TESTEMUNHA QUE INCRIMINOU HAMILTON LACERDA MENTIU, DIZ PF
O testemunho dado à PolÃcia Federal por Agnaldo Henrique Lima, que afirma ter levado R$ 250 mil ao ex-coordenador da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, Hamilton Lacerda, é uma farsa, segundo o superintendente da PolÃcia Federal em Mato Grosso, delegado Daniel Lorenz.
"As declarações deles não se mostraram verdadeiras. Não comprovamos as movimentações com documentos", afirmou o delegado à Reuters, por telefone, nesta sexta-feira.
Agnaldo será indiciado por falsidade ideológica, segundo o policial
A testemunha procurou jornais da região de Pouso Alegre em Minas Gerais e gravou entrevistas afirmando que teria levado dinheiro para Lacerda.
Convocado a depor à PF, ele foi ouvido em Varginha (MG) e afirmou que teria recebido em sua conta uma transferência no valor de 80 mil reais, que teria sido juntados a outros 170 mil reais. Todo o dinheiro, segundo suas declarações, teriam sido levados para Lacerda em São Paulo.
O montante teria sido repassado a ele por seu patrão Luiz Silvestre.
"Não há consistências em suas informações", disse Lorenz.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, em BrasÃlia, Agnaldo foi levado à mÃdia por Rosely Souza Pantaleão, que se apresentou como jornalista. As investigações do órgão descobriram que ela é servidora pública em Pouso Alegre e secretária-executiva do PSDB local.
Quer confirmar a veracidade da notÃcia? Então clique nos sites abaixo:
http://g1.globo.com/Noticias/Eleicoes/0,,AA1327900-6282,00.html
http://eleicoes.uol.com.br/2006/ultnot/2006/10/27/ult27u58625.jhtm
http://radioclick.globo.com/cbn/wma/wma.asp?audio=2006/noticias/falso_061027.wma
VOCÃS ACHAM POUCO? ENTÃO VAI AÃ UMA OUTRO NOTÃCIA, ESTA VEICULADA PELA TERRA.
Depoimento sobre dossiê envolve dono de pousada em MG
Ney Rubens
Direto de Belo Horizonte
Um dos próximos depoimentos que a PolÃcia Federal deverá ouvir no caso do dossiê será o do terceiro suposto "laranja", Gérson Luiz Cotta, dono de uma pousada em Ouro Preto. Conhecido como Gérson da Pousada, Cotta foi candidato a vereador, em 2003, pela coligação "Muda, Ouro Preto", formada pelo PTB/PFL/PSB/PSC, mas teve apenas 237 votos. Desde o depoimento de uma de suas funcionárias, ele permanece incomunicável. A informação é de que estaria em viagem.
O nome de Cotta surgiu depois de depoimento de uma das integrantes da famÃlia supostamente usada como "laranja" para a compra dos dólares que seria utilizado por petistas para adquirir o dossiê contra tucanos. Viviane e a irmã Lidiane, que também é suspeita de ter movimentado os dólares do dossiê, trabalham na pousada Ouro Preto, de propriedade de Cotta.
Na pousada, que fica no bairro Antônio Dias, a atendente de nome Tereza confirmou que Gérson Cotta é o proprietário, mas informou que ele está viajando. O telefone celular dele também não atende. A PF suspeita que o estabelecimento é utilizado para a prática de lavagem de dinheiro.
Em nome de Viviane e da irmã dela, Lidiane Gomes da Silva, há operações nos valores acima de 40 mil dólares. Elas ganham apenas R$ 420 mensais. Na pousada, a informação é de que as duas funcionárias estão afastadas. A atendente não quis revelar o motivo. Viviane e Lidiane têm parentes em Magé, no estado do Rio de Janeiro, cidade na qual outra famÃlia também teria sido utilizada como "laranja" para transações comerciais da Vicatur.
Nesta quarta-feira, Viviane admitiu, em depoimento à PF, que emprestou o CPF para que outros parentes comprassem US$ 44,3 mil na agência Vicatur, de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Viviane Gomes da Silva foi ouvida pela PF em Ouro Preto, a 100 km de Belo Horizonte. Ela disse que recebeu uma comissão para atuar como "laranja".
O site de onde foi tirada a nota: http://noticias.terra.com.br/eleicoes2006/interna/0,,OI1213826-EI6651,00.html
Pergunta: Será que os meios de comunicação que veicularam como "verdadeiro" o depoimento do tal Agnaldo, nas televisões e jornais, vão ter vergonha na cara de agora veicular a verdade? Ou vão se omitir, pra variar? Bom, parece que hoje já falaram na própria globo do cara do PFL...
Cada vez mais vai se descobrindo o engodo da farsa do Dossiê; Uma conspiração digna de histórias em quadrinhos, meus caros amigos! Parece que nossos estimados "defensores da ética e da moral polÃtica" tentaram armar um dos maiores golpes eleitorais na história do paÃs... mas fracassaram!
Já notei que nos dois ultimos dias, no programa politico do PSDB já não se fala mais do Dossie. Vai ser como daquela vez que o mesmo delegado armou pra Roseana Sarney: no final, ficaram elas por elas e não deu em nada. Podem notar que a mÃdia vai parar de falar no assunto depois das eleições: porque se investigassem isso a fundo iam resvalar nos seus amiguinhos do clero tucano. Vergonha! Bom, como disse o sábio jornalista Luis nassif, a verdadeira derrotada destas eleições foram os meios de comunicação: além de tentarem dar um golpe eleitora e falharem, também perderam crédito por grande parte da população. Acabou-se o mito que a imprensa é imparcial e verdadeira! Até que enfim!
Dez anos de privatizações não diminuem dÃvida pública de SP
Ao contrário do discurso padrão do "ajuste fiscal", a dÃvida do Estado cresceu R$ 34,8 bilhões desde 1996, quando começaram as privatizações. Ao mesmo tempo, investimento na área social caiu a um terço de 1991 a 2004, mostra estudo.
Rafael Sampaio – Carta Maior
SÃO PAULO - Há uma década, em 1996, o governo do Estado de São Paulo iniciava um grande programa de privatizações e concessões nas áreas públicas de transportes, energia elétrica, gás natural, abastecimento, recursos hÃdricos e saneamento. Tratava-se do Programa Estadual de Desestatização (PED), aprovado pela lei n° 9.361 durante o governo Mário Covas. Com ele, estima-se que o Estado tenha arrecadado mais de R$ 77,5 bilhões para os cofres públicos, em valores reajustados pelo IGP-DI.
Passado esse tempo, o programa de privatizações foi insuficiente para diminuir a dÃvida pública de São Paulo. O resultado é pior do que esperado: o valor a ser pago para o governo federal aumentou R$ 34,8 bilhões em dez anos.
O economista e professor da Unicamp Wilson Cano classifica de “falso” e “conversa fiada” o discurso do ajuste fiscal das gestões tucanas para explicar as privatizações. Em 1995, a dÃvida paulista, sempre em valores reajustados, era de R$ 105,2 bilhões. Entre 1997 e 1999, quando a Sabesp, a Comgás, a CPFL, a Eletropaulo foram privatizadas e houve transferência de estatais como a Ceagesp, a Fepasa e o Banespa para o governo federal, a dÃvida saltou para R$ 140 bilhões.
Atuação da imprensa volta à ordem do dia na reta final das eleições
Estudiosos, analistas e profissionais do ramo identificam a ocorrência de um fenômeno de descolamento da influência dos veÃculos da mÃdia na definição das intenções de voto. Cobertura em curso do caso dossiê recoloca tema na berlinda.
Jonas Valente – Carta Maior
BRASÃLIA - A contagem regressiva para as eleições gerais de 1º de outubro fez brotar, há algumas semanas, textos, editoriais e comentários na chamada grande mÃdia (conjunto de veÃculos comerciais de alcance nacional) que expressaram um sentimento de perplexidade. De diferentes formas, as ‘vozes’ iniciaram uma reflexão pública - embora não explÃcita - sobre o porquê da força da candidatura petista apesar da exposição negativa em jornais e emissoras de TV.
Uma das justificativas dadas foi a falta de ‘informação’ da base que pretende votar em Lula, majoritariamente de renda mais baixa. Por ‘informação’, leia-se as reportagens veiculadas pelos mais poderosos meios de comunicação. Mas que informação é esta? Segundo pesquisa do Observatório Brasileiro de MÃdia sobre a cobertura dos principais jornais e revistas do PaÃs realizada entre julho e agosto, Lula, o candidato, é retratado de forma negativa em 47,41% das matérias, contra 31,2% oportunidades em que o tratamento é positivo. No caso de Alckmin, a situação se inverte, com a abordagem positiva significando 44,56% das notÃcias onde o presidenciável aparece, contra 31,42% de citações negativas.
A comparação com outras eleições em que a grande mÃdia exerceu grande influência - como na de 1989, quando construiu um candidato sem história como no caso de Fernando Collor de Melo, era prova de que algo estaria dando errado. Durante algumas semanas, vigorou o argumento do “povo desinformado”, do povo “que não sabe votar” (leia análise sobre o tema). O povo, neste caso, seria a maioria mais pobre que vota em Lula. Segundo pesquisa do Datafolha de 18 e 19 de setembro, entre as famÃlias com renda de até dois salários mÃnimos (SMs), o Ãndice de voto do atual presidente chega a 57%, enquanto nas famÃlias que ganham mais de 10 salários mÃnimos as intenções caem para 30%. Com Alckmin, novamente os Ãndices se invertem. Nas famÃlias de mais de 10 SMs, 42% dizem votar no candidato do PSDB, enquanto nas famÃlias de até dois salários mÃnimos o Ãndice cai para 24%.
Os discursos diante da perplexidade dos colunistas de grandes veÃculos passaram a ver um descolamento da população com a “opinião pública”. Para intelectuais e analistas, no entanto, este grupo não consegue distinguir as opiniões de seus veÃculos da opinião da população. “Analistas polÃticos sempre acreditaram que são formadores de opinião. Gostam da idéia de que a opinião deles é a que normalmente vai prevalecer. Eles pensam que são opinião pública”, disse o professor da Universidade de BrasÃlia, VenÃcio Lima, em debate com o tema ‘MÃdia e Poder’ realizado no Sindicato dos Bancários de BrasÃlia na semana passada. Lima lançou recentemente livro sobre a cobertura da imprensa durante a crise polÃtica originada com as denúncias do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Em seu blog, o sociólogo e colunista da Carta Maior Emir Sader criticou duramente a posição dos colunistas trazendo como causa da força de Lula o conjunto de polÃticas promovido pelo governo. “Não vão aprender, colocaram a culpa no povo, com a esperança – como disse Lula – de dissolver o povo, de substituir o povo por outro, dos seus sonhos. Quem é essa imprensa, para se reivindicar a missão de fiscalizar os governos? Que moral tem para isso? Quem lhes entregou esse mandato? Pelo voto popular, ninguém. Eles se reivindicam a si mesmos”.
Em entrevista concedida à revista Caros Amigos, o jornalista Franklin Martins, ex-comentarista polÃtico da TV Globo e atual contratado da TV Bandeirantes, tenta explicar a perda de influência da mÃdia usando a teoria da “pedra no lago”. A opinião deste grupo de jornalistas irradiaria para o conjunto da população a visão das pessoas sobre os fatos. Para Martins, os primeiros anéis da onda, para usar a referência da imagem, deixaram de ser as classes ricas e médias e passaram a ser as classes C e D, mais diretamente afetadas pelas polÃticas governamentais e pela redução da miséria e da pobreza. No raciocÃnio do jornalista, não só houve um deslocamento como o voto das classes mais pobres passou a influenciar o da classe média, fazendo referência ao crescimento da candidatura Lula entre este segmento. Para VenÃcio Lima, o mais correto seria usar a ‘teoria do espelho’, na qual os colunistas da grande mÃdia viam tamanha identificação entre o que escrevem e o que ‘opinião pública’ pensa que imaginavam serem suas análises e linha editorial apenas reflexos da posição da população.
Lima avalia o quadro atual, no entanto, com outro referencial: a ‘teoria da cascata’, do intelectual italiano Giovanni Sartori. Segundo ela, há um processo de irradiação das idéias das elites econômicas e polÃticas, além da mÃdia, para o conjunto da população. Mas a medida em que a ‘água’ desce, ela é ‘contaminada’ pelos variados nÃveis da cascata, numa nova referência visual para explicar o fato de que a população interpreta as idéias dominantes de acordo com os seus valores. A teoria ajudaria a explicar como as condições da população teriam papel importante na formação da opinião, mas para VenÃcio Lima o fenômeno da candidatura Lula é algo “novo, ainda a ser melhor compreendido e explicado”.
Apesar deste caráter novo, é possÃvel apontar alguns elementos que compõem este quadro. O mais citado é o impacto das ações de governo. “Embora tenha sempre havido em outros governos programas sociais, não só eles sempre foram fragmentados como foram mÃnimos e não definiram perfil. No governo Lula houve polÃtica social, camadas populares viram o Estado trabalhar com elas e para elas”, analisou a professora da Universidade de São Pailo, Marilena ChauÃ, no debate promovido pelo Sindicato dos Bancários. De acordo com dados da pesquisa "Miséria, Desigualdade e Estabilidade: O Segundo Real", feita com base na Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicilio (Pnad), o Ãndice da população em condição de miséria caiu entre 2003 e 2005 de 28,2% para 22,7%.
Mas o fenômeno se estenderia para campos além da eleição presidencial? Para o sociólogo e colunista da Carta Maior Emir Sader, o bom desempenho de Lula não consegue se traduzir nas candidaturas ligadas ao presidente que disputam governos estaduais em posição oposicionista. “Não dá para comparar com candidatos estaduais, pois são pregações [as candidaturas]. A força do Lula não são argumentos, são polÃticas sociais concretas, pois palavra contra palavra ganha a direita e não houve candidaturas regionais que tivessem se contraposto ao consenso existente enquanto ele [Lula] conseguiu polÃticas concretas. Não é discurso polÃtico com força vigorosa que se contrapõe ao lobby da mÃdia”, analisa. Na avaliação do sociólogo, a mÃdia continua promovendo a ideologia liberal e mantendo sua influência junto à população, mas não consegue incidir na formação do voto, que no caso de Lula deixa de ser “ideológico” e passa a ser “social”.
A perda de influência da mÃdia no caso Lula não significa a alteração do papel dos meios de comunicação na formação de valores e da agenda pública, concorda Flavia Biroli, professora de Ciência PolÃtica da UnB. "A mÃdia torna visÃveis fenômenos sociais, eventos e atores que compõem o que chamamos de atualidade, que no nosso sistema polÃtico, a democracia, tem na visibilidade elemento importante para sua existência, dependendo portanto da mÃdia como espaço pelo qual a polÃtica se faz visÃvel”, argumenta. Um exemplo disso, acrescenta VenÃcio Lima, é o fato de o quadro eleitoral apontar a reprodução de uma maioria conservadora na disputa pelos governos estaduais. Esse grupo dirigente, não por acaso, tem ligação direta (e indireta) com os donos das redes de televisão, rádio e dos jornais nos estados. Exemplos nÃtidos são os candidatos lÃderes nas pesquisas Roseana Sarney (PFL), cuja famÃlia é detentora da retransmissora da Rede Globo no Maranhão, e Paulo Souto (PFL), ligado ao grupo de Antônio Carlos Magalhães, que também possui a retransmissora da Globo na Bahia, além de jornais e emissoras de rádio.
A cobertura jornalÃstica do caso da prisão de petistas tentando comprar um dossiê com informações sobre um suposto envolvimento de José Serra com a "máfia das sanguessugas" também se encaixa nesse esquema, segundo VenÃcio Lima. “Há uma unanimidade midiática que nunca vi. Na grande mÃdia, o que prevalece tanto na edição das matérias quanto nas colunas de opinião e no enquadramento é a condenação do governo e do candidato, sem qualquer contraponto. à presunção de culpa (expressão, que se opõe ao direito constitucional à 'presunção de inocência')”.
A questão da cobertura dos caso dossiê foi tema da coluna dominical do ombudsman da Folha de S. Paulo, Marcelo Beraba, no último domingo (24). Na opinião dele, a opção pelo destaque prioritário à compra em detrimento do conteúdo do tal dossiê - "foi a correta e se justifica por critérios jornalÃsticos", especialmente pelo flagrante da operação envolvendo integrantes da coordenação da campanha presidencial petista e uma bolada de R$ 1,7 milhão, com indÃcios de participação de veÃculos de comunicação, à s vésperas das eleições. "O fato de considerar a conspiração para a obtenção do dossiê mais importante do que o dossiê não significa que esteja de acordo com o pouco empenho dos jornais na apuração das denúncias contra Serra e Barjas Negri. Uma cobertura não anula a outra. Os jornais têm profissionais e espaço suficientes para tocarem duas investigações simultâneas. Não quer dizer que devam ter o mesmo peso na edição, mas deveria haver lugar para as duas", ponderou.
Para o professor VenÃcio Lima, a mudança deste quadro parece distante, pois junto com a condenação unÃssona do governo vem a crÃtica a priori de qualquer tentativa de constituir um sistema de mÃdia nacional plural e democrático, o que significaria perda de poder para o restrito e concentrado clube dos grupos que detém o controle dos meios de comunicação do PaÃs.
2006-10-28 14:25:20
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answer #11
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answered by José Carlos d 1
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