A história se repete, a primeira vez como tragédia, e a segunda como farsa, já dizia um filósofo alemão. Mas o caso que vamos examinar parece repetir-se como tragédia, outra vez. O Consórcio Probank/E-Vote, de empresários e técnicos brasileiros, foi contratado pelo TSE do Equador para computar eletronicamente as eleições daquele, ocorridas no último domingo, 15/10/06.
Juntamente com os institutos de pesquisas, o E-Vote, está agora sendo acusado pela oposição de fazer parte de uma trama, para tomar a eleição do candidato favorito, o engenheiro Rafael Correa, para dar a vitória ao candidato da direita, Álvaro Noboa, o homem mais rico do país.
A denúncia tinha sido feita antes por Correa, mas ninguém lhe deu muita bola, por julgá-la uma desculpa esfarrapada de perdedor. Ocorre que a empresa brasileira, confirmando os dados das pesquisas, vinha dando Noboa em primeiro lugar. E a certa altura da apuração, porém, o sistema entrou em colapso e os técnicos brasileiros fugiram do país, depois de terem embolsado a quantia nada desprezível de 5,2 milhões de dólares.
Agora, que, manualmente, o TSE retomou a apuração, o candidato Correa aparece em primeiro lugar. O mais grave, porém, é que a Probank/E-Vote tem um contrato de 92 milhões de reais do TSE brasileiro e é encarregada vai totalizar os votos do segundo turno da eleição presidencial entre Lula e Alckmin.
2006-10-20
06:18:30
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Lua
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Governo e Política
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