SIM...REFRESCANDO A MEMÃRIA DO ELEITOR BRASILEIRO
PARA O GÃNERO CORRUPTIDEOS LADRONENSIS:
Eu quero é mais que apareçam TODAS as falcatruas e corrupções...só assim o Brasil pode COMEÃAR a ter o direito em falar de ÃTICA.
Diferente do reinado tucano, o que é uma importante marca distintiva do atual governo, hoje existe maior seriedade na apuração das denúncias de corrupção. Tanto que o Ministério da Justiça e sua PolÃcia Federal surgem nas pesquisas de opinião com alta credibilidade. Nesse curto perÃodo foram presas 1.234 pessoas, sendo 819 polÃticos, empresários, juÃzes, policiais e servidores acusados de vários esquemas de fraude - desde o
superfaturamento na compra de derivados de sangue até a adulteração de leite em pó para escolas e creches. Ações de desvio do dinheiro público foram atacadas em 45 operações especiais da PF.
Já a Controladoria Geral da União, encabeçada pelo ministro Waldir Pires, fiscalizou até agora 681 áreas municipais e promoveu 6 mil auditorias em órgãos federais, que resultaram em 2.461 pedidos de apuração ao Tribunal de Contas da União. Apesar das bravatas de FHC, a Controladoria só passou a funcionar de fato no atual governo, que inclusive já efetivou 450 concursados para o trabalho de investigação. "A ação do governo do presidente Lula na luta decidida contra a corrupção marca uma nova fase na história da administração pública no paÃs,porque ela é uma luta aberta contra a impunidade", garante Waldir Pires.
Vejam que história interessante:
A origem do gênero Corruptideos ladronensis.
E do outro lado da República...
Diante de fatos irretocáveis, fica patente que a atual investida do PSDB-PFL não tem nada de ética. FHC, que orquestrou a eleição de Severino Cavalcanti para presidente da Câmara, tem interesses menos nobres nesse embate. Através da CPI dos Correios, o tucanato visa imobilizar o governo Lula e desgastar sua imagem, preparando o clima para a sucessão presidencial. De quebra, pode ainda ter como subproduto a privatização dos Correios, acelerando a tramitação do projeto de lei 1.491/99, interrompida pelo atual governo, que acaba com o monopólio estatal dos serviços postais."
O QUE ALCKMIN JÃ FEZ POR SÃO PAULO...A ÃLTIMA DELAS FOI UM ROMBO DE 1,2 BILHÃO NAS CONTAS DO ESTADO
E mais....muito mais do que vcs possam imaginar:
Você pode falar em Votar em corrupto do PSDB?
1- Em 1995, quando o PSDB assumiu o governo do Estado de São Paulo, a participação paulista no PIB era de 37%. Em 2004, ela era apenas de 32,6% - ou seja, o Estado perdeu 12% de participação na riqueza nacional no tucanato. Isto significa menor crescimento econômico e menos geração de renda e empregos;
2- Segundo o Dieese, o declÃnio econômico explica a taxa de desemprego de 17,5% em 2004, que cresceu 33,6% ao longo do governo tucano. Ela é superior à média nacional - cerca de 10%. Para agravar o drama dos desempregos, Alckmin ainda reduziu em R$ 9 milhões o orçamento das frentes de trabalho;
3- Antes de virar governador, Alckmin conduziu todo processo de privatização das estatais, que arrecadou R$ 32,9 bilhões entre 1995-2000. Apesar da vultuosa soma arrecadada, o Balanço Geral do Estado mostra que a dÃvida paulista consolidada cresceu de R$ 34 bilhões, em 1994, para R$
138 bilhões, em 2004;
4- No exercÃcio financeiro de 2003, as contas do Estado atingiram um
déficit (receita menos despesa) de mais de R$ 572 milhões. E Alckmin ainda se gaba de ser um "gerente competente";
5- São Paulo perdeu R$ 5 bilhões na venda do Banespa, considerando o total da dÃvida do banco estatal com a União paga à s pressas por Alckmin para viabilizar sua venda ao grupo espanhol Santander;
6- De 1998 a 2004, o orçamento estadual apresentou estimativas falsas de "excesso de arrecadação" no valor de R$ 20 bilhões. Boa parte deste dinheiro foi desviada para campanhas publicitárias;
7- Alckmin isentou os ricos de impostos. De 1998 a 2004, a arrecadação
junto aos devedores de tributos caiu 52%, representando uma perda de quase R$ 1 bilhão que poderiam ser investidos nas áreas sociais;
8- Os investimentos também declinaram no desgoverno Alckmin. Sua participação percentual nos gastos totais caiu para 3,75%, em 2004 - bem inferior o montante de 1998, de 5,3% dos gastos;
9- Alckmin arrochou os salários dos servidores públicos. O gasto com ativos e inativos caiu de 42,51% das despesas totais do Estado, em 1998, para 40,95%, em 2004, resultado da polÃtica de arrocho e redução das contratações via concurso público. Já os cargos nomeados foram ampliados na gestão tucana;
10- Alckmin não cumpriu a promessa do desenvolvimento regional do Estado. Das 40 agências previstas em 2003, nenhuma foi criada. Os R$ 5,8 bilhões orçados para o desenvolvimento não foram aplicados;
11- Alckmin cortou os gastos nas áreas sociais. Apesar do excesso de arrecadação de R$ 12 bilhões, entre 2001-2004, o governo deixou de gastar os recursos previstos. No ano de 2004, a área de desenvolvimento social perdeu R$ 123 milhões;
12- Alckmin concedeu regime tributário especial às empresas, o que explica a fragilidade fiscalizatória na Daslu, que teve a sua proprietária presa por crimes de sonegação fiscal e evasão de divisas. Vale lembrar que Alckmin esteve presente na abertura desta loja de luxo; ele até cortou a sua fita inaugural;
13- No desgoverno Alckmin, houve redução de 50% no orçamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que existe há 106 anos e é responsável por estudos sobre desenvolvimento econômico, geração de renda e fortalecimento da indústria paulista. Em julho passado, o IPT demitiu 10%
dos seus funcionários;
14- Alckmin extinguiu o cursinho pré-vestibular gratuito
(Pró-Universitário), deixando de investir R$ 3 milhões, o que impediu a matrÃcula de 5 mil alunos interessados na formação superior;
15- Alckmin vetou a dotação orçamentária de R$ 470 milhões para a educação. A "canetada" anulou a votação dos deputados estaduais. O ex-governador mentiu ao afirmar que investia 33% do orçamento em educação, quando só aplicava o mÃnimo determinado pela Constituição Estadual – 30%;
16- O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais avaliou que a qualidade do ensino paulista é o pior do Brasil. Segundo esta fonte oficial, a porcentagem de alunos que se encontram nos estágios crÃtico e muito crÃtico representava 41,8% do total de alunos - 86,6% pior do que a média nacional;
17- O programa de transferência de renda de Alckmin atendia 60 mil pessoas com um benefÃcio médio de R$ 60. Durante a gestão da prefeita Marta Suplicy, o mesmo programa atendia 176 mil famÃlias com um complemento de renda de R$ 120;
18- Após 12 anos de reinado tucano, as escolas continuaram sem a distribuição gratuita de uniformes, material escolar e transporte, ao contrário da experiência na administração da prefeita Marta Suplicy;
19- Geraldo Alckmin, que na mÃdia se diz contra aumento de impostos, elevou a taxa de licenciamento dos veÃculos em mais de 200% (em valores reais) ao longo de seu desgoverno;
20- A Comissão de Fiscalização da Assembléia Legislativa rejeitou as contas de Alckmin de 2004, após encontrar um saldo de R$ 209 milhões de recursos do Fundef que jamais foram investidos na educação e verificar que o aumento custo das internações hospitalares, apesar da diminuição do tempo de internação;
21- Alckmin vetou projeto de lei que instituÃa normas para democratizar a participação popular em audiências públicas e na elaboração do orçamento, o que revela seu caráter autoritário e antidemocrático;
22- O investimento em saúde no desgoverno Alckmin não atingiu sequer os 12% da receita de impostos, conforme determina a Lei. Para maquiar esta ilegalidade, o governo retirou da receita estadual os R$ 1,8 bilhão que o governo estadual recebeu pela lei Kandir, prejudicando a saúde pública;
23- Desafiando a Lei e o próprio Tribunal de Contas do Estado, Alckmin contabilizou nas contas da saúde programas que não guardam relação com o setor, como a assistência aos detentos nas penitenciárias;
24- A ausência de polÃticas públicas e a redução dos investimentos resultaram na flagrante precarização dos serviços de saúde. Muitos leitos ficaram desativados e desocupados por falta de pessoal e material. Só no
Hospital EmÃlio Ribas, menos de 50% dos leitos ficaram desocupados e maioria deles foi desativada;
25- Devido à incompetência gerencial de Alckmin, o Hospital Sapopemba, que atende uma vasta parcela da população da periferia, ficou durante muito tempo com cerca de 90% dos seus leitos desocupados;
26- A média salarial dos servidores estaduais da saúde ficou 47% abaixo da rede municipal na gestão de Marta Suplicy. A ausência de contratações e os salários aviltados resultaram no aumento das filas, na demora para se marcar consultas e no abandono de postos de atendimento – como o de Várzea do Carmo;
27- O prometido Hospital da Mulher ficou mais de dez anos no papel. Alckmin ainda teve a desfaçatez de estender uma faixa no esqueleto do prédio com publicidade da inauguração da obra inacabada;
28- Alckmin fez alarde das unidades de computadores do Acessa-SP. O saldo de doze anos de tucanato foi de um Acessa para cada 158.102 habitantes. Em apenas quatro anos de gestão de Marta, a proporção foi de um Telecentro para cada 83.333 habitantes;
29- Alckmin foi responsável pelo maior déficit habitacional do Brasil, segundo a ONU. O déficit é de 1,2 milhão de moradias. Desde 2000, o governo não cumpre a lei estadual que determina, no mÃnimo, 1% do orçamento em investimentos na área de habitação. Os recursos não aplicados somaram R$ 548 milhões;
30- Alckmin fez com que São Paulo declinasse no ranking nacional do IDH (Ãndice de Desenvolvimento Humano), o que atesta a brutal regressão social no Estado durante o reinado tucano;
31- Desde a construção do primeiro trecho do Metrô, em setembro de 1974, os tucanos foram os que menos investiram na ampliação das linhas - apenas 1,4 km de linhas/ano, abaixo da média de 1,9 km/ano da história da empresa. O Metrô de São Paulo é o mais caro do Brasil e um dos mais caros do mundo;
32- Ao deixar o governo, Alckmin voltou a atacar a educação ao vetar o aumento em 1% no orçamento, aprovado pela Assembléia Legislativa. Numa fraude contábil, ele ainda transferiu parte da receita do setor para a área de transporte, o que representou um corte de R$ 32 milhões na educação;
33- Apesar do silêncio da mÃdia, Alckmin esteve envolvido em várias suspeitas de corrupção. Um diálogo telefônico entre os deputados estaduais Romeu Tuma Jr. e Paschoal Thomeu revelou o flagrante esquema de compra de votos na eleição do presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, em março passado;
34- Durante 12 anos de governo do PSDB, cerca de 60 mil professores foram demitidos. O valor da hora aula no Estado é uma vergonha; não passa de R$ 5,30! Alckmin também tem inaugurado Fatecs (escolas técnicas) de "fachada", sem as mÃnimas condições de funcionamento;
35- O governo tucano expulsou mais do que assentou famÃlias no campo. Da promessa de assentar 8 mil famÃlias, apenas 557 foram contempladas. Outro descaso aconteceu na habitação: os tucanos prometeram construir 250 mil casas, mas, desde 1999, só foram erguidas 37.665 unidades;
36- Alckmin impôs a maior operação-abafa de Comissões Parlamentares de Inquérito no paÃs para evitar a apuração das denúncias de corrupção. Ao todo, 65 pedidos de CPIs foram engavetados. Entre elas, as que investigariam ilÃcitos na Febem, nas obras de rebaixamento da Calha do Tietê, na CDHU e no Rodoanel;
37- Somente na obra de rebaixamento da calha do rio Tietê foram registrados aditivos que ultrapassaram o limite legal de 25%. O valor inicial da obra era de R$ 700 milhões, mas o custo efetivo ultrapassou R$ 1 bilhão. Além disso, o valor inicial do contrato de gerenciamento saltou de R$ 18,6 para R$ 59,3 milhões;
38- O Tribunal de Contas da União (TCU) também detectou irregularidades em 120 contratos da CDHU, que recebe 1% do ICMS arrecadado pelo Estado, ou seja, cerca de R$ 400 milhões. Mais uma evidência dos atos ilÃcitos cometidos pelo PSDB paulista de Geraldo Alckmin;
39- Alckmin também deve explicações sobre a privatização da
Eletropaulo, ocorrida em 1998. A empresa acumulou uma dÃvida superior a R$ 5,5 bilhões, incluindo mais de R$ 1 bilhão com o BNDES, que foi bancado pelo Estado. Entre 1998-2001, a empresa privatizada remeteu US$ 318 milhões ao exterior;
40- Já na privatização dos pedágios, Alckmin doou à empresa Ecovias R$ 2,6 milhões ao reajustar a tarifa do sistema Anchieta-Imigrantes acima da inflação, o que feriu o Código de Proteção ao Consumidor. Em apenas um ano, a empresa privatizada arrecadou nas tarifas excorchantes R$ 2.675.808,00;
41- Alckmin vetou o estacionamento gratuito nos shoppings de São Paulo e o projeto de lei que garantia a liberação das vagas nos hipermercados, tudo para beneficiar os poderosos conglomerados comerciais;
42- Alckmin abusou da repressão no seu governo. Ele usou a tropa de choque da PM para reprimir os 500 estudantes e docentes que protestaram contra o veto às verbas para educação na Assembléia Legislativa, transformada numa praça de guerra. A PM também reprimiu duramente as ocupações
de terra do MST;
43- Alckmin gastou R$ 5,5 milhões nas obras do aeroporto "fantasma" em Itanhaém, no litoral sul. Ele tem capacidade para receber um Boeing 737, com cem passageiros, mas até o ano passado foi usado, em média, por
cinco pessoas ao dia. O aeroporto é motivo de justificadas suspeitas de irregularidades;
44- Alckmin reduziu os investimentos públicos, apesar dos excedentes de arrecadação entre 2001-2004. O Estado deixou de gastar cerca de R$ 1,5 bilhões na saúde; R$ 4 bilhões na educação; R$ 705 milhões na habitação; R$ 1,8 bilhão na segurança pública; e R$ 163 milhões na área de emprego e trabalho;
45- Em 2004, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de Alckmin deixou de aplicar R$ 51 milhões previstos no orçamento. Programas nas áreas de alimentação e nutrição devolveram a verba. Os recursos poderiam ser convertidos em 53.346 cestas básicas, 780.981 refeições e 670.730 litros de leite por mês.
PRIVATIZAÃÃES
Os anos em que o candidato tucano esteve à frente do governo de São Paulo são prova suficiente de sua Ãndole privatista. Desde a criação do Programa Estadual de Desestatização (PED), em julho de 1996, setores estratégicos da economia paulista foram vendidos para os monopólios privados por preços irrisórios.
O vice-governador Alckmin, como presidente do PED, privatizou dezenas de empresas públicas, entre as quais Eletropaulo, CPFL, Elektro, Cesp, Comgás e Ceagesp. Já as rodovias Bandeirantes, Anhangüera, Castelo Branco, Dom Pedro, Carvalho *****, Ayrton Senna, Imigrantes e Anchieta tiveram concessão cedida a empresas privadas. Desde então, os paulistas passaram a pagar altos pedágios nessas estradas.
Danos a São Paulo
A lista das privatizações se intensificou com a venda de ações da Nossa Caixa e da Nossa Caixa Previdência, em 2002, quando Alckmin já tinha se tornado governador. Os danos causados à economia paulista foram incalculáveis. O tradicional banco estadual Banespa, por exemplo, contava com ativos de R$ 29 bilhões e patrimônio de R$ 11 bilhões antes do leilão, em 2000, mas foi vendido ao espanhol Santander por apenas R$ 7,05 bilhões.
Após a privatização o banco ainda demitiu 13 mil bancários e obteve R$ 10 bilhões de lucros nos três primeiros anos de operação. E a polÃtica de privatizações de Alckmin em São Paulo não foi uma ação isolada. Desde o inÃcio dos anos 90, a venda do patrimônio público tem sido uma das prioridades dos governos do PSDB com o objetivo de reduzir o tamanho do setor público, em detrimento dos interesses do PaÃs.
O governo FHC vendeu estatais estratégicas, como a Vale do Rio Doce, a Companhia Siderurgia Nacional e a Embraer. As empresas passaram para mãos privadas de forma açodada e a preços baixos. O argumento dos tucanos era o de que os recursos de U$ 70,9 bilhões arrecadados com a venda de 68 estatais seriam usados no abatimento da dÃvida interna.
Mas a dÃvida lÃquida do setor público, que era de R$ 153,2 bilhões em dezembro de 1994 (30% do PIB), passou no final de 1998 para R$ 385,9 bilhões (41,7% do PIB), pela polÃtica equivocada de câmbio e de juros elevados. Ou seja: o patrimônio público construÃdo por gerações de brasileiros e brasileiras foi jogado pelo ralo.
Os mentores da área econômica do PSDB defendem abertamente a polÃtica de privatizações. Um dos Ãcones desse pensamento tucano é Luis Carlos Mendonça de Barros, que no governo FHC foi ministro das Comunicações na época da privatização da Telebrás, em 1998, e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em entrevista à revista Exame, em junho 2005, Mendonça de Barros disse acreditar na privatização como uma forma de driblar o desperdÃcio do dinheiro público. Na mesma entrevista, defende abertamente a privatização da Petrobras. ''Se eu estivesse no próximo governo, trabalharia forte na privatização da Petrobrás'', afirmou o tucano. Na opinião dele, para a venda da empresa tudo tem que de ser muito bem estudado, muito bem planejado.
O planejamento a que o tucano se refere é a tática utilizada pelos governos do PSDB para ''justificar'' a venda do patrimônio público: parar de investir nas empresas estatais, promovendo seu sucateamento e desvalorização. Há fortes suspeitas de má administração proposital, conduzindo ao corte de investimentos mesmo quando muitas das empresas que foram privatizadas apresentavam significativos lucros.
ALCKMIN E OS 400 "VESTIDINHOS DE DONA LU ALCKMIN
Por Altamiro Borges
"Ela errou, mas já corrigiu". Desta forma, tranqüila e afetuosa, o ex-governador Geraldo Alckmin reagiu às denúncias feitas em março de que sua esposa, "dona Lu", havia ganhado 400 peças de alta-costura do estilista Rogério Figueiredo - ao custo médio, cada uma, de R$ 4 mil. Bem diferente da postura agressiva, quase descontrolada, adotada teatralmente pelo candidato durante o recente debate na TV Bandeirantes, quando só faltou espumar contra o presidente Lula.
Pimenta nos olhos dos outros realmente é refresco!
"Ela nunca pagou nada"
Quando a denúncia pipocou na mÃdia, em março passado, o governo tentou negá-la de forma categórica. A assessora da ex-primeira-dama, Cristina Macedo, garantiu que "a senhora Lu Alckmin não recebeu 400 peças", mas apenas uns 40 vestidos, e que "as poucas peças foram doadas à entidade social Fraternidade Irmã Clara". Procurada pelo jornal Folha de S.Paulo, a presidente da Fraternidade Irmã Clara, Elizabeth Teixeira, afirmou "não ter conhecimento das doações de 40 vestidos que teriam sido feitas pela primeira dama". Disse ainda que só recebeu "um telefonema de dona Lu" dois dias após a revelação do escândalo.
Preocupado com sua imagem no milionário mundo fashion, o estilista Roberto Figueiredo também reagiu imediatamente ao desmentido oficial. "Eu tenho a prova de que foram feitas mais de 400 peças de roupa. Ela não tinha nem o que vestir. Só de tricôs e casaquinhos foram mais de cem. Vestidinhos básicos, milhares. Ela nunca pagou nada", garantiu. Sua sócia, Kátia Grubisich, esposa do presidente da empresa Braskem, também confirmou que o estilista falava a verdade. "Está chato para ela, não? Eu sinto muito. O assunto tomou um rumo diferente, polÃtico", revelou para a colunista Mônica Bérgamo.
"Imagine o tamanho do armário"
Diante do escândalo e da controvérsia, a Assembléia Legislativa de São Paulo decidiu apurar as doações. "Quarenta ou 400 roupas não muda absolutamente nada. Então quer dizer que ela ganhou R$ 200 mil em presentes e não R$ 2 milhões? à improbidade administrativa do mesmo jeito", reagiu o deputado Romeu Tuma Jr., autor do requerimento que pediu explicação ao ex-governador pelos "confortos proporcionados de graça à sua esposa". O procurador-geral de Justiça do Estado, Rodrigo Pinho, também anunciou que "o ex-governador Geraldo Alckmin e sua mulher, Maria Lúcia, a Lu, serão investigados pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de improbidade administrativa", informou o jornal O Globo (04/4/06).
As denúncias causaram mal-estar até entre os aliados do ex-governador. "Imagine o tamanho do armário para guardar tudo isso", ironizou o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia. Algum tempo antes, o cacique do PFL havia exigido o impeachment do presidente Lula porque a primeira-dama, Maria LetÃcia, recebera tailleurs de um estilista. "A senhora Lu Alckmin deve prestar todas as informações, pois não foi como pessoa fÃsica que ela recebeu tantos regalos", afirmou César Maia, tentando vender a imagem de coerente. Para se conseqüente, o velho golpista deveria ter pedido a cassação do registro da candidatura Alckmin.
VERBAS DE PUBLICIDADE PARA ALIADOS
No mesmo perÃodo, talvez devido à encarniçada disputa no ninho tucano entre os presidenciáveis Serra e Alckmin, outro escândalo trincou a blindagem forjada pela mÃdia para proteger o ex-governador paulista. Vieram finalmente à tona as denúncias do uso polÃtico de verbas publicitárias do banco Nossa Caixa, da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) e da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). No caso da CTEEP, um anúncio de R$ 60 mil serviu para bancar a revista Chan Tao, da Associação de Medicina Tradicional Chinesa, presidida por Jou Jia, acupunturista de Alckmin.
Em janeiro passado, ao encaminhar o pedido de publicidade à CTEEP, a associação informou em ofÃcio que "em contrapartida, o patrocinador terá espaço para matéria de cunho eleitoral". A edição daquele mês trouxe na capa o ex-governador, que concedeu entrevista exclusiva. Das 48 páginas da revista, Alckmin apareceu em nove, em fotos ou entrevistas. Além disso, na página 10 há uma resenha do livro "Seis lições de solidariedade", bajulando a ex-primeira dama, escrita pelo secretário de Educação, Gabriel Chalita. Já na edição de abril, o patrocÃnio publicitário foi da Sabesp, que preferiu não divulgar o valor do anúncio.
Pimenta nos outros é refresco
Tão "ético" contra os adversários, na ocasião o ex-governador foi afável: "Não vejo problema nisso. A entidade é parceira do governo. à uma publicação que trata de temas de saúde", afirmou, candidamente. O Ministério Público de São Paulo, porém, não teve a mesma singela interpretação e abriu cinco frentes de investigação contra o governo estadual no inÃcio de abril. Além das já citadas, solicitou a apuração dos contratos de informatização da Nossa Caixa e da suposta aquisição em duplicidade por parte deste banco de 500 fornos a gás - por R$ 400 mil - para doação ao programa de padarias artesanais que Lu Alckmin criou ao presidir o Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo.
Na seqüência, porém, as apurações ficaram estagnadas na justiça paulista, que há muito é acusada de ser controlada pelo ex-governador e de sofrer influências do Opus Dei. Com maioria folgada na Assembléia Legislativa e utilizando uma portaria dos tempos de ditadura que dificulta a instalação de CPIs, Alckmin também foi poupado nesta casa. Já a mÃdia simplesmente esqueceu o assunto. Blindado pela mÃdia e pelos poderes Legislativo e Judiciário, o candidato Geraldo Alckmin agora se sente leve e soltou para posar de paladino da ética. "Vou varrer a praga da corrupção", costuma esbravejar o impune presidenciável
ESCÃNDALOS X ÃTICA PSDB
Segue um histórico de ALGUNS dos escândalos tucanos que foram empurrados para debaixo do tapete, principalmente pelo ENGAVETADOR GERAL DA REPÃBLICA, Geraldo Brindeiro:
Casos de corrupção não investigados no governo FHC:
SIVAN
Logo no inÃcio da gestão de FHC, denúncias de corrupção e tráfico de influências no contrato de US$ 1,4 bilhão para a criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) derrubaram um ministro e dois assessores presidenciais. Mas a CPI instalada no Congresso, após intensa pressão, foi esvaziada pelos aliados do governo e resultou apenas num relatório com informações requentadas ao MinistérioPúblico.
PASTA ROSA
Pouco depois, em agosto de 1995, eclodiu a crise dos bancos Econômico (BA), Mercantil (PE) e Comercial (SP). Através do Programa de EstÃmulo à Reestruturação do Sistema Financeiro (Proer), FHC beneficiou com R$ 9,6 bilhões o Banco Econômico numa jogada polÃtica para favorecer o seu aliado ACM. A CPI instalada não durou cinco meses, justificou o "socorro" aos bancos quebrados e nem sequer averiguou o conteúdo de uma pasta rosa, que trazia o nome de 25 deputados subornados pelo Econômico.
PRECATÃRIOS
Em novembro de 1996 veio à tona a falcatrua no pagamento de tÃtulos no Departamento de Estradas de Rodagem (Dner). Os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor destes precatórios para a quadrilha que comandava o esquema, resultando num prejuÃzo à União de quase R$ 3 bilhões. A sujeira resultou na extinção do órgão, mas os aliados de FHC impediram a criação da CPI para investigar o caso.
COMPRA DE VOTOS
Em 1997, gravações telefônicas colocaram sob forte suspeita a aprovação da emenda constitucional que permitiria a reeleição de FHC. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, teriam recebido R$ 200 mil para votar a favor do projeto do governo. Eles renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido, mas o pedido de uma CPI foi bombardeado pelos governistas.
DESVALORIZAÃÃO DO REAL
Num nÃtido estelionato eleitoral, o governo promoveu a desvalorização do real no inÃcio de 1999. Para piorar, socorreu com R$ 1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCidam - ambos com vÃnculos com tucanos de alta plumagem. A proposta de criação de uma CPI tramitou durante dois anos na Câmara Federal e foi arquivada por pressão da bancada governista.
PRIVATARIA
Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações, e André Lara Resende, dirigente do banco. Eles articulavam o apoio a Previ, caixa de previdência do Banco do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o tucano Pérsio Ãrida. A negociata teve valor estimado de R$ 24 bilhões. Apesar do escândalo, FHC conseguiu evitar a instalação da CPI.
CPI DA CORRUPÃÃO
Em 2001, chafurdando na lama, o governo ainda bloqueou a abertura de uma CPI para apurar todas as denúncias contra a sua triste gestão. Foram arrolados 28 casos de corrupção na esfera federal, que depois se concentraram nas falcatruas da Sudam, da privatização do sistema Telebrás e no envolvimento do ex-ministro Eduardo Jorge. A imundÃcie no ninho tucano novamente ficou impune.
EDUARDO JORGE
Secretário-geral do presidente, Eduardo Jorge foi alvo de várias denúncias no reinado tucano: esquema de liberação de verbas no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; montagem do caixa-dois para a reeleição de FHC; lobby para favorecer empresas de informática com contratos no valor de R$ 21,1 milhões só para a Montreal; e uso de recursos dos fundos de pensão no processo das privatizações.
Nada foi apurado e hoje o sinistro aparece na mÃdia para criticar a "falta de ética" do governo Lula.
E apesar disto, FHC impediu qualquer apuração e sabotou todas as CPIs. Ele contou ainda com a ajuda do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que por isso foi batizado de "engavetador-geral". Dos 626 inquéritos instalados até maio de 2001, 242 foram engavetados e outros 217 foram arquivados. Estes envolviam 194 deputados, 33 senadores, 11 ministros e ex-ministros e em quatro o próprio FHC.Nada foi apurado, a mÃdia evitou o alarde e os tucanos ficaram intactos.Lula inclusive revelou há pouco que evitou reabrir tais investigações - deve estar arrependido dessa bondade! (um grave erro, diga-se de passagem, porque acabou sendo conivente).
à MOLE OU AINDA QUEREM MAIS...
SE QUISEREM TEM MUITO MAIS...
2006-10-22 22:50:54
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answer #5
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answered by A questionadora 2
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