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7 respostas

Gosto muito de Manuel de Barros e José Paulo Paes. Poesia diferente, moderna, inovadora...

2006-11-12 09:24:58 · answer #1 · answered by elisamakai 5 · 0 0

Gosto muito da Adélia Prado, e da Ana Cristina Cesar, apesar dessa última ter se suicidado.

2006-11-13 22:13:54 · answer #2 · answered by Nilde M 3 · 0 0

Manuel Bandeira e Fernando Pessoa.


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2006-11-13 14:40:40 · answer #3 · answered by 7 · 0 0

*Luis Fernando Veríssimo:O popular (1973); As cobras (1975); Ed Mort (1979); O analista de Bagé (1981); O gigolô das palavras(1982); A velhinha de Taubaté (1983); Comédias da vida privada; Comédias para se ler na escola (2001); As mentiras que os homens contam às mulheres (2001);

*Rubem Braga:Um pé de milho(1948); O homem rouco(1949); A borboleta amarela(1956); A cidade e a roça (1957); Ai de ti, Copacabana! (1960); A traição das elegantes(1967).

2006-11-12 20:59:50 · answer #4 · answered by Anonymous · 0 0

Lula e Clodovil. Ambos criaram as duas obras mais inspiradas do ano!

2006-11-12 18:52:13 · answer #5 · answered by Quetzalkan 3 · 0 0

Para abordarmos a poesia brasileira atual com alguma clareza e consistência histórica, devemos considerar contemporânea a poesia escrita desde os anos cinquenta do século XX. O marco inicial não exclui os grandes nomes do modernismo, vindos de 1922 e 1930, mas sim os toma em seu momento de maturidade e consolidação. Será útil destacarmos períodos, antes de buscarmos algumas características pessoais e de grupos.

1- O primeiro grande bloco de poetas seria precisamente o dos consolidados modernistas, já então chamados neo ou pós-modernistas pela crítica. Quais? Eu creio que o Tempo respeitará e conservará Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima, Cecília Meireles, Cassiano Ricardo, Dante Milano, Vinícius de Moraes, Henriqueta Lisboa. Duas gerações, num sentido amplo, dos que escreveram sua obra maior entre o pós guerra e nos deixaram antes do fim do século.

Sua marca identificadora, entre as diferenças individuais, estaria na conquista de uma linguagem atual, definidora mesmo do sentido do que é contemporâneo, no abandono do vocabulário “elevado”, das imagens crepusculares e aceitas como indispensáveis pelo conceito de beleza do academicismo precedente.

Passado o ludismo do início da maioria deles, do nacionalismo de alguns, sua voz comum é a da universalidade dos temas, ainda que duas obras maiores, de Cecília e Jorge – Romanceiro da Inconfidência e Invenção de Orfeu – possam estar marcadas pela brasilidade dos seus assuntos. Não casualmente, duas obras de largo fôlego, “fundadoras” de um sentir brasileiro, mas transcendente, poemas épico-líricos que universalizam as procuras da sua história e da sua terra.

Após um demorado olhar sobre o real, que tipificou o período das duas décadas anteriores, predominam então a espiritualidade, reflexões e meditações de corte metafísico, os temas de sempre em linguagem renovada. Sobretudo nas duas poetisas citadas acima, no melhor momento de Drummond deste período (ainda que sua poesia social retorne em mais de um título) e em Dante Milano, este poeta pouco lembrado e de obra tão escassa, marcada pela sensibilidade da inteligência.

A crítica brasileira, quase unanimemente, elege dois nomes como seus maiores representantes deste período: Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. Bandeira, a voz mais clara de toda a nossa poesia, se destaca num coloquialismo nunca chão e nas lições de ritmo, poeta que é para poetas uma constante lição, pela contínua renovação de meios e temas. Drummond, pela amplitude ímpar de seu pensamento, a sabedoria no fazer. Dois nomes que o Nobel esqueceu.

Outra marca do grupo é a reconquista da forma, após as experimentações dos inícios em verso livre da maioria. Formas fixas, inclusive o soneto, o retorno da metrificação, até da isometria e da rima são constantes em praticamente todos, nuns mais que noutros.

As diferenças estarão nas experiências e logros formais do Murilo europeu - o dos livros de Espanha e Itália -, no barroquismo extraordinário de Jorge, na voz quase portuguesa de Cecília, no afã de originalidade de Cassiano, num Vinícius capaz de ser popular sem perder-se no banal, no lirismo denso de Henriqueta.

Finalmente, em todos há uma consciência do fazer, um refletir sobre o ofício - metapoesia, marca universal da contemporaneidade em qualquer lugar desde o final do século XIX.

Uma lista mais ampla incluiria ainda Joaquim Cardozo, Augusto Frederico Schimidt, Mario Quintana, Augusto Meyer, Guilherme de Almeida, Emílio Moura, Oswald de Andrade, Ribeiro Couto e Ascenso Ferreira. Anterior,
morto em 45, um nome que está no início do modernismo brasileiro, não só como poeta, também como crítico, intelectual completo: Mário de Andrade.

2- O segundo grupo começa precisamente no pós guerra e se conhece como a “geração de 45”. Acusada de formalista, alienada, passadista, é mal estudada, e no entanto marca um momento histórico de nossa poesia que, esquecidos os nomes menores e talvez justamente considerados “torre de marfim”, se explica até pelo cansaço com a realidade, a dos anos 30 e 40, cansaço que produziu o pensamento existencialista, o nihilismo filosófico, a par de um desejo de paz e de passado (já dizia Manrique que todo tiempo pasado fué mejor).

Era um tempo de revistas grupais e de suplementos literários dos grandes jornais das maiores cidades, e os poetas de 45 se distinguiram pela combatividade com que se afirmavam contra os mestres de 22 e 30, tal como estes foram iconoclastas das gerações parnasiana e simbolista que os precederam.

Propunham uma poesia desligada do aqui e do agora, buscavam uma linguagem depurada do falar diário, os temas eternos. Leitores dos europeus que já haviam mudado o rumo da poesia – T.S.Eliot, Yeats, Valéry, Rilke, Pound, entre outros – redescobrem Fernando Pessoa e espanhóis de 27 – Lorca, Alberti, Guillén – e estudam o ofício. Sua marca mais importante seria a da concepção da poesia como arte da palavra, e não o esteticismo anacrônico de alguns já esquecidos.

São multidão, uma multidão que irá multiplicar-se e depurar-se. A primeira antologia dos de 45, organizada por Fernando Ferreira de Loanda, registra, em 1951, 24 nomes, e em sua segunda edição, de 1965, lista só 14, havendo novos nomes e alguns cortes com relação à anterior edição, ambas da revista Orfeu, do Rio de Janeiro. Em São Paulo, se agrupam no Clube de Poesia e na Revista Brasileira de Poesia. Noutras cidades, no sul e no norte do país, poetas aparecem nos suplementos e em pequenas revistas efêmeras.

A crítica jornalística de então não lhes foi muito favorável e a história tampouco os aceita sem restrições – ao “formalismo excessivo”, ao desligamento do tempo corrente, fazendo exceção a poucos nomes, quase acertadamente os daqueles que parecem destinados a permanecer na história literária do país.

No entanto, seu ímpeto era contra as facilidades do verso livre, dos ludismos e humorismos praticados por alguns dos poetas de 22 e 30. Era uma luta pela reconquista da forma, tarefa que já fazia parte da estética dos grandes mestres precedentes, citados acima, muito em particular Drummond, Jorge e Cecília.

Creio que alguns nomes perdurarão e sua obra mostra o quanto evoluíram, sendo menos um grupo que uma geração apenas do ponto de vista etário. Destacam-se João Cabral de Melo Neto e Lêdo Ivo. Menos celebrados mas de obra rica e meritória, Geir Campos, Péricles Eugenio da Silva Ramos, José Paulo Paes, Darcy Damasceno, José Paulo Moreira da Fonseca, Afonso Felix de Souza, Mauro Mota, Thiago de Melo., Moacyr Felix de Souza.

Há muitos outros, mas estes marcam aspectos importantes: o cuidado formal sem a pecha do formalismo em Geir, cuidados vocabulares em José Paulo Paes, que com Geir, Darcy e Péricles são tradutores que revelam Europa e América a leitores monoglotas, o ritmo musical de Péricles, o engajamento social de Thiago, a paixão disciplinada de Afonso Felix, a força de Moacyr, o rigor preciso, quase preciosista de Darcy, o visualismo quase penumbrista do também pintor José Paulo Moreira da Fonseca.

Uma expressão de Lêdo Ivo – que a poesia é rigor e vigor – caracterizará não só sua própria obra, extensa e exemplar, como a de seus melhores pares, como intenção ou mesmo como realização. Seu oposto e companheiro João Cabral, por exemplo, autor de poesia “pouco brasileira” pela secura, pela objetividade e pelo realismo, quer quando social, quer quando metalinguagem ou amorosa (rara). Ambos vieram mais além de 45 e marcam os melhores momentos da geração.

3- De 45 em diante, surgem numerosas “vanguardas” propondo desde a morte do verso à sua desconstrução sob várias normas e desordens. Aí se incluem os concretistas, movimento cujo valor se dilui com o tempo que os castiga até pelo abandono de seus preceitos pelos próprios poetas. Haroldo e Augusto de Campos enveradaram por outros caminhos, só Augusto tratando de continuar experimentando heterodoxamente o “poético” fora do verso.

Mais duráveis, suponho, seriam a poesia “práxis” de Mário Chamie e o “processo” de Afonso Ávila, por trabalharem com o verso, a meu juízo a essência física da poesia, tal como o acorde é para a música.

4- Outras tendências se manifestam ao longo do meio século. A política ensejou um movimento de protesto também na poesia “engajada”, que se expressa em movimentos como o “violão de rua”, a adesão parcial ao cordel - poesia popular nordestina de alto mérito, herdeira e transformadora de um trovadorismo ibérico de sabor histórico, maleável e de intrincadas formas fixas.

Todos os ismos europeus e hispânicos se apresentam aqui e ali – há poetas surrealistas, creacionistas, imagistas, rilkeanos, construtivistas, tropicalistas, marginais, toda uma série de núcleos efêmeros ou menos significativos. Além das formas, digamos “oblíquas” – visual, cinética, letras de música popular.

E se consideram gerações como a de 60, a de 85, sem que nada aglutinador justifique seu agrupamento. Após certa polarização a favor e contra o surto concretista, as últimas décadas se caracterizariam por singularidades e não por
grupos estéticos programáticos, sequer gerações nitidamente definíveis.

Certo minimalismo expressivo, com abandono da sintaxe, experimentalismos como frutos tardios do concretismo, haicais, marcam a tendência de muitos novos da última década do século passado e começo deste, que ainda não se consolidaram, são procuras ainda.

5- Aspectos relevantes a mencionar são o papel da universidade na formação de estudiosos da poesia, ainda que a melhor crítica se exerça fora do campus e é feita pelos próprios poetas. Um segundo aspecto, o da dedicação de muitos dos poetas destas várias gerações à tradução. Além de Bandeira é de justiça listar nomes como os citados acima ( Geir, Darcy, Péricles), os dos irmãos Campos, Ivo Barroso, Jorge Wanderley, Ivan Junqueira,Paulo Henriques Brito, entre muitos outros. Crítica e tradução de poetas, estas outras formas de interpretação e difusão da poesia de terceiros.

6- O que vejo hoje, entre poetas de verdade (pois a facilidade trazida pelo verso livre propiciou o aparecimento de incontáveis contrafações e equívocos que a internet exponencia) é o respeito ao cânone da língua, à tradição do verso, à palavra como instrumento artístico, ao poema como objeto verbal. Lições que vêm daqueles nomes de 22 e 30, sobretudo Bandeira, Drummond e Murilo e de João Cabral, pois eles escreveram a respeito desse rigor a que Lêdo Ivo se refere.

O panorama da segunda metade do século é de extraordinária riqueza de vozes de distintas tonalidades e um verificável “profissionalismo”, isto é, entre poetas de inspiração que aparecem em grandes quantidades ( de onde se pressupõe que se apure com o tempo a qualidade), os nomes que cito a seguir são de autores de tempo integral. Para eles, poesia não é desabafo sentimental, confissão, muito embora faze-lo seja legítimo enquanto comportamento humano, mas ainda não seria literatura. Para eles, poesia é gênero artístico, como a pintura ou a música, é construção léxica, como propunha Pessoa – idéia com música – ou o nosso João Cabral – “coisa mental” .

São de várias faixas etárias - do veterano extraordinário de quem Pound escreveu que fez a poesia que ele Pound quis fazer, Gerardo Mello Mourão, autor de uma imprescindível dezena de livros em que se percebe o leitor do verso grego e do latino – aos mais jovens Rodrigo Petronio e Carpinejar, este, filho dos poetas Carlos Nejar (que seria da geração de 60) e Maria Carpi.

E ainda os responsáveis pelo bom verso e o cânone da língua que são Francisco Carvalho, Manoel de Barros, Ferreira Gullar, Alberto da Costa e Silva, Affonso Romano de Sant´Anna, Hilda Hilst, Dora Ferreira da Silva, Bruno Tolentino, Alberto da Cunha Melo, Marly de Oliveira, Ivan Junqueira, Álvaro Pacheco, Anderson Braga Horta, Adélia Prado, Renata Pallottini, Ruy Espinheira Filho, Foed Castro Chamma, Astrid Cabral, Reynaldo Valinho Alvarez, Alexei Bueno, Paulo Henriques Brito, Antonio Carlos Secchin.

Repito: a lista é extensa e está incompleta. Citei nomes para que os leitores não brasileiros possam, na mídia, na internet, em antologias, festivais, avaliar algo de sua diversidade, que vai da meditação mística de Dora ao aberto universalismo de Affonso Romano, da intemporalidade greco-romana de Alberto da Costa e Silva ao coloquialismo de Paulo Henriques Brito, da invenção formal feita por Alberto da Cunha Melo ao desabrido mas disciplinado lirismo de Ruy Espinheira. E tem em Ferreira Gullar a voz mais diversificada e mais celebrada no momento, conquista de um trovar claro, direto, realista, seja quando de corte social, muito frequente, seja quando memorialístico ou erótico. A invenção de Manoel de Barros, vago espelho da prosa de Guimarães Rosa, e opostamente a ele o neo classicismo de Ivan Junqueira, o verso culto e pensado de Alexei Bueno e Bruno Tolentino, eis destaques necessários.

7- Característica interessante que vem desde o início do período, antes mesmo de Jorge de Lima e Cecília Meireles é o trato do poema longo, narrativo ou não. Os exemplos são numerosos e vários dos autores têm mais de uma obra longa. Alguns exemplos: Lêdo Ivo (Ode ao crepúsculo), Drummond (A mesa), João Cabral (O rio), Ferreira Gullar (Poema sujo), Affonso Romano(A Catedral de Colônia), Gerardo Mello Mourão (Invenção do mar),Alberto da Cunha Melo(Yacala), Álvaro Pacheco (Balada do nadador do infinito), Neide Archanjo (Marinhas) Reynaldo Valinho Alvarez (Lavradio).

Outra característica é a do serialismo, herdado da Espanha (Guillén e Lorca e Alberti, sobretudo) que está presente em João Cabral, Alberto da Costa e Silva e alguns outros, entre os quais o autor destas muito breves linhas, que nada mais querem ser que um convite à familiarização com uma poesia rica, múltipla, em que há invenção e mestria, rupturas pontuais e uma tradição de língua de cultura consolidada.

Gostou?

2006-11-12 18:46:18 · answer #6 · answered by PROFISSIONAL 2 · 0 0

Posso te falar não só dois mas 5 e todos brasileiros.
Arlindo Barbeitos, Eduardo White, José Luís Mendonça, Luís Carlos Patraquim e Ruy Duarte de Carvalho".

2006-11-12 17:30:30 · answer #7 · answered by CSA 2 · 0 0

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