A História da Álgebra começa na Antiguidade, considerada como um sistema para resolver problemas matemáticos que envolvam números desconhecidos. Os problemas algébricos mais antigos hoje conhecidos datam do século XVII a.C. Estão registrados em um papiro descoberto em 1858 na cidade de Luxor, no Egito, por um antiquário escocês chamado Henry Rhind. Seus enunciados têm a seguinte forma: "Ah, seu inteiro, seu sétimo, fazem 19". Em álgebra moderna, a expressão pode ser traduzida por: x + = 19. O número desconhecido, ou incógnita, é representado por um símbolo, neste caso o x, manipulado até seu valor ser determinado. O intervalo de tempo transcorrido entre a escrita do Papiro de Rhind e a elaboração desta forma de apresentar as equações algébricas (x + = 19) é de 34 séculos.
A palavra Álgebra é uma variante latina da palavra árabe al-jabr (às vezes transliterada al-jebr), usada no título de um livro, Hisab al-jabr w'al-muqabalah, escrito em Bagdá por volta do ano 825 pelo matemático árabe Mohamed Ibn-Musa al Khowarizmi (Maomé, filho de Moisés, de Khowarizm).
O chamado "pai da álgebra" é Diofante, matemático grego que vive em Alexandria no século IV d.C., o primeiro a usar sistematicamente símbolos para representar as incógnitas. Diofante é pioneiro na solução das equações indeterminadas, também chamadas de diofantinas, aquelas em que as informações não são suficientes para se obter uma resposta exata, mas permitem estabelecer uma relação entre os termos da equação.
Ninguém sabe exatamente quando nasceu ou morreu Diofante. Sabe-se apenas que viveu por 84 anos. Ao menos, este é o resultado do enigma elaborado por um de seus discípulos para descrever a vida do mestre: "A juventude de Diofante durou de sua vida; depois de mais , nasceu-lhe a barba. Ao fim de mais de sua vida, Diofante casou-se. Cinco anos depois teve um filho. O filho viveu exatamente metade do que viveu o pai, e Diofante morreu quatro anos depois da morte de seu filho. Tudo isso somado é o número de anos que Diofante viveu". O enigma pode ser traduzido por uma equação de primeiro grau onde x é a idade de Diofante:
x = x/6 + x/12 + x/7 + 5 + x/12 + 4 então , o resultado é 84.
Depois de Diofante, no século IV d.C., o próximo passo significativo no avanço da álgebra é a solução das equações de 3º e 4º graus, no século XVI. Scipione Del Ferro e Nicolo Fontana, também chamado de Tartaglia, ou "gago", são os primeiros a resolver a equação de 3º grau, e Lodovico Ferrari resolve a de 4º grau. Seus trabalhos são reunidos no livro Ars magma, de Girolamo Cardano, em 1545
No início da era moderna, os matemáticos aperfeiçoam as notações algébricas, aumentam a precisão dos cálculos e obtêm um grande progresso na álgebra. Passam a usar letras para representar as incógnitas, adotam os símbolos de + para adição, – para subtração e o sinal = para igualar os termos das equações. François Viète (1540-1603), advogado e matemático amador, é um dos que mais se destacam no período. Adota vogais para as incógnitas, consoantes para os números conhecidos, gráficos para resolver equações cúbicas e biquadradas (ou de 4º grau) e trigonometria, para as equações de graus mais elevados. Viète, que também simplifica as relações trigonométricas, pode ser considerado um precursor da geometria analítica. As notações atualmente utilizadas nas equações algébricas – a, b, c, para os números conhecidos, e x, y, z para as incógnitas – são estabelecidas por René Descartes, na primeira metade do século XVII.
2006-10-27 11:19:31
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