No Brasil, “político” tornou-se freqüentemente sinônimo de “político-profissional”, sobretudo quando se trata de político que não tem haveres pessoais suficientes para se manter sem o concurso dos honorários correlatos com o exercício de funções na vida pública.
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Político-profissional é, pois, aquele que dedica à atividade política uma parcela muito preponderante (quando só isto) de seu tempo e de suas energias; que no êxito da carreira política põe o melhor de suas esperanças e ambições; e ao qual resta, para outras atividades, uma parcela pouco expressiva de sua atuação no exercício de alguma profissão rendosa.
Assim, mesmo fora dos períodos pré-eleitoral e eleitoral, de si tão absorventes, o político-profissional passa o tempo cultivando o seu eleitorado para conseguir eleger-se, ou reeleger-se.
Nesse sentido, age ele junto aos poderes públicos e aos setores adequados da economia privada, para obter cargos, gratificações, favores grandes ou pequenos em benefício dos eleitores indicados pelos cabos eleitorais respectivos. De maneira a manter sua “pirâmide eleitoral” nas melhores condições de confiança e de dedicação para com ele.
Sobretudo está o político-profissional atento em conseguir favores para os seus cabos eleitorais, a fim de que estes lhe consigam, por sua vez, os eleitores de que precisa.
Uma vez eleito, o exercício do mandato lhe absorve quase todo o tempo. E pouco lhe resta para outras atividades. Tanto mais quanto, logo depois de eleito, deve começar a preparar a sua reeleição. A situação normal do político-profissional é a de um candidato permanente.
Em relação a tais políticos-profissionais, a opinião pública se mostra – por motivos diversos – bem pouco entusiasmada.
2006-10-22 09:21:53
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answer #1
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answered by Adel 3
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político profissional, olha para o seu eleitorado com sondagens e intuição, tentando a sua sorte. As muletas externas da sua carreira política não podem obviamente agradar a muitos segmentos das elites e da opinião pública desconfiada: o futebol e as televisões comerciais, mas estes são, feliz ou infelizmente, um factor de sucesso de uma boa parte da elite política das democracias pacatas.
2006-10-22 15:11:53
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answer #2
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answered by Anonymous
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O "polÃtico profissional"
Aceitamos muito facilmente que os termos da linguagem da democracia são os da tradição da Revolução Francesa e do iluminismo. Compreende-se, estão mais próximos da nossa tradição filtrada pelo republicanismo e pela oposição ao Estado Novo, que é dominante no nosso vocabulário. Mas as palavras têm história e transportam ideias, não são unÃvocas. No vocabulário polÃtico anglo-saxónico as mesmas palavras tem outro sentido e outra tradição.
A ideia da polÃtica como actividade total, que está implÃcita no pressuposto da cidadania, deriva dessa tradição do polÃtico como cidadão, fazendo polÃtica como quem respira, subsumindo todas as dimensões da “felicidade terrestre” que, desde a Revolução Francesa, é o objectivo da polÃtica. Mário Soares (como Alegre, mas já não como Louçã ou Jerónimo que remetem para outro universo polÃtico mais teleológico) representa bem esta tradição e é natural que se apresente como “polÃtico profissional” neste sentido e não compreenda que outros não o possam ser. Para ele, o exercÃcio da cidadania não tem hiatos, nem está para além de nada, é a vida no espaço público da cidade.
Mas há outra dimensão da polÃtica, assente em outras tradições, que consideram que a acção cÃvica (a intervenção polÃtica) é apenas uma parte limitada da vida, a que se acede mais por emergência do que por normalidade. Outros valores, como o do trabalho como instrumento de realização, ou da procura da “riqueza” no sentido weberiano da tradição protestante, partilham com a acção polÃtica a totalidade da vida. Na tradição do personalismo cristão é bem claro que nem tudo se subsume na polÃtica , e que há dimensões meta-polÃticas da vida que tornariam impossÃvel, ou improvável, ou incómodo que alguém dissesse que era “polÃtico profissional” sem se sentir reduzido no seu ideal de vida.
Cavaco não sabe de filosofia, como disse Mário Soares. Talvez. Mas já o vi discutir esta questão quando no PSD se fez a revisão do Programa, exactamente nestes termos que acima expus na parte relativa ao sentido da “dignidade” da pessoa humana, que nesse Programa tem como fonte o personalismo cristão e não a tradição republicana e jacobina. Cavaco não só participou com minúcia, como, quando se sentia não preparado perguntava sem complexos. Uma coisa não esqueço, em toda a discussão destes pontos e doutros conexos, como o da laicidade do partido (que Cavaco defendeu e bem), manteve sempre uma grande atenção nas muitas horas que durou a discussão. “Tecnocrata”? Duvido, interessava-se com genuÃna curiosidade.
2006-10-22 15:27:36
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answer #3
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answered by ALFREDO D 5
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Infelizmente existe este tipo de gente. É o cara que faz política e nada mais. Nunca exerceu uma profissão. A política não deveria ser encarada assim.
2006-10-22 15:20:36
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answer #4
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answered by Anonymous
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é o que compra voto e não paga com......................................
que não é merecedor da confiança que nele foi confiada ,depositada,prometedores mas não cumpridores.por estas e outras o Brasil está atrasado 506 longos aninhos
2006-10-22 15:19:05
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answer #5
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answered by SARGATANAS 1
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essa e uma das poucas vezes onde o profissionalismo nao é bom, a politica nao pode ser encarada como profissao,ou fonte de renda.
2006-10-22 15:16:56
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answer #6
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answered by ze colmeia 3
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eEtsa está otima para responder SOME E CONFIRME 45 ALCKMIM PARA PRESIDENTE
2006-10-22 15:09:59
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answer #7
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answered by flor100% 7
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