Amazônia
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Nota: Para outros significados de Amazônia, ver Amazônia (desambiguação).
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A Amazônia (ou Amazónia) é uma região na América do Sul, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical (que também é chamada Floresta Equatorial da Amazônia ou Hiléia Amazônica). A floresta estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada Amazônia Legal.
É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo o maior bioma terrestre desse país, onde é constituída pelos ecossistemas:
Um dos tipos de vegetação da região amazônica próxima a cidade de Macapáfloresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica)
floresta ombrófila aberta
floresta estacional decidual e semidecidual
campinarana
formações pioneiras
refúgios montanos
savanas amazônicas
matas de terra firme
matas de várzea
matas de igapós
Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal.
Índice [esconder]
1 Origem do nome
2 Ocupação clandestina, desmatamento e pobreza
3 O rio e a bacia hidrográfica
4 A floresta
5 Experiências de colonização
6 Internacionalização da Amazônia
7 Unidades de Conservação
8 Ver também
9 Bibliografia
10 Ligações externas
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Origem do nome
O nome Amazônia deriva de amazonas, as legendárias guerreiras que figuravam já na mitologia grega. Segundo a lenda, as amazonas pertenciam a uma tribo (comandada por Hipólita) que não aceitava homens: as crianças de sexo masculino eram mortas ao nascer. Amazona significa sem seio, em grego, porque a lenda também dizia que essas mulheres cortavam o seio para melhor manejar os arcos. A lenda foi transportada para a América do Sul pelos conquistadores espanhóis, pioneiros na exploração do Rio Amazonas que, ao se depararem com índias guerreiras (em contraste com a cultura européia, na qual a mulher tinha apenas funções domésticas), acreditaram terem finalmente encontrado as amazonas.
Há ainda a lenda do Eldorado e do lago Parima, que supostamente estaria ligado à fonte da juventude. Essa lenda provavelmente liga-se à existência real do Lago Amaçu, que tinha uma pequena ilha coberta de xisto micáceo, material que produz forte brilho ao ser iluminado pelo Sol e que produzia a ilusão de riquezas para o europeu.
Uma área de seis milhões de hectares no centro da bacia, incluindo o Parque nacional do Jaú, foi considerada pela UNESCO, em 2000 (com extensão em 2003), Patrimônio da Humanidade.
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Ocupação clandestina, desmatamento e pobreza
O grande problema da Amazônia é que os recursos naturais da maior floresta tropical do mundo estão sendo destruídos desnecessariamente. O ciclo de exploração da floresta é geralmente o mesmo. Ele começa com a apropriação indevida de terras públicas devolutas. Quem chega primeiro são os madeireiros irregulares. Eles entram nas terras de propriedade pública, abrem estradas clandestinas e retiram as árvores de valor comercial. Um levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente indica que 80% da madeira que sai da região é proveniente de exploração criminosa de terras públicas. Uma madeireira dessas explora a mesma área por alguns anos. Quando a madeira se esgota, ela segue adiante, invadindo outra área pública. A terra, que já não tem mais madeira de valor, continua mantendo um floresta frondosa. Mas o segundo momento da ocupação irregular da floresta é feito por um fazendeiro. Geralmente, esse grande proprietário já estava associado ao madeireiro. O que o fazendeiro faz é tocar fogo na floresta e, sobre as cinzas, plantar capim para criar gado. Enquanto isso, o fazendeiro manobra politicamente para forjar documentos de posse de terra. Quando não há mais sinal de floresta, o pecuarista pode vender a terra para um sojicultor e ocupar outra área.
Esse modelo de ocupação predatório e paralelo à lei deixa um saldo de pobreza. Um estudo feito pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) junto com o Banco Mundial indicou que, nos primeiros três anos de exploração predatória de madeira, um município típico da Amazônia consegue obter uma renda anual de US$ 100 milhões. Nesse período dourado e fugaz, a atividade gera cerca de 4.500 empregos diretos, atraindo gente de outras regiões. Mas a madeira disponível acaba em cinco anos, aproximadamente. Com isso, a renda do município cai para US$ 5 milhões. A atividade que resta, pecuária extensiva, emprega menos de 500 pessoas. Depois do ciclo destrutivo, o município fica com uma população de desempregados e sem recursos naturais.
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O rio e a bacia hidrográfica
Artigo principal: rio Amazonas
Veja também: Bacia do rio Amazonas
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A floresta
Artigo principal: Floresta Amazônica
A floresta ou hiléia amazônica é a maior floresta tropical pluvial do mundo. Possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.
A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam dessa vegetação rasteira. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as árvores. Não existem animais de grande porte, como nas savanas.
O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se, em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos, que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.
Abaixo de uma camada inferior a um metro, o solo passa a ser arenoso e com poucos nutrientes. Por isso e por conta da disponibilidade quase ilimitada de água, as raízes das árvores são curtas, e o processo de sustentação é feito também com base na escora das árvores umas nas outras.
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Experiências de colonização
Moradia típica da população ribeirinha na Amazônia brasileiraA grosso modo, as experiências de colonização da Amazônia brasileira podem ser divididas em três fases:
durante o período colonial, os jesuítas instalaram missões na região, que visavam inicialmente à catequese dos índios, mas também à exploração das chamadas drogas do sertão. Também foram desenvolvidas algumas tentativas (desastrosas) de cultivo baseado em padrões europeus, o que promoveu esgotamento dos solos e colheitas muito irregulares.
já na República, houve o ciclo da borracha, nos primeiros anos do século XX: com o desenvolvimento do setor automotivo e de bens industriais que dependiam da borracha, o látex amazônico foi explorado intensamente por empresas nacionais e multinacionais. O ciclo terminou quando a produção no Sudeste Asiático tornou-se mais barata que a amazônica.
nos últimos 50 anos o governo brasileiro vem tentando integrar o território amazônico com uma série de iniciativas que recebem muitas críticas dos especialistas e da comunidade internacional; inclusive algumas experiências de agricultura em modelo europeu e a instalação da Zona Franca de Manaus, um parque industrial em meio à floresta.
Mais recentemente tem havido iniciativas governamentais de criação de reservas extrativistas, como as do Acre e da Terra do Meio. Entretanto, como em várias outras áreas da Amazônia Legal, estas também tem sofrido com os interesses de madereiros e latifundiários.
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Internacionalização da Amazônia
Para o economista Aluízio Lins Leal, da Universidade Federal do Pará (UFPA), a Amazônia também já está internacionalizada pelo capital. “Hoje não se internacionaliza como antes, com guerras. Hoje o capital tem uma plasticidade tamanha que uma guerra é internacionalizada por meio do controle das economias dos países em desenvolvimento. E aqui na Amazônia o núcleo estratégico da economia regional está todo nas mãos do capital multinacional”, disse em entrevista recente ao Boletim da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB).
No entanto, não há evidências concretas da tal internacionalização. Hoje, esse temor parece mais um mito, alimentado por falsas histórias que circulam na internet, como o de um mapa que teria circulado em escolas americanas, com a Amazônia anexada aos EUA. Alguns setores xenófobos do Brasil gostariam de acreditar que os EUA planejam uma invasão à Amazônia. Mas a realidade é que, hoje, o que há de forças estrangeiras circulando na região norte são apenas os traficantes de cocaína e os contrabandistas de diamantes.
Os grandes proprietários de terras na Amazônia são fazendeiros brasileiros, criadores de gado e alguns sojicultores. Boa parte deles é grileiro. Os grandes empregadores são as madeireiras de pequeno porte e operação clandestinas, de proprietários brasileiros. Tirando isso, as grandes empresas que atuam na região são mineradoras de capital aberto, como a Vale do Rio Doce.
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Unidades de Conservação
Além deste, o SNUC contém várias unidades de conservação nos vários estados da Amazônia. Entre as de proteção integral existem mais 10 Parques Nacionais (além do Jaú), e 8 Reservas biológicas, e outros tipos de unidades.
Entre as unidades de uso sustentável, estão as Reservas extrativistas. Os programas de uso sustentável são em grande número, desenvolvidos por ONGs em parceria com o poder público e com as próprias populações tradicionais, acostumadas ao uso sustentado dos recursos naturais. Surgem iniciativas como a Escola da Floresta, no Acre, para formar técnicos em floresta e agrofloresta.
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Ver também
Sistema Nacional de Unidades de Conservação
Sistema de Vigilância da Amazônia
Amazônia Legal
Projeto institucional do CNPq relativo a Amazônia
SUDAM
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Bibliografia
Amazonas
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Nota: Para outros significados de Amazonas, ver Amazonas (desambiguação).
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Amazonas
Brasão
Bandeira
Hino
Localização
Região Norte
Capital Manaus
Estados limítrofes Venezuela (N), Roraima (N), Pará (L), Mato Grosso (SE), Rondônia (S), Acre (SO), Peru (O) e Colômbia a (NO)
Mesorregiões 4
Microrregiões 13
Municípios 62
Características geográficas
Área 1.570.745,680 km²
População 3.232.330 hab. IBGE/2005
Densidade 1,79 hab./km²
Clima Equatorial Úmido Af, Am
Indicadores
Analfabetismo 6,6% (exclui população rural) 2003
Mortalidade infantil 28,8‰ 2002
Expectativa de vida anos '
Índice Gini '
IDH 0,713 PNUD/2000
PIB R$ 28.062.624.000,00 IBGE/2005
1,8% do nacional
PIB per capita R$ 9.100 IBGE/2005
Outros
Gentílico amazonense
Sigla BR-AM
O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a mais extensa de todas elas. As cidades mais importantes são: Manaus, Manacapuru, Tefé, Parintins e Itacoatiara.
Índice [esconder]
1 Características
2 Economia
3 Personalidades amazonenses
4 Ver também
5 Ligações externas
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Características
Tem ao mesmo tempo as terras mais altas (pico da Neblina, 3.014 metros) e a maior extensão de terras baixas (menos de 100 metros) do Brasil. Juruá, Purus, Madeira, Negro, Amazonas, Içá, Solimões, Uaupés e Japurá são os rios principais. Veja a lista de rios do Amazonas
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Economia
Ver artigo principal: Economia do Amazonas.
A economia se baseia no extrativismo, mineração, indústria e pesca. Com relação ao extrativismo, grande impulso na vida econômica e na colonização da região amazônica foi dado com a exploração do látex, através do ciclo da borracha.
Na atualidade, através do diferente calendário de feiras nacionais e internacionais da Amazônia, sob a sigla - FIAM - na Suframa, atrai diferentes investidores, brasileiros e de outras nacionalidades, a investir nos diferentes polos tecnológicos existente, na região e principalmente no Distrito Industrial, em franco desenvolvimento, e os estrangeiros podem conhecer grandes oportunidades de negócios que o potencial econômico da Amazônia proporciona e é capaz de oferecer em desenvolvimento, como sua infra-estrutura, mão-de-obra qualificada e várias outras vantagens competitivas.
As Feiras promovem o potencial econômico da região, inclusive produtos industrializados de ponta e regionais, feitos com base em matérias-primas locais, assim como atrativos turísticos, visando o desenvolvimento sustentável, estimulando o intercâmbio comercial, cultural, científico e tecnológico.
Na programação da FIAM na Suframa no Distrito Industrial, com diferentes polos industriais, do Estado Amazonas - AM, o maior Estado em extensão territorial da Federação, onde estão a exposição de produtos regionais e industriais, projetos institucionais, seminários e palestras sobre diversos temas, especialmente os relacionados a inovação tecnológica, biodiversidade, turismo, formação de capital intelectual e outros, principalmente ligados ao desenvolvimento sustentável da região.
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Personalidades amazonenses
Entre as personalidades que nasceram no estado, podem ser citados:
Cláudio Santoro, considerado o maior maestro e compositor da história da música erudita brasileira, após Villa-Lobos;
Márcio Souza, escritor e romancista, autor de "Mad Maria", recentemente transformado em série da televisão, "Galvez, o imperador do Acre" e "A irresistível ascensão do boto tucuxi", entre outras obras;
Milton Hatoum, escritor nascido em 1952, professor de literatura na UFAM e na Universidade da Califórnia em Bekerley, autor dos romances "Relato de um Certo Oriente", "Dois Irmãos" (ambos ganhadores do prêmio Jabuti de Melhor Romance) e "Cinzas do Norte";
Djalma Limongi Batista, cineasta de "Asa Branca, um sonho brasileiro", "Brasa adormecida" e "Bocage, o triunfo do amor";
Aurélio Michiles, também diretor de cinema ("O cineasta da selva");
Antônio Pizzonia, um dos poucos pilotos brasileiros que conseguiu chegar à fórmula 1;
Marcelo Mourão Gomes, solista do 'American Ballet Theatre' de Nova Iorque/EUA, desde 1997;
Malvino Salvador, ator da Rede Globo
José Augusto Branco, ator da Rede Globo;
Antônio Calmon, autor de novelas e minisséries na mesma emissora;
Daniel Pellizzari, escritor e tradutor literário;
Vinícius Cantuária, cantor e compositor;
Terezinha Morango, Miss Brasil 1957 e segunda colocada no Miss Universo;
Samuel Benchimol, conhecido estudioso sobre a Amazônia;
David Assayag, o mais famoso Levantador de Toadas da história do Boi Garantido
Zezinho Corrêa, cantor que fez sucesso nacional com a Banda Carrapicho
Thiago de Mello, escritor
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Ver também
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amazonas
2006-10-20 01:05:36
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answer #4
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answered by Anonymous
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