"Choque de gestão" causa déficit e paralisia
Lula perguntou, Alckmin negaceou.
Mas deu na Folha de S.Paulo: o governo paulista reduziu em até 80% os investimentos em projetos de infra-estrutura e paralisou várias obras.
A matéria revela os efeitos do "choque de gestão" que o candidato tucano queria implantar no país.
Segundo a reportagem, "algumas das principais obras e projetos de infra-estrutura de transporte de São Paulo tiveram seu ritmo reduzido drasticamente ou foram até paralisadas pelo governo de Cláudio Lembro (PFL), que conta os dias para terminar o seu mandato... Os atrasos ou as interrupções dos investimentos... foram intensificados nos últimos meses e envolvem de rodovias do interior à expansão da rede sobre trilho da Grande São Paulo, do Rodoanel ao recapeamento das marginais Pinheiros e Tietê".
Ainda de acordo com o texto, "na metade do ano, Lembo enviou ofício a todos os secretários vetando novos investimentos e determinando 'redobrada atenção' e 'rigorosa austeridade nos gastos públicos'... Das obras em curso de recuperação ou ampliação de estradas, a Folha apurou que a redução do ritmo em diversos casos é de 80%".
Cadê o "gerente eficiente"?
Durante muito tempo, além de proteger a figura do ex-governador Geraldo Alckmin, grande parte da mídia difundiu a o mito de que ele seria um exemplo de "administrador competente" e de "gerente eficiente".
Os fatos negam esta pretensa qualidade:
1. Caos na segurança
As três recentes ondas de violência urbana no Estado, que causaram a morte de quase 200 pessoas e a destruição de inúmeros bens públicos e privados.
2. Abandono da educação
A educação pública sofreu brutal regressão. O ensino médio hoje atende 25% da demanda de jovens entre 15 e 19 anos; de 1999 a 2005, as matrículas baixaram de 1.720.174 para 1.636.526; a taxa de reprovação pulou de 3,6% para 15,6%; e a evasão escolar já atinge a marca recorde de 7% ao ano.
Como forma de maquiar este desastre, o governo inventou a "progressão continuada", espécie de aprovação automática. Devido a esta maquiagem, há casos de estudantes analfabetos frequentando a quarta série.
O analfabetismo atinge 6,6% da população e há mais cinco milhões de analfabetos funcionais (18% dos paulistas acima de 15 anos).
3. Mercantilização da saúde
O PSDB entregou vários hospitais públicos à iniciativa privada, sob a camuflagem das tais Organizações Sociais de Saúde (OSS).
Elas administram os hospitais através dos contratos de terceirização, sem licitação ou controle do Tribunal de Contas.
Atualmente, já são 18 hospitais, três ambulatórios de especialidades e um centro de referência para idosos entregues para a iniciativa privada.
Além disso, o governo Alckmin cortou 170 mil cargos funcionais na área da saúde entre 1994 e 2006.
4. Pedágios caríssimos
Estudo do Ipea revelou que, entre 1995 e 2005, as tarifas cobradas nos pedágios paulistas subiram em até 716%.
O governo Alckmin privatizou as melhores estradas - com pistas duplas, canteiros centrais e situadas nas regiões mais ricas - e deixou as piores com o Estado.
As 12 concessionárias presenteadas pelo PSDB exploram apenas 3,5 mil quilômetros (16% da malha rodoviária), que constituem o filé mignon do setor.
Após a privatização, o número de pedágios disparou.
Em 1995, havia 11 pedágios; hoje, são 153 - sendo que apenas 14 estão sob controle estatal.
Na Rodovia dos Imigrantes, que tem apenas 58,5 quilômetros ligando capital ao litoral e possui um movimento anual superior a 30 milhões de veículos, a concessionária Ecovias cobra R$ 14,80 por automóvel.
5. Privatizações danosas
Desde a criação do Programa Estadual de Desestatização (PED), em julho de 1996, setores estratégicos da economia paulista foram "vendidos" a monopólios privados por preços irrisórios.
Sob a batuta de Geraldo Alckmin, presidente do PED, foram privatizadas entre outras a Eletropaulo, CPFL, Elektro, Cesp, Comgás, Ceagesp.
A alienação deste patrimônio rendeu R$ 35,6 bilhões.
Fepasa e Banespa foram federalizados antes de serem privatizados.
Os danos à economia foram brutais.
No caso do Banespa, ele possuía ativos de R$ 29 bilhões e patrimônio de R$ 11 bilhões. Mas foi "vendido" ao Santander por apenas R$ 7,05 bilhões.
6. Estado endividado
Todo este processo de desmonte foi feito sob o pretexto de que era preciso dar um choque de gestão para sanar a dívida pública.
Mas a situação financeira do Estado só piorou.
Os R$ 35 bilhões obtidos nas privatizações serviram para pagar juros. A dívida publica pulou de R$ 34 bilhões no início do governo tucano, em janeiro de 1995, para R$ 123 bilhões em março passado.
7. Apagão na energia
O desmonte do Estado teve efeitos devastadores na infra-estrutura, em especial no setor de energia.
Numa primeira fase, o governo fatiou as três estatais existentes, Eletropaulo, Cesp e CPFL, em onze empresas de geração, distribuição e transmissão de energia.
Na segunda, promoveu o leilão das empresas fragilizadas.
Essa política resultou nos famosos apagões entre junho de 2001 e fevereiro de 2002.
Os governos tucanos destruíram o sistema de energia construído desde os anos 50 e que havia alavancado a industrialização.
"Moeda podre", como o Certificado de Ativos, foi usada nos leilões.
Com a privatização, piorou a qualidade dos serviços.
No caso da CPFL, antes do leilão ela possuía 200 postos de atendimento no Estado; três anos depois, em 2000, eram apenas 30.
2006-10-26 20:10:21
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answer #6
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answered by Che 1
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Assim como o churrasqueiro vira presidente do bando do banco do estado de santa catarina....
Os politicos brasileiros não tem moral pra ser responsável com dinheiro e bens públicos, e o PT mostrou isso, violentou todas, todas as instituições em todas as áreas, exportação, ministérios, fiscalização e poder legislativo como também o judiciário, estão com um poder de fogo de uma nação do tamanho do brasil.
Se deixarmos eles roubando lá , quando que vamos ter gente honesta lá?
Votem pela renovação, 45 presidente por um brasil decente!
2006-10-26 19:56:22
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answer #7
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answered by O Substituto 3
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É natural que seria. Aliás, toda estatal é cabidão do Governo de Plantão, não interessa quem seja ele.
É pura ingenuidade imaginar uma situação diferente.
Agora, se você está, com isso, querendo insinuar que a privatização da Vale do Rio Doce foi uma coisa boa para o povo brasileiro, aí, meu amigo, você está sendo fdp e deveria ser processado, junto com FHC e seus asseclas -- gente que, futuramente, irá constar dos livros de História do Brasil ao lado de Traidores do País, como Joaquim Silvério dos Reis, Calabar etc.
2006-10-26 19:34:43
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answer #8
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answered by arthurgoncalvesfilho 4
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