Veja alguma coisa abaixo:
Se você está com problemas com carrapatos é bom consultar um veterinário!!!!
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Um carrapato ou carraça é um artrópode da ordem dos ácaros, classificado nas famílias Ixodidae ou Argasidae. São ectoparasitas hematófagos, responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças.
Localização
Encontra-se difundido por toda a Terra, tanto no campo como na cidade, pois o principal motivo de sua ação é o ser humano ou animal de cujo sangue se alimenta, sendo por isso considerado hematófogo e um dos principais vetores de muitas doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e riquétsias, que transmitem doenças ao homem e animais.
Existem espécies microscópicas até 25 mm de diâmetro. Vivem em touceiras, capim, no chão, entre as madeiras em climas úmidos ou secos, em continentes como a África, América do Norte, América do Sul e América Central, Oceania e Ásia, enfim em qualquer lugar da Terra.
Forma
Os carrapatos geralmente têm a forma oval e quando em jejum são planos no sentido dorso-ventral, porém após se alimentarem ficam convexos e até esféricos.
Sua carapaça é composta por quitina, na forma de um exoesqueleto, bem resistente e firme em relação a sua pouca espessura.
Tipos
Há dois tipos:
* Parasitas permanentes que ficam toda vida adulta em seus hospedeiros.
* Parasitas temporários ou ecto-parasitas.
Danos ao hospedeiro
Pode causar danos de:
* Natureza espoliativa - Quando extrai grande quantidade de sangue, quer pela sua quantidade, como pelo nível de infestação.
* Ação tóxica - Causada pela saliva dos carrapatos, que para sugarem sangue por assim dizer injetam sua própria saliva no ponto em que introduzem seu aparelho sugador, para impedir a coagulação do sangue de suas vítimas, e essa saliva muitas vezes pode causar ação não apenas irritante como também tóxica ou alérgica;
* Ação patogênica - Referente quanto à possibilidade que existe de se encontrarem infectados por diversos agentes causadores de enfermidades, tais como vírus, riquetzias, etc.como consequência transmitirem ao picar diversas moléstias, como a febre maculosa entre tantas.
Espécies
Entre as mais comuns, podemos citar:
* Argas - Exemplo A. persicus, que ocorre em todo o Brasil, atinge mais as aves domésticas e selvagens, além do homem. É o transmissor para as aves, da Espiroquetose aviar, transmitindo também aos pombos a infecção paralítica causada pela Salmonella typhimurium.
* Dermacentor - Neste gênero, está incluído o Dermacentos marginatus que vive mais no cavalo, cão e ovelha e é encontrado na Alemanha e zonas pantanosas do Hesse, além da Hungria, onde é apontado como transmissor da Piroplasmose esporádica do cavalo transmitido pelo vetor Babesia caballi.
* Dermanyssus gallinae - Vulgarmente chamado de ácaro vermelho das aves, vive geralmente em galinheiros sem higiene, atacando pombos e galinhas, além de faisões, patos, gansos e aves canoras engaioladas. Durante o dia permanecem escondidos em fendas das instalações onde as aves se alojam, para saírem a noite, retornando a seus esconderijos quando de estômago cheio.
* Haemaphysalis - Encontrado na Alemanha e no Oriente Médio, é o transmissor da Febre Q.
* Hyalomma - Geograficamente encontrados na África, Ásia e região mediterrânea da Europa, na maioria dos casos utilizam-se de dois hospedeiros, principalmente cães e outros carnívoros e são transmissores da babesiose ao cão e aos eqüinos , assim como a Teileriose.
* Ornithodorus - Este parasita localiza-se quase sempre no pavilhão auricular de seus hospedeiros, e transmite a febre recorrente, causada por um espiroqueta é denominada também de a Febre das Montanhas Rochosas (Riquetziose) nos EUA.
* Rhipicephalus - O exemplar mais importante desse gênero, é o Rhipicephalus sangüíneas transmissor da Teileriose e Piroplasmose no cão. É encontrado no Brasil e na África , e em algumas zonas temperadas do mundo.
* Ixodes - Vive entre os mais diversos animais mamíferos, inclusive aves domésticas e selvagens, répteis e o homem. A ação tóxica manifesta-se clinicamente por reações cutâneas com prurido e eritema, febre, podendo chegar até a paralisias com contraturas, algumas vezes podendo ter curso mortal.
No Brasil
Os carrapatos mais comuns no Brasil são:
* Carrapato-de-boi (Boophilus microplus) que causa no gado a doença "Tristeza Bovina".
* Carrapato-de-cavalo ou Carrapato Estrela (Amblyomma cajennense) é o que mais persegue o homem. Também infesta mamíferos domésticos e silvestres e aves. Em sua forma adulta, ele é conhecido como roduleiro. Fica grande, do tamanho de um feijão verde, ou até maior. A sua forma larval, o micuin, está nos pastos no período de março a julho. Este tipo de micuin, que pode ficar até 24 meses sem se alimentar, esperando um hospedeiro, no homem causa terrível coceira e chega haver inflamação.
* Carrapato-de-galinha (Argas miniatus), que transmite aos galináceos a bouba, doença infecciosa semelhante à sífilis.
* Carrapato-vermelho-do-cão (Rhipicephalus sanguineus), típico de cães e gatos. Os adultos preferem instalar-se na pele, entre o coxim plantar e as orelhas do cão. Sobem pelas cercas, muros, e espalham-se pelo canil, casa, etc. É de difícil controle.
Doenças trasmitidas ao ser humano
A encefalite humana, pode ser transmitida inclusive por carrapatos, a partir de portadores do vírus, tais como toupeira, ratos e aves, ao serem sugado sangues contaminados.
A espécie Ixodes ricinus, assim como outras espécies do gênero Dermacentor, são os causadores da moléstia denominada Paralisia em várias espécies animais, sobretudo na ovelha e no homem mais em crianças. Transmitida pela fêmea, fixando-se na região occipital próximo a coluna vertebral e centro respiratório, podendo provocar falta de coordenação motora no ato de andar, como tombos e mesmo incapacidade de permanecer em pé, seguindo-se vômitos e até morte do doente.
Tratamento antiparasitismo
O diagnóstico da infestação por esse parasita é muito fácil, efetuado pela simples visualização com vista desarmada desse hóspede, de permeio (procura) à pelagem ou plumagem dos animais, cuja presença também provoca coceira.
Se a infestação for pequena, a aplicação de graxas neutras, óleos ou glicerina provocará a oclusão dos estigmas respiratórios desses hóspedes indesejáveis, que após algumas horas facilmente se desprenderão dos locais em que estejam alojados.
Se for de grande quantidade, somente a aplicação de banhos sob a forma de imersão em banheiras especiais, denominados banheiras carrapaticidas, ou então a aspersão ou pulverização de substâncias especiais, denominadas carrapaticidas, poderá efetuar a eliminação desses hóspedes nocivos.
Produtos
Até pouco tempo atrás era utilizado o arsênico como carrapaticida, porém devido os acidentes que ocorreram por incúria na sua aplicação, foi o mesmo abandonado como meio de tratamento.
Algum tempo depois, também o DDT e o BHC, substâncias essas sintéticas cloradas e fosforadas foram também utilizadas como carrapaticidas, que também foram abandonadas pela ocorrência de intoxicações e mesmo mortes em animais tratados, e pelo efeito efetivamente cumulativo no organismo dessas substâncias.
Hoje, substâncias fosforadas sintéticas como o Assuntol, Trolene, Ruelene e Neguvon são as mais utilizadas como carrapaticidas em todo o mundo.
Prevenção
Para a prevenção dessa parasitose, os meios que mais têm funcionado são as aplicações sistemáticas de carrapaticidas nos animais. Para tal, as modernas banheiras carrapaticidas quer de imersão quer de aspersão ou pulverização são as melhores.
As aplicações devem guardar um intervalo característico para cada espécie animal, assim como ter-se em conta a espécie do carrapato a ser exterminado ou controlado.
Em se tratando de cães ou gatos parasitados por carrapatos, deve ser tomado especial cuidado na prescrição do inseticida a ser utilizado para seu combate, pelo fato de serem tais animais carnívoros, e por isso especialmente sensíveis às substâncias sintéticas cloradas ou fosforadas usualmente fabricadas para referida utilização. Além desse cuidado, redobrada atenção durante a aplicação do inseticida é também indicada, evitando-se que o animal ingira ou aspire o produto na hora de sua aplicação, sob pena de intoxicações muitas vezes graves causadas por tais produtos quando acidentalmente absorvidos.
Se a infestação for leve, existem no mercado produtos específicos para cães e gatos, aplicados na forma de pulverização por todo o corpo do animal ou diretamente na nuca do mesmo, que se seguidas devidamente as instruções, não oferecem riscos de intoxicação ao animal.
2006-10-30 21:23:34
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answer #7
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answered by Refon 2
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