Hokus, "Conciência": do latim: "cum" + "scientia(m)"; donde Santo Agostinho: "scio me scire" (sei-me saber) e "scio me agere" (sei-me agir).
Freud distinguea seguinte "topografia" da psique: "consciência", "sub-" ou "pré-conscienência" e "inconsciente". Este último é para ele é apenas "pessoal" e constituído de elementos que foram recalcados ("libido" ou "impulsos sexuais", notadamente), e são passíveis de, mediante análise, virem a integrar a "consciência", ou subliminrem-se traduzindo-se em criações artísticas etc. A distinção entre os dois primeiros é de pouca relevância, porque o quê está subliminar, ou pré-liminar à consciência, não importando o que seja, pode de um momento a outro passar a integrá-la.
Jung distingue a seguinte "topografia" da psique: "consciência", distinta entre "consciência pessoal" e "consciência coletiva" (a "ciência" dominante em determinada época ou lugar, que pode limitar a primeira); e "inconsciente", distinto entre "inconsciente pessoal" (mais ou menos correspondente ao de Freud, embora os conteúdos recalcados não tenham, sendo o conceito de "libido" para ele, Jung, muito mais lato, e não tendo conotação apenas sexual) e "inconsciente coletivo" (que constitui o fundo-do-fundo de nós retomando historicamente, em termos de estruturas (o pressuposto é o das caterogiras kantianas), e não imediatamente de conteúdos, tudo o que viveu, sentiu, pensou a humanidade toda - e inclusive, se avançarmos diz ele em algum lugar, outros animais. Esta última "topia" é para ele, Jung, um universo infinito, e em expansão (o que não contradiz em termos lógicos ao conceito de "infinito"), dentro de nós, assim como existe o univrso infinito, e em expansão (idem ao anterior), fora de nós. Em quase toda sua vastíssima obra, insiste, ele, Jung, que: para que desçamos até ao inconsciente coletivo, temos de ter um pé bem ancorado na consciência, se não ao conforntarmo-nos com as figuras do inconsciente coletivo podem elas tragicamente apoderar-se de nós, de modo que qualquer consciência já era. Um dos casos ao qual ele muito se refere é ao de Nietzsche, que, como v sabe, viveu seus últimos dez anos, louco, sob total "inflação do ego". No caso antecedente, a experiência de confrontação leva à assimilação à "consciência pessoal", o que a torna um pouco maior (embora permaneça ela sempre uma gota d'água se comparada ao vastíssimo oceano que é o "inconsciente coletivo"). Em "Memories, dreams and reflexions" (Collins / The Fontana Library, 7ª ed., 1973) fala ele em mais de 400 pp sobre sua própria experiência, de 12 anos, no campo.
Sendo filosoficamente um "voluntarista", Jung admite a auto-análise, mas a pensa extremamente perigosa.
Importante: Jung, dada sua concepção extremamente dinâmica, não afirma, como Freud, possa haver "cura" definitiva e irreversível.
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No caso de Freud, esgotado os conteúdos recalcados, mediante análise, verifica-se a "cura"... e exingu-se o "inconsciente" (Jung).
No caso de Jung, deixando maiores complexidades de lado, que esta resposta já está longa em demasia, digo apenas que: não. E a interação entre "consciência pessoal" e "inconciência coletiva" prossegue... De outra parte, maior a "consciência pessoal", menor - tendendo à anulação - a influência negativa que "a consciência coletiva" possa exercer sobre ela.
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Assim te digo que, em termos de psicologia "científica" (?), temos apenas uma única "consciência" (quando a temos) para Freud e, enfim, também para Jung, porque o que houver de bom na "coletiva" pode ser integrado à "pessoal", que também assim se enriquece. Aliás, v próprio já o constatou ao apor os prefixos "in-" e "sub-" ao termo consciência.
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Para Freud, a interação se dá, sempre mediante o analista e até a "cura", por tempo determinado (ainda que longo), a rigor, entre duas instâncias a "consciência" e a "iconsciência pessoal".
Para Jung, a interação se dá, preferencialmente mediante o analista, tendo em vista o que já expus, para sempre entre os "topoi" "consciente pessoal" e "inconsciente coletivo" prossegue...
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Se v quiser clicar na cara cinza "sobre mim", verá apenas um bela poesia de um poeta catalão. Em particular, te digo que sou pesquisador nos campos de psicologia e história da mística, e orientador de grupos (de psícólogos) no estudo de psicologia jungueana.
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Jamais levo uma pergunta na brincadeira. E, como pode ver, também não concorro, com respostas geralemente longuíssimas, o que me leva a escolher o perguntador, não concorro a pontos. Descontraio-me aqui.
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Desculpe eventuais erros de digitação, repetição de palavras e coisas assim.
Abç p v.
2006-11-10 07:28:34
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answer #1
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answered by Anonymous
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Hokus...Não há como afirmar que somos uma coisa ou outra, ou mesmo uma terceira....Somos um TODO...Há lembranças, ''arquivadas'' em nosso inconsciente(ou, de acordo com os hindus:arquivo akáshiko), que vêm à tona, quando se faz necessário. O que realmente é trazido à plena consciência é uma parte ínfima...e, se retrocedermos mais(para quem acredita em reencarnação...) , através de ''regressão''(não-recomendável, somente em casos diagnosticados por ''expert's nessa área), constataremos que todas as nossas lembranças préteritas(mesmo algo que nos ocorreu a 4000 anos atrás) estão lá arquivadas...Daí os ''deja vu's''...aquela sensação de que já vivenciamos algo, ou vimos, etc....
Um abraço....
Ciao, bello(((ah!! lembre-se: ''visão holística, pois somos um TODO, e não ''partes''....)
2006-11-10 05:46:32
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answer #2
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answered by Anonymous
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Inconsciente, subconsciente, consciente.
Espírito, mente, matéira.
Id, ego, superego.
Na verdade não somos três, temos os três: instinto, vontade, discernimento.
É só isto.
Você 'sente' que tem alguém te espreitando, de madrugada, de repente ouve um barulho que não sabe de onde vem, levanta-se para correr/brigar (instinto), percebe que é um amigo superchatinho que resolveu lhe pregar um susto, pensa em dar-lhe um murro no meio da cara (vontade), mas respira fundo, lembra que se gritar com ele e sair no tapa vai arrumar encrenca com a vizinhança pelo barulho àquela hora da noite, e resolve levar na brincadeira, ou ignorar (discernimento).
É realmente só isso, o resto é só para complicar.
Não somos Trindade.
2006-11-08 16:36:40
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answer #3
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answered by Flavia P 5
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Para entrar no assunto, necessário se torna ter noções de relatividade, só que aí tem problema: o que mais falta na linguagem usual são termos que expressem a relatividade. Somente com a linguagem da relatividade pode-se chegar à compreensão das 3 consciências sobre que Hokus Phokus nos pede que falemos. Os 3 conceitos se fundem num só, donde a unidade do indivíduo: corpo (máquina que opera no mundo físico), subconsciente (alma, que é a sede de nossas emoções, sentimentos, intelectualidade etc.) e inconsciente (espírito, que se situa em nível mais profundo, e que representa o "eu" verdadeiro, além de comandar e controlar os órgãos internos do corpo). É o espírito (eu verdadeiro) que colhe o que o consciente semeia, enquanto a alma é o arquivo (diretório) em que se registram as experiências do ser em sua peregrinação vida afora; já o espírito é quem de fato colhe as sementes plantadas pelo consciente e vivenciadas pela alma, porque, afinal de contas, como ficou dito, é o espírito que é o "eu verdadeiro". Fazendo uma analogia com a linguagem dos tempos modernos, poderíamos dizer que o consciente é uma espécie de "laranja": tem consciência do corpo e da alma, e, ainda por cima, é ele, o consciente, quem "dá as ordens", para cima ou para baixo, para o bem, ou para o mal, e, de acordo com essas "ordens" emanadas do consciente, é que a alma é "alimentada". O padrão de vida de cada pessoa está sempre em consonância com as "decisões" tomadas pelo consciente. O sucesso e o fracasso, a saúde e a enfermidade, a alegria e a tristeza manifestam-se em nossa vida exclusivamente por causa das "decisões" que o consciente toma. Como as 3 consciências formam uma unidade, tudo o que o espírito colhe (de acordo com o que antes foi semeado pelo consciente e vivenciado pela alma) afeta diretamente à alma e ao corpo. O assunto é de fato da maior importância e profundidade, pelo que não seria possível expô-lo de forma completa aqui, primeiro, porque a mim me falta competência, e, segundo, porque demandaria muitas páginas, talvez livros e obras completas, e, ainda assim, não lograríamos êxito, senão em conservar-nos na superficialidade do tema. Mas, se Hokus Phokus quiser saber mais sobre o assunto, convém ler a Bíblia, principalmente as cartas que Paulo escreveu às igrejas na primeira fase do Cristianismo. Se Deus lhe abrir o entendimento, você, por certo, compreenderá muitas coisas, porque há um vasto oceano de conhecimento esperando apenas que dele nos apropriemos. Abraços.
2006-11-08 12:32:42
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answer #4
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answered by Zé 2
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Olá Hokus Phokus (esse nome me lembra algo... e ando tentando descobrir onde já o vi... há muito tempo...)
Nós somos os três... lamento desapontá-lo... porque:
1 - O inconsciente aflora de forma surda, muda... ele age e você não tem consciência do porquê... mas age, sim... e "ajuda-nos" a constituir os padrões do nosso "ser"...
2- O subconsciente , é a área do "alter-ego" , que em conjunto com o consciente, formam os nossos padrões do ser... este nos fala, sim, a todo o momento... é quando paramos por frações de miléssimo de segundo para o trazermos para o consciente e "emitirmos a opinião", a fala, a ação... (normalmente a figura do pai ou da mãe, ou de pessoas que influiram em nossa educação, estão "lá" , no subconsciente... e é também uma área onde armazenamos experiências)
3- O Consciente é o "nós" mais flargrante, o mais vasto e atuante mecanismo do "somos" ... o resultado de todas as ações da mente, perfeitamente "conscientes" sobre o qual não existe "dúvida" ou "exitação"..
Espero ter compreendido a sua pergunta...
Um abraço
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2006-11-08 11:30:07
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answer #5
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answered by Anonymous
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Na verdade não somos nenhuma e somos todas, agimos conscientemente, temos sentimentos inconscientes e mandamos tudo que não gostamos para o subconsciente.
2006-11-08 12:01:24
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answer #6
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answered by flor-de-lys 6
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O inconsciente não é manipulável, é desconhecido.
O consciente sofreu todo tipo de influências e diz respeito a forma como fomos educados...etc
Nós somos o subconsciente que é o que suplanta o consciente e o inconsciente, porque age sem limite espacial-temporal
subconsciente pode ser definido como uma extensão do consciente para além dos limites da observação...
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2006-11-08 11:36:08
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answer #7
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answered by ♥ 7
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Nós somos o consciente..: q percebe nossas ações...
o inconsciente eh a voz interior.. e o subconsciente conduz as coisas q fazemos sem perceber
2006-11-08 11:16:11
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answer #8
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answered by Bia 2
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