Quebrar o cerco da mídia e a hipocrisia moralista
Há que se fazer menção à nojenta campanha de mídia contra Lula e, conseqüentemente, a favor de Alckmin. Desde maio de 2005, a agenda única do país é corrupção. Como vimos, não é porque haja mais corrupção, mas porque há claramente manipulação dos fatos em prol do candidato das elites.
Primeiro, buscaram sangrar o governo aos poucos, a fim de deixar Lula em inanição política ou, se o povo entrasse de gaiato, golpeá-lo do poder. Não conseguiram graças à força política do presidente e da robusta base social que lhe dá sustentação. Agora, as elites, com a cumplicidade cínica da grande mídia, impõe uma agenda negativa de campanha, buscando não dar espaço às comparações entre governos e projetos de país e deixar Lula em permanente defensiva. A agenda negativa é a mesma e monocórdia agenda moralista.
Seria risível, por hipócrita que é, o brio moralista das nossas elites. Tanta indignação talvez não resistisse a uma auditoria independente na maioria das empresas privadas do país, mas isso é outro assunto. O que se vê é a velha manobra direitista de utilizar a corrupção como forma de desmoralizar governos que não servem aos seus propósitos. Não é de todo errado, portanto, quando Alckmin fala de uma incerta “militância cívica” que apóia sua candidatura. É a mesmíssima desavergonhada “militância cívica” udenista que levou Vargas ao suicídio, ou aquela que saiu às ruas, em marcha com a Família e com Deus, para apoiar o golpe militar de 1964.
2006-10-29
01:02:06
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perguntado por
GERALDA PAFÚNCIA A
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Governo e Política
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