A OPÇÃO PELOS MAIS POBRES
Nos 8 anos de governo FHC, o salário mínimo aumentou 100% (de R$100,00 em 1995 para R$200,00 em 2002) e a inflação acumulada nesses 8 anos foi de 200,7%. Em 4 anos de governo Lula, o salário mínimo aumentou 75% (de R$200,00 para R$350,00), enquanto que a inflação acumulada foi de 26,5%.
Esse aumento do salário mínimo, dos R$200,00 no início de 2003 para os atuais R$350,00, afetou diretamente a vida de mais de 40 milhões de brasileiros que têm seu rendimento vinculado ao piso nacional.
Comparando com o dólar, os R$100,00 em 1995 correspondiam a US$109. Quando o salário foi reajustado em 2002, correspondia a US$86 e no final do governo FHC, o salário mínimo representava US$56. Hoje o salário mínimo corresponde a US$162.
Distribuição de renda:
A diferença de renda entre ricos e pobres no Brasil está diminuindo. Foi o que mostru a pesquisa realizada pelo Centro de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o International Poverty Centre, entitulada “Crescimento Pró-Pobre: O Paradoxo Brasileiro”.
De acordo com os dados apresentados, entre 2001 e 2004, a renda domiciliar per capita da faixa de 1% formada pela população mais rica caiu 9,57%, enquanto a dos 10% mais pobres cresceu 23,37%. Para o economista Marcelo Néri, responsável pela pesquisa, “é como se o pobre vivesse em um país diferente, que cresce muito”. Segundo ele, nesse período ocorreu "uma forte redução da desigualdade no Brasil", que registrou os níveis mais baixos nos últimos 25 anos, sendo que o de 2004 foi o menor desde o Censo de 1960.
Dulce Pandolfi, diretora do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas, acredita que, em um país como Brasil, marcado principalmente pela desigualdade social, deve-se comemorar os resultados. Ela vê nos programas sociais do governo um caráter mais do que assistencialista. Na opinião da pesquisadora, tanto o Bolsa-Família quanto os programas de crédito – como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – têm sua parcela de importância para combater as desigualdades. “São estratégias fundamentais para que a desigualdade seja diminuída. Não vejo esses programas como mero assistencialismo. O Bolsa-Família, por exemplo, está aumentando o consumo interno, obriga as mães a colocarem seus filhos na escola. Ele está gerando cidadania”, argumenta.
A conclusão da pesquisa é que o Brasil fez uma “opção pelos mais pobres e pela distribuição de renda”. Na prática, “houve uma forte redução nos níveis de desigualdade nas séries dos últimos anos, devido aos novos programas sociais e ao aumento dos benefícios previdenciários”. É o chamado "efeito Bolsa-Família" pois os programas do governo correspondem a dois terços do crescimento pró-pobre.
2006-10-25 06:59:35
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answer #3
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answered by Rio 2
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