Somos todos vítimas: e os culpados?
Um homem de terno sob medida, boa retórica provoca: “Estes jovens são mostrados como vítimas do tráfico”. Apontando para platéia, prossegue: “Nós somos também vítimas do tráfico, porque não podemos comprar um carro melhor, não podemos usar um relógio mais caro, devido à criminalidade.”
Bill responde: "Nem entramos no mérito de quem é o culpado. Isso quem colocou foi você. Mas se todo mundo é vitima... então não existe culpado? (...) Presenciei jovens sendo assassinados na minha frente e eu não podia fazer nada. E o fato nem na imprensa local era repercutido. Enquanto isso, se houver uma troca de tiros sem vítimas no Leblon isso vira manchete nos jornais. (...) Uma bala perdida num bairro nobre é importante. Ninguém se importa se essa bala antes de ir parar naquele bairro atravessou três barracos(...) Se fomos atrás de um culpado vamos ter que voltar a 500 anos e perceber que um povo foi escravizado. Que há duas classes. E que isto se mantem até hoje. As senzalas atuais são os morros...
Aliado G. emendou: “O trafico só pode ser mantido com muita esrutura. Como chegam nas comunidades aquelas armas de fabricação israelense? Ninguém nos morros tem avião, não tem navio para trazer a droga do exterior. Para manter o tráfico é necessário também o poder aquisitivo de pessoas que fazem compra aqui na Daslu, com vocês.
2006-10-26
08:05:17
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perguntado por
GERALDA PAFÚNCIA A
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Governo e Política
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