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O Maior de todos os Escândalos
Por Roméro Machado *
Um novo escândalo Proconsult está sendo armado na cara de todo mundo. Para quem não sabe ou não lembra: O escândalo Proconsult foi um dos maiores esquemas de corrupção eleitoral armado entre a Rede Globo, o Ibope e a Proconsult. O escândalo consistia em fabricar índices artificiais pelo Ibope, sendo divulgado com exclusividade pela Rede Globo, levando o povo burro a votar em quem aparentava estar na frente e por isso iria ganhar. Enquanto isso, durante a eleição, a Proconsult ia falsificando os resultados para impedir que Leonel Brizola se elegesse Governador do Estado do Rio de Janeiro.
Brizola sentiu a fraude e contratou o Instituto Pasqualini, que fez uma apuração paralela e comprovou a fraude. Sabendo que não podia denunciar o escândalo no Brasil, pois a mídia brasileira é serviçal do governo, vive de anúncio governamental, Brizola então convocou a imprensa internacional e numa entrevista coletiva denunciou a fraude eleitoral da Rede Globo, Ibope e Proconsult. Felizmente este roubo, esta fraude eleitoral foi desmascarada e ficou conhecida como Escândalo Proconsult.
Diante da denúncia e da vigília dos órgãos internacionais, Brizola foi eleito, mas infelizmente ninguém foi preso. Nem da Rede Globo, nem do Ibope e nem da Proconsult. Agora estão fazendo uma falcatrua igual. Estavam atribuindo a Lulla um índice que daria a vitória delle já no primeiro turno, embora jamais tivesse mais de 37 pontos.
Tudo isso na esperança de - mais uma vez - levar o povo burro a votar em quem está na frente para eleger quem elles querem que ganhe a eleição.
A metodologia usada para a "pesquisa" está errada. A média utilizada está errada. O universo apurado é inconsistente com a distribuição demográfica do país. Se essa falcatrua não tivesse sido desmentida por um instituto sério, bastaria a análise do próprio Ibope. Ou seja: o governo Lulla está avaliado como ruim ou péssimo por 56% dos entrevistados. Logo, é impossível Lulla ter 50%. Usando os mesmos números do Ibope, mais de 20% ainda não decidiu seu voto. Logo, a soma dos percentuais não pode ser 100% e sim menos de 80%. Estão agindo - e conduzindo as pesquisas - como se uma pessoa pudesse ter a cabeça no forno, os pés na geladeira, e concluindo que na média estaria excelente.
Lembrem-se que os maiores escândalos do desgoverno Lulla foram exatamente em cima da mídia e dos meios de comunicação. Em especial no item "Verbas de Publicidade".
Agora vejamos quem é quem neste novo escândalo de manipulação dos índices:
1) A Rede Record pertence à Igreja Universal do Reino de Deus, que mantém um partido político, por quem concorrem o bispo Crivella (a governador do Rio) e José de Alencar (vice-presidente da República);
2) A Rede Bandeirantes: a) "Vendeu" o Canal 21 para o Lullinha (filho do Lulla), aquele mesmo da maracutaia (para usar as palavras do próprio pai dele) da Telemar; b) Lullinha mantém um horário da TV aberta (sábado à noite) alugado para um programa de jogos
eletrônicos; c) A Band tem um horário (sábado à noite, também) alugado para a CUT, que divulga programa com propaganda das suas proezas, e do Presidente da República, chamado ReperCUT; d) A Band aguarda empréstimo do (des)governo Lulla para saldar dívidas colossais. Portanto, a Band está nas mãos do Lulla;
3) A Rede Globo está falida faz tempo, devendo cerca de três bilhões de dólares. E para se safar, deixou de ser uma empresa limitada e passou a ser uma S/A. Investe tudo no governo Lulla e está aguardando um "empréstimo" do BNDES, para tirá-la do buraco. (Não esquecer que mês passado a Globo, do nada, pagou a credores 200 milhões de dólares à vista. E ninguém perguntou a origem do dinheiro);
4) O SBT não bate em ninguém, mas também não encomenda pesquisas. Somente divulga os resultados que são enviados por quem compra as pesquisas;
5) O PT Folha encontra-se na mesma situação da Globo e da Band. Criou até o Instituto Data para divulgar os índices manipulados para reeleger Lulla;
6) O Instituto Vox Populi trabalha para a Confederação Nacional dos Transportes, que tem interesses ligados ao Ministério dos Transportes. Portanto, por isso é um "cliente" que faz pesquisas "federais" encomendadas;
7) O Ibope é o mesmo de todas as eleições e do escândalo Proconsult. Faz qualquer índice desde que paguem. Eles dão um jeito na metodologia. (Para, se der problema, a culpa ser da "metodologia").
Diante das denúncias de manipulação nos índices e falcatruas já divulgadas no exterior chegou-se a admitir antes (de maneira muito tênue) um segundo turno. Mas continuam apostando no povo burro que vota em quem "vai ganhar", que é exatamente quem eles querem que ganhe, pois o povo vota em quem está na frente, como se eleição fosse loteria, onde quem acertar o vencedor ganha um prêmio.
...) Lulla nunca passou de 37% dos votos. Vai perder no segundo turno e lá serão todos contra Elle. É o povo contra o ladrão, derrotando a corrupção.
* Roméro Machado, ex-auditor da Fundação Roberto Marinho e ex-controller da Rede Globo. Atualmente é escritor no Rio de Janeiro, tendo escrito livros polêmicos sobre a referida rede de televisão, mas sempre com provas irrefutáveis documentadas. Seus livros são: Afundação Roberto Marinho; Afundação II: uma biografia de corrupção.
Contato com o autor
romero@novanet.com.br
2006-10-25 14:44:53
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answer #5
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answered by Anonymous
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Bah pessoal, eu não poderia ficar de fora depois de ter lido esta matéria sobre a real história do dossiê e a podridão deste Alckimin..
Leiam, analisem e passem para seus amigos,,,
13/10/2006 - 17:17
Escândalo: Revista revela conluio da imprensa para prejudicar Lula e o PT
Reportagem de capa da revista Carta Capital desta semana revela o submundo da trama armada por um delegado da PolÃcia Federal, em conluio com alguns dos principais veÃculos de comunicação do paÃs – entre eles a TV Globo e os jornais Folha de S.Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo – para prejudicar o PT e a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à s vésperas do primeiro turno.
A revista conta em detalhes como os meios de comunicação omitiram as informações de como o delegado Edmilson Pereira Bruno obteve e repassou, aos próprios jornalistas, as fotos do dinheiro apreendido com duas pessoas ligadas ao PT num hotel de São Paulo. Bruno chegou a confessar sua ação criminosa aos repórteres, afirmando que irá forjar um roubo para justificar o fato de a imprensa estar de posse das imagens.
Embora a confissão tenha sido gravada em áudio, sem que ele soubesse, nenhum veÃculo a publicou. Alguns – como a Folha e o Estadão – ainda produziram textos procurando inocentá-lo pelo vazamento das fotografias.
Leia abaixo os trechos iniciais da matéria, transcritos pelo site do PT. A reportagem completa está na revista que começou a chegar nesta sexta-feira (13) às bancas;
OS FATOS OCULTOS
A mÃdia, em especial a Globo, omitiu informações cruciais na divulgação do dossiê e contribuiu para levar a disputa ao 2º turno
Por Raimundo Rodrigues Pereira
Pode-se começar a contar a história do famoso dossiê que os petistas teriam tentado comprar para incriminar os candidatos do PSDB José Serra e Geraldo Alckmin pela sexta-feira 15 de setembro, diante do prédio da PolÃcia Federal, em São Paulo. à uma construção pesada, com cerca de dez pavimentos, de cor cinza-escuro e como que decorada com uma espécie de coluna falsa, um revestimento de ladrilho azul brilhante, que vai do pé ao alto do edifÃcio, à direita da grande porta de entrada. Dentro do prédio estão presos Valdebran Padilha e Gedimar Passos, ligados ao Partido dos Trabalhadores e com os quais foi encontrado cerca de 1,7 milhão de reais, em notas de real e dólar, para comprar o tal dossiê. Mas essa notÃcia é ainda praticamente desconhecida do grande público.
à por volta das 5 da tarde. A essa altura, mais ou menos à frente do prédio, que fica na rua Hugo Dantola, perto da Ponte do Piqueri, na Marginal do rio Tietê, na altura da Lapa de Baixo, estaciona uma perua da Rede Globo. Ela pára entre duas outras equipes de tevê: uma da propaganda eleitoral de Geraldo Alckmin e outra da de José Serra.
Com o tempo vão chegando jornalistas de outras empresas: da CBN, da Folha, da TV Bandeirantes. E a presença das equipes de Serra e Alckmin provoca comentários. Que a Rede Globo fosse a primeira a chegar, tudo bem: ela tem uma enorme estrutura com esse objetivo. Mas como o pessoal do marketing polÃtico chegou antes? Cada uma das duas equipes tem meia dúzia de pessoas. A de Serra é chefiada por um homem e a de Alckmin, por uma mulher. As duas pertencem à GW, produtora de marketing polÃtico. Seus donos foram jornalistas: o G é de Luiz Gonzales, ex-TV Globo, e o W vem de Woile Guimarães, secretário de redação da famosa revista Realidade, do fim dos anos 1960. Entre os jornalistas, logo se sabe que foi Gonzales quem ligou para a Globo, avisando do que se passava na PF.
E quem avisou Gonzales? Foi alguém da PolÃcia Federal? Foi alguém do Ministério Público, de Cuiabá, de onde veio o pedido para a ação da PF? Uma fonte no Ministério da Justiça disse a Carta Capital que as equipes da GW chegaram à PF antes dos presos, que foram detidos no Hotel Ibis Congonhas por volta da 6 da manhã do dia 15 e demoraram a chegar à sede da polÃcia. Gente da equipe da GW diz que a empresa soube da história através de Cláudio Humberto, o ex-secretário de imprensa do ex-presidente Collor, que tem uma coluna de fofocas e escândalos na internet e que teria sido o primeiro a anunciar a prisão dos petistas.
Pode ser que sim, o que apenas leva à pergunta mais para a frente: quem avisou Cláudio Humberto? Mesmo sem ter a resposta, continuemos a pesquisar nessa mesma direção: a de procurar saber a quem interessava a divulgação da história do dossiê e como essa divulgação foi feita. Para isso, voltemos à região do prédio da PF duas semanas depois.
à 29 de setembro, vésperas da eleição presidencial, por volta das 10h30 da manhã. Sai do prédio da PF na Lapa de Baixo o delegado Edmilson Pereira Bruno,m 43 anos, que estava de plantão no dia 15 e foi o autor da prisão de Valdebran e Gedimar. Ele convida quatro jornalistas para uma conversa: LÃlian Cristofoletti, da Folha de S.Paulo, Paulo Baraldi, de O Estado de S.Paulo, Tatiana Farah, do jornal O Globo, e André Guilherme, da rádio Jovem Pan. Bruno quer uma conversa reservada e propõe que ela seja feita a cerca de um quarteirão dali, na Bovinu’s, uma churrascaria. Um dos jornalistas argumenta que ali “só tem policial”. O grupo acaba conversando perto da Faculdade Rio Branco, que não se avista da frente da PF, mas é também ali por perto. Ficam na rua mesmo. O delegado não sabe, mas sua conversa está sendo gravada.
Bruno diz que quer passar para os jornalistas cópia das fotos do dinheiro apreendido com os petistas, que estavam sendo procuradas há muito, por muita gente. Leva um CD com as imagens; 23 fotos; e três CDs em branco para que eles copiem as imagens de modo a que cada um tenha uma cópia. Fala que eles devem dizer “alguém roubou e deu para vocês”, para explicar o aparecimento das fotos. Diz que ele próprio vai dizer coisa parecida a seus chefes na PF, que os jornalista é que roubaram: “Doutor, me furtaram. Sabe como é que é, não dá para confiar em repórter”. Recomenda que as fotos sejam editadas em computador com o programa Photoshop para tirar detalhes, como o nome da empresa na qual as cédulas foram fotografadas,a fim de despistar a origem do material.
Algumas pessoas têm a fita de áudio com a conversa do delegado Bruno com os quatro repórteres. Mais pessoas ainda a ouviram. Uma delas é o repórter Luiz Carlos Azenha, que tornou público vários de seus trechos no seu site pessoal na internet “Vi o mundo, o que nunca você pode ver na tevê” (http://viomundo.globo.com/). Azenha, que é repórter da TV Globo, não quis dar entrevista a Carta Capital. Pediu para que se procurasse a emissora. Para o que mais interessa ao desenrolar da nossa história, dos trechos da fita, deve-se destacar a preocupação de Bruno em fazer com que as fotos chegassem no dia ao Jornal Nacional. “Tem alguém da Globo aÃ?”, pergunta ele. Um dos quatro responde: “Não é o Tralli? O Tralli está muito visado”, Bruno diz, referindo-se a César Tralli e ao incidente, conhecido de muitos, de esse repórter da TV Globo ter podido acompanhar, praticamente disfarçado de PolÃcia Federal, a prisão de Flávio Maluf, filho de Paulo Maluf.
Mas a preocupação principal de Bruno é a que ele reitera nesse trecho: “Tem de sair hoje à noite na TV. Tem de sair no Jornal Nacional”.
As fotos são divulgadas, como veremos no capÃtulo seguinte, com imenso destaque, no dia 29, vésperas das eleições, repita-se, no JN. Mas não apenas no JN. Veja-se a Folha de S.Paulo, por exemplo, Lá também a divulgação foi, pelo menos na opinião de alguns, espetacular: “Que primeira página mais linda, a de 30/9. à por isso que eu não consigo me separar da Folha”, escreveu o leitor Euclides Araújo, no dia seguinte. “A glosa, a irreverência, a fina ironia falaram mais alto, mostrando aquela montanha de dinheiro em cima e, embaixo, Lula, sendo abraçado por uma mão morena e cobrindo o rosto, como se fosse um meliante, conduzido ao distrito, tentando esconder a identidade. O que eles querem, o Pravda ou o Granma? Valeu, Folha!”
A Folha publicou, com grande destaque na primeira página, a foto na qual o dinheiro está empilhado de forma que as notas apareçam com a frente voltada para cima, que é a que mais dá a impressão da “montanha de dinheiro” citada pelo admirador do jornal. E não divulgou que as fotos lhe tinham sido passadas por um policial visivelmente emprenhado em fazer com que elas tivessem um uso polÃtico claro, de interferir no pleito de 1º de outubro.
A Folha também tinha a fita de áudio, que foi levada por sua repórter. A editora-executiva do jornal, Eleonora de Lucena, não quis responder por que omitiu as informações dessa fita, a nosso ver tão relevantes. Alguns dos quatro repórteres que receberam as fotos do delegado Bruno, ouvidos para esta matéria, disseram em defesa da tese de que o áudio não deveria ser divulgado, com o argumento de que o jornalista deve preservar o sigilo da fonte, com o que concordamos. Mas perguntamos a Eleonora: por que ela não deu a informação de que se tratava de uma intervenção polÃtica no processo eleitoral, publicando os trechos da fita de áudio, que tornam isso explÃcito, mas sem citar o nome da fonte?
O mais curioso, para dizer o mÃnimo, é que a Folha publica, junto com as fotos do dinheiro, uma matéria (“Imagens foram passadas em sigilo à imprensa”) na qual conta o que o delegado Bruno disse depois, na tarde do mesmo dia 29, ao conjunto de jornalistas, na frente da PF. No texto, assinado pela repórter do jornal que recebeu as fotos de Bruno pela manhã, se diz: “O delegado Bruno disse, ontem, em coletiva à imprensa, q2ue o CD com as fotos havia sido furtado de sua sala, na PF – e que ele estava sendo injustamente acusado de ter repassado o material aos jornalistas”. Pergunta-se: qual é o sentido de publicar uma informação que a jornalista sabia que é evidentemente mentirosa e, no caso, ainda ajudava o policial a tentar enganar a própria imprensa?
O Estado de S.Paulo do dia 30 publica a mesma foto, das notas em posição de sentido. E com um texto, assinado por Fausto Macedo e Paulo Baraldi, ainda mais incrÃvel, também para dizer o mÃnimo. O texto é praticamente uma diatribe contra o PT e em defesa de José Serra. Diz que a publicação das fotos é a abertura “de um segredo que o governo Lula mantinha a sete chaves”. Diz que o dinheiro vinha de quem “pretendia jogar Serra na lama dos sanguessugas”. à também uma espécie de defesa do delgado Bruno, em favor do qual são ditas algumas mentiras. O texto diz que as fotos foram feitas por “um policial da Delegacia de Crimes Financeiros (Delefin)”, na sexta-feira dia 15 de setembro. E que o delegado Bruno comandou uma perÃcia nas notas, a serviço da PolÃcia Federal, na sala da Protege AS, Proteção de Transporte de Valores, em São Paulo. De fato, como se saberia no mesmo dia 30 em que o texto de Macedo e Baraldi sai publicado, as fotos foram feitas pelo próprio delegado Bruno, depois de enganar os peritos que analisavam as notas, dizendo-se autorizado pelo comando da PF. Pela infração, o delegado está sendo investigado por seus pares.
Tanto o Estado como a Folha dividem a primeira página do dia 30 entre a notÃcia das fotos do dinheiro e uma outra informação espetacular: a da queda do Boeing de passageiros da Gol com 154 pessoas, depois de um choque com o Legacy da Embraer, o jatinho executivo a serviço de empresários americanos. No dia 29, no Jornal Nacional, da Globo, no entanto, não há espaço para mais nada: a tragédia do avião da Gol não entra; o noticiário eleitoral, com destaque para a foto do dinheiro dos petistas, é praticamente o único assunto.
à uma omissão incrÃvel. O Boeing partiu de Manaus à s 15h35, hora de BrasÃlia. Deveria ter chegado a BrasÃlia à s 18h12. Quando o JN começou, a notÃcia do desastre já corria o mundo. No site Terra, por exemplo, à s 20h10 uma extensa matéria já noticiava que o avião da Gol havia desaparecido nas imediações de São Félix do Araguaia, na floresta amazônica; e a causa apontada era o choque com o avião da Embraer.
Qual a razão da omissão do JN? A emissora levou um furo, como se diz no jargão jornalÃstico, ou decidiu concentrar seus esforços no que lhe pareceu mais importante?
Qualquer que seja o motivo, o certo é que a questão da divulgação das fotos mobilizou a cúpula do jornalismo da tevê dos Marinho. Como vimos, Bruno fora informado pelos jornalistas que Bocardi, da TV Globo, estava entre os jornalistas diante da PF no dia 29. Bocardi é Rodrigo Bocardi, repórter da TV Globo, que atendeu Carta Capital com muita má vontade. Disse que a matéria acabara sendo apresentada por César Tralli e não por ele; e não quis dar mais informações. De alguma forma, no entanto, tanto a fita de áudio como a conversa de Bruno com os jornalistas quanto ao CD com imagens do dinheiro foram passados à chefia de jornalismo do JN em São Paulo e de lá foram levadas a Ali Kamel, no Rio.
Kamel é uma espécie de guardião da doutrina da fé, o Raztinger da Globo, como dizem ironicamente pessoas da organização dos Marinho, que criticam o excesso de zelo deste que é um editor em última instância de todo o noticiário polÃtico da emissora carioca. A crÃtica lembra o papel do cardeal Joseph Raztinger, atualmente papa Bento XVI, no papado de João Paulo II.
Compreende-se por que a decisão sobre o que fazer com o áudio e com as fotos tivesse de ser tomada pelas mais altas autoridades da emissora. Se divulgasse o conteúdo exato das duas informações, a Globo estaria mostrando que o delegado queria usar a emissora para os claros fins polÃticos que manifesta e que a emissora tinha feito a sua parte nesse projeto. A saÃda de Kamel – aparentemente, segundo relato de terceiros, ouvidos por Carta Capital, já que ele mesmo não quis se manifestar – foi a de omitir qualquer referência à existência do áudio: “Não nos interessa ter essa fita. Para todos os efeitos, não a temos”, teria dito Kamel. A informação complicava a Globo. A informação sumiu.
Mais iinformações na revista Carta Capital desta semana.
2006-10-17 18:12:08
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answer #10
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answered by André Anselmo 3
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