Meu querido, você está entre dois sentimentos, que apesar de levar o mesmo nome, ou seja: o amor, se diferem apenas pelo modo como é sentido. De um lado está seu filho, e do outro a mulher que você ama, que se dá bem, enfim, sua "alma gêmea" como você disse. Mas infelizmente, uma dessas duas partes não está entendendo muito bem a sua situação e está criando problemas. Você pergunta o que fazer. Se eu for ser bastante clara com você, com certeza e sem pensar, direi que é para você largar a sua "alma gêmea", e se dedicar ao amor ao filho, porque esse sim, precisa e muito desse amor. Ele é uma criança, só tem nove anos, tem muita coisa ainda pela frente e com certeza vai precisar muito da figura paterna ao lado dele para acompanhar e dar força nas horas que ele precisar, isso é certo e não cabe discussão.
Mas, por outro lado, tem a mulher da sua vida, e aí, o que fazer?
Você diz que já conversou com ela, e não obteve êxito na conversa, ou seja, ela está irredutível, creio que não lhe resta outra forma de agir, senão abrir mão dela e ficar com o seu filho.
Veja bem: pelo que você falou, esse amor todo, essa "alma gêmea", esse viver bem com ela, pelo visto é mão única, ou seja, só você sente isso tudo, ela não compartilha disso, porque se compartilhasse, com certeza não estaria te colocando numa situação dessas.
Ao meu ver, esse modo dela agir, é um modo egoísta, ela só está pensando nela, não pensa nem em você e muito menos na criança, isso não é típico de uma pessoa que ama a outra e quer continuar vivendo na paz.
Quando ela aceitou morar com você, ela sabia que você tinha um filho e que teria que conviver com ele também, como é que agora ela quer colocar as manguinhas de fora e agir dessa forma? Na hora de segurar o pai, tudo bem, aceita tudo e ainda faz cara de boazinha, mas depois que segurou quer chutar o pau da barraca? Isso tá errado, não é assim que as coisas funcionam, diz o ditado, que "aonde vai a corda, vai caçamba", ou ela não sabia disso?
Eu sou separada do primeiro casamento, tenho 2 filhos, e me casei de novo, mas antes de casar, deixei bem claro para meu marido, que se ele me quisesse, teria que querer também os meus dois filhos, e que se não fosse assim, não teria conversa. Graças a Deus, os três se dão muito bem, estou casada há 16 anos, e nunca tive problemas com meu marido por causa dos meus filhos. Ele é um paizão. Brinca, conversa, ajuda, encaminhou os dois na vida(hoje um tem 26 e outro 28 anos), mas também, briga, chama na responsabilidade, colocava de castigo quando era preciso, e eu nunca me meti nessas horas, porque via que ele estava agindo dentro da normalidade, entendia que aquilo que ele estava fazendo não havia exageros e que era para o bem dos meninos, e é assim até hoje, tudo que meus filhos precisam, eles vêm direto ao padrasto, nunca vão ao pai verdadeiro, e o padrasto está sempre pronto para ajudar.
Mas veja bem, se ele agisse de forma contrária com meus filhos, se maltratasse, prejudicasse, ofendesse, ou se eu observasse que os meus filhos estavam infelizes por cauda do meu marido, mesmo amando-o, meu amigo, com certeza, do fundo do coração eu te digo, eu já tinha caído fora ao primeiro sinal, porque para mim, os meus filhos vem na frente de qualquer coisa, de qualquer pessoa, de qualquer sentimento e até mesmo da minha felicidade.
Pense bem, e veja o que mais importante para você, se o amor do seu filho, ou se amor da sua esposa, e depois tome a decisão que achar melhor, mas lembre-se de uma coisa, mulher, você pode achar aos montes, amor, você também poderá achar com outra pessoa, mas o estrago que está sendo feito na vida e na cabeça do seu filho por causa dessa situação, poderá ser difífcil ou até mesmo impossível de consertar.
Espero ter te ajudado em alguma coisa, compreendo que a situação é difícil, mas infelizmente, muitas vezes a vida ou as pessoas, nos colocam entre a cruz e a espada, e nos vemos obrigados a tomar uma atitude.
Um abraço e boa sorte
2006-10-25 14:12:03
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answer #3
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answered by Anonymous
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