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Eu preciso dessa poesia até dia 05/11/06 por favor eu gostaria de algo diferente não de Castro Alves pf me ajudem!!!!!

2006-11-01 13:37:58 · 8 respostas · perguntado por Srta Fanie 2 em Educação e Referência Outras - Educação

8 respostas

Título: Teimosa Presença - Lepê Correia

Eu continuo acreditando na luta
Não abro mão do meu falar onde quero
Não me calo ao insulto de ninguém
Eu sou um ser, uma pessoa como todos
Não sou um bicho, um caso raro ou coisa estranha
Sou a resposta, a controvérsia, a dedução
A porta aberta onde entram discussões
Sou a serpente venenosa: bote pronto
Eu sou a luta, sou a fala, o bate - pronto
Eu sou o chute na canela do safado
Eu sou um negro pelas ruas do país.

2006-11-01 14:34:48 · answer #1 · answered by Antonio G 4 · 1 0

Já que a questão é consciência negra, transcreverei um belo poema do grande poeta angolano, Agostinho Neto, onde fala em nome de seu povo. É do seu livro "Poemas de Angola", editado em 1975, com prefácio de Jorge Amado. Este poema fez um grande sucesso no Brasil, durante o período militar. Aqui vai:

"Do Povo Buscamos A Força"

"Não basta que seja pura e justa
a nossa causa.
É necessário que a pureza e a justiça
existam dentro de nós.

Dos que vieram
e conosco se aliaram
muitos traziam sombras no olhar
intenções estranhas.

Para alguns deles a razão da luta
era só ódio: um ódio antigo
centrado e surdo
como uma lança.

Para alguns outros era uma bolsa
bolsa vazia (queriam enchê-la)
queriam enchê-la com coisas sujas
inconfessáveis.

Outros viemos.
Lutar para nós é ver aquilo
que o Povo quer
realizado.
É ter a terra onde nascemos.
É sermos livres pra trabalhar.
É ter pra nós o que criamos
lutar pra nós é um destino -
é uma ponte entre a descrença
e a certeza do mundo novo.
Na mesma barca nos encontramos.
Todos concordam - vamos lutar.

Lutar pra quê?
Pra dar vazão ao ódio antigo?
ou pra ganharmos a liberdade
e ter pra nós o que criamos?

Na mesma barca nos encontramos.
Quem há-de ser o timoneiro?
Ah as tramas que eles teceram!
Ah as lutas que aí travamos!

Mantivemo-nos firmes: no povo
buscáramos a força
e a razão.

Inexoravelmente
como uma onda que ninguém trava
vencemos.
O Povo tomou a direção da barca.

Mas a lição lá está, foi aprendida:
Não basta que seja pura e justa
a nossa causa.
É necessário que a pureza e a justiça
existam dentro de nós."

do poeta angolano AGOSTINHO NETO

2006-11-01 22:18:46 · answer #2 · answered by Noel Prosa 3 · 0 0

"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
.
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
.
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
.
Depois agarraram uns desempregados
Também não me importei
.
Agora estão me levando
Mas já é tarde
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo."
.
Bertolt Brecht (Poemas sobre liberdade)

2006-11-01 22:05:22 · answer #3 · answered by Marcela AMOR 3 · 0 0

Não há. Consciência não tem cor!

2006-11-03 10:41:20 · answer #4 · answered by Anonymous · 0 1

vc pode encontra o que precisa dando uma olhada em sites de literatura africana. O escritor Franciso José Tenreiro tem uma poesia chamada "canção do Mestiço" muito linda, de uma olhada e ve se vc gosta. Caso não te agrade de uma olhada nas poesias de caetano da Costa Alegre, Virgilio de lemos, eles tem poemas maravilhosos sobre a Negritude. beijos e boa sorte.
Francisco José Tenreiro



Canção do Mestiço




Mestiço!





Nasci do negro e do branco

e quem olhar para mim

é como se olhasse

para um tabuleiro de xadrez:

a vista passando depressa

fica baralhando cor

no olho alumbrado de quem me vê.



Mestiço!





E tenho no peito uma alma grande

uma alma feita de adição

como l e l são 2.





Foi por isso que um dia

o branco cheio de raiva

contou os dedos das mãos

fez uma tabuada e falou grosso:

— mestiço!

a tua conta está errada.

Teu lugar é ao pé do negro.





Ah!

Mas eu não me danei ...

E muito calminho

arrepanhei o meu cabelo para trás

fiz saltar fumo do meu cigarro

cantei do alto

a minha gargalhada livre

que encheu o branco de calor! ...





Mestiço!





Quando amo a branca

sou branco...

Quando amo a negra

sou negro.

Pois é...

2006-11-03 09:15:48 · answer #5 · answered by Pretinha 3 · 0 1

ENCONTREI MINHAS ORIGENS

Encontrei minhas origens

Em velhos arquivos

Livros

Encontrei

Em malditos objetos

Troncos e grilhetas

Encontrei minhas origens

No leste

No mar em imundos tumbeiros

Encontrei

Em doces palavras

Cantos

Em furiosos tambores

Ritos

Encontrei minhas origens

Na cor de minha pele

Nos lanhos de minha alma

Em mim

Em minha gente escura

Em meus heróis altivos

Encontrei

Encontrei-as enfim

Me encontrei

Oliveira Silveira

Roteiro dos Tantãs


Treze de Maio

Treze de maio traição,

Liberdade sem asas

E fome sem pão

Liberdade de asas quebradas

Como

Este verso.

Liberdade asa sem corpo:

Sufoca no ar,

Se afoga no mar.

Treze de maio – já dia 14

O Y da encruzilhada:

Seguir

Banzar

Voltar?

Treze de maio – já dia 14

A resposta gritante:

Pedir

Servir

Calar.

Os brancos não fizeram mais

Que meia obrigação

O que fomos de adubo

O que fomos de sola

O que fomos de burros cargueiros

O que fomos de resto

O que fomos de pasto

Senzala porão e chiqueiro

Nem com pergaminho

Nem pena de ninho

Nem cofre de ouro

Nem com lei de ouro

O que fomos de seiva

De base

De Atlas

O que fomos de vida

E luz

Chama negra em treva branca

Quem sabe só com isto:

Que o que temos nós lutamos

Para sobreviver

E também somos esta pátria

Em nós ela está plantada

Nela crispamos raízes

De enxerto mas sentimos

E mutuamente arraigamos

Quem sabe só com isto:

Que ela é nossa também, sem favor,

E sem pedir respiramos seu ar

A largos narizes livres

Bebemos à vontade de suas fontes

A grossas beiçadas fartas

Tapamos-destapamos horizontes

Com a persiana graúda das pálpebras

Escutamos seu baita coração

Com nosso ouvido musical

E com nossa mão gigante

Batucamos no seu mapa

Quem sabe nem com isso

E então vamos rasgar

A máscara do treze

Para arrancar a dívida real

Com nossas próprias mãos.

Oliveira Silveira

Banzo-Saudade Negra

Achei essas poesias lindas, tem mais no site abaixo.

2006-11-01 21:55:25 · answer #6 · answered by Anonymous · 0 1

você precisa de uma poesia de algum autor famoso? é isso?

2006-11-01 21:48:46 · answer #7 · answered by Thais Cristine 3 · 0 1

Aí vai um conselho: Por que vc não cria a tal da poesia? Assim pode chegar até o objetivo, ou seja, o assunto que quiser tratar.

2006-11-01 21:52:43 · answer #8 · answered by MADAME X 2 · 0 2

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