Um método inovador foi desenvolvido para determinar o horário da morte com mais precisão. A técnica, que consiste em analisar por meio da microscopia eletrônica as alterações em estruturas celulares de tecidos de qualquer órgão, fornece resultados com uma margem de erro de meia hora (no método usualmente adotado, a margem é de duas horas). A novidade foi criada por Marcos de Almeida, professor de medicina legal e biomédica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e por Daniel Muñoz, da Universidade de São Paulo (USP).
Existem hoje várias técnicas[1] para indicar a hora do óbito. A mais usada no mundo é a medição da temperatura do cadáver por meio de um termômetro inserido sob a pele. Quando um indivíduo morre, sua temperatura permanece em torno de 36,5o C por uma hora e, em seguida, começa a cair até se igualar à do ambiente. "Quando o perito vai medir, a temperatura geralmente está em 34o C", conta Marcos de Almeida. "A partir daí, medições realizadas em três momentos diferentes para determinar em quanto tempo o cadáver perdeu os 2,5o C."
No entanto, o método só é válido enquanto o corpo ainda não atingiu a temperatura ambiente. Além disso, ele deve levar em conta fatores como tamanho e peso do corpo, que afetam a perda de temperatura e explicam a margem de erro dessa técnica. No Brasil, ela não é usada: em geral, a perícia mede a temperatura retal do cadáver.
O novo método foi desenvolvido a partir de um estudo realizado com quatro cães. Durante um período de quatro horas, os pesquisadores observaram a cada 15 minutos as células cardíacas dos animais e constataram que o núcleo e diversas estruturas celulares sofriam alterações. As mais suscetíveis são as mitocôndrias, que absorvem o líquido intracitoplasmático e chegam a aumentar até quatro vezes. "Por meio da morfometria, medimos o volume das mitocôndrias e o grau de fragmentação de suas cristas", explica Marcos. "Quanto maiores as alterações, maior será o tempo de morte do cadáver."
De acordo com o pesquisador, para que o método seja adaptado para uso em humanos, será preciso estudar cadáveres cuja hora da morte é sabida com certeza. Nesse caso, seria possível catalogar as alterações que ocorrem a cada hora e, assim, estabelecer a relação entre as alterações nas mitocôndrias e o tempo decorrido. Segundo o pesquisador, a margem de erro seria a mesma encontrada no estudo com cães: meia hora.
Ao precisar o horário da morte, o método pode ajudar na resolução de crimes, excluindo suspeitos, por exemplo. Porém, Marcos acredita que a técnica não vá ser adotada em grande escala nos institutos médicos legais. "A determinação da hora da morte só é necessária em poucos casos", afirma o pesquisador. "Como microscópios eletrônicos são muito caros, uma solução seria a realização de convênios com universidades que dispõem do equipamento."
2006-11-09 09:33:22
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answer #1
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answered by buggati 2
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De curioso, sei que existem várias maneiras, uma delas é pela rigidez após a morte, outra é pelas larvas que estão no cadaver, quando há, um outra é quando se sabe quando a vítima comeu e em que grau parou sua digestão. Existem várias maneiras.
2006-11-12 11:44:41
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answer #2
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answered by SOU PALHAÇO MESMO 3
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Se o cadáver foi achado jogado no tempo por exemplo através das larvas das moscas.
Eles analisam a idade das larvas e quanto tempo demora para aquele tipo de mosca colocar suas larvas e acredite é bem preciso esse método. Dá até para condenar ou absolver um réu com essas provas.
2006-11-09 17:50:17
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answer #3
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answered by magrão 7
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É algum cálculo envolvendo logaritmos, calculando a concemntração sei la'de quê. Daqui a pouco alguém mte responde melhor
2006-11-09 17:31:46
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answer #5
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answered by qqcoisa 6
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