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10 respostas

Educação sem limites


A coisa mais difícil que existe nesta vida é educar um ser humano, pois que demanda a nossa atenção por um tempo, que deixamos de perceber porque até o último momento podemos receber educação.



Alguns fatores apontam as causas da falta de limites na educação das crianças de um modo geral, destacando os valores morais que sumiram do nosso cenário, haja vista o enorme número de casos de corrupção ininterrupta; na política, empresas, igrejas, etc, apresentados na mídia, onde, dificilmente a lei consegue ser cumprida, ademais, instaurou-se na cultura a idéia de que ser esperto é a grande jogada, o contrário; uma tremenda burrice, então, por qual razão seguir regras?

Outro ponto importante vem a ser a ausência dos pais na vida da criança, em virtude da carga horária dedicada ao trabalho, deixando a convivência educacional aos cuidados da escola, desde os primeiros momentos, nas creches e nas instituições educacionais, do governo ou particulares. Esta necessidade familiar gerou um sentimento de culpa nos pais, que, para compensar tais circunstâncias, acabam sendo permissivos em demasia com os seus filhos, impedindo, por conseguinte, momentos de se educar e proporcionar os valores que devem ser seguidos; derivados dos próprios valores existentes nos pais e na constituição da personalidade da criança. Contudo, abre-se nova polêmica neste rastro de educação sem limites, ao lembrarmos que muitos pais com filhos hoje adolescentes e outros adultos vêm de uma geração na qual pregou por muitos anos a idéia de que a liberdade total era a melhor saída, contrapondo à idéia de repressão sócio-histórica vivida por eles em sua juventude, o que acarretou em juízo de valores distorcido, vindo de um radicalismo social para outro, sem fazer "escola" desta forma de se educar. Não houve ponderação e conseqüentemente faltou um plano mediano que fosse sendo ajustado à medida que as demandas surgissem. Simplesmente foi-se estabelecendo este modelo de educação até o momento em que se evidenciaram os desastrosos resultados.

Outra condição a ser pensada é o exagero que os pais têm com relação aos traumas que poderão causar, caso venham a ser mais enérgicos na educação dos seus filhos. Usar o bom senso e algumas regras para estabelecer limites na educação infantil não arranca pedaço de ninguém. Faz-se necessária a consciência de que para educar é preciso esforço, dedicação, perseverança e paciência; muita paciência.

Nas escolas a relação entre o aluno e o professor chegou a uma condição muito favorável, quando entendemos que a participação do aluno está maior, diferentemente de outras épocas onde o papel se restringia apenas a ouvir e guardar as informações que chegavam.

A criança de hoje está mais bem estimulada e responde com maior agilidade ao meio, o que lhe confere a boa posição de ser participante nos grupos sociais; casa e escola especialmente. Todavia, dada a falta de condução por conta da educação sem limites, a criança acaba se tornando um canhão sem direção, que atira para vários lados ao acaso a acerta em quem estiver na trajetória, e a si mesma invariavelmente.

Para ilustrar este contexto da educação sem limites, relatarei uma cena que vi na sala de diretoria de uma escola do governo. De um lado encontrava-se a vice-diretora desta instituição, a qual descrevia o descaso de um aluno com relação aos estudos, seu comportamento rebelde e desrespeitador mediante as regras daquela escola, exaltando o fato de que este menino, de aproximadamente onze anos, já havia "bombado" em ano anterior e que em seu boletim constavam muitas faltas. De outro lado, a mãe, estupefata com aquelas faltas, tentando compreender aquele furacão que se lhe apresentava. Ao lado da mãe que estava sentada, encontrava-se sua filha menor, à frente do referido estudante, e ao lado dele outra irmã, presumivelmente mais velha. O quadro estava formado; o garoto permaneceu imóvel entre as pessoas de sua família e apenas comentou em tom humilde que a direção da escola lhe perseguia há muito tempo e que ele era bonzinho. Apesar da postura de cobrança por parte da diretoria da escola, é quase impossível obter do aluno um comportamento adequado, uma vez que lhe falta o direcionamento educacional, sutilmente revelado pela mãe quando alegou não ter tempo de poder criar o próprio filho, permanecendo ausente em virtude do trabalho.

Tal situação é comum e é clara quanto às dificuldades existentes para todas as partes: do aluno que precisa e não tem a educação fundamental de ser acompanhado em casa por seus responsáveis; dos pais, que não têm tempo e sentem a dificuldade se ampliar conforme o tempo passa, desestimulando cada vez mais, ter que mexer com esta situação, e, para a escola, que acaba arcando com tal responsabilidade, sem ter estrutura para isso. A situação destas várias crianças e de suas famílias é caótica, não existindo meio termo para classificar o que se passa nesta inversão de valores, onde inexiste a educação pautada em acompanhamento e com limites. Muitos pais crêem que o tempo dará jeito na questão, deixando à sorte o futuro de seus filhos.

O exercício do viver só é realizável vivendo, na prática, e o mesmo ocorre com a educação, portando, é preciso arregaçar as mangas e assumir o papel de orientador, de guia, de educador. Começar, antes tarde do que nunca a se envolver neste processo importante e determinador da vida do ser humano, cavando tempo e espaço para esta empreitada. Sempre que desejamos muito alguma coisa damos um jeito no tempo e espaço para alcançá-la. O que nos impede de lutar por esta causa mais do que nobre? Qual medo existe em tentar educar os próprios filhos?

Como em qualquer situação da vida, haverá tropeços, que darão lugar ao adequado proceder conforme a prática e a persistência desta convivência. Os rumos poderão ser diferentes, e certamente o serão. Outros benefícios virão naturalmente, como um maior sentimento de amor próprio, e em muitos casos, a unidade familiar. Mas é preciso começar, tentar, fazendo acontecer. Confie em si mesmo e mude o cenário, assumindo as responsabilidades e transmitindo muitos valores aos seus filhos, por via de uma educação que dá segurança e conforto, pois todos nós sempre desejamos isto.

2006-11-04 00:48:15 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

Colega, tenho vivido esta experiência em minha casa com uma sobrinha que esta sob nossa guarda. Procuramos em primeiro lugar a ajuda dos professores e a escola nos aconselhou a procurar a ajuda de um psicologo. Eu acho que é o mais recomendável, e foi o que fizemos. O que a psicologa nos explicou é que geralmente o comportamento de uma criança é influenciado por traumas, decepções, alegrias etc. Ex.: Minha sobrinha estava muito bem na escola, os professores pediram até que procurassemos uma escola mais avançada porque o QI dela estava acima da média dos outros alunos e a escola não tinha condições de desenvolver um trabalho isolado dos outros alunos. Daí nessa época veio a separação dos pais e ela não aceitou, o rendimento na escola desabou e ela começou a dar trabalho em casa, (agressões física e verbal, mentiras, não aceitar regras), procuramos o psicologo e ele detectou que ela é uma criança Hiperativa, além de tudo ela sofre de Síndrome do transtorno obsessivo (consequência de uma depressão provavelmente causada pela separação dos pais), para você ter uma idéia ela começou a arrancar o próprio cabelo a ponto de ficar careca em algumas partes da cebeça. Esse problema começou aos 8 anos de idade, hoje ela esta com 12 anos de idade e esta em tratamento psicologico e psiquiátrico pois tem que tomar um medicamento para controlar a depressão, mas já esta bem melhor, já não arranca mais os cabelos com a mesma frequência que arrancava antes, e as agressôes diminuiram.

2006-11-04 01:13:41 · answer #2 · answered by Elziene L 2 · 1 0

Taciana. Bom dia. A intervenção da família e da escola é fundamental para crianças e jovens, pois durante todo o seu processo de aprendizado para a vida, o trabalho, as relações com amigos, com namorados e mesmo consigo próprio será de grande valia. Imagine você se tudo o que o seu filho pedir ou quizer você dar, sem ele ao menos mereça ou por ser bom aluno, por ser organizado e ciente de seus deveres dentro de casa e mais mostrar boa vontade em ajudar, cooperar nas horas de necessidade. As crianças por natureza são exigentes, querem tudo na hora, brigam, choram e fazem chantagens para que os pais cedam sempre. Ledo engano. Eles, no fundo precisam e acham muito melhor quando você diz, embora demostrem o contrário: Agora não posso; hoje não vai dar: estou sem dinheiro, assim que puder ajudo você. É difícili dizer NÃO, mas é preciso limitar com clareza, com educação, com ensinamentos e muito amor para que eles sintam que a vida não vai lhes dar tudo o querem na hora que querem. Pense nisso, ao contrário dos que pensam que mimar uma criança o tempo inteiro é o certo, não é. Para a aceitação, existe a negação, fatores esses que os treinarão e lhes darão possibilidades infinitas de criar seu caráter e prepará-los para a vida. Tereza C.

2006-11-04 01:03:57 · answer #3 · answered by Tereza C 3 · 1 0

A família tem que começar ensinando a essa criança o significado de limite, respeito, obediência e outras coisas, e a escola poderá dar continuidade a esse processo começado no ambiente familiar com o apoio principalmente dos pais ou pessoas responsáveis por ela.

2006-11-04 00:59:43 · answer #4 · answered by Anonymous · 1 0

Aos pais cabem impor esses limites fazendo uso da autoridade que possuem, sem autoritarismo. E a escola criar situações reais de ensino e aprendizagem que contribuam na aquisição da compreensão de que a sociedade que vivemos é regidas por normas e que o descumprimento dessas normas trazem conseqüências muitas vezes desastrosas.

2006-11-04 00:58:40 · answer #5 · answered by Anny 3 · 1 0

Olá Taciana
Acredito que os limites devem ser dados pelos adultos. Não há criança sem limite, há adulto que não sabe limitar o comportamento das crianças. Educar é uma das tarefas mais difíceis, considerando as individualidades de cada educando e o contexto onde vivem as famílias que são os educadores. Numa situação real em que seja necessário educar uma criança sem limites, tanto a família quanto a escola devem trabalhar juntos, se possível com a ajuda de um psicólogo, para conduzir da melhor forma possível a educação dessa criança.
abçs
antonieta

2006-11-04 00:55:48 · answer #6 · answered by antonieta 1 · 1 0

A criança sem limites não nasceu assim. De alguma forma, a família teve (ou deixou de ter) algumas atitudes que fizeram com que a criança crescesse sem saber o que se pode e o que não se pode fazer na vida em sociedade.
Família e escola devem conversar bastante, buscar ajuda de um especialista (psicólogo) e trabalhar em conjunto para que essa criança se livre do rótulo que já lhe colocaram: "ele não tem limites; ele não obedece..." Se a criança crescer ouvindo que é má, que não sabe se comportar em grupo, que só deixa seus pais infelizes... ela irá incorporando o que dizem dela e será isso (uma pessoa má, que não participa de grupos, que não se incomoda em magoar os outros...).

2006-11-04 00:55:21 · answer #7 · answered by izadenunes 7 · 1 0

Achei muito interessante este artigo que fala fala sobre regras e limites para as crianças...Leia, espero que possa te ajudar

2016-07-09 17:29:27 · answer #8 · answered by Pablo Albano 1 · 0 0

Na minha opinião não existem crianças sem limites. Existem crianças querendo que lhes dêem limites. Isso quem deve dar, é a familia!!!

2006-11-04 00:55:03 · answer #9 · answered by Anonymous · 0 1

Interne ela num Colégio Militar, você verá que a criança aprenderá a ter limites rapidinho.
Eu já fiquei internado em um colégio desses e te garanto, os limites aparecem rapidinho.

2006-11-04 00:43:27 · answer #10 · answered by Rocha 5 · 0 2

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