10 receitas neoliberais do "ministro do Trabalho" de Alckmin
Por Altamiro Borges*
A realização do segundo turno das eleições presidenciais está tendo ao menos um efeito positivo. Trouxe a tona o debate programático entre os candidatos. No primeiro turno, a direita neoliberal e sua mídia venal conseguiram pautar a disputa apenas na questão da ética. Agora, as diferenças programáticas aparecem. Entre elas, vale a pena conhecer o que pensa sobre reforma trabalhista José Pastore, que "faz a cabeça" do candidato Geraldo Alckmin nessa área.
No terreno programático, Geraldo Alckmin foi jogado nas cordas e está na defensiva. Todos os dias é obrigado a dizer que não vai privatizar a Petrobras, não vai extinguir o Bolsa Família, não vai demitir servidores públicos, não vai retirar direitos trabalhistas. Mas os eleitores, inclusive da oscilante classe média, não acreditam.
A desconfiança é justificável. No que se refere aos direitos trabalhistas, nem se trata de mera suspeição. É descrédito total. Pela sua trajetória como governador de São Paulo, pela ação destrutiva e regressiva de FHC nos seus oito anos de reinado e pelas propostas dos seus conselheiros, uma conclusão é inevitável: Alckmin está mentindo. Os assalariados com registro em carteira, os milhões de trabalhadores na informalidade e os desempregados devem realmente ficar apreensivos com a possibilidade da eleição deste representante da elite burguesa. O “risco-Alckmin” é bastante real para os que vivem do trabalho.
2006-10-16
09:11:12
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pintofraco
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Governo e Política
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