Umbanda é uma religião originalmente brasileira que miscigena elementos das mais diversas religiões e culturas mundiais. Os conceitos relatados podem diferir em alguns tópicos por se tratar de uma visão generalista. Por se tratar de uma religião com diversas variações devem ser buscadas informações sobre suas mais variadas vertentes. Algumas destas vertentes são citadas neste artigo.
O que é a Umbanda?
A Umbanda é uma religião brasileira, fundada em 15 de novembro de 1908, e fundamentada em 3 pilares que são sua base de sustentação: O AMOR, A CARIDADE E A HUMILDADE. Admite um deus único (OLORUM), que é o criador de tudo e todos. Seus adeptos (chamados também de "filhos de fé") reverenciam entidades superiores denominados ORIXÃS, sendo o principal Jesus (OXALÃ).
Preto-Velhoà orientada também pelos guias espirituais - espÃritos que atuam na Umbanda sob uma determinada LINHA que por sua vez está ligada diretamente a um determidado Orixá. Os guias têm ricos conhecimentos de amor, caridade, fé, justiça e evolução, entre outros, que se manifestam através da mediunidade dos médiuns, sendo a prática da incorporação uma delas - ato pelo qual uma pessoa médium, consciente, semi-consciente ou não, permite que outros espÃritos falem através de seu corpo fÃsico.
Os guias possuem diversos arquétipos pelos quais se apresentam na mecânica da incorporação. Cada arquétipo está numa determinada Linha Vibracional dentre os 7 Orixás essenciais ou 7 Linhas. Como exemplos desses arquétipos podemos citar: os Pretos Velhos, os Caboclos, os Baianos, os Boiadeiros e os Erês (Crianças). Os arquétipos são apenas roupagens utilizadas pelos guias para se apresentarem nos terreiros e não entidades que necessariamente foram escravos, Ãndios ou crianças.
Cada terreiro tem a sua forma de interpretar a Umbanda; os ritos também diferem de casa para casa. A maioria utiliza atabaques e outros instrumentos musicais para acompanhar os seus pontos cantados, mas alguns só cantam mantras.
Toda gira de umbanda tem como base o processo de defumação - elemento caracterÃstico das giras - que consiste na queima de ervas essenciais, com o fundamento de limpeza do campo áurico energético das pessoas e do ambiente para que a faixa vibracional seja ajustada para o recebimento das entidades que ali trabalharão.
As giras se iniciam com os pontos cantados, defumação e a incorporação. Após a incorporação do médiuns (cavalos) pelos seus respectivos guias, inicia-se o atendimento espiritual para o público, em que a todos são convidados a tomar um "passe" com os guias que estão em terra, que trabalham exclusivamente para a caridade e se utilizam de alguns materias como velas, ervas, pedras, pembas (giz) para riscar seus pontos riscados ou mandalas.
A Umbanda é genuinamente brasileira. A Prática da Umbanda nada tem a ver com o Candomblé ou com a Kiumbanda. Trata-se de uma religião que trabalha diretamente com entidades do Plano Astral ou com seres da natureza (os elementais) e utiliza a mecânica da incorporação para trabalhar as necessidades emergenciais do homem, trazendo a força e a sabedoria dos mestres da Aruanda para a cura e a energização do campo astral humano, com a atuação nos centros de força dos corpos e nos campos energéticos das pessoas que "...vêm em busca de socorro, alivio e cura para suas dores morais e fÃsicas", e também traz muito ensinamento das verdades da espiritualidade maior.
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[editar] Origem
A Umbanda nasceu no Rio de Janeiro, através do médium Zélio Fernendino de Moraes que trabalhava na federação espÃrita daquele estado. Em determinado momento incorporou o Cabloco das 7 Encruzilhadas, e os outros médiums presentes hostilizaram a entidade que afirmou que estava vindo naquele momento para oficializar uma nova religião que se chamaria Umbanda (para todas as bandas), ou seja, "para todos", onde não existiria nenhum tipo de discriminação e onde todos seriam bem-vindos.
A partir daquele momento foi fundado o 1° terreiro de Umbanda, denominado "Centro de Umbanda Nossa Senhora da Piedade", em homenagem à Maria, mãe de Jesus.
[editar] Sincretismo
Os negros nas senzalas cantavam e dançavam em louvor aos Orixás, entretando seus senhores não gostavam, e tentavam convertê-los a fé cristã. Aqueles que não se convertiam eram cruelmente castigados. Foi então que nasceu o sincretismo em que os negros africanos associaram os Orixás aos santos católicos de seus senhores. Embora aos olhos dos brancos eles estavam comemorando os santos católicos, na verdade estavam cultuando seus amados Orixás. Em meio a essas comemorações eles começaram a incorporar os espÃritos ditos Pretos-Velhos (espÃritos de ancestrais, sejam de antigos Babalaôs, Babalorixás, Yalorixás e antigos "Pais e Mães de Senzala": escravos mais velhos que sobreviveram à senzala e que, em vida, eram conselheiros e sabiam as antigas artes da religião da distante Ãfrica), que iniciaram a ajuda espiritual e o alÃvio do sofrimento material daqueles que estavam no cativeiro.
Embora houvesse uma certa resistência por parte de alguns, pois consideravam os espÃritos incorporados dos Pretos-Velhos como Eguns (espÃrito de pessoas que já morreram e não são cultuados no candomblé), também houve admiração e devoção.
Com os escravos foragidos, forros e libertados pelas leis do Ventre Livre, Sexagenário e posteriormente a Lei Ãurea, começou-se a montagem das tendas, posteriormente terreiros.
Em alguns Candomblés também começaram a incorporar Caboclos (Ãndios das terras brasileiras como Pajés e Caciques) que foram elevados à categoria de ancestral e passaram a ser louvados. O exemplo disso são os ditos "Candomblés de Caboclo". Muito comuns no norte e nordeste do Brasil até hoje.
No inÃcio do sec. XX com o surgimento da Umbanda, esta que muitas vezes era realizada nas praias começou a ser conhecida pelo termo macumba, pois macumba nada mais é que um determinado tipo de madeira usada para produzir o atabaque usado durante as giras; por ser um instrumento musical, as pessoas referiam-se da seguinte forma: "Estão batendo a macumba na praia", ficando então conhecidas as giras como macumbas. Com o passar do tempo, tudo que envolvia algo que não se enquadrava nos ensinamentos impostos pelo catolicismo, protestantismo, judaÃsmo, etc, era considerado macumba. Com isso, acabou por virar um termo pejorativo.
A mais antiga referência literária e denotativa ao termo Umbanda é de Heli Chaterlain, Contos Populares de Angola, de 1889. Lá aparece a referência à palavra Umbanda.
UMBANDA: A origem do vocábulo está na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena Petrovna Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, significa a sÃlaba sagrada; a unidade de três letras; daà a trindade em um. à uma sÃlaba composta pelas letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-se para formar a vogal composta O). à a sÃlaba mÃstica, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de Brahmâ); é o mistério dos mistérios; o nome mÃstico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na Ãndia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros sagrados ou mÃsticos. Já a palavra Bandha, também de origem sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A vida nesta terra. Assim, analisando as duas palavras, podemos definir a Umbanda como sendo o elo de ligação entre os planos divino e terreno. Infelizmente, na época da revelação da Umbanda em terras brasileiras, não houve a preocupação em se manter a integridade do vocábulo. A palavra mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até nós como Umbanda.
Com o passar do tempo as pessoas foram agregando metodologias, vocábulos e detalhes de praticas provindas de outras religiões como candomblé, por exemplo. Esta fusão vem distanciando a verdaeira Umbanda dos seus fundamentos iniciais. Hoje ouve-se falar de Umbandomble (mistura de umbanda com candomblé) e outras "umbandas" como descrito abaixo, mas a verdadeira Umbanda, aquela nascida no Brasil em 1908 ainda continua sendo praticada em muitos terreiros e em casas nesse pais.
A incorporação de guias também ocorreu em outras religiões como no Candomblé de Caboclos ( desde de 1865 - as primeiras manifestações de Caboclos, Boiadeiros, Marinheiros, Crianças e Pretos-velhos aconteceram dentro do Candomblé de Caboclos ), no Catimbó, no Espiritismo. Em 1908 , na Federação EspÃrita, em Niterói, um jovem de 17 anos, Zélio Fernandino de Moraes, foi convidado a participar da Mesa EspÃrita. Ao serem iniciados os trabalhos, manifestaram-se em Zélio espÃritos que diziam ser de Ãndio e escravo. O dirigente da Mesa pediu que se retirassem, por acreditar que não passavam de espÃritos atrasados (sem doutrina).
As entidades deram seus nomes como Caboclo das Sete encruzilhadas e Pai Antônio. No dia seguinte, as entidades começaram a atender na residência de Zélio todos à queles que necessitavam, e, posteriormente, fundaram a Tenda espÃrita Nossa Senhora da Piedade.
Zélio foi o precursor de um "trabalho Umbandista Básico" (voltado à caridade, assistencial, sem cobrança e sem fazer o mal e priorizando o bem), uma forma "básica de culto" (muito simples), mas aberta à junção das formas já existentes (ao próprio Candomblé nos cultos Nagôs e Bantos, que deram origem à s religioes mais africanas - Umbanda Omoloko, Umbanda de pretos-velhos-; ou aquelas formas mais vinculadas à Doutrina EspÃrita - Umbanda Branca-; ou aquelas formas oriundas da Pajelança do Ãndio brasileiro - Umbanda de Caboclo -; ou mesmo formas mescladas com o esoterismo de Papus - Gérard Anaclet Vincent Encausse -, esoterismo teosófico de Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), de Joseph Alexandre Saint-Yves d´Alveydre - Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática, entre outras) que foram se mesclando e originando diversas correntes ou ramificações da Umbanda com suas próprias doutrinas, ritos, preceitos, cultura e caracterÃsticas próprias dentro ou inerentes à prática de seus fundamentos.
Hoje temos várias religiões com o nome "Umbanda" ( Linhas Doutrinárias ) que guardam raÃzes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram caracterÃsticas de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.
Alguns exemplos dessas ramificações são:
Umbanda Popular - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo - Santos Católicos associados aos Orixas Africanos;
Umbanda tradicional - Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes;
Umbanda Branca e/ou de Mesa - Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos Africanos - Orixás -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinaria se prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também podemos encontrar a utilização de livros espÃritas como fonte doutrinária;
Umbanda Omolokô - Trazida da Ãfrica pelo Tatá Trancredo da Silva *****. Onde encontramos um misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;
Umbanda Traçada ou Umbandomblé - Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessoes diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes;
Umbanda Esotérica - à diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: "conjunto de leis divinas";
Umbanda Iniciática - à derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola de SÃntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e SÃntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sanscrito;
Umbanda de Caboclo - influência do cultura indÃgina brasileira com seu foco principal nos guias conhecidos como "Caboclos";
Umbanda de pretos-velhos - influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos pretos-velhos;
Outras formas existem, mas não têm uma denominação apropriada. Se diferenciam das outras formas de Umbanda por diversos aspectos peculiares, mas que ainda não foram classificadas com um adjetivo apropriado para ser colocado depois da palavra Umbanda.
[editar] Os Fundamentos
A Umbanda se fundamenta nos seguintes conceitos: -A caridade é a base da umbanda, e ela pode se dar tanto por meio de auxÃlio espiritual com as consultas tanto como caridade que todos conhecemos.
-Aceleração da evolução do ser através de ensinamentos assistemáticos e posteriormente sistemáticos.
-AuxÃlio religioso e magÃstico.
-Culto aos Sagrados Orixás.
-Integração do ser às hierarquias divinas.
-Esgotamento e aceleração cármica do ser.
[editar] Um Deus único e superior
Zâmbi, Olorum ou simplesmente Deus - Em sua benevolência e em sua força emanada através dos Orixás e dos Guias, auxiliando os homens em sua caminhada para a elevação espiritual e social.Infelizmente deve-se aos limites da linguagem humana a falta de precisão em conceituar o que seria Deus. Isto por que uma das caracterÃsticas da Divindade Suprema é ser Infinito, sem medidas, o que remete apenas conhecer parcialmente sua “Natureza”.
Mormente cabe ao homem a aventura de tentar decifrar a “Divindade”, pela fé, pelo amor e pela razão e é sobre esta Grande Aventura Humana é que pretendemos falar.
[editar] Os Orixás
Os Orixás não são deuses como muitas pessoas podem conceber, assim como em outras religiões, mas sim divindades criadas por um único Deus: Olorun (dentro da corrente Nagô) ou Zambi (dentro da corrente Bantu).
Uma interpretação mais objetiva coloca os Orixás como manifestações de diferentes arquétipos universais, que seriam uma sÃntese de leis e princÃpios cósmicos e naturais, que representariam as diferentes manifestações da forças naturais expressos na forma de sÃmbolos. Cada pessoa está ligada a um desses arquétipos(Orixás) e sua evolução deve seguir os padrões dessa sÃntese simbólica a qual a pessoa está relacionada.
Na Umbanda Esotérica e Iniciática temos a seguinte interpretação:
Os Orixás são vibrações de Deus, vem Dele, mas não são Ele, são princÃpios irradiados da Suprema Inteligência, regem a Criação e a Evolução em todo
[editar] Referências
Africanas, IndÃgenas, Européias e Indianas. A Umbanda é uma junção de elementos Africanos (Orixás e culto aos antepassados), IndÃgenas (culto aos antepassados e elementos da natureza), Brancos (o europeu que trouxe seus Santos e a doutrina cristã que foram siscretizados pelos Negros Africanos) e de uma doutrina Indiana de reencarnação, Kharma e Dharma, associada a concepção de espÃrito empregada nas três Raças que se fundiram (Negro, Branco e Ãndio).
A Umbanda prega a existência pacÃfica e o respeito ao ser humano, a natureza e a Deus. Respeitando todas as manifestações de fé, independentes da religião.
A máxima dentro da Umbanda é "Dê de graça, o que de graça recebestes: com amor, humildade, caridade e fé".
[editar] O culto umbandista
A Umbanda tem como lugar de culto o templo, terreiro ou Centro, que é o local onde os Umbandistas se encontram para realização de suas giras, sessões.
O chefe do culto no Centro é o Sacerdote (a Bá, ou Iyalorixá, ou a Diretora de culto, ou Mestra, ou a Mãe de Santo - para o Sacerdote feminino; ou o Babá, Babalorixá, os Diretor de culto, ou o Mestre, ou o Pai de Santo - para o Sacerdote masculino) ] que é quem coordena as sessões/giras e que irá incorporar o guia chefe que comandará a espiritualidade e a materialidade do local dos trabalhos. Normalmente esse guia, que comanda, é um Preto-Velho ou Caboclo (varia de casa para casa, de Linha Doutrinária para Linha Doutrinária).
Os templos onde os "comandantes" são Pretos-Velhos seguem a corrente africana e os que têm os Caboclos como "comandantes" seguem a linha indÃgena. Mas, isso não é regra e pode variar de templo para templo.
As pessoas que recebem, incorporam entidades dentro dos terreiros, são ditos médiuns, cavalos ou "burros". Pessoas que têm o Dom de incorporar os Orixás e Guias.
"As entidades" que são incorporadas pelos médiuns podem ser divididas entre:
Falangeiros de Orixás: Xangô, Ogum, Oxum, Nanã, Iemanjá, Iansã, Obaluayê, Oxumaré, entre outros.
Guias: Pretos- velhos, Caboclos, Boiadeiros, Crianças, Exus, Marinheiros e Orientais.
Kiumbas, espÃritos sem luz: esses, normalmente, são incorporados quando se está fazendo algum descarrego ou quando existe algum obsediado no local.
[editar] As sessões
O culto nos terreiros é dividido em sessões, normalmente de desenvolvimento e de consulta, e essas, são sub-divididas em giras.
Os dias da semana que acontecem as sessões variam de Centro para Centro. No nosso, elas se dão às segundas e sextas-feiras.
Nas segundas, são feitas as sessões de consulta com Pretos-Velhos, onde as pessoas conversam com nossas entidades, afim de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, desobsessões e para resolver problemas espirituais diversos. As ocorrências mais comuns nestas sessões são o passe e o descarrego. No passe, os Pretos-Velhos, rezam a pessoa energizando-a e retirando toda a parte fluÃdica negativa que nela possa estar. O descarrego, é feito com o auxÃlio de um médium, o qual, irá incorporar o obsessor, ou captar a energia negativa da pessoa. Então, o Preto-Velho faz com que essa energia seja deslocada para o astral. Caso seja um obsessor, o espÃrito obsediador é retirado e encaminhado para a luz ou para um lugar mais adequado no astral inferior; caso ele não aceite a luz que lhe é dada. Nesses casos pode-se pedir a presença de um ou mais Exus para auxiliar o Preto-Velho.
Nas sextas-feiras, ocorrem as giras de Caboclos, Boiadeiros, Orixás, Marinheiros, Pretos-Velhos, Crianças e Exus. Nessas giras são feitos os desenvolvimentos dos médiuns do terreiro. Nelas, são cantados os pontos e tocados os atabaques. As giras de Marinheiros e Exus são festivas, e, além de serem feitos os desenvolvimentos dos médiuns, são realizadas consultas com esses guias. Existem terreiros onde, além dos Pretos-Velhos, Marinheiros e Exus, também os Caboclos e Boiadeiros dão consultas e trabalham com o descarrego e a desobsessão.
Os dias de Consulta e/ou Desenvolvimento podem variar de casa para casa, de Linha Doutrinária para Linha Doutrinária. Normalmente são feitos as segundas-feiras e nas sextas-feiras; não sendo este parâmetro contado como regra.
[editar] Médiuns
Médium é toda pessoa que têm a qualidade de se comunicar com entidades desencarnadas ou espÃritos, seja pela mecânica da incorporação, pela vidência (ver), pela audição (ouvir) ou pela pscicografia (escrever movido pelos espÃritos).
O médium veio com a responsabilidade e com o compromisso de servir como um instrumento de guias ou entidades espirituais superiores. Para tanto, deve se preparar através do estudo, desenvolvendo a sua mediunidade sempre prezando a elevação moral e espiritual, a aprendizagem conceitual e prática da Umbanda, respeitar os guias e Orixás, ter assiduidade e compromisso com sua casa, ter caridade em seu coração, amor e fé em sua mente e espÃrito, e saber que a Umbanda é uma prática que deve ser vivenciada no dia-a-dia e não apenas no terreiro.
A mediunidade não deve ser vista ou vivenciada como um dom ou poder maior concedido ao médium ,e sim como um compromisso e uma oportunidade que lhe foi dada antes mesmo da pessoa reencarnar. Por isso não deve ser encarada como um fardo ou um forma de ganhar dinheiro, mas como uma oportunidade valiosa para praticar o bem e a caridade.
Existem médiuns que acabam distorcendo o verdadeiro papel que lhes foi dado, e se envaidecem agindo de forma leviana em suas vidas. O médium deve tangir sua vida como um mensageiro de Deus, dos Orixás e Guias. Ter um comportamento moral e profissional dÃgnos, ser honesto e Ãntegro em suas atitudes, pois do contrário acaba atraindo forças negativas, obssessores ou espÃritos revoltados que vagam pelo mundo espiritual atrás de encarnados desequilibrados que estão na mesma faixa vibracional que eles. Por isso, desenvolver a mediunidade é um processo que deve ser encarado de forma séria a regido através de um profundo estudo da religião e seguido pelo conceitos morais e éticos. Ser orientado e iniciado por uma casa que pratica o bem é essencial.
As pessoas que são médiuns devem levar sempre a sério suas missões e ter muito amor e dar valor ao que fazem, ter sempre boa vontade nos trabalhos de seu terreiro e na vida do dia-a-dia.
O médium deve tomar, sempre que necessário, os banhos de descarrego adequados aos seus Orixás e Guias, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa, conversar sempre com o chefe espiritual do terreiro quando estiver com alguma dúvida, problema espiritual ou material.
[editar] Hino da Umbanda
Refletiu a luz divina
Em todo o seu esplendor
Vem do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que reflete na terra
Luz que reflete no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar
A Umbanda é paz e amor
Um mundo cheio de luz
à a força que nos dá vida
E Ã grandeza nos conduz
Avante! Filhos de fé
Como a nossa lei não há
Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá
Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá.
Hino da Umbanda.
Autor: J. M. Alves - 1960
[editar] Guias
Na Umbanda alguns praticantes, os chamados médiuns, recebem espÃritos de luz, ou seja, entidades evoluÃdas que realizam trabalhos de cura e ajuda fÃsica ou espiritual.
Estas entidades incorporadas pelos médiuns são, salvo raras exceções, os chamados Guias. Na Umbanda, ao contrário do Candomble, não se incorporam Orixás. São incorporados os ditos falangeiros, espÃritos que seguem a orientação e vibração dos Orixás. Este fator costuma causar alguma confusão nos terreiros pois muitas entidades se identificam com o nome do orixá, ao invés de citar que é um falangeiro. A incorporação dos Orixás é uma caracterÃstica e conceituação do Candomblé e não da Umbanda.
Os Guias têm diferentes grupamentos, formando falanges de entidades afins, de mesma caracterÃstica e roupagens. Assim temos os seguintes grupamentos na Umbanda:
Principais:
Pretos-velhos
Caboclos
Crianças
Boiadeiros
Marinheiros
Exus/ Pombas-Giras
Outras falanges trabalhadas em outras ramificações da Umbanda:
Baianos
Ciganos
Orientais
Mineiros/Cangaceiros
Na umbanda branca, cada linha de orixá tem sete legiões, que correspondem a determinado guia espiritual. aqui temos exemplos de alguns:
Oxalá
Santa Catarina
Santo Antônio
Cosme e Damião
Santa Rita
Santo Expedito
São Fransisco de Assis
São Benedito
Iemanjá
Ondinas - Naná
Caboclas do Mar - IndaÃa
Caboclas do Rio - Iara
Marinheiros - Tarimã
Calungas - Calunguinhas
Sereias - Oxum
Estrela Guia - Maria Madalena
Povo do Oriente
Hindús - Zartur
Médicos e Cientistas - José de Arimatéia
Ãrabes e Marroquinos - GimbaraÃ
Japoneses, Chineses, Mongóis e Esquimós - Ori do Oriente
EsgÃpcios, Astecas e Incas - Inhoariairi
Ãndios CaraÃbas - Itaraici
Gauleses, Romanos e Povos Europeus - Marcos I
Oxosse
Urubatão
Araribóia
Caboclo das Sete Encruzilhadas
Peles Vermelhas - Ãguia Branca
Tamoios - Grajaúna
Cabocla Jurema
Guaranis - Araúna
Xangô
Inhançã
Caboclo do Sol e da Lua
Caboclo da Pedra Branca
Caboclo do Vento
Caboclo das Cachoeiras
Caboclo Treme-Terra
Pretos Guinguelê
Ogum
Praias - Ogum Beira-Mar
Matas - Ogum Rompe-Mata
Rios - Ogum Iara
Das almas - Ogum Megê
Encruzilhadas - Ogum Naruê
Malei - Ogum Malei
Povo de Canga - Ogum Nagô
Povo Africano (Pretos-Velhos)
Povo da Costa - Pai Cabinda
Povo de Congo - Rei Congo
Povo de Angola - Pai José
Povo de Benguela - Pai Benguela
Povo de Moçambique - Pai Jerônimo
Povo de Luanda - Pai Francisco
Povo de Guiné - Zum-Guiné
[editar] Polêmicas dentro das umbandas
[editar] O elemento preponderante
Nesta mistura de elementos culturais, podemos colher interessantes fenômenos. Um deles é a crença, pelo umbandista, em um elemento formador da umbanda que seja preponderante.
Nesta vertente, encontramos os que acham superior, o:
Candomblé: este, como já dissemos, acreditam que a umbanda só assimilou os caracteres cristãos, indÃgenas e espÃritas para tornar a Religião dos Orixás mais acessÃvel para a maioria. Mas o caminho do unbandista seria a iniciação no candomblé.
Espiritismo: estes acreditam que a grande função da umbanda é resgatar as pessoas que se prendem aos sÃmbolos e formas africanos e indÃgenas, para um conteúdo cristão e espÃrita. Seria então uma grande obra de amor a pessoas e espÃritos que não entenderiam a sublimidade de Kardec e desta forma não encontrariam afinidade com aqueles que seguem a Doutrina EspÃrita, que se apoiam nas obras básicas codificadas pelo próprio Kardec.
Mas na verdade, todas essas doutrinas atuam para despertar o ser para as verdades dos ensinamentos do Cristo, e trabalham com o mesmo fim, pois a doutrina espÃrita trabalha até onde pode, com seus recursos e metodologias, podendo a umbanda por exemplo, dar prosseguimento num processo mais dificultoso, que necessita recursos de energias mais grosseiras, como por exemplo: ir buscar um irmão no umbral, utilizar de recursos altamentes magnéticos de energias grosseiras ligadas à psicosfera do individuo em questão, um trabalho tipico de um Exu, por exemplo.
[editar] SacrifÃcio de animais
A Umbanda não recorre aos sacrificios de animais para assentamento de Orixás, e não tem nessa prática legÃtima do Candomblé um dos seus recursos ofertatórios à s divindades, pois recorre à s oferendas de flores, frutos, alimentos e velas quando as reverencia. A fé é o principal fundamento religioso da Umbanda e suas práticas ofertatórias isentas de sacrifÃcios de animais, é uma reverência aos Orixás e aos guias espirituais recomendando-as aos seus fiéis, pois são mecanismos estimuladores do respeito e união religiosa com as divindades e os espÃritos da natureza ou que se servem dela para auxiliarem os encarnados.
[editar] Natureza e incorporação de Exús
Encontramos aqueles que creem que os Exús são entidades (espÃritos) que só fazem o bem, e outros que creem que os exus podem também ser neutros ou maus. Observe-se que, muitas vezes, os médiuns dos terreiros de Umbanda - e mesmo de Candomblé - não têm uma idéia muito clara da natureza da(s) entidade(s), quase sempre, por falta de estudo da religião.
Há algumas diferenças na maneira de ver a divindade Exú no Candomblé e na Umbanda. No primeiro, Exú é, como os demais Orixás, uma personalização de fenômenos naturais, um deus em si. O Candomblé considera que as divindades encorporam nos médiuns (ou cavalos).
A Umbanda vê os Exús não como "deuses", mas como energia ou força primitiva. A substância pura. Em sÃntese o grande agente mágico de equilÃbrio universal. Nos terreiros sérios julgam-no como um dos maiores, se não o maior executor da Lei Karmica, embora, as vezes inconscientemente. Também é o guardião dos trabalhos de magia, onde se opera com forças ou entidades do baixo astral. E também são considerados como "policiais", que agem pela Lei, no submundo do "crime" organizado e principalmente policiando o Médiun no seu dia-a-dia. As "equipes" de Exús sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela. Passam, a maior parte do tempo nela, mas, não fazem parte dela. No Brasil na época da escravatura Exú foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como era representado no culto africano. Pois, na Ãfrica ele era representado por um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade.
Esses espÃritos utilizam-se de energias mais "densas" (materiais) e quase sempre, no caso de atenderem em terreiros, cobram oferendas para realizar seus trabalhos. Note-se que essas entidades podem realizar trabalhos benignos, como curas, orientação em todos os setores da vida pessoal dos consulentes e praticar a caridade em geral, a condição de exu para um espÃrito é transitória, podendo este, uma vez redimidas suas dÃvidas perante a Lei Divina, se reencarnar como pessoa na Terra ou seguir no mundo dos espÃritos em escalas mais elevadas de evolução (podem passar a pertencer a falanges de Boiadeiros, Orientais, Baianos, etc). Essas falanges - e outras - são a divisão ou escala à qual pertencem os espÃritos, mais ou menos equivalentes à escala espÃrita definida por Kardec.
Os trabalhos malignos ( os tão famosos "pactos com o diabo" ), como matar por exemplo, Não são acordos feitos coms os Exús, mas, com os kiumbas, entidades que agem na surdina, fazendo-se passar pelos Exús, atuando em terreiros que não praticam os fundamentos básicos da Umbanda que são: Existência de um Deus único; Crença de entidades espirituais em evolução; Crença em orixás e santos chefiando falanges que formam a hierarquia espiritual; Crença em guias mensageiros; Na existência da alma; Na prática da mediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do médium; O uso de ervas e frutos. Jamais sangue, e Caridade acima de tudo.
Videntes os vêem nestes lugares e erroneamente dizem que eles são de lá. Devido a esta caracterÃstica, os Exús, são confundidos com os kiumbas, que são espÃritos trevosos ou obsessores, são espÃritos que se encontram desajustados perante à Lei. Provocando os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espÃritos que se comprazem na pratica do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio. Aguardando, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possÃvel (voluntária ou involuntariamente). Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas. Este baixo astral é uma enorme "egrégora" formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espÃritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vÃcios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos.
A Doutrina EspÃrita trata-os como espÃritos imperfeitos, almas dos homens que, por terem cometidos crimes perante a Lei Divina, são submetidos a difÃceis provas cujo o único objetivo é para que possam compreender a extensão do mal que praticaram em outras vidas.
De modo geral pode-se dizer que nos terreiros sérios de Umbanda e Candomblé, independentemente da gira ou engira (Lei) que sigam, assim como os Centros EspÃritas, manifestam-se os mesmos seres, espÃritos ou energias vivas e inteligentes que são a essência de nós mesmos.
Uma verdadeira casa de caridade é sempre reconhecida pela gratuidade dos serviços prestados a quem procura ajuda, seja na Umbanda, no Candomblé, no Vodu ou no Centro EspÃrita.
[editar] Uso de bebidas alcoólicas
Também encontramos terreiros dos seguintes tipos:
Os em que as entidades incorporadas não usam bebidas (muitas vezes por questão do próprio médium não estar preparado para este tipo de trabalho com bebida)criando uma espécie de tabu.
Os em que elas bebem durante os trabalhos (tanto os que fazem o uso correto deste elemento, como os que abusam disto sem necessidade)
Os que usam bebida em situações mais veladas (existindo um certo rigor quanto a sua utilização buscando coibir abusos de médiuns ainda em preparação)
Toda esta controvérsia é gerada pelo uso que as pessoas fazem das bebidas alcoólicas na vida diária, muitas vezes caindo no vÃcio do alcoolismo, trazendo consequências graves para sua vida material e espiritual. Ocorre que médiuns predispostos ao vÃcio podem, ao invés de atrairem espÃritos de luz, afinizarem com espÃritos de viciados que já morreram. Note que o álccol é um elemento usado na magia para trabalhos para o bem, mas abusos nunca são tolerados e exibicionismo não são sinais de incorporações de luz.
[editar] Vestimenta
Na umbanda usa-se como roupagem para os médiuns apenas roupa branca e descalço, representando a simplicidade e humildade. Pode ocorrer de uma preta velha solicitar uma saia ou um lenço para amarrar os cabelos, para neste caso, em um terreiro de trabalho assistencial (muita pratica e pouco esclarecimentos para os filhos de fé) ha essa necessidade de se parecer como um preto velho, ou um Ãndio, para que o médium pareça mais a entidade que o está incorporando. Na umbanda original por exemplo, aquela trazida pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas, não é comum o uso de fantasias, adornos, enfeites, objetos brilhantes e coloridos, ou afins, como se verifica no candomblé ou kimbanda por exemplo, onde cada qual segue sua ritualÃstica. Podendo haver também, dentro de um mesmo segmento religioso, influências dos seus dirigentes, podendo furtar-se aos fundamentos da religião em que se encontra. Deve-se atentar quando algumas manifestações sejam influência do próprio médium ou de sua entidade. Mas uma outra visão sobre a vestimenta e apetrechos materiais utilizados pelos médiuns é de que são usados pelos espÃritos como condensadores de energia, um modo de concentrar a energia e depois enviá-la se positiva ou dissipá-la no elemento apropriado quando negativa.
[editar] Literatura Umbandista
A literatura umbandista é diversa em conteúdo e profundidade, explicitando a pluralidade de formas de concepção do sagrado dos seus adeptos. Assim, uma boa parte da literatura está voltada para os aspectos exteriores da religião, como rito, magia, etc., mas existe também uma parte que se propõe a uma racionalização da religião, procurando explicações "a priori" que fundamentem a filosofia e a práxis da Umbanda.
Um dos mais divulgados autores da atualidade chama-se RUBENS SARACENI. Outro autor, já falecido, W. W. da MATTA e SILVA, deixou nove obras editadas onde procurou expor os princÃpios filosóficos, metafÃsicos e as desenvolver uma base ritualÃstica onde os elementos fossem mais ordenados e afins a uma mentalidade "iniciática". Dentre as obras deixadas pelo pai Matta, cabe destacar "A Umbanda de todos nós". Seu discÃpulo e seguidor da Doutrina Iniciática, Mestre Arapiagha - Rivas Neto através de seus mentores revelou importantes obras como "A Proto SÃntese Cósmica", "Fundamentos Herméticos da Umbanda" o "Elo perdido" e outras. Dentre os romances psicografados, pode-se citar ROBSON PINHEIRO, autor de "Aruanda" e outros. Também são editados jornais mensais sobre a religião, entre muitos existe o "JUS" jornal de umbanda sagrada, que sempre traz fundamentais conhecimentos sobre a religião ( www.jornaldeumbandasagrada.com.br). Nas bancas de jornais podemos encontrar "Revista Espiritual de Umbanda" (revistaespiritualdeumbanda.com).
Obras mais antigas que não fogem da realidade da Umbanda:
Manual dos Chefes de Terreiros e Médiuns de Umbanda – José Antônio Barbosa, 1960 – São Paulo
Como Desmanchar Trabalhos de Quimbanda (Magia Negra) – Antônio de Alva, Volume 2, 4ª Ed – Ed ECO
A Cartilha da Umbanda – Cândido Emanuel Félix, 1972 – 2ª ed. Ed. ECO.
Evangelho de Umbanda – Academia Eclética Espiritualista Universal, 1960, 3ª Ed
Catecismo de Umbanda – 3ª Edição- Edições Carinto – sem ano
Os Orixás e a Lei da Umbanda – Byron Tôrres de Freitas e Wladimir Cardoso de Freitas, 1986 – (Código Sacerdotal
Umbandista e Afro-Brasileiro) 3ª ed. Ed ECO
[editar] Ligações externas
2006-10-27 01:39:09
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answer #2
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answered by neto 7
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