não são imortais não:
Bactéria é um organismo unicelular, procarionte, que pode ser encontrado na forma isolada ou em colônias e pertencente ao reino monera. Microrganismo constituÃdo somente por uma célula sem um verdadeiro núcleo celular nem organelos membranosos.
Bactérias Cytrobacter freundii ao microscópio eléctronicoDescobertas por Anton van Leeuwenhoek em 1683, as bactérias foram incialmente classificadas entre as plantas; em 1894, Ernst Haeckel incluiu-as no reino Protista e actualmente as bactérias compõem um dos três domÃnios do sistema de classificação cladÃstico. Vulgarmente, utiliza-se o termo "bactéria" para designar também as archaebactérias, que actualmente constituem um domÃnio separado. As cianobactérias (as "algas azuis") são consideradas dentro do domÃnio Bactéria.
As bactérias são normalmente microscópicas ou submicroscópicas (detectáveis apenas ao microscópio electrônico), com dimensões máximas tipicamente da ordem dos 0,5 a 5 micrómetros. Uma excepção é uma bactéria (Epulopiscium fishelsoni) isolada no tubo digestivo de um peixe, com um comprimento compreendido em 0,2 e 0,7 mm.
O estudo dos diferentes microrganismos, tais como bactérias, fungos, vÃrus e parasitas, é da responsabilidade da Microbiologia.
Bactéria é um organismo unicelular, procarionte, que pode ser encontrado na forma isolada ou em colônias e pertencente ao reino monera. Microrganismo constituÃdo somente por uma célula sem um verdadeiro núcleo celular nem organelos membranosos.
Morfologia das bactérias
Formato das bactérias.As bactérias classificam-se morfologicamente de acordo com a forma da célula e com o grau de agregação:
Quanto a forma
Coco – de forma esférica ou subesférica (do género Coccus)
Bacilo – em forma de bastonete (do género Bacillus)
Vibrião – em forma de vÃrgula (do género Vibrio)
Espirilo – de forma espiral/ondulada (do género Spirillum)
Espiroqueta - em forma acentuada de espiral.
Colônias de cocos.Quanto ao grau de agregação (formação de colônias)
Apenas os Bacilos e os cocos formam colônias.
Diplococo - de forma esférica ou subesférica e agrupadas aos pares (do género Diplococcus)
Estreptococos - assemelha-se a um "colar de cocos"
Estafilococos - uma forma desorganizada de agrupamento
Sarcina - de forma cúbica, formado por 4 ou 8 cocos simetricamente postos.
Estrutura da célula bacteriana
A estrutura da célula bacteriana é a de uma célula procariótica, sem organelos ligados à membrana celular, tais como mitocôndrias ou plastos, sem um núcleo rodeado por uma cariomembrana e sem DNA organizado em verdadeiros cromossomas, como os das células eucariotas.
Estrutura da célula bacteriana. A-Pili B-Ribossomas; C-Cápsula; D-Parede celular; E-Flagelo; F-Citoplasma; G-Vacúolo; H-PlasmÃdeo; I-NucleÃdo; J-Membrana celularEstruturas da célula procariota:
Nucleóide: não é um verdadeiro núcleo, já que não está delimitado do resto da célula por membrana lÃpidica própria. O nucleóide consiste em uma única grande molécula de DNA com proteÃnas associadas. O seu tamanho varia de espécie para espécie. Na Escherichia coli, uma bactéria tÃpica, o genoma tem quase 5 milhões de pares de bases e vários milhares de genes codificando mais de 4000 proteÃnas (o genoma humano tem 3 mil milhões de pares de bases e cerca de 40.000 proteÃnas).
PlasmÃdeos circulares são pequenas moléculas de DNA que coexistem com o nucleóide. São comummente trocadas na "reprodução sexual" entre bactérias. Os plasmideos têm genes, incluindo frequentemente aqueles que protegem a célula contra os antibióticos.
Hialoplasma: é um liquido com contistência de gel, semelhante ao dos eucariotas, com sais, glicose e outros açúcares, proteÃnas funcionais e várias outras moleculas orgânicas. Contém também RNA da transcrição génica, e cerca de 20 mil ribossomas. Os ribossomas procariotas são bastante diferentes dos eucariotas (essas diferenças foram usadas para desenvolver antibióticos usados para só afectar os ribossomas das bactérias).
Membrana celular: é uma dupla camada de fosfolÃpidos, com proteÃnas importantes (na permeabilidade a nutrientes e outras substâncias, defesa, e na cadeia respiratória e produção de energia).
Parede celular: é uma estrutura complexa composta por peptidoglicanos, polÃmeros de carboidratos ligados a proteÃnas como a mureÃna, com funções protectoras. A parede celular é o alvo de muitos antibióticos. Ela contém em algumas espécies infecciosas a endotóxina lipopolissacarÃdeo (LPS) uma substância que leva a reacção excessiva do sistema imunitário, podendo causar morte no hóspede devido a choque séptico.
Cápsula: Algumas espécies de bactérias têm uma camada de polissacarÃdeos que protege contra desidratação e reconhecimento pelo sineide
Pili: São microfibrilhas proteicas que se estendem da parede celular em muitas espécies Gram-negativas. Têm funções de ancoramento da bactéria ao seu meio e são importantes na patogénese. Um tipo especial de pilus é o pilus sexual, estrutura oca que serve para ligar duas bactérias, de modo a trocarem plasmÃdeos. (Pilus vem do Latim, que significa pêlo, cabelo. Pili - Plural; Pilus - Singular)
Flagelo: estrutura proteica que roda como uma hélice. Muitas espécies de bactérias movem-se com o auxÃlio de flagelos. Os flagelos bacterianos são muito simples e completamente diferentes dos flagelos dos eucariotas (como, no homem, os dos espermatozóides).
Vacúolo: não são verdadeiors vacuolos já que não são delimitados por dupla membrana lipÃdica como os das plantas. são antes grânulos de substâncias de reserva, como açúcares complexos.
Esporo:Algumas bactérias podem enquistar, formando um esporo, com um invólucro de polissacáridos mais espesso e ficando em estado de vida latente quando as condições ambientais foram desfavoráveis.
Classificação Gram
Quando a parede tem uma camada espessa de peptidoglicanos, a célula tinge de cor púrpura ou azul quando fixada com violeta-cristal, uma preparação conhecida como técnica de Gram (do nome do cientista Hans Christian Gram, que inventou esta técnica), e denominam-se bactérias "Gram-positivas".
Outras bactérias possuem uma parede celular dupla, em que a interna é uma fina camada de peptidoglicanos, enquanto que a exterior á formada por carboidratos, fosfolÃpidos e proteÃnas. Estas bactérias tingem de vermelho com a técnica de Gram, e denominam-se bactérias "Gram-negativas".
Muitos antibióticos, incluindo a penicilina e seus derivados, atacam especificamente a parede celular das bactérias Gram-positivas, inibindo as enzimas transpeptidase e carboxipeptidase, responsáveis pela sÃntese dos peptidoglicanos.
Reprodução
As bactérias podem reproduzir-se sexuada ou assexuadamente. A forma mais importante de reprodução – porque pode ter a forma de “produção em massa” - é a assexuada, por fissão binária ou simples divisão celular, em que uma célula replica o seu material genético e se divide em duas células-filhas, com as mesmas caracterÃsticas da célula-mãe (a menos que ocorra algum erro na replicação, acarretando assim em uma mutação), com o desenvolvimento de uma parede celular transversal.
No entanto, podem ocorrer variações genéticas durante este processo, através da recombinação e mutação (alteração aleatória do código genético) ou por transdução (transferência de material genético de um virus ou de outra bactéria através de um virus, como os bacteriófagos). Por esta razão, as bactérias também se reproduzem “sexualmente” por conjugação (transferência do material genético duma bactéria para outra) e, a seguir, continuam o seu ciclo de reprodução assexuada.
Apesar de serem normalmente microscópicas, as bactérias podem reproduzir-se em tal quantidade que chegam a formar um “filme” visÃvel a olho nu, numa superfÃcie onde estejam a desenvolver-se.
Metabolismo
As bactérias apresentam-se numa grande variedade de diferentes metabolismos:
As bactérias autotróficas necessitam apenas de dióxido de carbono como fonte de carbono:
As fotoautotróficas obtêm a energia na forma de luz, para a fotossÃntese;
As quimioautotróficas obtêm energia pela oxidação de compostos quÃmicos;
As heterotróficas dependem duma fonte orgânica de carbono.
Para além desta classificação, as bactéria podem distinguir-se com base na fonte de redutores que utilizam na sua respiração:
as litotróficas usam compostos inorgânicos, tais como água, sulfureto de hidrogénio ou amónia; e
as organotróficas usam compostos orgânicos, tais como açúcares ou ácidos orgânicos.
Estes diferentes tipos de metabolismo podem estar combinados num único microorganismo. Por exemplo, as cianobactérias são fotolitoautotróficas e aparentemente foram as pioneiras no uso da água como fonte de eléctrons. Muitas espécies podem mudar de forma metabólica, de acordo com as condições do meio ambiente.
Outros requisitos nutricionais das bactérias incluem nitrogênio, enxofre, fósforo, vitaminas e elementos metálicos como sódio, potássio, cálcio, magnésio, manganês, ferro, zinco, cobalto, cobre e nÃquel. Algumas espécies necessitam ainda de pequenas quantidades adicionais de elementos como selénio, tungsténio, vanádio ou boro.
No que diz respeito à sua reação ao oxigénio, a maioria das bactérias podem ser colocadas em três grupos:
aeróbicos – que podem crescer apenas na presença de oxigénio;
anaeróbicos – que podem crescer apenas na ausência de oxigénio; e
anaeróbicos facultativos – que podem crescer tanto na presença como na ausência de oxigénio;.
Muitas bactérias vivem em ambientes que são considerados extremos para o homem e são, por isso, denominadas extremófilas, como por exemplo:
termófilos – que vivem em fontes termais;
halófilos – que vivem em lagos salgados;
acidófilos e alcalinófilos – vivem em ambientes ácidos ou alcalinos;
psicrófilos – as bactérias que vivem nos glaciares.
Movimento
As bactérias móveis deslocam-se, quer através da utilização de flagelos, quer deslizando sobre superfÃcies, ou ainda por alterações da sua flutuabilidade. As espiroquetas constituem um grupo único de bactérias que possuem estruturas semelhantes a flagelos designadas por filamentos axiais ligadas a dois pontos da membrana celular no espaço periplasmático, além de terem uma forma helicoidal que gira no meio para se movimentar.
Os flagelos bacterianos encontram-se organizados de diferentes formas: algumas bactérias possuem um único flagelo polar (numa extremidade da célula), enquanto outras possuem grupos de flagelos, quer numa extremidade, quer em toda a superfÃcie da parede celular (bactérias “peritricosas”).
As bactérias podem mover-se por reacção a certos estÃmulos, um comportamento chamado “taxia” (também presentes nas plantas), como por exemplo, quimiotaxia, fototaxia, mecanotaxia e magnetotaxia (ver o artigo em italiano bactérias magnetotáxicas). Num grupo particular, as mixobactérias, as células individuais atraem-se quimicamente e formam pseudo-organismos amebóides que, para além de "rastejarem", podem formar frutificações.
Taxonomia
A classificação das bactérias mudou radicalmente nos últimos anos, de forma a reflectir o conhecimento actual sobre filogenia, como resultado dos recentes avanços na sequenciação dos genes, na bioinformática e na biologia computacional.
Arvóre filogenética dos arqueus e eubactérias e comparação com eurcariotasOriginalmente as bactérias foram consideradas um grupo dos fungos, os Schizomycetes, com excepção das cianobactérias que eram consideradas "algas azuis". A descoberta da sua comum estrutura celular procariótica distinta de todos os outros organismos (os eucariontes), levou a serem tratados como um grupo separado, denominado sucessivamente Monera, Bacteria e Prokaryota. (Ver também Reino).
Em geral pensava-se que os eucariontes fossem descendentes dos procariontes mas, estudando o seu RNA, Carl Woese descobriu que os procariontes compreendiam dois grupos separados, a que ele chamou Eubacteria e Archaebacteria mas que, mais tarde, ele próprio renomeou de Bacteria e Archaea. Woese argumentou que estes dois grupos, em conjunto com os eucariotas, formam domÃnios separados com origem e evolução separadas a partir dum organismo primordial.
Desta forma, as bactérias poderiam ser divididas em vários reinos, ma normalmente são tratadas como um único reino, dividido em filos ou divisões. São geralmente consideradas um grupo monofilético, mas esta noção tem sido contestada por alguns autores.
Importância das Bactérias para o Homem
Colónia de Streptococcus uma das espécies patogénicas mais frequentesOs vários tipos de bactérias podem ser prejudiciais ou úteis para o meio ambiente e para os seres vivos. O papel das bactérias na saúde, como agentes infecciosos é bem conhecido: o tétano, a febre tifóide, a pneumonia, a sÃfilis, a cólera e tuberculose são apenas alguns exemplos. Nas plantas, as bactérias podem também causar doenças. O modo de infecção inclui o contacto directo com material infectado, pelo ar, comida, água e por insectos. A maior parte das infecções pode ser tratada com antibióticos e as medidas antisépticas podem evitar muitas infecções bacterianas, por exemplo, fervendo a água antes de tomar, lavar alimentos frescos ou passar álcool numa ferida. A esterilização dos instrumentos cirúrgicos ou dentários é feita para os livrar de qualquer agente patogénico.
No entanto, muitas bactérias são simbiontes do organismo humano e de outros animais como, por exemplo, as que vivem no intestino ajudando na digestão e evitando a proliferação de micróbios patogénicos.
No solo existem muitos microorganismos que trabalham na transformação dos compostos de nitrogénio em formas que possam ser utilizadas pelas plantas e muitos são bactérias que vivem na rizosfera (a zona que inclui a superfÃcie da raiz e o solo que a ela adere). Algumas destas bactérias – as nitrobactérias - podem usar o nitrogénio do ar e convertê-lo em compostos úteis para as plantas, um processo denominado fixação do nitrogénio. A capacidade das bactérias para degradar uma grande variedade de compostos orgânicos é muito importante e existem grupos especializados de microorganismos que trabalham na mineralização de classes especÃficas de compostos como, por exemplo, a decomposição da celulose, que é um dos mais abundantes constituintes das plantas e difÃcil de degradar.
Existem ainda várias espécies de bactérias usadas na preparação de comidas ou bebidas fermentadas, incluindo queijos, pickles, molho de soja, sauerkraut (ou chucrute), vinagre, vinho e iogurte. Com técnicas da biotecnologia foram já “criadas” bactérias capazes de produzir drogas terapêuticas, como a insulina e para a biodegradação de lixos tóxicos, incluindo derrames de hidrocarbonetos.
Resumindo: para produção de antibióticos.
Curiosidades
Em termos de evolução, as bactérias parecem ser dos organismos mais antigos, com registos fósseis de há 3,7 biliões de anos.
Segundo a Teoria da Endossimbiose, dois organelos celulares, as mitocôndrias e os cloroplastos teriam derivado de uma bactéria endosimbionte, provavelmente autotrófica, antepassada das actuais cianobactérias.
Podem enquistar, ou seja, rodear-se de uma parede celular especial que as protege e ficar em estado de vida latente até que as condições ambientais voltem a ser favoráveis; nessa forma, elas podem viver na poeira da nossa casa e ser transportadas por correntes de ar e, dessa maneira, infectar um ser vivo que respire esse ar.
O corpo humano contém normalmente bilhões de microorganismos, quer na pele, debaixo das unhas, na boca, nariz, intestino e noutras cavidades do nosso corpo; porém, elas são normalmente impedidas de crescer nos olhos pelo lÃquido lacrimal.
Identificação Laboratorial de Bactérias
Recolha de amostras: faz-se pela recolha de amostras a partir dos tecidos ou secreções infectadas do doente. Assim, numa enterite usam-se amostras fecais, numa pneumonia expectoração, em orgãos internos biópsia e em muitas amostras de sangue.
As amostras são cultivadas em discos de Petri (discos de vidro) com os nutrientes e factores necessários ao seu crescimento.
São retiradas colónias bacterianas e espalhadas numa lâmina, onde são fixadas e coloridas (por exemplo com a técnica de Gram ou a técnica de Ziehl-Neelsen).
São observadas ao microscópio óptico, e identificadas pela morfologia e coloração Gram.
O tipo de colônia pode sugerir o organismo em questão: de uma forma geral, os bacilos gram negativos apresentam colônias brilhantes, os estafilococos apresentam colônias médias cremosas e os estreptococos colônias pequenas e opacas (podendo ser hemolÃticas ou não)
Se persistem dúvidas são usados testes bioquimicos.
São efectuados testes de crescimento na presença de antibióticos (teste de sensibilidade aos antibióticos).
2006-11-08 20:51:56
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answer #9
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answered by Anonymous
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