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A ingratidão dos brasileiros me decepciona muito!

2006-10-28 07:18:32 · 24 respostas · perguntado por Carlos 2 em Governo e Política Eleições

24 respostas

Tem gente que se contenta com pouco não é?!
Mesmo vendo tudo isso de Geraldo... acha que Lula está bem e que o PSDB é ultradireitista.

2006-10-28 07:26:56 · answer #1 · answered by Español 2 · 0 1

Segundo Alkmim ele tem 30 anos de vida pública ,você não acha que ele já era para ser Presidente?Lula foi eleito presidente e tem grandes chances de ser reeleito,assim Lula tem 60 anos de vida pública!!!Você não percebe que o Lula apesar de ter menor escolaridade tem o q.i político e carísma maior do que de Alkmim?Você acha que Jesus Cristo estudou em qual faculdade de Platão?Pense nisso.Político não é só razão mas também emoção com o povo.

2006-10-28 14:44:09 · answer #2 · answered by APOCALÍPSE 2 · 1 0

Por que os Brasileiros já estáo de saco cheio de demagogos. Pela primeira vez as coisas estáo claras nesse Pais. Se a inteligencia entrasse para a politica, o PCC seria eleito, já que é ele de dentro de Prisões dirige São Paulo.

2006-10-28 14:43:03 · answer #3 · answered by sandra b 1 · 1 0

ele é tao inteligente que a turma do PCC(que na maioria é de traficantes de favela e sem muito estudo)o colocou no bolso.
ele é tao honesto que fez com que se abafasse 69 CPIs contra seu governo no estado de SP.

2006-10-28 14:38:52 · answer #4 · answered by igoradacunha 3 · 1 0

Engavetar CPIs é honestidade, capacidade em que, olhe para a febem, para os pedágios, para o transporte público.
Ficarei muito satisfeito, vendo a sua derrota amanhã.

2006-10-28 14:38:01 · answer #5 · answered by Prof. Autêntico 2 · 1 0

ei amigo vc é um entre poucos que acha isso,, se nao fosse assim nas votaçoes seriam diferente...por mais que ele seja tudo isso vc tem que respeitar a decisao do povo.......

2006-10-28 14:37:53 · answer #6 · answered by Anonymous · 1 0

ingratidão a que??? será que nao consegue enxergar as mudanças que tem ocorrido no país?!! vou lhe mostrar as mas próximas a min e que foi uma luta de uma vida do meu pai q passou a vida inteira votando em gente que fala bonito,é "honesta,hipócrita"..EU TO NO PRO UNI, MEU PAI CONSEGUIU UM TERRENO DA PEQUENA MAS INICIO DA REFORMA AGRARIA MEU IRMAO TB..FORA OS MILHARES DE NORDESTINOS E POBRES NEGRO QUE SEMPRE FORAM ESQUCIDOS POR ESSA GENTE PODEROSA QUE GOVERNA O PAIS DESDE CABRAL!! É AMIGO NOSSO POVO ACORDOU..É O PROMEIRO GOVERNO QUE MOSTRA A CARA DE QUEM ROU BA!! BOM TEM MUITA COISA ACONTECENDO, E QUE VAI ACONTECER AINDA O POVO BRASILEIRO DEVE ESSA GRATIDAO A LULA.......UM GOVERNO QUE VAI ENTRAR NA HISTÓRIA ..

2006-10-28 14:28:09 · answer #7 · answered by nanan2111 2 · 1 0

Quem disse que nao está sendo reconhecido. Existem mais de 20% de brasileiros, que comparecerão às urnas, que votarao nele, acreditando em tudo que a Veja, Estadao, Folha S. Paulo, JN já disse do homem. Mas, o problema é que, o restante dos eleitores confiam mais em Lula. É só isso, querida. Talvez, amanha, voce resolva acompanhar o pensamento da maioria. Boa tarde e beijos.

2006-10-28 14:27:28 · answer #8 · answered by Siddharta 5 · 1 0

Não estão sendo reconhecida apenas pelas pessoas com menor grau de instrução.As vítimas de um sistema chamado Brasil.

2006-10-29 00:16:40 · answer #9 · answered by Jimmy Neutron 2 · 0 0

Ele tem todos os indicativos de ser um homem extremamente competente. Seria um bom governante em qualquer país do mundo. Mas infelizmente, nós preferimos o velho estilo tosco de se governar...Muito charlatanismo, muita enrolação e nenhum resultado.

2006-10-28 14:35:39 · answer #10 · answered by frankestein 6 · 0 0

TESTEMUNHA QUE INCRIMINOU HAMILTON LACERDA MENTIU, DIZ PF
O testemunho dado à Polícia Federal por Agnaldo Henrique Lima, que afirma ter levado R$ 250 mil ao ex-coordenador da campanha do senador Aloizio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, Hamilton Lacerda, é uma farsa, segundo o superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, delegado Daniel Lorenz.
"As declarações deles não se mostraram verdadeiras. Não comprovamos as movimentações com documentos", afirmou o delegado à Reuters, por telefone, nesta sexta-feira.
Agnaldo será indiciado por falsidade ideológica, segundo o policial
A testemunha procurou jornais da região de Pouso Alegre em Minas Gerais e gravou entrevistas afirmando que teria levado dinheiro para Lacerda.
Convocado a depor à PF, ele foi ouvido em Varginha (MG) e afirmou que teria recebido em sua conta uma transferência no valor de 80 mil reais, que teria sido juntados a outros 170 mil reais. Todo o dinheiro, segundo suas declarações, teriam sido levados para Lacerda em São Paulo.
O montante teria sido repassado a ele por seu patrão Luiz Silvestre.
"Não há consistências em suas informações", disse Lorenz.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, em Brasília, Agnaldo foi levado à mídia por Rosely Souza Pantaleão, que se apresentou como jornalista. As investigações do órgão descobriram que ela é servidora pública em Pouso Alegre e secretária-executiva do PSDB local.

Quer confirmar a veracidade da notícia? Então clique nos sites abaixo:
http://g1.globo.com/Noticias/Eleicoes/0,,AA1327900-6282,00.html
http://eleicoes.uol.com.br/2006/ultnot/2006/10/27/ult27u58625.jhtm
http://radioclick.globo.com/cbn/wma/wma.asp?audio=2006/noticias/falso_061027.wma

VOCÊS ACHAM POUCO? ENTÃO VAI AÍ UMA OUTRO NOTÍCIA, ESTA VEICULADA PELA TERRA.
Depoimento sobre dossiê envolve dono de pousada em MG



Ney Rubens
Direto de Belo Horizonte
Um dos próximos depoimentos que a Polícia Federal deverá ouvir no caso do dossiê será o do terceiro suposto "laranja", Gérson Luiz Cotta, dono de uma pousada em Ouro Preto. Conhecido como Gérson da Pousada, Cotta foi candidato a vereador, em 2003, pela coligação "Muda, Ouro Preto", formada pelo PTB/PFL/PSB/PSC, mas teve apenas 237 votos. Desde o depoimento de uma de suas funcionárias, ele permanece incomunicável. A informação é de que estaria em viagem.
O nome de Cotta surgiu depois de depoimento de uma das integrantes da família supostamente usada como "laranja" para a compra dos dólares que seria utilizado por petistas para adquirir o dossiê contra tucanos. Viviane e a irmã Lidiane, que também é suspeita de ter movimentado os dólares do dossiê, trabalham na pousada Ouro Preto, de propriedade de Cotta.
Na pousada, que fica no bairro Antônio Dias, a atendente de nome Tereza confirmou que Gérson Cotta é o proprietário, mas informou que ele está viajando. O telefone celular dele também não atende. A PF suspeita que o estabelecimento é utilizado para a prática de lavagem de dinheiro.
Em nome de Viviane e da irmã dela, Lidiane Gomes da Silva, há operações nos valores acima de 40 mil dólares. Elas ganham apenas R$ 420 mensais. Na pousada, a informação é de que as duas funcionárias estão afastadas. A atendente não quis revelar o motivo. Viviane e Lidiane têm parentes em Magé, no estado do Rio de Janeiro, cidade na qual outra família também teria sido utilizada como "laranja" para transações comerciais da Vicatur.
Nesta quarta-feira, Viviane admitiu, em depoimento à PF, que emprestou o CPF para que outros parentes comprassem US$ 44,3 mil na agência Vicatur, de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Viviane Gomes da Silva foi ouvida pela PF em Ouro Preto, a 100 km de Belo Horizonte. Ela disse que recebeu uma comissão para atuar como "laranja".

O site de onde foi tirada a nota: http://noticias.terra.com.br/eleicoes2006/interna/0,,OI1213826-EI6651,00.html

Pergunta: Será que os meios de comunicação que veicularam como "verdadeiro" o depoimento do tal Agnaldo, nas televisões e jornais, vão ter vergonha na cara de agora veicular a verdade? Ou vão se omitir, pra variar? Bom, parece que hoje já falaram na própria globo do cara do PFL...
Cada vez mais vai se descobrindo o engodo da farsa do Dossiê; Uma conspiração digna de histórias em quadrinhos, meus caros amigos! Parece que nossos estimados "defensores da ética e da moral política" tentaram armar um dos maiores golpes eleitorais na história do país... mas fracassaram!
Já notei que nos dois ultimos dias, no programa politico do PSDB já não se fala mais do Dossie. Vai ser como daquela vez que o mesmo delegado armou pra Roseana Sarney: no final, ficaram elas por elas e não deu em nada. Podem notar que a mídia vai parar de falar no assunto depois das eleições: porque se investigassem isso a fundo iam resvalar nos seus amiguinhos do clero tucano. Vergonha! Bom, como disse o sábio jornalista Luis nassif, a verdadeira derrotada destas eleições foram os meios de comunicação: além de tentarem dar um golpe eleitora e falharem, também perderam crédito por grande parte da população. Acabou-se o mito que a imprensa é imparcial e verdadeira! Até que enfim!


Dez anos de privatizações não diminuem dívida pública de SP

Ao contrário do discurso padrão do "ajuste fiscal", a dívida do Estado cresceu R$ 34,8 bilhões desde 1996, quando começaram as privatizações. Ao mesmo tempo, investimento na área social caiu a um terço de 1991 a 2004, mostra estudo.

Rafael Sampaio – Carta Maior

SÃO PAULO - Há uma década, em 1996, o governo do Estado de São Paulo iniciava um grande programa de privatizações e concessões nas áreas públicas de transportes, energia elétrica, gás natural, abastecimento, recursos hídricos e saneamento. Tratava-se do Programa Estadual de Desestatização (PED), aprovado pela lei n° 9.361 durante o governo Mário Covas. Com ele, estima-se que o Estado tenha arrecadado mais de R$ 77,5 bilhões para os cofres públicos, em valores reajustados pelo IGP-DI.

Passado esse tempo, o programa de privatizações foi insuficiente para diminuir a dívida pública de São Paulo. O resultado é pior do que esperado: o valor a ser pago para o governo federal aumentou R$ 34,8 bilhões em dez anos.

O economista e professor da Unicamp Wilson Cano classifica de “falso” e “conversa fiada” o discurso do ajuste fiscal das gestões tucanas para explicar as privatizações. Em 1995, a dívida paulista, sempre em valores reajustados, era de R$ 105,2 bilhões. Entre 1997 e 1999, quando a Sabesp, a Comgás, a CPFL, a Eletropaulo foram privatizadas e houve transferência de estatais como a Ceagesp, a Fepasa e o Banespa para o governo federal, a dívida saltou para R$ 140 bilhões.

Atuação da imprensa volta à ordem do dia na reta final das eleições
Estudiosos, analistas e profissionais do ramo identificam a ocorrência de um fenômeno de descolamento da influência dos veículos da mídia na definição das intenções de voto. Cobertura em curso do caso dossiê recoloca tema na berlinda.
Jonas Valente – Carta Maior
BRASÍLIA - A contagem regressiva para as eleições gerais de 1º de outubro fez brotar, há algumas semanas, textos, editoriais e comentários na chamada grande mídia (conjunto de veículos comerciais de alcance nacional) que expressaram um sentimento de perplexidade. De diferentes formas, as ‘vozes’ iniciaram uma reflexão pública - embora não explícita - sobre o porquê da força da candidatura petista apesar da exposição negativa em jornais e emissoras de TV.

Uma das justificativas dadas foi a falta de ‘informação’ da base que pretende votar em Lula, majoritariamente de renda mais baixa. Por ‘informação’, leia-se as reportagens veiculadas pelos mais poderosos meios de comunicação. Mas que informação é esta? Segundo pesquisa do Observatório Brasileiro de Mídia sobre a cobertura dos principais jornais e revistas do País realizada entre julho e agosto, Lula, o candidato, é retratado de forma negativa em 47,41% das matérias, contra 31,2% oportunidades em que o tratamento é positivo. No caso de Alckmin, a situação se inverte, com a abordagem positiva significando 44,56% das notícias onde o presidenciável aparece, contra 31,42% de citações negativas.

A comparação com outras eleições em que a grande mídia exerceu grande influência - como na de 1989, quando construiu um candidato sem história como no caso de Fernando Collor de Melo, era prova de que algo estaria dando errado. Durante algumas semanas, vigorou o argumento do “povo desinformado”, do povo “que não sabe votar” (leia análise sobre o tema). O povo, neste caso, seria a maioria mais pobre que vota em Lula. Segundo pesquisa do Datafolha de 18 e 19 de setembro, entre as famílias com renda de até dois salários mínimos (SMs), o índice de voto do atual presidente chega a 57%, enquanto nas famílias que ganham mais de 10 salários mínimos as intenções caem para 30%. Com Alckmin, novamente os índices se invertem. Nas famílias de mais de 10 SMs, 42% dizem votar no candidato do PSDB, enquanto nas famílias de até dois salários mínimos o índice cai para 24%.

Os discursos diante da perplexidade dos colunistas de grandes veículos passaram a ver um descolamento da população com a “opinião pública”. Para intelectuais e analistas, no entanto, este grupo não consegue distinguir as opiniões de seus veículos da opinião da população. “Analistas políticos sempre acreditaram que são formadores de opinião. Gostam da idéia de que a opinião deles é a que normalmente vai prevalecer. Eles pensam que são opinião pública”, disse o professor da Universidade de Brasília, Venício Lima, em debate com o tema ‘Mídia e Poder’ realizado no Sindicato dos Bancários de Brasília na semana passada. Lima lançou recentemente livro sobre a cobertura da imprensa durante a crise política originada com as denúncias do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).

Em seu blog, o sociólogo e colunista da Carta Maior Emir Sader criticou duramente a posição dos colunistas trazendo como causa da força de Lula o conjunto de políticas promovido pelo governo. “Não vão aprender, colocaram a culpa no povo, com a esperança – como disse Lula – de dissolver o povo, de substituir o povo por outro, dos seus sonhos. Quem é essa imprensa, para se reivindicar a missão de fiscalizar os governos? Que moral tem para isso? Quem lhes entregou esse mandato? Pelo voto popular, ninguém. Eles se reivindicam a si mesmos”.

Em entrevista concedida à revista Caros Amigos, o jornalista Franklin Martins, ex-comentarista político da TV Globo e atual contratado da TV Bandeirantes, tenta explicar a perda de influência da mídia usando a teoria da “pedra no lago”. A opinião deste grupo de jornalistas irradiaria para o conjunto da população a visão das pessoas sobre os fatos. Para Martins, os primeiros anéis da onda, para usar a referência da imagem, deixaram de ser as classes ricas e médias e passaram a ser as classes C e D, mais diretamente afetadas pelas políticas governamentais e pela redução da miséria e da pobreza. No raciocínio do jornalista, não só houve um deslocamento como o voto das classes mais pobres passou a influenciar o da classe média, fazendo referência ao crescimento da candidatura Lula entre este segmento. Para Venício Lima, o mais correto seria usar a ‘teoria do espelho’, na qual os colunistas da grande mídia viam tamanha identificação entre o que escrevem e o que ‘opinião pública’ pensa que imaginavam serem suas análises e linha editorial apenas reflexos da posição da população.

Lima avalia o quadro atual, no entanto, com outro referencial: a ‘teoria da cascata’, do intelectual italiano Giovanni Sartori. Segundo ela, há um processo de irradiação das idéias das elites econômicas e políticas, além da mídia, para o conjunto da população. Mas a medida em que a ‘água’ desce, ela é ‘contaminada’ pelos variados níveis da cascata, numa nova referência visual para explicar o fato de que a população interpreta as idéias dominantes de acordo com os seus valores. A teoria ajudaria a explicar como as condições da população teriam papel importante na formação da opinião, mas para Venício Lima o fenômeno da candidatura Lula é algo “novo, ainda a ser melhor compreendido e explicado”.

Apesar deste caráter novo, é possível apontar alguns elementos que compõem este quadro. O mais citado é o impacto das ações de governo. “Embora tenha sempre havido em outros governos programas sociais, não só eles sempre foram fragmentados como foram mínimos e não definiram perfil. No governo Lula houve política social, camadas populares viram o Estado trabalhar com elas e para elas”, analisou a professora da Universidade de São Pailo, Marilena Chauí, no debate promovido pelo Sindicato dos Bancários. De acordo com dados da pesquisa "Miséria, Desigualdade e Estabilidade: O Segundo Real", feita com base na Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicilio (Pnad), o índice da população em condição de miséria caiu entre 2003 e 2005 de 28,2% para 22,7%.

Mas o fenômeno se estenderia para campos além da eleição presidencial? Para o sociólogo e colunista da Carta Maior Emir Sader, o bom desempenho de Lula não consegue se traduzir nas candidaturas ligadas ao presidente que disputam governos estaduais em posição oposicionista. “Não dá para comparar com candidatos estaduais, pois são pregações [as candidaturas]. A força do Lula não são argumentos, são políticas sociais concretas, pois palavra contra palavra ganha a direita e não houve candidaturas regionais que tivessem se contraposto ao consenso existente enquanto ele [Lula] conseguiu políticas concretas. Não é discurso político com força vigorosa que se contrapõe ao lobby da mídia”, analisa. Na avaliação do sociólogo, a mídia continua promovendo a ideologia liberal e mantendo sua influência junto à população, mas não consegue incidir na formação do voto, que no caso de Lula deixa de ser “ideológico” e passa a ser “social”.

A perda de influência da mídia no caso Lula não significa a alteração do papel dos meios de comunicação na formação de valores e da agenda pública, concorda Flavia Biroli, professora de Ciência Política da UnB. "A mídia torna visíveis fenômenos sociais, eventos e atores que compõem o que chamamos de atualidade, que no nosso sistema político, a democracia, tem na visibilidade elemento importante para sua existência, dependendo portanto da mídia como espaço pelo qual a política se faz visível”, argumenta. Um exemplo disso, acrescenta Venício Lima, é o fato de o quadro eleitoral apontar a reprodução de uma maioria conservadora na disputa pelos governos estaduais. Esse grupo dirigente, não por acaso, tem ligação direta (e indireta) com os donos das redes de televisão, rádio e dos jornais nos estados. Exemplos nítidos são os candidatos líderes nas pesquisas Roseana Sarney (PFL), cuja família é detentora da retransmissora da Rede Globo no Maranhão, e Paulo Souto (PFL), ligado ao grupo de Antônio Carlos Magalhães, que também possui a retransmissora da Globo na Bahia, além de jornais e emissoras de rádio.

A cobertura jornalística do caso da prisão de petistas tentando comprar um dossiê com informações sobre um suposto envolvimento de José Serra com a "máfia das sanguessugas" também se encaixa nesse esquema, segundo Venício Lima. “Há uma unanimidade midiática que nunca vi. Na grande mídia, o que prevalece tanto na edição das matérias quanto nas colunas de opinião e no enquadramento é a condenação do governo e do candidato, sem qualquer contraponto. É presunção de culpa (expressão, que se opõe ao direito constitucional à 'presunção de inocência')”.

A questão da cobertura dos caso dossiê foi tema da coluna dominical do ombudsman da Folha de S. Paulo, Marcelo Beraba, no último domingo (24). Na opinião dele, a opção pelo destaque prioritário à compra em detrimento do conteúdo do tal dossiê - "foi a correta e se justifica por critérios jornalísticos", especialmente pelo flagrante da operação envolvendo integrantes da coordenação da campanha presidencial petista e uma bolada de R$ 1,7 milhão, com indícios de participação de veículos de comunicação, às vésperas das eleições. "O fato de considerar a conspiração para a obtenção do dossiê mais importante do que o dossiê não significa que esteja de acordo com o pouco empenho dos jornais na apuração das denúncias contra Serra e Barjas Negri. Uma cobertura não anula a outra. Os jornais têm profissionais e espaço suficientes para tocarem duas investigações simultâneas. Não quer dizer que devam ter o mesmo peso na edição, mas deveria haver lugar para as duas", ponderou.

Para o professor Venício Lima, a mudança deste quadro parece distante, pois junto com a condenação uníssona do governo vem a crítica a priori de qualquer tentativa de constituir um sistema de mídia nacional plural e democrático, o que significaria perda de poder para o restrito e concentrado clube dos grupos que detém o controle dos meios de comunicação do País.

2006-10-28 14:25:20 · answer #11 · answered by José Carlos d 1 · 1 1

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