Em 1904, na Conferência de Algeciras, a Inglaterra concedeu à França o domÃnio de Marrocos, cujo sultão tinha contraÃdo uma grande dÃvida com aquele paÃs da Europa (em troca, a França concordou que o Reino Unido governasse o Egipto). Em 1859, a Espanha anexou Marrocos, anexação essa que terminaria quando o sultão marroquino Moulay Abd al-Hafid aceitou em 1912, o estatuto de protectorado francês.
A seguir à Segunda Guerra Mundial, de acordo com a “Carta do Atlântico” (assinada entre Winston Churchill e Franklin Delano Roosevelt, em 1941), as forças vivas de Marrocos exigiram o regresso do sultão Mohammed V e em 1955, a França, que já se encontrava a braços com insurreição na Argélia, concordou com a independência da sua colónia, que foi celebrada dia 2 de Março de 1956.
A mudança do controlo francês sobre Marrocos para as mãos do sultão e do Partido Independentista Istiqlãl decorreu calmamente.
Em Agosto de 1957, Sidi Muhammad transformou Marrocos num reino, passando a usar o tÃtulo de rei. Quando, em 1959, o Istiqlãl se dividiu em dois grupos (um, abrangendo a maioria dos elementos do Istiqlãl, conservador e obediente a Muhammad 'Allãl al-Fãsi, apoiante de Sidi; outro, de carácter republicano e socialista, que adoptou o nome de União Nacional das Forças Populares), Sidi Muhammad aproveitou a oportunidade para distanciar a figura do rei dos partidos, elevando-o a um papel arbitral.
Tal manobra polÃtica contribuiu decisivamente para o fortalecimento da monarquia, como se verificou no referendo de 1962, já com Mulay Hassan, filho de Sidi (falecido em 1961), como rei Hassan II, em que foi aprovada uma Constituição de cariz monárquico.
Muitos têm sido os obstáculos à polÃtica marroquina: primeiro, a luta da guerrilha Polisário (Frente Popular para a Libertação de Saguia e do Rio do Ouro), apoiada, quer pela Argélia, quer, mais tarde, pela LÃbia, e que recusou, inclusive, os resultados de um referendo promovido por Hassan II em 1981; segundo, a condenação por parte das ONU; e, terceiro, a criação do Sara Ocidental em 1989, que tem obtido o reconhecimento de um número crescente de paÃses.
Em 1994, o secretário-geral das Nações Unidas, Boutros-Ghali, propôs um aprofundamento das negociações com o objectivo de promover um processo de recenseamento eleitoral o mais completo possÃvel, de modo a um futuro referendo ter uma legitimidade aceitável por ambas as partes.
2006-11-16 00:41:36
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answer #2
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answered by Vanyle 6
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