Sou atleticano há mais de 60 anos e, nunca, deixarei de sê-lo! a título de ilustração (talvez opaca) lhe apresento um texto meu à respeito da situação que, por não atendê-lo, levou o galo para a segunda divisão:
PARCERIA... PARTICIPATIVA!
Nas ladeiras de Diamantina, ladeadas de casarões imemoriais, nos idos de 1 945, um garoto subia em direção de um dos bares do centro comercial com a intenção apenas de ouvir, pelo rádio, as partidas de futebol em que o Atlético disputava. Para ter acesso à escuta do jogo tinha que comprar um refrigerante, o qual era economizado até ao final da partida para não ser retirado da cadeira e mesa próxima ao rádio do comerciante.
Naquela época, o que mais se ouvia falar era a “guerra na Itália” e os resultados dos jogos de futebol, seu time preferido era denominado “Galo forte e vingador!”, o garoto optava sempre por ignorar os combates da segunda guerra mundial em favor dos combates no estádio do Horto, na capital do Estado.
Hoje, o garoto cresceu, passou pela juventude e está idoso, não velho! Tem sofrido com o seu “Galo” que já não é o mais forte, todavia, é o que mais ama e mais deve monetariamente, inclusive, aos atletas profissionais de sua equipe.
Um trabalhador, qualquer que seja ele ou a profissão que exerça, não tem condições físicas ou psicológicas de vencer em campo as vicissitudes extras da falta na sua subsistência ou dos seus dependentes.
O maior problema existente para a direção do Atlético é o pagamento de suas dívidas e de suas obrigações trabalhistas, não será vendendo seu patrimônio que o problema será sanado, pelo contrário, isso o levaria a bancarrota!
Como sou atleticano e era a criança supra referida, nesta oportunidade, resolvi dar minha humilde opinião que, entendo ser uma “solucionáutica” como diz o nosso amigo Dario “Peito de Aço”.
Não sou economista, advogado, administrador de empresas, matemático etc., todavia, sou muito mais do que isso:
SOU ATLÉTICANO desde criança!
A SOLUÇÃO, NO MEU MODESTO ENTENDER, É A SEGUINTE:
Entrar em contato com as dirigentes da Caixa Econômica e Bancos a fim de informarem-se a respeito do sistema de capitalização, por eles administrados, que resulta em prêmios vultosos aos associados que pagam quantias irrisórias mensalmente.
Contatar o serviço de identificação da polícia civil para apreenderem a respeito de expedição de carteiras de identidade.
Manter entendimentos com a “Telemar” e os Correios, visando um aprendizado sobre comunicações urgentes e sem desvios entre o clube e seus torcedores.
Organizar uma diretoria de notáveis, na verdadeira concepção do vocábulo, e de moral ilibada, para ser elaborado o seguinte:
Cadastrar todos os telefones, “E-mail” e número de contas bancárias de todos os Atleticanos de Minas Gerais ou de outros estados da federação e até do exterior, para tanto, utilizando todos os meios de comunicações possíveis com a finalidade de que, cada um, mantenha contato, dando seu nome, endereço, telefone e outras informações que se fizerem necessário.
Após essas preliminares, ou de permeio a elas, divulgar um sistema de capitalização em que cada atleticano possa pagar, mensalmente, via “carnê”, boleto bancário ou “pré-ordem” bancária e até por telefone ou “E-mail“, uma quantia aproximada de dez reais mensais, com prazo previsto para devolução, contudo, parcial, em razão da finalidade primordial ser salvar o nosso clube do coração dos endividamentos que se apresentam como o seu maior rival.
Garanto aos senhores que milhares e milhares de Atleticanos não se incomodariam de ajudar o clube nesse momento de premente necessidade, principalmente, se forem estimulados para tal mister, isso seria mais vantajoso do que qualquer patrocínio que se possa idealizar em razão dos parceiros não estarem interessados em lucros e, sim, nas vitórias do glorioso Atlético Mineiro.
Tão logo haja o pagamento da primeira mensalidade, o torcedor receberia uma identidade condizente à sua participação, com o seu retrato e número de sua identidade civil, e poderia ostentá-la feliz por ser um dos parceiros do seu time favorito.
A modalidade aqui proposta poderia levar o nome de CAPITALIZAÇÃO ATLÉTICO MINEIRO ou, simplesmente, “CAM”! Cópia do consagrado emblema do atlético mineiro.
O patrimônio do Atlético não é composto somente dos seus bens materiais e dos jogadores, ele é imenso! Em razão de todo atleticano fazer parte do mesmo, às vezes, no anonimato. Quando um barco está entrando água todos se apressam para ajudar no estanque, mas, mesmo assim, é preciso que alguém oriente aos demais e é exatamente isso que está faltando para o “Galo” sair da apertura financeira.
Feito o planejamento distribuindo agências nas cidades de maiores densidades populacionais e, principalmente, elaborando o cadastro geral de todos os que se interessarem em ajudar, o dinheiro começará a entrar nos cofres igual água na represa vazia: aos borbotões!
Não deverão ocorrer falcatruas porque haverá a identidade e a cópia do instrumento da remessa mensal.
Quitada às dívidas, a coordenação iniciaria a construção de um novo campo de treinamento que poderá suplantar o do rival, chamado de “Toca da raposa”, que receberia o nome de “Crista do Galo” e/ou “Esporão do Galo”.
Quem tiver cooperado se associando, poderá ter uma porcentagem de desconto no ingresso a partir de determinado tempo de contribuição e, os do interior, teriam uma parceria eqüitativa no patrimônio de treinamento (Crista do Galo).
Para facilitar, a identidade deverá ser enviada a cada parceiro, ficando a cargo do mesmo colar a sua fotografia, conferir o registro geral e pedir a Delegacia de Polícia mais próxima para apor um seu carimbo, para isso, a coordenação já teria, antes, entrado em comunicação com a Secretaria de Segurança Pública para a difusão a respeito em suas unidades policiais.
O prazo da capitalização poderia ser de seis anos renováveis desde que fossem ouvidas às partes interessadas. Um artigo deixaria claro que, no caso de não ter condição da devolução, parcial, ou não, o parceiro passaria a ter determinado número de cotas do campo de treinamento do seu clube.
Como disse no início dessas algaravias, não tenho nenhum diploma universitário, todavia, também não tenho mais lágrimas para derramar em razão do insucesso quase que constante do meu “Galo”, recentemente, fomos eliminados pelo Goiás em casa, a cada dia perco um amigo cruzeirense que tenta desmoralizar o Atlético. Não mudarei de clube por que o atleticano verdadeiro “veste a camisa” e ela se transforma em uma sua segunda pele, contudo... Irremovível!
Se o que foi opinado parecer inverossímil, lembrem-se de que as dificuldades nunca serão maiores do que a nossa capacidade de combatê-las, vencê-las! Totalmente? Já é outra... ”Istória”!
Um grande abraço sob o manto do nosso estandarte alvinegro.
Coronel Fabriciano (MG.).
20 de abril de2 001.
Sebastião Antônio BARACHO
Fone 0 (XX)31 3846 6567.
Rua Tiradentes 73- Melo Viana -Coronel Fabriciano (MG).
CEP. 35 l70-l79.
Ps. Se tivessem atendido a minha sugestão, enviada em 2001, na certa, após os melhoramentos feitos, estaríamos na primeira divisão e em melhores condições, pelos menos financeiras e, por isso, hoje, não temos os “Ronaldinhos” e muitos outros verdadeiros e, caros, vencedores.
O mesmo.
Abril e 2 006
2006-10-16 12:05:19
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answer #1
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answered by conansoin 4
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