherme da Normandia, e a subseqüente conquista da Inglaterra anglo-saxã pelos normandos, marca um ponto de inflexão na história da ilha. Guilherme (chamado “o Conquistador”), já rei da Inglaterra, ordenou a compilação do Domesday Book, um levantamento da população do reino com propósitos fiscais. A coroa passou a empenhar-se na estabilização da Inglaterra e na integração dos anglo-saxões e da nova elite anglo-normanda.
Henrique I, filho de Guilherme I, deu continuidade à política de integração. Durante o desastroso reinado de Estêvão I (1135-1154), os barões feudais ganharam poder, estalou uma guerra civil e houve incursões galesas e escocesas. Em 1139, Matilde, filha de Henrique I da Inglaterra e mulher de Godofredo de Anjou (Plantageneta), invadiu a ilha e capturou Estêvão. Este último foi restaurado em 1148 e, por fim, chegou-se a um entendimento pelo qual ele seria sucedido no trono pelo filho de Matilde, Henrique de Anjou.
Henrique II logrou centralizar o poder, afastando o país do feudalismo. Seu sucessor, Ricardo I, dedicou-se à Terceira Cruzada e a defender seus territórios no continente contra Filipe II da França. O irmão e sucessor de Ricardo, João, perdeu a Normandia e outros territórios na França, além de hostilizar a nobreza feudal e a Igreja de tal maneira que estes, em 1215, revoltaram-se contra o rei e forçaram-no a assinar a Magna Carta, que impunha limites ao poder real.
Eduardo I (reg. 1272-1307) promulgou leis que restringiam o poder do governo e convocou os primeiros Parlamentos oficialmente reconhecidos. Conquistou o Gales e procurou ganhar o controle da Escócia, plano este custoso e demorado e que foi finalmente abandonado após a derrota de seu filho e sucessor, Eduardo II, na batalha de Bannockburn.
A Peste Negra atingiu a Inglaterra em 1349 e matou possivelmente um-terço da população. Datam deste período histórico as batalhas de Crécy (1346) e de Azincourt (1415), no contexto da Guerra dos Cem Anos.
Ricardo II, tido como arrogante e autocrático, foi deposto em 1399 por Henrique IV. A fraqueza e a instabilidade mental de Henrique VI permitiram a erupção da Guerra das Rosas entre a nobreza inglesa, em 1422. O poder real foi recuperado com Eduardo IV e Henrique VII.
2006-11-13 00:36:22
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answer #1
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answered by pantimtim 4
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Depois da conquista da Gália pelos Romanos, a Bretanha fazia parte da Armórica (aremoricae – que está frente ao mar). Cerca de 500 d.C., os Bretões da ilha da Bretanha (a Grã-Bretanha actual), atacados pelos Anglo-saxões emigraram para aí, trazendo os seus costumes e língua. A região passou a se designar Bretanha com a sua chegada. Muitos designam-na, também, de Pequena Bretanha, por oposição à ilha de onde vieram. No início da Idade Média, a Bretanha foi dividida em três reinos - o Domnonée, a Cornualha, e o Bro Waroch - que foram incorporados ao Ducado da Bretanha.
O Ducado da Bretanha esteve independente do reino de França até 1532. Guardou os seus privilégios (legislação e impostos próprios) até a Revolução Francesa. A Bretanha histórica, que teve por capital Nantes, foi dividida em 1790 em cinco departamentos:
Côtes-du-Nord (hoje, Côtes-d'Armor);
Finistère;
Ille-et-Vilaine;
Morbihan;
Loire-Inférieure (Hoje, Loire-Atlantique).
2006-11-13 00:55:20
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answer #2
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answered by Alexandre Caesar 2
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