Baader, Olá, como vai? Prazer reencntrá-lo aqui. Acho que andamos todos um tanto ausentes: temos de ganhar o pão, não é?
Bem, vamos lá, a Moral, enquanto disciplina filosófica, é, em geral, concatenada a um sistema. Por ex, certa vez, alguém aqui perguntou qual a diferença entre a filosofia teórica de Kant (teoria do conhecimento etc) e a filosofia prática (moral etc). Não há. Esta última é dessumida da daquela. De outra parte, o que distingue a filosofia das ciências é o "valor", ou seja, indagar em todos os âmbitos, inclusive no das ciências, o que é valioso para o homem. Assim, temos que a moral tem como ponto de partida e como ponto de chegada o indivíduo, ou seja, a moral, e fundamentalmente individual, havendo de vir a moral social ou política ao encontro daquela, de modo a possibilitar ao indivíduo realizar-se nos âmbitos social e político. Nesse sentido, a moral está inextricavelmente vinculada à antropologia filosófica e à psicologia. Assim, concluo que moral "relativa" é um beco sem saída. Ela tem de ser universal, como, p ex, nesta "imperativo" de Kant: "Jamais visar ao outro como um objeto, mas como um sujeito em sua integridade". Atentando bem, v vê que tal imperativo não nos impõe nenhum conteúdo particular ou peculiar, mas uma estrutura universalmente válida, e valiosa, de comportamento: há alguém que goste de ser tratado como um objeto? Só se for masoquista (e o masoquismo é uma doença, porque prejudica ao psiquismo do indivíduo que dele padece).
Sociologicamente, a moral seria o estudo objetivo (?) dos costumes (mores, em latim) vigentes em dada sociedade. Assim sendo, como ciência (?), o que quer dizer que libertou (?) a moral da filosofia e da telogia e passou a concebê-la simplesmente como "padrões" de comportamento, não emite "juízos de valor", mas apenas "juízos de fato": constatações. Há também a antropologia urbana que estuda, valendo-se mais ou menos, para simplicficar a resposta, dos mesmos procedimentos da sociologia, fatias de uma determinada sociedade, como, p ex, os "darks". E ainda a antropologia humana que estuda, valendo-se também mais ou menos, e também para simplificar a resposta, dos mesmos procedimentos da sociologia, sociedades ditas "primitivas".
As tendências sociológicas e antropológicas são, como v sabe, muitas, diversas e, não raro, conflitantes.
Tornando, ora, à filosofia que enuncia "juízos de valor", o que lhe é característico, temos que a historicamente sucessiva separação das ciências dela, não a matou; sequer a estancou. Ou seja, ela continua a desenvolver-se problematizando os fenômenos todos e enunciando novos (mas implicando sempre a retomada e o re-equacionamento do que há de válido na tradição) "juízos de valor" para que o que é bom reine na sociedade e no mundo. E o que é estruturalmente bom: a compreensão de si próprio; o respeito ao outro, que de fato deve ser visto e compreendido como um ser humano integral; com seu histórico de vida etc, aceito, enfim, apontar modos de vida autênticos, o que exclui o que é mal: a fofoca, a falta de atenção para com o outro, bem como a não legitimação de todo e qualquer sistema dogmático e/ou totalitário, como, p ex, o nazismo ou o stalinismo, como válidos, valiosos. Uma moral "relativa", não estruturalmente "universal", leva a tais validações e valorizações. Um ex: Wittgenstein tendo a moral dos nazistas válida entre várias outras.
Ficou comprido, né? Desculpe. E nem toquei na psicologia. Acho que é o cansaço.
2006-10-18 14:19:55
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answer #1
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answered by Anonymous
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Ao se dizer eleito de Deus, todo um povo, se acha muito mais moralista que os outros!!! Eu te pergunto: foi Deus quem falou isso?? Já reparou que os mais críticos em geral são os que mais erram?? Só que sempre erram na surdina escondido de todo mundo!!! No passado a religião católica implantou uma moral!!! Deu certo?? Quantos povos foram massacrados em nome da moral??? Falar, falar, falar, floriar com muitos rodeios, isso já não influência em mais nada!! Aos trancos e barrancos o povão esta ficando mais esperto!!!!
2006-10-18 18:13:49
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answer #3
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answered by jack 5
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