Guerra dos Cem Anos
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Guerra dos Cem Anos
Pintura romântica de Joana D'Arc na Batalha de Orléans.
Data: 1337 – 1453
Local: Primeiramente França e os PaÃses Baixos
Resultado: Vitória francesa
Combatentes
Inglaterra
Borgonha
Bretanha
Portugal França
Castilha
Escócia
Génova
Majorca
Aragão
Navarra
Boémia
Flandres
Hainaut
Aquitânia
Luxemburgo
A expressão Guerra dos Cem Anos identifica uma série de conflitos armados, registrados de forma intermitente, durante o século XIV e o século XV, envolvendo a França e a Inglaterra. A longa duração desse conflito explica-se pelo grande poderio dos ingleses de um lado e a obstinada resistência francesa do outro. Ela foi a primeira grande guerra européia que provocou profundas transformações na vida econômica, social e polÃtica da Europa Ocidental. A França foi apoiada pela Escócia, Boêmia, Castela e Papado de Avignon. A Inglaterra teve por aliados os flamengos e alemães.
Ãndice [esconder]
1 Os Atritos
2 Principais batalhas
3 Desenrolar da Guerra
3.1 Primeiro PerÃodo (1337-1364)
3.2 Segundo PerÃodo (1364-1380)
3.3 Terceiro PerÃodo (1380-1422)
3.4 Quarto PerÃodo (1422-1453)
4 Consequências
5 Curiosidades
6 Ver também
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Os Atritos
Historiograficamente é recortado de 1337 a 1453. As suas causas remotas prendem-se ao fato de que, desde Guilherme, o Conquistador, os monarcas ingleses controlavam extensos domÃnios senhoriais em território francês, ameaçando o processo de centralização monárquica da França que se esboçava desde o século XII. Durante os séculos XII e XIII, os soberanos franceses tentaram, com crescente sucesso, restabelecer sua autoridade sobre esses feudos.
No século XII, o rei Henrique II da Inglaterra se casou com Leonor da Aquitânia e, segundo as tradições feudais, tornou-se vassalo do rei da França nos ducados da Aquitânia (Antiga Guiena, Guyenna ou Guyenne) e Gasconha. Desde então as relações entre os reis da Inglaterra e França foram marcadas por conflitos polÃticos e militares. Isso culminou na questão da soberania sobre a Gasconha. Pelo Tratado de Paris (1259), Henrique III de Inglaterra abandonara suas pretensões sobre a Normandia, Maine, Anjou, Touraine e Poitou, conservando apenas a Gasconha. Os constantes conflitos vinham pelo fato do rei inglês, que era duque da Gasconha, ressentir-se de ter de pagar pela região aos reis franceses e de os vassalos gascões frequentemente apelarem ao soberano da França contra as decisões tomadas pelas autoridades inglesas na região.
As influências francesa e inglesa em Flandres (atual Bélgica e PaÃses Baixos) eram também opostas, pois os condes deste território eram vassalos da França e, por outro lado, a burguesia estava ligada economicamente a Inglaterra. Além do intenso comércio estabelecido na região, Flandres era importante centro produtor de tecidos, que consumia grande parte da lã produzida pela Inglaterra. Essa camada urbana vinculada à produção de tecidos e ao comércio posicionava-se a favor dos interesses ingleses e portanto, contra a ingerência polÃtica francesa na região. Resolveram, flamengos e ingleses, estabelecer uma aliança, que irritou profundamente o rei da França, também interessado na região.
Retrato do monarca inglês Eduardo III.O estopim dos conflitos foi a pretensão do rei Eduardo III de Inglaterra, da dinastia Plantageneta, à sucessão do trono francês.
O Conde de Nevers, regente de Flandres desde 1322, prestou juramento de obediência ao seu suserano Filipe de Valois, decisão que poderia paralisar a economia flamenga, pois, com a morte do terceiro e último filho de Filipe IV, o Belo (Carlos IV, 1328), o trono da França passou para um de seus sobrinhos, justamente Filipe de Valois, que adotou o nome de Filipe VI.
Eduardo III (neto, por parte da mãe, de Filipe IV, o Belo) reconhece Filipe VI em Amiens em 1329; no entanto, após a intervenção de Filipe VI na Flandres apoiando o conde contra os amotinados flamengos, Eduardo III suspende as exportações de lãs. A burguesia flamenga forma um partido a favor do rei de Inglaterra incitando-o a proclamar-se rei de França. Assim Eduardo III, instigado por Jacques Artervelde - rico mercador que já havia liderado uma rebelião na cidade flamenga de Gand - e temendo perder o ducado francês de Guyenne - mantido como feudo de Filipe VI -, repudiou o juramento de Amiens e alegou a superioridade de seus tÃtulos à sucessão, uma vez que era filho de Isabel, irmã de Carlos IV de França, monarca da dinastia dos Capetos, falecido em 1328. Na França, Filipe VI, primo do falecido, argumentava que a Coroa não podia ser herdada por linha feminina (lei sálica).
Os franceses acusavam os ingleses de desenvolverem uma polÃtica expansionista, percebida pelos interesses na Guyenne e em Flandres. Já os ingleses insistiam em seus legÃtimos direitos polÃticos e territoriais na França. Embora tenham ocorrido crises anteriores, em geral, a data de 24 de maio de 1337 é considerada como o inÃcio da guerra: nesse dia, após uma série de discussões, Filipe VI tomou Guyenne aos ingleses. Eduardo respondeu imediatamente não reconhecendo mais "Filipe, que dizia ser rei da França". Iniciava-se a Guerra dos Cem Anos. A situação se deteriorou diante do auxÃlio francês à independência da Escócia nas guerras que Eduardo III e seu pai haviam iniciado contra os reis escoceses para ocupar o trono desse paÃs.
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Principais batalhas
A Europa em 1430, na última fase da Guerra dos Cem Anos.Entre os episódios mais importantes do conflito citam-se:
a batalha de Sluys (1340);
a batalha de Crécy (1346);
a batalha de Poitiers (1356);
a batalha de Cocherel (1364);
a batalha de Azincourt (1415);
a batalha de Patay (1429);
a batalha de Formigny (1450);
a batalha de Castillon (1453).
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Desenrolar da Guerra
A guerra desenrolou-se por quatro perÃodos: o 1º entre 1337 e 1364, o 2º entre 1364 e 1380, o 3º entre 1380 e 1422 e o 4º entre 1422 e 1453.
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Primeiro PerÃodo (1337-1364)
Miniatura da Batalha de Sluys do livros de Crônicas de Jean Froissart (século XIV).
Iluminatura de um manuscrito do século XV representando Batalha de Crécy.Filipe VI exerceu intenso assédio ao litoral inglês durante meses, até ser derrotado em 1340. As hostilidades começaram seriamente com a batalha naval de Sluys, além do rio Escalda, em 1340, onde a frota inglesa foi vitoriosa. Eduardo III tentou conquistar a França, vencendo grande parte dos combates em Crécyen-Pomthieu (1346), Calais (1347). As duas vitórias inglesas garantiram a Eduardo III importantes posições no norte da França, mantendo o Canal da Mancha sob seu controle. Para tanto o rei da Inglaterra contou com o apoio financeiro de grandes mercadores de Flandres e do duque da Bretanha, que voltou-se contra o monarca francês. O avanço e a conquista inglesa só não forma maiores porque após a batalha de Crécy, ocorreu a chamada "Peste Negra", que dizimou praticamente 1/3 da população européia. A peste foi responsável por interromper a guerra.
Miniatura medieval mostrando a Batalha de Poitiers (1356).Vários anos depois, quando se retomaram os combates, Eduardo III havia conquistado o apoio do rei de Navarra, Carlos II, e a inestimável ajuda militar de seu filho Eduardo, o prÃncipe de Gales, conhecido como o prÃncipe negro (por conta da cor de sua armadura). Esse perÃodo foi caracterizado por sucessivas vitórias inglesas, contando com o apoio de muitos nobres locais, mais preocupados em preservar seus domÃnios do que com a lealdade devida ao rei da França, possibilitando o domÃnio de cerca de um terço do território francês nas regiões norte e oeste. O prÃncipe Negro conseguiu tomar como prisioneiro o sucessor de Filipe, João II, o Bom na Batalha de Poitiers (1356), e posteriormente, exigiu resgate por sua libertação. Uma insurreição popular (Jacquerie) complicou as coisas: revoltados com a miséria, os camponeses se lançavam contra os senhores feudais, enquanto a burguesia de Paris, indgnada pelas calamidades da guerra e liderada por Ãtienne Marcel, clamava por mudanças polÃticas. O filho de João, o Bom, o futuro Carlos V, atendeu as questões internas e negociou a paz com Eduardo III. Em 1360, o Tratado de Brétigny deu a Eduardo um considerável número de territórios na França (Calais e todo o sudoeste francês) em troca do abandono de suas reivindicações ao trono francês.
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Segundo PerÃodo (1364-1380)
Carlos V, o Sábio.Quando da volta das hostilidades com a Inglaterra, a França desfrutava de uma melhor posição. Sob Carlos V (1364-1380), os franceses, graça a unificação de seus exércitos, recuperaram boa parte do território meridional do Reino da França. Neste perÃodo destacou-se o condestável francês Bertrand Du Guesclin, cavaleiro valente e notável militar que organizou as famosas "campanhas brancas" (sistema de guerrilhas). A luta estendeu-se a Castela com a França apoiando o candidato à coroa, Dom Henrique, contra Dom Pedro aliado da Inglaterra. As vitórias do monarca francês, fruto da reorganização militar, fortaleceram a idéia de centralização polÃtica, possibilitou submeter a maior parte da nobreza, aumentar a arrecadação tributária e organizar o Estado com elementos oriundos da burguesia em cargos de confiança.
Em 1377, com escassos meses de distância entre um e outro, faleciam o prÃncipe de Gales e Eduardo III. O sucessor do trono inglês era o neto do monarca falecido, Ricardo II, de apenas dez anos de idade.
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Terceiro PerÃodo (1380-1422)
As últimas décadas do século XIV e as décadas iniciais do século seguinte foram marcadas pelas disputas internas nos dois paÃses, arrefecendo momentaneamente a guerra externa. No caso da Inglaterra ocorreram rebeliões camponesas lideradas por Wat Tyler, contra a servidão e posteriormente as disputas envolveram parte da nobreza, que lutou contra o rei, e culminou com a ascensão de Henrique de Lancaster ao trono, em 1399, com o tÃtulo de Henrique IV.
Na França as lutas internas foram mais complexas e envolveram os interesses da região da Borgonha, antigo feudo poderoso, que lutou constantemente por seus interesses particulares. Em 1380, quando os ingleses nada mais ocupavam senão Calais e a Guyenne, morreu Carlos V na França, abrindo caminho para a ascensão do herdeiro Carlos VI, o Insensato, de doze anos. Houve uma série de disputas pelo poder, que culminou com a cisão da nobreza francesa em dois partidos: os armagnacs, partidários da famÃlia de Orléans, e os borguinhões, partidários dos duques de Borgonha. Em considerando Carlos VI como incapaz, os Borguinhões pretenderam tomar o poder e, após várias derrotas, aliaram-se aos ingleses. Ao lado da famÃlia real ficaram o irmão do rei, Luis de Orléans e Bernardo de Armagnac. Nesta guerra civil, destacaram-se João sem medo, da Borgonha, e o Delfim Carlos
No reinado do inglês Ricardo II, investido do poder assim que alcançou a maioridade (1389), as hostilidades praticamente cessaram.
O monarca inglês Henrique V.
Batalha de Azincourt em miniatura do século XV.A retenção inglesa de Calais e Bordeaux, no entanto, impediu a paz permanente, e as reivindicações inglesas quanto à França foram reavivadas pelo primo de Ricardo II, Henrique V (invocando a Lei sálica). Na França, a guerra civil (luta entre Armagnacs e os Borguinhões) e a loucura do rei Carlos VI permitiram novas conquistas dos ingleses. Em 1415, Henrique V desembarcou na Normandia, invadindo e tomando Harfleur. Neste mesmo ano, travou-se a batalha de Agincourt (ou Azincourt), num terreno em que a chuva transformara num atoleiro. A orgulhosa cavalaria francesa foi massacrada e milhares de nobres franceses pereceram. Seguiu-se a ocupação de Paris (1415), da Normandia (1419) e de outras regiões no norte da França, obrigando a assinatura da paz, com a cumplicidade de Isabel da Baviera. O Tratado de Troyes (1420), que garantia a Inglaterra todo o norte do paÃs (inclusive Paris) e, o mais grave, forçou Carlos VI a deserdar do trono seu filho, o Delfim Carlos VII. Henrique V casou-se com a princesa Catarina, filha de Carlos VI, ficando com o direito de herdar o trono. Em 1422, morreram tanto Carlos VI quanto Henrique V, o que faz com que as duas coroas (a da França e da Inglaterra) fossem herdados por Henrique VI, que ainda era uma criança recém nascida. Dois barões ingleses encaregaram-se da regência: o Duque de Badford se ocupou da França e o Duque de Gloucester passou a administrar a Inglaterra. Carlos VII, o Delfim, assumiu a realeza em Bourges. Assim, a França encontrava-se dividida em dois reinos: nos territórios do norte, governava o rei inglês, apoiado pelos borguinhões; nos poucos territórios do sul, reinava o francês Carlos VII, com o apoio dos armagnacs.
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Quarto PerÃodo (1422-1453)
França em 1435.O Delfim, porém, instalara-se no Vale do Loire e dali passou a liderar a resistência francesa aos invasores. à nesse momento que aparece em cena uma camponesa mÃstica e visionária de Domrémy: Joana d'Arc, que conseguiu desarmar uma conspiração para matar o soberano. Os regentes do ineficaz Henrique VI foram perdendo o controle dos territórios conquistados para as forças francesas, sob a liderança de Joana d'Arc.
Carlos VII.Com a França em perigo Joana d'Arc organizara um exército completamente diferente dos exércitos feudais. Guerra era assunto para nobres e homens. Seu exército era liderado por uma mulher camponesa. Os exércitos feudais lutavam por seu senhor e seu feudo. O de Joana d'Arc era um exército nacional, que lutava pela França e por seu rei. Os franceses, agora, sentiam-se integrantes de um paÃs. A idéia de nação estava lançada.
Joana d'Arc, a Dama de Orléans, na coroação de Carlos VII.Joana d'Arc conseguiu do Delfim um exército de aproaximadamente 5 mil homens e libertou a praça forte de Orléans (1429). Depois conquistou Reims, no norte do paÃs, onde Carlos VII foi coroado segundo as antigas tradições. Em 1430, aprisionada pelos borguinhões, Joana D'Arc foi entregue aos ingleses. Tendo Joana caido nas mãos dos ingleses em Compiègne, foi julgada herética por um tribunal eclesiástico e queimada na fogueira, em 1431, em Rouen (ou Ruão).
Batalha de Castillon.O impulso, entretanto, estava dado. Os franceses, incentivados pelo martÃrio de Joana d'Arc, bateram os ingleses em Formigny (1450), tendo conquistado a Normandia e grande parte da Gasconha. O fim da guerra é marcado pela batalha de Castillon, em 1453, quando foi capturada a cidade de Bordeaux, o último reduto inglês. Isto significou, efetivamente, o fim da guerra, e desde então os ingleses mantiveram apenas Calais, que conservaram até 1558. Eles foram forçados a voltar sua atenção aos assuntos internos, principalmente à s guerras das Rosas e desistiram de todas as reivindicações sobre a França. Nenhum tratado foi assinado de forma a assinalar o fim das hostilidades
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Consequências
Os conflitos deixaram um saldo de milhares de mortos em ambos os lados, e uma devastação sem precedentes nos territórios e na produção agrÃcola francesa.
No plano polÃtico e social, a Guerra dos Cem Anos contribuiu para a Dinastia de Valois, apoiada pela burguesia, fortalecer o poder real francês, abrindo caminho para o chamado absolutismo, por vários motivos:
Liquidou com as pretensões inglesas sobre territórios na França;
Os feudos do rei inglês, na França, passaram para o domÃnio da coroa francesa;
O longo perÃodo de guerras enfraqueceu bastante a nobreza francesa, porque, Ã medida que os nobres morriam, seus feudos iam passando para o domÃnio do rei, debilitando o sistema feudal.
Construção de uma identidade nacional entre os franceses;
Tornou possÃvel a criação de algumas instituições de governo centralizadas.
No plano das relações internacionais da Europa no perÃodo, o conflito se liga ainda a outros episódios como a Guerra Civil de Castela, os confrontos na SicÃlia entre a França e o reino de Aragão e mesmo o chamado Papado de Avignon.
Poderá, enfim, dizer-se que a Guerra dos Cem Anos marca o final da Idade Média e anuncia a Ãpoca Moderna.
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Curiosidades
A pólvora foi pela primeira vez utilizada como arma em combate na Europa nos campos de Crecy, pelas tropas inglesas. O pedreiro causava mais ruÃdo do que estragos materiais, mas foi eficiente para assustar a cavalaria francesa.
Joana d'Arc, heroÃna francesa no conflito, quase cinco séculos após a sua execução na fogueira por suposta prática de feitiçaria, foi canonizada pela Igreja Católica, em 1920, como Santa Joana d'Arc. Deve-se, no entanto, recordar que, já em 1456, Joana foi declarada inocente pelo Papa Calisto III, confirmando que a Igreja da Inglaterra, nesse julgamento, agiu por conta própria, por pressão dos ingleses e interesses polÃticos.
2006-10-20 09:20:21
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answer #6
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answered by neto 7
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