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Há várias posições sobre está afirmação, porém em sua maioria tudo invensão, então gostaria de ver a opinião das pessoas que participam juntamente comigo, na ampliação de conhecimento.

2006-11-12 13:13:31 · 16 respostas · perguntado por wagner g 1 em Artes e Humanidades Filosofia

16 respostas

Wagner, Não foi Nietzsche quem primeiro afirmou "Deus está morto", o que é muitíssimo diferente de "Deus não existe", o que ele jamais disse (salvo se v leu uma tradução bem equívocada). E se houvesse dito "Deus não eixste, eu o matei", teria se matado como filósofo, pois, "logicamente", não se pode matar o que não existe. Bem, seja como for, ele reivindica para si o ter matado Deus, porque foi ele quem levou o nihilismo, começado na Rússia, com movimentos, como Narodnia Volia (Vontade do Povo", e com escritores, como Tchernichévsky, é por que foi ele quem levou tal nihilismo a suas últimas conseqüências pensando que se Deus estava morto, necessário era criar uma nova moral (contra a "moral do escravo"), a "moral do senhor", seja: daquele que tem a fibra para acolher e amar a vida tal como é, e, assim, poder tornar-se senhor de seu destino. E também, porque criou, valendo-se dos gregos da época do nascimento da tragédia que estudou até não poder mais (pois, de formação acadêmica, filólogo, e não filósofo, e abominando Sócrates que inicia, digamos, a verdadeira "idade da razão" e deu, ou teria dado, já que é impossível saber o que é de um e o que é de outro, a Platão o fio da meada para desnovelar a concepção histórico-finalista, que Santo Agostinho viu muito bem) uma nova cosmologia, não finalística, com "o eterno retorno do mesmo", de tal maneira que ele Nietzsche tornaria sempre como senhor de seu destino.
Abç p v.

2006-11-14 06:29:33 · answer #1 · answered by Anonymous · 1 0

Bom, para começar vamos falar sobre essa "afirmação" de Nietzche:

"Deus está morto" é uma frase muito citada de Nietzsche e aparece pela primeira vez em sua publicação "A gaia ciência" e o texto original (em português, é claro) é esse:

"Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós! Como haveremos de nos consolar, nós os algozes dos algozes? O que o mundo possuiu, até agora, de mais sagrado e mais poderoso sucumbiu exangue aos golpes das nossas lâminas. Quem nos limpará desse sangue? Qual a água que nos lavará? Que solenidades de desagravo, que jogos sagrados haveremos de inventar? A grandiosidade deste ato não será demasiada para nós? Não teremos de nos tornar nós próprios deuses, para parecermos apenas dignos dele? Nunca existiu ato mais grandioso e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste ato, de uma história superior a toda a história até hoje!".

"Deus está morto" é talvez uma das frases mais mal interpretadas de toda a filosofia. Entendê-la literalmente, como se Deus pudesse estar fisicamente morto, ou como se fosse uma referência à morte de Jesus Cristo na cruz, ou ainda como uma simples declaração de ateísmo são idéias oriundas de uma análise descontextualizada da frase, que se acha profundamente enraizada na obra nietzscheana. O dito anuncia o fim dos fundamentos transcendentais da existência, de Deus como justificativa e fonte de valoração para o mundo, tanto na civilização quanto na vida das pessoas — segundo o filósofo, mesmo que estas pessoas não o queiram admitir. Nietzsche não se coloca como o assassino de Deus, como o tom provocador pode dar a entender: o filósofo enfatiza um acontecimento cultural, e diz "fomos nós que o matamos".

A frase não é uma simples blasfêmia, mas uma constatação a partir da qual Nietzsche traçará o seu projeto filosófico de superar Deus e as dicotomias baseadas em preconceitos que julgam o nosso mundo a partir de um outro mundo superior e além deste. "A morte de Deus" é uma metáfora do fato dos homens não mais serem capazes de crer numa ordenação cósmica superior, o que os levaria a uma rejeição dos valores absolutos e, por fim, à descrença em quaisquer valores.

Isso conduziria ao niilismo, que Nietzsche considerava um sintoma de decadência associada ao fato de ainda mantermos uma "sombra", um trono vazio, um lugar reservado ao princípio divino, agora destruído, que não podemos voltar a ocupar. Para isso ele procurou, com o seu projecto da "transmutação dos valores", reformular os fundamentos dos valores humanos em bases mais profundas do que os ídolos do cristianismo.

Ele acreditava que seria tarefa dos verdadeiros filósofos estabelecer novos valores em bases naturais, evitando que isso (o nihilismo) aconteça. Assim, "a morte de Deus" abriria caminho para novas possibilidades humanas. Os homens, não mais procurando vislumbrar uma realidade sobrenatural e divina ou religiosa, poderiam começar a desenvolver e reconhecer os valores deste mundo. O mundo real.

Assumir a morte de Deus seria livrar-se dos pesados ídolos do passado e assumir nossa liberdade, tornando-nos nós mesmo deuses. Esse mar aberto de possibilidades traria uma grande responsabilidade que, acreditava Nietzsche, muitos não estariam dispostos a enfrentar. A maioria continuaria a necessitar de regras e de autoridades superiores dizendo o que fazer, como julgar e como ler o mundo.

2006-11-13 00:47:01 · answer #2 · answered by Ricardo 6 · 2 0

Interpretação, principalmente em filosofia, é muito individual.
A minha interpretação da leitura: é mais válido fazer o que é melhor para si e para os outros, não para agradar a Deus, como se fosse uma 'troca': 'eu sou bom, vou ganhar o céu'. 'Faço o bem, agrado a Deus'.
Deve-se fazer o bem pelo amor ao bem. Fazer o que é bom para nós mesmos e para os outros, por amor ao ser humano, não para agradar e ganhar 'pontos' no céu.
'Matar Deus' em nós é acabar com esta forma de pensar e sentir entranhada na maioria das religiões: se eu for bom e ter fé, Deus me dá o céu, se não o for, receberei o contrário.
É a exaltação ao amor.
Sendo Deus amor, há exaltação a ele também.
Só vê nesta frase uma abominação quem dá mais importância e ênfase à forma do que ao conteúdo.
É a minha opinião.
Beijos.

2006-11-12 13:46:16 · answer #3 · answered by Flavia P 5 · 2 0

"Deus está morto" é talvez uma das frases mais mal interpretadas de toda a filosofia. Entendê-la literalmente, como se Deus pudesse estar fisicamente morto, ou como se fosse uma referência à morte de Jesus Cristo na cruz, ou ainda como uma simples declaração de ateísmo são idéias oriundas de uma análise descontextualizada da frase, que se acha profundamente enraizada na obra nietzscheana. O dito anuncia o fim dos fundamentos transcendentais da existência, de Deus como justificativa e fonte de valoração para o mundo, tanto na civilização quanto na vida das pessoas — segundo o filósofo, mesmo que estas não o queiram admitir. Nietzsche não se coloca como o assassino de Deus, como o tom provocador pode dar a entender: o filósofo enfatiza um acontecimento cultural, e diz "fomos nós que o matamos".

Isto e muito mais foi retirado da Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_est%C3%A1_morto

Pelo que eu já li sobre o filósofo e por algumas palestras que assisti, o conteúdo do artigo parece muito coerente com a mensagem que o filósofo quis passar

2006-11-12 13:23:33 · answer #4 · answered by Eduardo Soares 3 · 2 0

Acho que ele decidiu deixar de acreditar nele mesmo.

2006-11-14 21:23:55 · answer #5 · answered by Nilde M 3 · 1 0

O "verdadeiro" sentido só o Nietzche poderia dizer. Tudo mais é necessáriamente especulação (invenção), mesmo que legítima. Como o Nietzche morreu, o "verdadeiro" sentido não existe! Sugiro que essa idéia sobre "verdadeiro" seja similar à idéia do Nietzche sobre DEUS.

2006-11-13 10:01:51 · answer #6 · answered by Thor 2 · 1 0

Tudo isso é o resultado do iluminismo, que pos em dúvida a existência de Deus.


....

2006-11-13 06:43:04 · answer #7 · answered by 7 · 1 0

Que a partir daquele momento, a humanidade deveria viver de acordo com a sua vontade, e não mais sob o julgo do medo do cartigo de um Deus unipontente cristão.

2006-11-12 22:01:38 · answer #8 · answered by Filosófica 4 · 1 0

Acredito que nesta fala Nietzche Propõe a perspectiva de um mundo, no qual o homem teria que submeter-se às conseqüências morais de seus atos, sem a possibilidade de redenção divina ou recompensas prometidas pela religião.
Nietzche supõe as Doutrinas religiosas como uma castração à liberdade de pensamento e ação, a qual submete o homem a uma moralidade escrava. Só livre da crença da existência de Deus o homem pode ter poder sobre si mesmo e sobre seus atos, vivendo de forma realista o prazer, o sofrimento e a dor que acompanham a existência humana.

Em suma:
"Só o homem ateu pode ser livre, porque Deus é incompatível com a liberdade humana."

2006-11-12 16:18:08 · answer #9 · answered by Zahara 1 · 1 0

Ele quis dizer q ele mesmo faz o seu destino e não precisa de ninguém para ensiná-lo o caminho.

2006-11-12 16:18:05 · answer #10 · answered by Mine 4 · 1 0

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