NÃO GOSTO MUITO DESSAS HISTÓRIAS MAS APRENDI.
Francisco Franco
Ferrol, 1892 - Madrid, 1975
Militar e estadista espanhol. Estuda na Academia de Infantaria de Toledo e, entre 1912 e 1917, distingue-se nas campanhas bélicas do Marrocos espanhol. Após uma estada de três anos em Oviedo, volta a Marrocos, onde combate às ordens de Valenzuela e de Millán Astray, destacando-se pelo seu valor e frieza no combate. Em 1923, apadrinhado por Afonso XIII, casa-se. Destinado novamente a Marrocos com o grau de tenente-coronel, assume o comando da Legião em 1923 e participa activamente no desembarque de Alhucemas e na reconquista do Protectorado (1925). Aos 34 anos alcança o grau de general de brigada. É, com Sanjurjo, o mais brilhante dos militares chamados africanistas. Entre 1928 e 1931 dirige a Academia Militar de Saragoça.
Quando da implantação da República (1931) é afastado de cargos de responsabilidade (é destacado para os governos militares da Corunha e das Baleares). O triunfo das forças de direita em 1933 fá-lo regressar a altos cargos do exército. Planifica a cruel repressão da Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião. Quando Gil Robles ocupa o Ministério da Guerra, é nomeado chefe do Estado-Maior Central (1935). Em 1936, o governo da Frente Popular nomeia-o comandante militar das Canárias. Dali mantém contacto com Mola e Sanjurjo, que preparam o levantamento militar.
Em 17 de Julho voa das Canárias até Marrocos, revolta a guarnição e torna-se comandante das tropas. Cruza o estreito de Gibraltar com meios precários (aviões cedidos por Mussolini e Hitler e navios de pouca tonelagem) e avança até Madrid por Mérida, Badajoz e Talavera de la Reina. Apodera-se rapidamente da direcção militar e política da guerra (Setembro de 1936). Em Abril de 1937 une os partidos de direita e coloca-se à frente da nova organização como «caudillo». Em Janeiro de 1938 converte-se em chefe de Estado e do governo. Anos mais tarde diz que apenas presta contas da sua actividade «perante Deus e perante a história». Ao que parece, está convencido de ser o homem escolhido pela divina providência para reger os destinos de Espanha.
Terminada a guerra civil empreende a reconstrução do país. Não só não quer contar com os vencidos para esta tarefa, mas também a repressão e os fuzilamentos se prolongam durante, pelo menos, um lustro. Cria um estado católico, autoritário e corporativo que recebe o nome de «franquismo». Apesar das suas estreitas relações com a Alemanha e a Itália, mantém a neutralidade espanhola durante a Segunda Guerra Mundial. Terminada esta, os vencedores isolam o regime franquista. Contudo, este vai-se consolidando na base da promulgação de novas leis: criação das Cortes (1942), Jurisdição dos Espanhóis (1945), lei do referendo nacional (1945), lei da sucessão na chefia do Estado (1947), etc.
Em 1953 iniciam-se as relações diplomáticas com os Estados Unidos da América e, em 1955, o regime de Franco é reconhecido pela Organização das Nações Unidas. Em 1966 cria uma nova Constituição (Lei Orgânica do Estado) e três anos mais tarde apresenta às Cortes, como sucessor a título de rei, o príncipe Juan Carlos, neto de Afonso XIII. Em Junho de 1973 cede a presidência do governo ao seu mais directo colaborador, Luís Carrero Blanco. A morte deste num atentado, poucos meses depois, é o princípio da decomposição do regime. Franco morre após longa doença num hospital de Madrid.
2006-11-07 00:20:09
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answer #1
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answered by APRENDIZ DE Y!R 5
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O Franco era aliado de Hitler, sabia ?
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2006-11-09 18:50:03
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answer #2
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answered by Zé 7
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Terminada a Guerra Civil Espanhola com a vitória dos auto-denominados nacionalistas, Franco passou a ser o chefe de Estado, proclamando-se Caudilho de Espanha pela graça de Deus. Nos primeiros anos, o regime franquista levou a cabo uma repressão brutal contra os adversários, deu apoio a Hitler e a Mussolini e praticou uma política econômica autárquica que freou o desenvolvimento do país. Mais tarde, o regime estabeleceu contatos com os Estados Unidos e alterou a política econômica. Nos anos 1960 produziu-se um aumento notável do nível de vida da população em geral (desenvolvimentismo), ainda que o nível de liberdade pessoal e política não tenha aumentado da mesma maneira.
O franquismo como regime político acabou com a morte de Francisco Franco, que foi sucedido na chefia do Estado espanhol pelo Rei Juan Carlos I. A transição para um sistema político baseado na democracia paralamentar foi relativamente suave.
Ideologia
Ideologicamente, o franquismo é baseado no fascismo, adaptado para a Espanha pelo movimento falangista. As bases do regime franquista foram definidas pela unidade nacional espanhola (nacionalismo de estado), pelo catolicismo e pelo anti-comunismo. Apesar de o regime ter-se autodefinido como democracia orgânica com fins propagandísticos, não pode ser considerado de forma alguma como democrático, em comparação às democracias parlamentaristas contemporâneas. É mais adequado defini-lo como ditadura ou regime totalitário.
O franquismo hoje
Há grupos reduzidos de extrema-direita que se declaram franquistas e reivindicam abertamente o regime franquista. Estes grupos defendem uma visão da História da Espanha coerente com a propagada pelo franquismo (ver Revisionismo histórico).
Por outro lado, levando em conta que o regime controlou a educação durante quase 40 anos, que a transição para a democracia foi gradual, e que houve uma anistia geral com todos os integrantes ou colaboradores do regime franquista, há quem argumente que o franquismo como fato social perdurou na Espanha muito além de 1975 (o chamado franquismo sociológico). Obviamente, isto é objeto de controvérsia, e de fato o uso do termo franquista de forma derrogatória foi sido relativamente habitual no debate político dos últimos anos.
Bjus =]
2006-11-07 11:36:50
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answer #3
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answered by cris 7
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Derrotada a direita nas eleições municipais de 1931, o rei Alfonso XIII abdica e proclama-se a República. Eleições são convocadas, nas quais a esquerda sai vitoriosa. Entretanto, o fracasso e lentidão na aplicação de reformas sociais leva ao descontentamento popular.
Em 1933, a recusa dos anarquistas em dar apoio aos partidos de esquerda, e sua propaganda pela "greve do voto", permite a vitória eleitoral da direita. Segue-se uma insurreição de esquerda, que foi mal sucedida em toda a Espanha, menos nas Astúrias, onde os operários dominaram Gijón por 13 dias. Este evento ficou conhecido como Comuna das Astúrias.
Com milhares de militantes feitos prisioneiros, os anarquistas decidem apoiar a esquerda nas eleições de 1936. Espera-se que o novo governo lhes conceda anistia. A esquerda vence em 16 de Fevereiro, e a direita então lança-se a preparar um golpe militar que se concretiza em 18 de Julho.
Dois contingentes militares
Um soldado republicano procura esconderijo na Plaza de Toros, em Teruel, a nordeste de Madri.De um lado lutavam a Frente Popular, composta pela esquerda (e extrema esquerda como o comunismo, anarquismo mas também o governo eleito liberal-democrático) e os nacionalistas de Galiza, País Basco e Catalunha, que defendiam a legitimidade do regime instalado recentemente no Estado, (a República proclamada em 1931 e os respectivos Estatutos de Autonomia).
Do outro lado os nacionalistas (compostos por monárquicos, falangistas, e militares de extrema direita, etc. O seu referente político (sobretudo para a Falange) era Primo de Rivera que instaurou uma ditadura em 1926, mas que posteriormente morreu num acidente aéreo. Só durante o decorrer da guerra chefiados pelo militar Francisco Franco é que vai ser aceite progressivamente a sua indiscutível liderança.
Terminada a Guerra Civil Espanhola com a vitória dos auto-denominados nacionalistas, Franco passou a ser o chefe de Estado, proclamando-se Caudilho de Espanha pela graça de Deus. Nos primeiros anos, o regime franquista levou a cabo uma repressão brutal contra os adversários, deu apoio a Hitler e a Mussolini e praticou uma política econômica autárquica que freou o desenvolvimento do país. Mais tarde, o regime estabeleceu contatos com os Estados Unidos e alterou a política econômica. Nos anos 1960 produziu-se um aumento notável do nível de vida da população em geral (desenvolvimentismo), ainda que o nível de liberdade pessoal e política não tenha aumentado da mesma maneira.
O franquismo como regime político acabou com a morte de Francisco Franco, que foi sucedido na chefia do Estado espanhol pelo Rei Juan Carlos I. A transição para um sistema político baseado na democracia paralamentar foi relativamente suave.
2006-11-07 08:34:28
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answer #4
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answered by Francisco H 2
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