E o dinheiro ?
De onde veio ?
Para que era ?
PF DEMORA A INVESTIGAR O DINHEIRO (DE SC)
Paulo Henrique Amorim
A Oposição cobra da Polícia Federal mais rapidez na apuração da origem do dinheiro dos petistas "aloprados". Aquele dinheiro que aparece na foto que o delegado Bruno distribuiu ao Jornal Nacional, na véspera da eleição do primeiro turno (clique aqui para ouvir e ler a íntegra da conversa do delegado Bruno sobre o Jornal Nacional).
Mas nem a oposição nem a mídia que a apóia se lembram do outro dinheiro. O dinheiro de Santa Catarina.
Por que será que o Senador (até 31 de dezembro de 2006) Jorge Bornhausen não fala dele?
A história do dinheiro é a seguinte:
O ex-assessor da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina, Aldo Hey Neto, foi preso no dia 16 de agosto deste ano durante a Operação Dilúvio da Polícia Federal com mais de R$ 2 milhões, em cédulas de reais e dólares. O delegado Bruno não tem essas fotos. Nem o Jornal Nacional. A Operação Dilúvio investigava importações ilegais (clique aqui).
Quem é Aldo Hey?
Aldo Hey é do Paraná e foi convidado para trabalhar como assessor da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina por indicação de Rodrigo Bornholdt.
Rodrigo Bornholdt é vice-prefeito de Joinville (uma das maiores cidades de Santa Catarina), filho de Max Bornholdt (secretário da Fazenda de Santa Catarina) e afilhado de Luiz Henrique da Silveira (governador de Santa Catarina).
Luiz Henrique disputa a reeleição ao governo de Santa Catarina por uma aliança formada entre PMDB, PSDB e PFL.
Aldo Hey coordenou em Santa Catarina um sistema criado por decreto do governo do Estado chamado COMPEX. Por meio desse sistema empresas importadoras de outros Estados poderiam importar produtos por meio de Santa Catarina com 3% de ICMS e isenção total na taxa de importação. Normalmente, além da taxa de importação as empresas importadoras precisam pagar 12% de ICMS.
O decreto do governo de Santa Catarina dava poder exclusivo a Aldo Hey para definir que empresa poderia receber o benefício de isenção fiscal.
Quando Aldo Hey foi preso com os R$ 2 milhões, que até hoje não teve origem nem destino esclarecidos, ele disse que recebeu o dinheiro de palestras que fez. Detalhe: Aldo Hey dava palestras sobre como evitar crimes fiscais no comércio internacional. Ou seja, ensinava a combater esquemas como o desmontado pela Operação Dilúvio.
Leia mais:
Clique aqui : A oposição ama Freud e esqueceu de Platão
Clique aqui : Como governar quando TODA a imprensa é contra
Clique aqui : Ouça gravação do delegado Bruno sobre o JN
Quase deu na Folha....
Para os aliados do Geraldo , investigação madura e segredo de justiça...
De onde veio o dinheiro apreendido com o aliado do Geraldo ?
Porque a imprensa não pode divulgar e especular este caso ?
Cadê a tropa de choque da defesa da ética, investigações rápidas, divulgação das fotos ?
ELEIÇÕES 2006 / PARANÁ
Juiz diz que proibição não é censura prévia
Renato Lopes de Paiva, do TRE, afirmou que é preciso proteger o segredo de Justiça que envolve a investigação da PF
Magistrado diz que veto à divulgação da operação em Curitiba "não foi censura, mas garantia do Estado de Direito e a aplicação da lei"
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O juiz Renato Lopes de Paiva, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, negou ontem que tenha ordenado censura prévia e proibido a imprensa de divulgar a operação de apreensão de uma mala com dinheiro em um hotel de Curitiba, pela Polícia Federal, anteontem.
Ele diz ter vetado a divulgação de detalhes da operação e sua vinculação a um dos candidatos a governador para proteger o segredo de Justiça sobre a investigação: ""Não foi censura, mas garantia do Estado de Direito e a aplicação da lei", disse.
""O que se quer garantir é que a imprensa tenha livre acesso aos fatos em sua fonte, mas sobre uma investigação madura, não de algumas horas de diligência", disse. Segundo ele, sua decisão procurou evitar ""que algo que poderia não corresponder à verdade se espalhasse como um rastilho de pólvora".
Paiva tomou a decisão após debater o caso com os demais juízes do TRE. Eles analisavam um pedido da coligação Paraná da Verdade, do candidato ao governo Osmar Dias (PDT)aliado de Geraldo Alckimin, que queria a coibição, pela Justiça Eleitoral, da exploração política de um caso policial. Os advogados da coligação de Osmar ingressaram com a ação após o site ""Hora H News" divulgar a operação e citar que a apreensão comprometeria o pedetista.
Na decisão, o juiz proibiu também a divulgação em propaganda do horário eleitoral gratuito por parte da coligação de Roberto Requião (PMDB).
O procurador eleitoral Néviton Guedes defendeu na sessão a aplicação de multa e extensão da ordem a toda a imprensa. O juiz acatou. O procurador disse à Folha que sua defesa não feriu a liberdade de imprensa.
O segredo de Justiça foi baixado pelo juiz de primeira instância Rogério Ribas. ""A medida é absolutamente legal e constitucional, porque a investigação está sob segredo de Justiça e cabe ao Ministério Público, como fiscal da lei, zelar por esse segredo de Justiça", declarou o procurador.
Às 19h36 de anteontem, o escritório da Folha em Curitiba recebeu por fax intimação do diretor-geral do TRE, Ivan Gradowski, alertando que a investigação corre em segredo de Justiça ""e que sua divulgação sujeitará o órgão e seus responsáveis a sanções previstas em lei". No despacho, o juiz escreveu que atendia a um pedido da coligação de Osmar Dias.
Leia nota da ANJ sobre a censura : http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2610200644.htm
Goro Hama e o PSDB de Alckmin
Tucano, indicado para presidir conselho da Fundação Mário Covas, é acusado de causar R$ 685,7 milhões em prejuízos ao governo paulista
Lúcio Lambranho
Faltando quatro dias para o segundo turno, a gestão do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) no governo de São Paulo sofreu raros e fragmentados ataques no terreno ético. Na matéria "Os escândalos de cada um", o Congresso em Foco mostrou as vulnerabilidades do ex-governador tucano e as fragilidades do governo Lula nessa área (leia mais). Com a iniciativa, este site, que sempre se destacou pela vigilância que exerce sobre possíveis desvios éticos cometidos por integrantes do Congresso Nacional e do governo federal, procurou mostrar que os dois presidenciáveis devem explicações sobre fatos relativos às suas respectivas gestões, no Palácio do Planalto e no governo paulista.
Mas, obviamente, aquele levantamento não esgotou o assunto. No berço moral do PSDB e dos ideais de seu maior líder, a Fundação Mário Covas, que mantém em seus quadros tucanos de alta plumagem, encontra abrigo Goro Hama, tesoureiro de várias campanhas do PSDB, ex-secretário do partido em São Paulo e ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). No site da fundação, Goro Hama é apresentado como o presidente do Conselho Consultivo da entidade, criada em abril de 2001 com doações de R$ 3,5 milhões.
Goro responde na Justiça a 82 ações por improbidade administrativa pela sua gestão na CDHU, impetradas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e a outros nove inquéritos policiais em andamento, segundo a assessoria de comunicação do MPE paulista. Ele é acusado pela Promotoria de Justiça da Cidadania do MPE de causar prejuízos de R$ 685,7 milhões aos cofres do governo paulista.
Leia na íntegra : http://www.congressoemfoco.com.br/Noticia.aspx?id=11061
2006-10-26 16:32:48
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answer #10
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answered by DJ MOisés 3
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