Pasárgada era uma cidade da antiga Pérsia e é atualmente um sítio arqueológico na província de Fars, no Irã, situado 87 km a nordeste de Persépolis. Foi a primeira capital da Pérsia Aqueménida, no tempo de Ciro II da Pérsia, e coexistiu com as demais, dado que era costume persa manter várias capitais em simultâneo, em função da vastidão do seu império: Persépolis, Ecbátana, Susa ou Sardes.
Na literatura brasileira, Manuel Bandeira (1886-1968), consagrou o nome Pasárgada como um lugar ironicamente ideal, em Vou-me embora pra Pasárgada.
2006-11-11 12:48:53
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answer #1
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answered by Paulo G 5
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Sinto não poder-lhe ajudar porque o que sei é apenas o que você sabe: Pasárgada é um lugar fantástico onde Mané entrava e saia sem dar Bandeira, era "chegado" do rei e tinha a mulher que queria e ainda escolhia a cama. Lá, Mané sentia-se à vontade: Andava de bicicleta; montava em burro brabo; trepava em pau-de-sebo e pintava o sete! Quando ficava cansado deitava na beira o rio e num estalar de dedo chamava uma sereia para lhe contar história, aquelas que sua babá contava no seu tempo de infância. Se eu fosse amigo do rei, também iria embora pra Pasárgada. um abraço
Dizem que: Pasárgada era uma antiga cidade da Pérsia, com lindos jardins. O Bandeira tentou passa a imagem de Pasárgada como um lugar fantástico.
2006-11-11 23:08:48
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answer #2
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answered by adericleverson 7
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Vou-me Embora pra Pasárgada o próprio Bandeira que explica:
“Vou-me Embora pra Pasárgada” foi o poema de mais longa gestação em toda a minha obra. Vi pela primeira vez esse nome de Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. Estava certo de ter sido em Xenofonte, mas já vasculhei duas ou três vezes a Ciropedia e não encontrei a passagem. O douto Frei Damião Berge Informou-me que Estrabão e Arriano, autores que nunca li, falam na famosa cidade fundada por Ciro, o antigo, no local preciso em que vencera a AstÃages. Ficava a sueste de Persépolis. Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas” ou “tesouro dos persas” suscitou na imaginação uma paisagem fabulosa, um paÃs de delÃcias como o “L’Invitation au Voyage” de Baudelaire. Mais de vinte anos quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda sensação de tudo o que eu não tinha feito na minha vida por motivo da doença, saltou-me de súbito do subconsciente esse grito estapafúrdio: “Vou-me Embora pra Pasárgada!” Senti na redondilha a primeira célula de um poema, e tentei realizá-lo mas fracassei. Abandonei a idéia. Alguns anos depois, em idênticas circunstâncias de desalento e tédio, me ocorreu o mesmo desabafo de evasão da “vida besta”. Desta vez o poema saiu sem esforço, como se já estivesse pronto dentro de mim. Gosto desse poema porque vejo nele, em escorço, toda a minha vida; e também porque parece que nele soube transmitir a tantas outras pessoas a visão e promessa da minha adolescência - essa Pasárgada onde podemos viver pelo sonho o que a vida madrasta não nos quis dar. Não sou arquiteto, como meu pai desejava, não fiz nenhuma casa, mas reconstruÃ, e “não como forma imperfeita neste mundo de aparências”, uma cidade ilustre, que hoje não é mais a Pasárgada de Ciro e sim a “minha” Pasárgada.
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
à outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Texto extraÃdo do livro "Bandeira a Vida Inteira, pág. 90
Chegou a ser musicado por Gilberto Gil em 1986.
bjs
2006-11-11 21:50:53
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answer #3
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answered by Esperança 4
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Acho que é uma cidade mitologica, na Grecia antiga..
Vou-me embora pra pasargada... lá eu sou amigo do rei...
É como Shan Gri lá... e outros lugares mitologicos,
2006-11-11 20:52:43
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answer #4
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answered by CISKA 4
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Acho que este suposto paraiso fica lá pelas bandas da PARAIBA.
2006-11-11 20:50:51
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answer #5
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answered by Anonymous
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