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2006-11-07 04:46:59 · 12 respostas · perguntado por José Marcos L 2 em Ciências Sociais Antropologia

12 respostas

O Opus Dei (em latim Obra de Deus) é uma prelatura pessoal da Igreja Católica, composta de um prelado, padres seculares e leigos comuns, que se juntam à prelatura de livre vontade. A Prelatura segue uma via de conduta que passa pela santificação do trabalho quotidiano (nas palavras do fundador "o trabalho é santo, santifica-nos e santifica os outros"). Assim, todo e cada um, homem ou mulher, é chamado à santificação pelo trabalho que exerce quotidianamente, encontrando Deus nas coisas ordinárias da Terra.

O Opus Dei foi fundado por Josemaría Escrivá de Balaguer em 2 de Outubro de 1928 em Madrid, na Espanha. Em 14 de Fevereiro de 1930, o seu fundador compreendeu que a instituição também deveria desenvolver o seu apostolado entre as mulheres, vindo, desta a forma a ser fundada, em 14 de Fevereiro de 1943, a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, inseparavelmente unida ao Opus Dei.

Até ao dia 25 de Junho de 1944, o Opus Dei só teve um único sacerdote: o seu fundador e líder Josemaría Escrivá. Nesse dia mais três veteranos da Obra, todos engenheiros de formação, foram ordenados sacerdotes pelo Bispo de Madrid-Alcalá, D. Leopoldo Eijo y Garay. Entre eles encontrava-se Álvaro del Portillo, que mais tarde tomaria o lugar de Escrivá como Prelado do Opus Dei.

Aprovado definitivamente pela Santa Sé em 16 de Junho de 1950, no dia 28 de Novembro de 1982 foi erigido como uma Prelatura pessoal, assim declarado pelo Papa João Paulo II — conforme o Código de Direito Canônico —, que tem como finalidade contribuir para a missão evangelizadora da Igreja.

À época do falecimento do seu fundador, em 26 de Junho de 1975, a prelatura já se estendia pelos cinco continentes, contando com mais de sessenta mil membros de 88 nacionalidades.

O Fundador do Opus Dei, foi pela primeira vez a Portugal em 5 de Fevereiro de 1945, a convite da Irmã Lúcia, uma das videntes de Fátima, que conhecera em Tui.

Essa viagem, acompanhado pelo bispo de Tui, e viagens subsequentes, permitiram-lhe contactar com o cardeal-patriarca de Lisboa, com os bispos de Braga, Porto, Coimbra e Leiria e decidir o começo do apostolado do Opus Dei no país. Um ano depois chegavam a Coimbra vários membros do Opus Dei em estudos de pós-graduação, montando uma residência universitária nessa cidade. Posteriormente seria a vez do Porto (1948) e Lisboa (1951).

O trabalho apostólico do Opus Dei no Brasil teve início em 1957, em Marília (São Paulo), devido ao interesse e à prolongada insistência do então bispo dessa diocese, D. Hugo Bressane de Araújo. Os primeiros membros do Opus Dei que chegaram em Marília foram: Pe. Jaime Espinosa Anta, licenciado em medicina e doutor em direito canônico, o médico recém-formado José Luís Alonso Nieto, e o advogado Félix Ruiz Alonso.

O Opus Dei tem como lema "encontrar Deus no trabalho e na vida cotidiana". Procura a santificação de cada cristão no meio do mundo, através do exercício profissional cotidiano e no cumprimento dos deveres pessoais, familiares e sociais de cada um, de maneira a que cada indivíduo se torne um fermento de intensa vida cristã em todos os ambientes em que se encontre inserido.

Para essa finalidade a prelatura proporciona os meios de formação espiritual e atendimento pastoral aos próprios fiéis e também a muitas outras pessoas. Através desse atendimento pastoral, as pessoas são estimuladas a colocar em prática os ensinamentos do Evangelho, mediante o exercício das virtudes cristãs e a santificação do trabalho. Isto significa, para os fiéis da prelatura, trabalhar segundo o espírito de Jesus Cristo: realizar as próprias tarefas com perfeição, como forma de dar glória a Deus e servir aos outros, e, deste modo, contribuir para santificar o mundo, tornando presente o espírito do Evangelho em todas as actividades e realidades temporais. Os membros da prelatura praticam também as chamadas normas de piedade, que consistem em, por exemplo, rezar o terço todos os dias, visitar Deus no sacrário ou confessarem habitualmente.

Os fiéis da prelatura realizam pessoalmente a sua tarefa evangelizadora nos vários âmbitos da sociedade em que estão inseridos. Por conseguinte, o trabalho que levam a cabo não se limita a um campo específico, como a educação, o cuidado de doentes ou a ajuda a deficientes. A Prelatura propõe-se recordar que todos os cristãos, seja qual for a actividade secular a que se dediquem, devem cooperar na solução cristã dos problemas da sociedade e dar testemunho constante da sua fé.

Atualmente, a sede da prelatura do Opus Dei encontra-se em Roma, onde está a igreja do prelado, sob a direção do bispo Dom Javier Echevarría.


O cristão está chamado a procurar a santidade, isto é, a subida ao Céu, o que inclui a identificação com Jesus Cristo, através das circunstâncias da sua vida e das atividades em que se ocupa regularmente. Segundo o fundador do Opus Dei: "A vida corrente pode ser santa e plena de Deus; o Senhor chama-nos a santificar as ocupações habituais, porque também nelas se encontra a perfeição do cristão"(É Cristo que passa, 2a. ed., Quadrante, São Paulo,n 148). Portanto, todas as virtudes são importantes para o cristão: a fé, a esperança e a caridade, apoiadas nas virtudes humanas: como a generosidade, a laboriosidade, a justiça, a lealdade, a alegria, a sinceridade etc. É pelo exercício das virtudes que o cristão vai-se configurando com Jesus Cristo.


Outra conseqüência do valor santificador da vida corrente é a transcendência das coisas pequenas que preenchem a existência de um cristão comum. "A santidade grande está em cumprir os deveres pequenos de cada instante" (Caminho, Quadrante, São Paulo, n. 817), ensinava São Josemaria Escrivá. São coisas pequenas, por exemplo, os detalhes de serviço, de boa educação, de respeito aos outros, de ordem material, de pontualidade etc.: quando se vivem por amor de Deus, esses detalhes não são de pouca relevância para a vida cristã.

Dentre as realidades quotidianas sobre as quais um cristão corrente deve edificar a sua santificação e às quais deve dar, portanto, uma dimensão cristã, encontram-se — para a maioria das pessoas — o matrimônio e a família. "Para um cristão, o matrimônio não é uma simples instituição social, e menos ainda um remédio para as fraquezas humanas: é uma autêntica vocação sobrenatural(...) Os casados estão chamados a santificar o seu matrimônio e a santificar-se a si próprios nessas união (...). A vida familiar, as relações conjugais, o cuidado e a educação dos filhos, o esforço necessário para manter a família, para garantir o seu futuro e melhorar as suas condições de vida, o convívio com as outras pessoas que constituem a comunidade social, tudo isso são situações humanas, comuns, que os esposos cristãos devem sobrenaturalizar" (É Cristo que passa, ibid., n. 23).

Os fiéis do Opus Dei se esforçam por dar testemunho da sua fé cristã por ocasião das suas atividades ordinárias e do seu relacionamento humano. O seu apostolado dirige-se a todos os homens e mulheres, e é exercido, em primeiro lugar, com o exemplo pessoal e depois mediante a palavra. O desejo de dar a conhecer Jesus Cristo, conseqüência direta da caridade (isto é, do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos), é inseparável do desejo de contribuir para a solução das necessidades materiais e dos problemas sociais do ambiente.

Os fiéis do Opus Dei são cidadãos que gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos às mesmas obrigações que os outros cidadãos, seus iguais. Nas suas atuações profissionais, familiares, políticas, econômicas, culturais etc., agem com liberdade e com responsabilidade pessoal, sem pretender envolver a Igreja ou o Opus Dei nas suas decisões, nem apresentá-las como as únicas congruentes com a fé. É a isto que leva o respeito à liberdade e às opiniões alheias.

O espírito da Opus Dei incentiva a cultivar a oração e a penitência, como meios de manter o empenho por santificar as ocupações habituais. Por isso, os fiéis da prelatura incorporam à sua vida determinadas práticas assíduas: meditação, assistência diária à Santa Missa, confissão sacramental freqüente, leitura e meditação do Evangelho, etc. A devoção a Nossa Senhora ocupa um lugar importante nos seus corações. Igualmente, para imitar Jesus Cristo, fazem sacrifícios, em especial os que favorecem o cumprimento fiel do dever e tornam mais agradável a vida aos outros, bem como a renúncia a pequenos prazeres, o jejum, a esmola, etc.

Todavia, como a Palavra de Deus ensina, pelos escritos Sagrados, o Sacrifício Vicário de Cristo na cruz foi em substituição à toda a humanidade, e Ele mesmo levou sobre Si as nossas dores e pecados, sofrendo o castigo que nos traz a paz, e pelas feridas Dele, fomos sarados (Isaías 53). Desta forma, Ele, sendo Justo, sofreu o castigo pelos injustos e não precisamos mais padecer. Tudo o que nos resta é aceitar o Seu amor, reconhecendo que somente Ele é o nosso Senhor e Salvador, que nos reconcilia com o Deus-Pai.

A mortificação é entendida como um sacrifício mental ou físico aos olhos de Deus, pode cingir-se à renúncia de algum alimento pelo qual a pessoa que se mortifica tenha preferência ou simplesmente por não beber água quando se tem sede, por exemplo. Estes sacrifícios são vistos como uma união à paixão e à cruz de Jesus Cristo e, portanto, como meio de participação na Redenção.

"unidade de vida" é outro alicerce nos ensinamentos do fundador do Opus Dei. De acordo com sua mensagem, um Cristão não deve procurar Deus apenas na igreja, mas também nas menores atividades ou ocupações de sua vida. Deixar de ser cristão quando se sai do templo, como quem tira um chapéu ao entrar num restaurante, é ter "vida dupla".

A "unidade de vida", segundo S. Josemaria Escrivá, é uma profunda união com Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Desta forma, o trabalho profissional ou qualquer atividade, incluindo o descanso e o lazer, une-se à redenção operada por Cristo no Calvário, transformando-se em trabalho redentor. Todas as boas obras que fizermos em benefício do nosso próximo são obras de justiça, mas somente a fé em Jesus - o Filho de Deus - pode justificar o homem.

O Opus Dei, por volta de 2005, possuia aproximadamente 85 mil membros distribuídos em todos os continentes. Existem diversas e diferentes categorias de membros e um único e idêntico fenômeno vocacional pelo qual todos os fiéis da prelatura são e se sentem em igual grau seus membros. Apesar de existirem diferentes categorias não existe qualquer tipo de hierarquia onde um membro exerce poder sobre outro: todos os membros da Obra são iguais em direitos, deveres e autoridade à excepção do Prelado, líder espiritual da Prelatura. Os membros do Opus Dei divergem bastante existindo membros casados, solteiros, celibatários e não celibatários etc. As diferentes categorias de membros são as seguintes:

Supernumerários
A maioria dos fiéis da Opus Dei é composta pelos membros supernumerários: são geralmente homens ou mulheres casados, que seguem carreiras convencionais e para quem a santificação dos deveres profissionais e familiares é parte principal da sua vida cristã. Os supernumerários constituem atualmente cerca de 70% do total dos membros do Opus Dei. Além das atividades normais de qualquer cidadão, os supernumerários devotam algum tempo diário à oração, além de participar de palestras específicas de formação humana e teológica e de participar anualmente em retiros espirituais. Em decorrência de suas obrigações profissionais e familiares não possuem a mesma disponibilidade às atividades da prelatura que os outros membros.

Numerários e adscritos
Os demais fiéis do Opus Dei são homens e mulheres que se comprometem a viver em celibato, por motivos apostólicos. Alguns moram com as suas famílias ou onde lhes for mais conveniente por motivos profissionais: são os adscritos da prelatura. Outros, pelas suas circunstâncias, podem permanecer plenamente disponíveis para cuidar das atividades apostólicas e da formação dos demais fiéis da prelatura: são os numerários, que ordinariamente podem viver em centros do Opus Dei, sem que isto impeça que desenvolvam sua carreira profissional. As numerárias auxiliares dedicam-se principalmente à atenção dos trabalhos domésticos das sedes dos centros da prelatura, que é a sua atividade profissional normal.

A Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz

O presbitério do Opus Dei é composto por membros da prelatura, tipicamente numerários e adscritos, que recebem o sacramento da Ordem e estão sob a jurisdição do prelado do Opus Dei.

A Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz é uma associação de sacerdotes associada ao Opus Dei. Fazem parte desta associação os sacerdotes que compõem o presbitério do Opus. Estes são membros natos da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz e estão sob a jurisdição do prelado da Obra. Também são admitidos como membros desta sociedade sacerdotes diocesanos que, permanecendo sob a jurisdição do bispo de sua diocese, procuram santificar seu trabalho de acordo com o espírito do Opus Dei e a sua orientação espiritual. Os sacerdotes diocesanos, portanto, não fazem parte do presbitério da Obra, mas apenas associam-se à Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz.

Cooperadores
Os Cooperadores do Opus Dei não pertencem à prelatura, mas colaboram com ela de alguma forma: orações, contribuições financeiras ou provendo algum outro tipo de assistência. Os cooperadores não precisam aderir a qualquer requisito especial, são apenas pessoas que apoiam o trabalho da Opus Dei, com o qual partilham ideias. Não precisam ser cristãos.

A Opus Dei é muitas vezes descrita por seus críticos como um movimento tradicionalista, politicamente próximo da direita conservadora e por vezes até fascista. É-lhe atribuído, na América Latina, uma influência considerável como instrumento da luta do Vaticano contra a Teologia da Libertação, afirmando-se que está fortemente implicado nas lutas de poder dentro da Igreja Católica; estas suposições, no entanto, nunca foram provadas.

Além disso, uma certa discrição por parte do Opus Dei faz com que as informações a seu respeito sejam extremamente fragmentárias. Por exemplo: a Constituição do Opus Dei, redigida em 1950, só foi publicada em 1986 graças às revelações de antigos membros. Essa discrição adotada pelos membros da prelazia é por vezes acusada de secretismo, o que levou a que, em Itália, se tivesse tentado extinguir a Obra, devido a uma lei que proibia sociedades secretas.

Para impedir boatos que insinuavam que o comportamento da ordem estava longe de ser o correcto e acabar com a imagem de "sociedade secreta" que queria dominar o mundo, os responsáveis pelo Opus Dei fizeram grandes esforços de divulgação da ordem aquando da canonização de Josemaría Escrivá.

Especialistas em História das Religiões afirmam que o discurso do Opus Dei está muito mais concentrado sobre o que deve ser o Direito Canônico, o dogmatismo e a submissão à autoridade do que no estudo dos Evangelhos e da Fé Cristã.

Em todo o mundo, o Opus Dei passou a receber grande dose de atenção dos média devido a duas coisas: a publicação do livro "O Código da Vinci" (em que membros da prelazia são retratados como fanáticos assassinos), e a divulgação de que o ex-governador do estado brasileiro de São Paulo, Geraldo Alckmin, faria parte da Obra. Ele, inclusive, quando era prefeito de Pindamonhangaba em 1978, batizou uma rua da cidade como o nome do fundador da ordem, Josemaría Escrivá de Balaguer, em comemoração ao cinqüentenário da organização. Por sua vez, Alckmin sempre negou ter qualquer vínculo com o Opus Dei.

Em 16 de janeiro de 2006, a revista Época em sua edição nº 400, publicou matéria de capa sobre o Opus Dei, onde, sem alarde ou sensacionalismo, apresentou uma entrevista com Carlos Alberto Di Franco, influente numerário, representante da Universidade de Navarra (Espanha) no Brasil e responsável por um programa de pós-graduação em Jornalismo que já teria formado 200 editores brasileiros, tornando-os simpáticos às idéias da organização.

Di Franco não se preocupa em se identificar como membro do Opus Dei, pois em suas próprias palavras, "na mídia todo mundo sabe". Todavia, o que talvez toda a mídia não saiba é que ele, a Navarra, e o programa Master de capacitação estão vinculados à consultoria Innovation International Media Consulting de Miami, à Sociedad Interamericana de Prensa e à ANJ (Associação Nacional de Jornais), entidades com notórios vínculos com a Igreja Católica em geral e com o Opus Dei em particular.

"Os códigos do Código Da Vinci"
Cadu Silveira, jornalista, em ""Os códigos do Código Da Vinci" (Historia viva, maio de 2006): "A Opus Dei teve e tem ligações com regimes autoritários e elites conservadoras? Segundo John Allen Jr., jornalista da CNN, é preciso, de saída, contextualizar a questão. No tempo da guerra civil na Espanha (1936-1939), Escrivá e a maioria dos católicos do país apoiaram os nacionalistas contra os republicanos. Nas décadas seguintes, a organização forneceu alguns ministros aos governos franquistas e pós-franquistas, em geral quadros de perfil tecnocrático. Em contrapartida, informa o autor, diversos numerários foram presos ou tiveram de se exilar por sua oposição a Franco."

"Os sucessores de Escrivá costumam descartar a acusação de serem ligados às elites, lembrando que entre os construtores da "Obra" - menos de 100 mil no mundo inteiro - existem trabalhadores manuais, motoristas de ônibus, donos de lavanderias e outros pequenos negócios e simples donas-de-casa. O livro de Allen Jr. traz depoimentos de alguns desses colaboradores mais humildes. E também do jornalista de Barcelona Luís Foix, militante da organização, que colabora em publicações de centro-esquerda e apóia os socialistas nas eleições. Ele enfatiza a liberdade de opinião existente dentro do grupo, afirmando que ninguém jamais tentou influenciar suas escolhas políticas. "Como membro da Opus Dei, sou totalmente livre", resume."

Fábio Chiossi, jornalista, em "Opus Dei não é tão poderoso como se pensa, diz vaticanista" (Folha de São Paulo 13 de fevereiro de 2006): "O fato de que eles cultivarem uma atmosfera de segredo não prejudica sua imagem?" Segundo John Allen Jr. "Sim. Mas o fato é que eles não vêm isso como segredo, mas como o viver sua própria espiritualidade. Assim, não tentam ser sigilosos, mas eu acho que, para as pessoas que estão fora, eles aparecem como um grupo secreto porque não fazem um trabalho muito bom para se explicarem. Isso os afeta. E é claro que, com o livro, eu estava tentando desafiar a enfrentar isso."

Ex-membros: acusações
Escrito por um ex-membro da organização, o professor de matemática brasileiro Antonio Carlos Brolezzi, "Memórias Sexuais no Opus Dei", publicado pela Panda Books (ISBN 8576950332), é um livro que faz uma série de acusações graves contra a instituição católica, a qual o autor serviu durante dez anos (1985-1995) e que hoje intitula "seita". Em depoimento à jornalista Denise Paraná da revista Planeta (ISSN 01048783, número 408, setembro de 2006), ele afirma:

O Opus Dei se valeria de uma estratégia de cooptação para angariar novos membros (pessoas jovens, católicas, de boa aparência ou ricas, que não usem drogas e sejam virgens), denominada internamente de plano inclinado (posto que o iniciado entra vagarosamente na organização, sem dar por isso).
A interpretação pessoal do Evangelho feita por Josémaria Escrivá não pode ser contestada (ou seja, ela é dogmática). O acesso à informação é cerceada aos membros, tanto no que diz respeito ao mundo exterior quanto a questões internas da própria organização.
Os sacramentos católicos são banalizados, e até mesmo convenientes anulações de casamentos (quando um casal, em segundas núpcias, precisa aparecer publicamente como tendo se casado na Igreja) podem ser conseguidas em troca de dinheiro. Brolezzi acusa especificamente o ex-governador Geraldo Alckmin (suspeito de ser um "extra-numerário"), de ter recorrido ao expediente para poder se casar no rito religioso com dona Lu Alckmin. Segundo Brolezzi, "ela já havia sido casada na Igreja. Através do Opus Dei anularam o primeiro casamento dela para que os Alckmin ficassem com a aparência de casal católico perfeito" (op. cit., p. 35).
O Opus Dei "trata a sexualidade como algo a ser extirpado" (op. cit., p. 36). Segundo o autor, a organização, além de exigir o celibato de seus membros efetivos, proíbe qualquer forma de prazer sexual (inclusive a masturbação) e incentiva a mortificação pessoal como forma de auto-disciplina. O indivíduo "mortificado" torna-se "totalmente obediente, manipulável, uma espécie de soldado" (op. cit., p. 37).
Brolezzi afirma ter feito (como todos os numerários) um testamento em que deixa todos os seus bens para a instituição. Ao se desligar da "seita", teria pedido a devolução do documento, mas não foi atendido. Estaria ainda sofrendo perseguição por parte de seus antigos colegas, os quais tentariam retratar seu livro como mais uma "teoria da conspiração" sem fundamentos.

O "antídoto" para O Código Da Vinci
Segundo Brolezzi, o livro Opus Dei: Os Mitos e a Realidade (editora Campus) do jornalista da CNN John L. Allen, Jr., "foi encomendado pelo próprio Opus Dei para defendê-lo. E por isso o livro está fora do index, a lista de livros proibidos por eles" (op. cit., p. 36). Allen, que afirma no início de sua obra jamais ter pertencido à organização, nem ter recebido favorecimento pessoal desta, a descreve como vítima de preconceitos (inclusive de setores da própria Igreja), e que nada teria de secreta ou conservadora.

2006-11-07 04:56:25 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 1

É uma seita religiosa conservadora que teve grande poder político e que conduz os fanáticos da ordem o uso da alto flagelação como forma de banir os pecado praticados.

2006-11-07 23:03:20 · answer #2 · answered by Creuzinha 6 · 1 0

Já respondi e torno a repetir, a chamada Opus Dei, era o orgão assassino da Igreja Católica, formada pelos Padres descontentes com o Papa, e durante muitos anos, mais de 2.000 anos, essa organização matou os considerados herejes, e em nome da Inquisição, cometeram assasinatos, tiraram nossas casas, terras, e mataram nossas Familias, felizmente tudo isso terminou em 2001, com o Papa João Paulo, esse novo Papa éra um dos lideres da Opus Dei.

2006-11-07 05:29:39 · answer #3 · answered by Anonymous · 1 0

A tradução é a Obra de Deus.
É uma prelazia da Igreja Católica que prega auxiliar os cristãos comuns a encontarem a presença de Deus no seu trabalho, na Família e nas suas atividades do dia-a-dia. Atualmente vem sendo condenada pelos métodos utilizados.

2006-11-07 04:55:11 · answer #4 · answered by R Jr 2 · 0 0

Desculpe a resposta sem esclarecimentos, é só um aviso: prepare-se para muita polêmica.

2006-11-07 04:52:06 · answer #5 · answered by Andrzej 2 · 0 0

O Opus Dei (em latim Obra de Deus) é uma prelatura pessoal da Igreja Católica, composta de um prelado, padres seculares e leigos comuns, que se juntam à prelatura de livre vontade. A Prelatura segue uma via de conduta que passa pela santificação do trabalho quotidiano (nas palavras do fundador "o trabalho é santo, santifica-nos e santifica os outros"). Assim, todo e cada um, homem ou mulher, é chamado à santificação pelo trabalho que exerce quotidianamente, encontrando Deus nas coisas ordinárias da Terra.

No site http://pt.wikipedia.org/wiki/Opus_Dei existe mais sobre o assunto, acessa lá e confira!

2006-11-07 04:51:43 · answer #6 · answered by kell 5 · 0 0

É uma espécie de congregação católica com características conservadoras.

2006-11-07 04:51:16 · answer #7 · answered by jgn 3 · 0 0

O Opus Dei (em latim Obra de Deus) é uma prelatura pessoal da Igreja Católica, composta de um prelado, padres seculares e leigos comuns.

2006-11-07 04:49:42 · answer #8 · answered by Anonymous · 0 0

É uma seita religiosa, que usa auto-flagelação. Não sei muitos detalhes!!!

2006-11-07 04:50:10 · answer #9 · answered by Nath 2 · 0 1

Uma seita religiosa.só não te dou mas detalhe por que não conheço mas adoraria conhecer melhor .
Tenho muita curiosidade.

2006-11-07 04:50:03 · answer #10 · answered by zarahni 6 · 0 1

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