Antes de mais nada, deixo bem claro que tudo que fazemos hoje, achando que vamos mudar o mundo para melhor, apesar de ser certo, é errado.
Não adianta seguirmos as leis; não adianta darmos esmolas; não adianta irmos à igreja; não adianta ajudarmos o próximo e nem mesmo sermos bons cidadãos que preservam a natureza e deixam a cidade limpa. Na verdade, adianta, sim, mas não agora. Antes de fazermos tudo isso, temos que querer e sentir prazer em fazer. Ou melhor ainda: temos que fazer isso tão normal, necessária e prazerosamente quanto respirar.
Algumas religiões pregam que devemos nos sacrificar para irmos aos céus. Por isso que muita gente não se questiona sobre porque, boa parte das vezes não faz o bem por achar que fazer o bem é chato, cansativo e/ou doloroso.
Existe algo muito simples para resolver todos os problemas do mundo: Espalhar amor.
Sim, é simples. Esqueça tudo o que já lhe disseram sobre como é difÃcil e blá, blá, blá. Se há algo difÃcil nessa história é enxergarmos o quão fácil é espalhar amor, sermos felizes e transformarmos o mundo.
Ao passar por um estranho na rua, sorria. à algo que venho, junto com muitas outras pessoas, sugerindo há muito tempo. Sorrir é o primeiro passo para o amor. Sorrir para um desconhecido é o primeiro passo para mudar o mundo.
Deixo claro, que, o amor ao qual me refiro, não é esse amor banal e doentio que surge como veneno na relação de casais. Na verdade não estou nem ao menos sugerindo um amor de casais, e sim um amor pela vida, pelo mundo, e pelo coletivo. Quando atingirmos isso, aà sim o amor entre casais será tão belo quanto queremos que seja.
O ser humano possui um mecanismo que o faz sentir dor ao ver o sofrimento alheio. Isso é mais forte em uns e mais fraco em outros. Mas existe por um motivo, e eu digo que esse motivo é o de que o ser humano vive como uma espécie que protege seu semelhante, ama seu semelhante, pois a dor do próximo é nossa própria dor.
Ao invés de percebermos tudo isso, nós fizemos foi o contrário: Inventamos o dinheiro e acabamos direcionando nossa necessária ambição natural para um lado completamente prejudicial. Nos forçamos a viver sós, como lobos que caçam durante a noite, pois não podemos confiar nos outros, que, sendo como nós mesmos, irá nos passar para trás em nossa caça.
No entanto, nosso instinto coletivo ainda existe, mas fugimos dele. Nos alienamos para não ver o quanto nossa falta de amor pelo mundo faz outras pessoas sofrerem. E não queremos ver essas pessoas sofrendo, pois senão, também sofremos. Surgem então as favelas, as prisões, os hospitais psiquiátricos, as divisões de bairros pobres e bairros ricos, os cÃrculos sociais, as laias. Encarceramos todas as figuras indesejáveis que fazem mal ao sistema, alguns realmente maus, outros já nem tanto, e outros ainda que estão ali pelo simples fato de acharmos que deveriam estar. Colocamos essa gentalha, esse câncer do mundo longe de nossas vistas. Anulamos suas existências, nos fazendo sentir que estamos limpando o mundo, que estamos curando os sintomas de nossa falta de amor. Mas a doença em si, ninguém quer curar.
Mas chegando aos dias hoje, vimos um crescimento monumental da pobreza, das favelas, dos crimes brutais e cruéis. São os sintomas saindo do controle. Já não conseguimos limpar as ruas daquela gentalha que tanto odiamos, aquela gentalha criada por nós, por nossa falta de amor. Com essa explosão de sofrimento de todos os tipos, com a gigantesca abrangência da mÃdia e seu sensacionalismo, com a falta de controle de toda uma decadência social, já não conseguimos fingir não ver. Não conseguimos tirar toda aquela sujeira de nossa frente, e, pelo contrário, estamos nos sentido sujos. Vemos com nossos olhos, antes alienados, o resultado da falta de amor, como prioridade, de nossos pais, nosso avós, nossos bisavós…
E finalmente chegou a hora de mudar. Há muito que sentimos que há algo errado. Sabemos o que é, mas fingimos não saber. Fingimos tão bem, que nossa mente descarta a idéia considerando-a falsa. Mentimos para nós mesmos. Quando dizemos que o mundo está uma *****, na verdade somos nós. Nós que nos tornamos ******, e o que é pior: Por opção!
Mas porque ignorar toda a simplicidade da mudança? Porque essa mudança resultaria na perda daquilo que aprendemos a gostar ao ponto do vÃcio: Dinheiro.
O que ninguém percebe é que, quando essa mudança chegar, já não estaremos mais nos importando com dinheiro. No entanto ninguém quer correr o risco.
Mas não quero ficar aqui explicando tudo o que já sabemos. Vou falar de algo mais importante, e, talvez o único motivo pelo qual você esteja lendo isso: A mudança.
Já mencionei que sorrir faz bem, certo? Não sou só eu. Muitos sabem disso e dizem isso. Mas quem realmente o faz? Podemos começar agora: Sorria para si, para os outros, para a natureza. Mas sorria com prazer, com carinho, com sinceridade. Se fizer isso para um estranho, ele vai se contagiar.
Exato. O amor é transmitido como um vÃrus. Todo gesto de amor que você direcionar para alguém, será passado para frente de algum modo. Pode ter certeza.
E apesar de ainda, em momentos de fraqueza, nos deixarmos levar pela ira e acabar ofendendo outras pessoas, sabemos que podemos mudar isso, e vamos mudar isso.
Quando todas as pessoas, ou pelo menos a maioria, estiverem vivendo o amor, não haverá mais lugar para violência, para a guerra, para o crime e nem mesmo para as doenças. Tudo o que existirá será um ciclo infinito de transmissão de amor. O ódio ainda existirá, mas somente para nos mostrar o quando o amor é bom.
Para os céticos que usam mais o lado direito do cérebro, ilustrarei de maneira factual e estatÃstica usando a ação mais simples: o já citado sorriso para a pessoa estranha.
– Você passa por alguém na rua e os olhares se cruzam. Você dá um sorriso sincero, e rápido. Dependendo da pessoa, ela inicialmente pode pensar que você é doido, ou está flertando ou simplesmente é idiota. Mas se seu sorriso foi sincero e feito com amor (nem precisa ser amor pela outra pessoa. Sorria com seu amor próprio) esse sorriso vai marcar a pessoa. Porém, o que importa e que a maioria vai retribuir o sorriso antes de poder pensar em qualquer coisa, e isso – chame de reflexo ou não – é a prova de que todos tem necessidade de sorrir, mas não o fazem para os estranhos pelos impedimentos das relações pessoais impostas pela sociedade.
Esse sorriso, no final, vai causar um bem estar nessa pessoa. Ela vai refletir (pouco ou muito) sobre isso e vai acabar fazendo uma “boa ação” conseqüente desse bem-estar. Essa boa ação vai tocar outra pessoa, que passar para outra, e por aà vai.
Um simples sorriso é capaz de fazer isso. Se você assistiu o filme A Corrente do Bem, deve ter uma idéia mais clara do que digo. Mas a diferença é que não precisamos pedir que a pessoa passe pra frente, ela vai fazê-lo, uma hora ou outra, de um jeito ou de outro. à um vÃrus.
Espalhe amor!
De todas as maneiras que puder. Com sorrisos, olhares, gestos, pensamentos, palavras. Tente fazer isso. Você vai se surpreender com o resultado. Eu garanto isso!
Espalhe amor!
Basta uma pessoa começar a espalhar para que várias se contagiem. Imagine então se todos nós começarmos? O resultado pode vir mais rápido do que todos poderiam imaginar.
2006-10-26 17:36:10
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answer #3
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answered by VRS 2
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