English Deutsch Français Italiano Español Português 繁體中文 Bahasa Indonesia Tiếng Việt ภาษาไทย
Todas as categorias

OLHA SÓ O QUE EU ACHEI NO SITE NO PAULO HENRIQUE AMORIM NO IG ( CONVERSA AFIADA )

Um golpe de Estado levou a eleição para o segundo turno.

É o que demonstra de forma irrefutável a reportagem de capa da revista Carta Capital que está nas bancas (“A trama que levou ao segundo turno”), de Raimundo Rodrigues Pereira. E merecia um sub-titulo: “A radiografia da imprensa brasileira”.

Fica ali demonstrado:

1) As equipes de campanha de Alckmin e de Serra (da empresa GW) chegaram ao prédio da Polícia Federal, em São Paulo, antes dos presos Valdebran Padilha e Gedimar Passos;
2) O delegado Edmilson Bruno tirou fotos do dinheiro de forma ilegal e a distribuiu a jornalistas da Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo, do jornal O Globo e da rádio Jovem Pan;
3) O delegado Bruno contou com a cumplicidade dos jornalistas para fazer de conta que as fotos tinham sido roubadas dele;
4) O delegado Bruno procurou um repórter do Jornal Nacional para entregar as fotos: “Tem de sair à noite na tevê., Tem de sair no Jornal Nacional”;
5) Toda a conversa do delegado com os jornalistas foi gravada;
6) No dia 29, dois dias antes da eleição, dia em que caiu o avião da Gol e morreram 154 pessoas, o Jornal Nacional omitiu a informação e se dedicou à cobertura da foto do dinheiro;
7) Ali Kamel, “uma espécie de guardião da doutrina da fé” da Globo, segundo a reportagem, recebeu a fita de audio e disse: “Não nos interessa ter essa fita. Para todos os efeitos não a temos”, diz Kamel, segundo a reportagem
8) A Globo omitiu a informação sobre a origem da questão: 70% das 891 ambulancias comercializadas pelos Vedoin foram compradas por José Serra e seu homem de confiança, e sucessor no Ministério da Saúde, Barjas Negri.
9) A Globo jamais exibiu a foto ou o vídeo (clique aqui) em que aparece Jose Serra, em Cuiabá, numa cerimônia de entrega das ambulâncias com a fina flor dos sanguessugas;
10) A imprensa omitiu a informação de que o procurador da República Mario Lucio Avelar é o mesmo do “caso Lunus”, que detonou a candidatura Roseana Sarney em 2002, para beneficiar José Serra. ( A Justiça, depois, absolveu Roseana de qualquer crime eleitoral. Mas a campanha já tinha morrido.)
11) Que o procurador é o mesmo que mandou prender um diretor do Ibama que depois foi solto e ele, o procurador, admitiu que não deveria ter mandado prender;
12) Que o procurador Avelar mandou prender os suspeitos do caso do dossiê em plena vigência da lei eleitoral, que só deixa prender em flagrante de delito.
13) Que o Procurador Avelar declarou: “Veja bem, estamos falando de um partido político (o PT) que tem o comando do país. Não tem mais nada. Só o País. Pode sair de onde o dinheiro ?”
14) A reportagem de Raimundo Rodrigues Pereira conclui: “Os petistas já foram presos, agora trata-se de achar os crimes que possam ter cometido.”


Na mesma edição da revista Carta Capital, ao analisar uma pesquisa da Vox Populi, que Lula tem 55%, contra 45% de Alckmin, Mauricio Dias diz: “ ... dois fatos tiraram Lula do curso da vitória (no primeiro turno). O escândalo provocado por petistas envolvidos na compra do dossiê da familia Vedoin ... e secundariamente o debate promovido pela TV Globo ao qual o presidente não compareceu.”

Quer dizer: o golpe funcionou.

Mino Carta, o diretor de redação da Carta Capital, diz em seu blog, aqui no IG (http://blogdomino.blig.ig.com.br/), que houve uma reedição do golpe de 89, dado com a mão de gato da Globo, para beneficiar Collor contra Lula. “A trama atual tem sabor igual, é mais sutíl, porém. Mais velhaca,” diz Mino.

Permito-me acrescentar outro exemplo.

Em 1982, no Rio, quase tomaram a eleição para Governador de Leonel Brizola. Os militares, o SNI, e a Policia Federal (como o delegado Bruno, agora, em 2006) escolheram uma empresa de computador para tirar votos de Brizola e dar ao candidato dos militares, Wellington Moreira Franco. O golpe era quase perfeito, porque contava também com a cumplicidade de parte de Justiça Eleitoral e, com quem mais? Quem mais?

O golpe contava com as Organizações Globo (tevê, rádio e jornal, como agora) que coonestaram o resultado fraudulento e preparam a opinião pública para a fraude gigantesca.

Que só não aconteceu, porque Brizola “ganhou a eleição duas vezes: na lei e na marra”, como, modestamente, escrevi no livro “Plim-Plim – a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral”, editora Conrad, em companhia da jornalista Maria Helena Passos.

Está tudo pronto para o segundo golpe.

O Procurador Avelar está lá.

Quantos outros delegados Bruno há na Policia Federal (de São Paulo, de São Paulo !).

A urna eletrônica no Brasil é um convite à fraude. Depende da vontade do programador. Não tem a contra-prova física do voto do eleitor. Brizola aprendeu a amarga lição de 82 e passou resto da vida a se perguntar: “Cadê o papelzinho ?”, que permite a recontagem do voto ?

E se for tudo parar na Justiça Eleitoral? O presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello já deixou luminosamente claro, nas centenas de entrevistas semanais que concede a quem bater à sua porta, que é favor da candidatura Alckmin.

E o segundo golpe? Está a caminho. As peruas da GW já saíram da garagem.


Leia também:


Delegado Bruno: "cadê o repórter do JN?"

PF acha que conclui processo contra Bruno em 90 dias

Delegado da PF: "o objetivo é ... o Lula"

2006-10-16 05:38:08 · 6 respostas · perguntado por PRISCILA F 1 em Governo e Política Eleições

6 respostas

Voce acredita em contos de fadas e Papai Noel tambem?

Isso que você relata é uma teoria conspiratória, sem fundamento criada para fazer uma cortina de fumaça.

A Policia Federal é um órgao do Governo e já prendeu um monte de caras do PT. NENHUM DO PSDB. Isto é um fato

O Lula, já afastou esses terroristas do PT inclusive o Berzonov, chamando-os de aloprados. Se tivesse dado certo ganhariam medalhas. Isto é um fato

O dinheiro achado estava em maos do PT e foram fotografados e exibidos em todos os jornais. Isto é um fato

O que o público quer saber é:

DE ONDE VEIO ESSE DINHEIRO PARA O PT COMPRAR O DOSSIÊ FAJUTO? JA' FAZ MAIS DE UM MÊS QUE NOS DEVEM ESSA RESPOSTA. QUEM NÃO DEVE NÃO TEME.

Esse dossiêgate pode extinguir o PT e cassar o Jesus Cristo.

POR ISSO ESTÃO FAZENDO ESSA CORTINA DE FUMAÇA.
O PT ESTÁ SE CAG...NDO DE MEDO

2006-10-16 05:50:15 · answer #1 · answered by Luiz Sabra 7 · 1 0

Qualquer pessoa bem informada e politizada percebe que o quarto poder (a imprensa, dita livre) faz o que quer, fala o que quer, destrói quem quer e... fica por isso mesmo. Desde Getúlio Vargas tem sido assim. Por isso acho que temos que descobrir quem são os donos dos jornais, TVs e rádios do nosso país (quase todos são políticos). Precisamos de uma CPI urgente apra saber quem paga a estas empresas, pois é sabido que a maior parte da população não lê jornais, e não compra revistas...

2006-10-16 13:17:36 · answer #2 · answered by maria das gracas e 2 · 0 0

Estou estarrecida!!!!!!!! Se tudo isso que vc falou é verdade, isso precisa ser divulgado. Vou checar as fontes, e se o q vc diz for confirmado e você não se importar, vou copiar o teu texto e mandar para a minha lista de E_mails.

2006-10-16 13:15:40 · answer #3 · answered by Marta - The One 6 · 0 0

CartaCapital revela complô da mídia contra Lula e PT

A atual edição da revista CartaCapital - que chegou às bancas nesta sexta-feira (13/10) - denuncia um escândalo em sua reportagem de capa. Um delegado da polícia federal se aliou aos principais órgãos da mídia brasileira para prejudicar o PT e impedir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.




O texto, assinado pelo experiente jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, revela as tramas por trás dessa conspiração. Às vésperas de 1º de outubro - quando a situação caminhava para uma vitória de Lula já no primeiro turno -, o delegado Edmilson Pereira Bruno fechou um acordo anti-Lula com veículos como a TV Globo e os jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo.

Foi Bruno quem, de forma ilícita, entregou para jornalistas fotos do dinheiro apreendido com duas pessoas ligadas ao PT num hotel de São Paulo. O delegado reconheceu seu objetivo ardiloso, mas a mídia não revelou uma linha sequer desse pronunciamento. Os diários paulistas trataram até de inocentar Bruno, para respaldar sua prática criminosa.

Confira trecho da reportagem exclusiva da CartaCapital, cuja íntegra só está disponível na edição impressa.



OS FATOS OCULTOS
A mídia, em especial a Globo, omitiu informações cruciais
na divulgação do dossiê e contribuiu para levar a disputa ao 2º turno

Por Raimundo Rodrigues Pereira

Pode-se começar a contar a história do famoso dossiê que os petistas teriam tentado comprar para incriminar os candidatos do PSDB José Serra e Geraldo Alckmin pela sexta-feira 15 de setembro, diante do prédio da Polícia Federal, em São Paulo. É uma construção pesada, com cerca de dez pavimentos, de cor cinza-escuro e como que decorada com uma espécie de coluna falsa, um revestimento de ladrilho azul brilhante, que vai do pé ao alto do edifício, à direita da grande porta de entrada. Dentro do prédio estão presos Valdebran Padilha e Gedimar Passos, ligados ao Partido dos Trabalhadores e com os quais foi encontrado cerca de 1,7 milhão de reais, em notas de real e dólar, para comprar o tal dossiê. Mas essa notícia é ainda praticamente desconhecida do grande público.

É por volta das 5 da tarde. A essa altura, mais ou menos à frente do prédio, que fica na rua Hugo Dantola, perto da Ponte do Piqueri, na Marginal do rio Tietê, na altura da Lapa de Baixo, estaciona uma perua da Rede Globo. Ela pára entre duas outras equipes de tevê: uma da propaganda eleitoral de Geraldo Alckmin e outra da de José Serra.

Com o tempo vão chegando jornalistas de outras empresas: da CBN, da Folha, da TV Bandeirantes. E a presença das equipes de Serra e Alckmin provoca comentários. Que a Rede Globo fosse a primeira a chegar, tudo bem: ela tem uma enorme estrutura com esse objetivo. Mas como o pessoal do marketing político chegou antes? Cada uma das duas equipes tem meia dúzia de pessoas. A de Serra é chefiada por um homem e a de Alckmin, por uma mulher. As duas pertencem à GW, produtora de marketing político. Seus donos foram jornalistas: o G é de Luiz Gonzales, ex-TV Globo, e o W vem de Woile Guimarães, secretário de redação da famosa revista Realidade, do fim dos anos 1960. Entre os jornalistas, logo se sabe que foi Gonzales quem ligou para a Globo, avisando do que se passava na PF.

E quem avisou Gonzales? Foi alguém da Polícia Federal? Foi alguém do Ministério Público, de Cuiabá, de onde veio o pedido para a ação da PF? Uma fonte no Ministério da Justiça disse a Carta Capital que as equipes da GW chegaram à PF antes dos presos, que foram detidos no Hotel Ibis Congonhas por volta da 6 da manhã do dia 15 e demoraram a chegar à sede da polícia. Gente da equipe da GW diz que a empresa soube da história através de Cláudio Humberto, o ex-secretário de imprensa do ex-presidente Collor, que tem uma coluna de fofocas e escândalos na internet e que teria sido o primeiro a anunciar a prisão dos petistas.

Pode ser que sim, o que apenas leva à pergunta mais para a frente: quem avisou Cláudio Humberto? Mesmo sem ter a resposta, continuemos a pesquisar nessa mesma direção: a de procurar saber a quem interessava a divulgação da história do dossiê e como essa divulgação foi feita. Para isso, voltemos à região do prédio da PF duas semanas depois.

É 29 de setembro, vésperas da eleição presidencial, por volta das 10h30 da manhã. Sai do prédio da PF na Lapa de Baixo o delegado Edmilson Pereira Bruno,m 43 anos, que estava de plantão no dia 15 e foi o autor da prisão de Valdebran e Gedimar. Ele convida quatro jornalistas para uma conversa: Lílian Cristofoletti, da Folha de S.Paulo, Paulo Baraldi, de O Estado de S. Paulo, Tatiana Farah, do jornal O Globo, e André Guilherme, da rádio Jovem Pan. Bruno quer uma conversa reservada e propõe que ela seja feita a cerca de um quarteirão dali, na Bovinu's, uma churrascaria. Um dos jornalistas argumenta que ali "só tem policial". O grupo acaba conversando perto da Faculdade Rio Branco, que não se avista da frente da PF, mas é também ali por perto. Ficam na rua mesmo. O delegado não sabe, mas sua conversa está sendo gravada.

Bruno diz que quer passar para os jornalistas cópia das fotos do dinheiro apreendido com os petistas, que estavam sendo procuradas há muito, por muita gente. Leva um CD com as imagens; 23 fotos; e três CDs em branco para que eles copiem as imagens de modo a que cada um tenha uma cópia. Fala que eles devem dizer "alguém roubou e deu para vocês", para explicar o aparecimento das fotos. Diz que ele próprio vai dizer coisa parecida a seus chefes na PF, que os jornalista é que roubaram: "Doutor, me furtaram. Sabe como é que é, não dá para confiar em repórter". Recomenda que as fotos sejam editadas em computador com o programa Photoshop para tirar detalhes, como o nome da empresa na qual as cédulas foram fotografadas,a fim de despistar a origem do material.

Algumas pessoas têm a fita de áudio com a conversa do delegado Bruno com os quatro repórteres. Mais pessoas ainda a ouviram. Uma delas é o repórter Luiz Carlos Azenha, que tornou público vários de seus trechos no seu site pessoal na internet "Vi o mundo, o que nunca você pode ver na tevê" (http://viomundo.globo.com/). Azenha, que é repórter da TV Globo, não quis dar entrevista a Carta Capital. Pediu para que se procurasse a emissora. Para o que mais interessa ao desenrolar da nossa história, dos trechos da fita, deve-se destacar a preocupação de Bruno em fazer com que as fotos chegassem no dia ao Jornal Nacional. "Tem alguém da Globo aí?", pergunta ele. Um dos quatro responde: "Não é o Tralli? O Tralli está muito visado", Bruno diz, referindo-se a César Tralli e ao incidente, conhecido de muitos, de esse repórter da TV Globo ter podido acompanhar, praticamente disfarçado de Polícia Federal, a prisão de Flávio Maluf, filho de Paulo Maluf.

Mas a preocupação principal de Bruno é a que ele reitera nesse trecho: "Tem de sair hoje à noite na TV. Tem de sair no Jornal Nacional".

As fotos são divulgadas, como veremos no capítulo seguinte, com imenso destaque, no dia 29, vésperas das eleições, repita-se, no JN. Mas não apenas no JN. Veja-se a Folha de S.Paulo, por exemplo, Lá também a divulgação foi, pelo menos na opinião de alguns, espetacular: "Que primeira página mais linda, a de 30/9. É por isso que eu não consigo me separar da Folha", escreveu o leitor Euclides Araújo, no dia seguinte. "A glosa, a irreverência, a fina ironia falaram mais alto, mostrando aquela montanha de dinheiro em cima e, embaixo, Lula, sendo abraçado por uma mão morena e cobrindo o rosto, como se fosse um meliante, conduzido ao distrito, tentando esconder a identidade. O que eles querem, o Pravda ou o Granma? Valeu, Folha!"

A Folha publicou, com grande destaque na primeira página, a foto na qual o dinheiro está empilhado de forma que as notas apareçam com a frente voltada para cima, que é a que mais dá a impressão da "montanha de dinheiro" citada pelo admirador do jornal. E não divulgou que as fotos lhe tinham sido passadas por um policial visivelmente emprenhado em fazer com que elas tivessem um uso político claro, de interferir no pleito de 1º de outubro.

A Folha também tinha a fita de áudio, que foi levada por sua repórter. A editora-executiva do jornal, Eleonora de Lucena, não quis responder por que omitiu as informações dessa fita, a nosso ver tão relevantes. Alguns dos quatro repórteres que receberam as fotos do delegado Bruno, ouvidos para esta matéria, disseram em defesa da tese de que o áudio não deveria ser divulgado, com o argumento de que o jornalista deve preservar o sigilo da fonte, com o que concordamos. Mas perguntamos a Eleonora: por que ela não deu a informação de que se tratava de uma intervenção política no processo eleitoral, publicando os trechos da fita de áudio, que tornam isso explícito, mas sem citar o nome da fonte?

O mais curioso, para dizer o mínimo, é que a Folha publica, junto com as fotos do dinheiro, uma matéria ("Imagens foram passadas em sigilo à imprensa") na qual conta o que o delegado Bruno disse depois, na tarde do mesmo dia 29, ao conjunto de jornalistas, na frente da PF. No texto, assinado pela repórter do jornal que recebeu as fotos de Bruno pela manhã, se diz: "O delegado Bruno disse, ontem, em coletiva à imprensa, q2ue o CD com as fotos havia sido furtado de sua sala, na PF - e que ele estava sendo injustamente acusado de ter repassado o material aos jornalistas". Pergunta-se: qual é o sentido de publicar uma informação que a jornalista sabia que é evidentemente mentirosa e, no caso, ainda ajudava o policial a tentar enganar a própria imprensa?

O Estado de S. Paulo do dia 30 publica a mesma foto, das notas em posição de sentido. E com um texto, assinado por Fausto Macedo e Paulo Baraldi, ainda mais incrível, também para dizer o mínimo. O texto é praticamente uma diatribe contra o PT e em defesa de José Serra. Diz que a publicação das fotos é a abertura "de um segredo que o governo Lula mantinha a sete chaves". Diz que o dinheiro vinha de quem "pretendia jogar Serra na lama dos sanguessugas". É também uma espécie de defesa do delgado Bruno, em favor do qual são ditas algumas mentiras. O texto diz que as fotos foram feitas por "um policial da Delegacia de Crimes Financeiros (Delefin)", na sexta-feira dia 15 de setembro. E que o delegado Bruno comandou uma perícia nas notas, a serviço da Polícia Federal, na sala da Protege AS, Proteção de Transporte de Valores, em São Paulo. De fato, como se saberia no mesmo dia 30 em que o texto de Macedo e Baraldi sai publicado, as fotos foram feitas pelo próprio delegado Bruno, depois de enganar os peritos que analisavam as notas, dizendo-se autorizado pelo comando da PF. Pela infração, o delegado está sendo investigado por seus pares.

Tanto o Estado como a Folha dividem a primeira página do dia 30 entre a notícia das fotos do dinheiro e uma outra informação espetacular: a da queda do Boeing de passageiros da Gol com 154 pessoas, depois de um choque com o Legacy da Embraer, o jatinho executivo a serviço de empresários americanos. No dia 29, no Jornal Nacional, da Globo, no entanto, não há espaço para mais nada: a tragédia do avião da Gol não entra; o noticiário eleitoral, com destaque para a foto do dinheiro dos petistas, é praticamente o único assunto.

É uma omissão incrível. O Boeing partiu de Manaus às 15h35, hora de Brasília. Deveria ter chegado a Brasília às 18h12. Quando o JN começou, a notícia do desastre já corria o mundo. No site Terra, por exemplo, às 20h10 uma extensa matéria já noticiava que o avião da Gol havia desaparecido nas imediações de São Félix do Araguaia, na floresta amazônica; e a causa apontada era o choque com o avião da Embraer.

Qual a razão da omissão do JN? A emissora levou um furo, como se diz no jargão jornalístico, ou decidiu concentrar seus esforços no que lhe pareceu mais importante?

Qualquer que seja o motivo, o certo é que a questão da divulgação das fotos mobilizou a cúpula do jornalismo da tevê dos Marinho. Como vimos, Bruno fora informado pelos jornalistas que Bocardi, da TV Globo, estava entre os jornalistas diante da PF no dia 29. Bocardi é Rodrigo Bocardi, repórter da TV Globo, que atendeu Carta Capital com muita má vontade. Disse que a matéria acabara sendo apresentada por César Tralli e não por ele; e não quis dar mais informações. De alguma forma, no entanto, tanto a fita de áudio como a conversa de Bruno com os jornalistas quanto ao CD com imagens do dinheiro foram passados à chefia de jornalismo do JN em São Paulo e de lá foram levadas a Ali Kamel, no Rio.

Kamel é uma espécie de guardião da doutrina da fé, o Raztinger da Globo, como dizem ironicamente pessoas da organização dos Marinho, que criticam o excesso de zelo deste que é um editor em última instância de todo o noticiário político da emissora carioca. A crítica lembra o papel do cardeal Joseph Raztinger, atualmente papa Bento XVI, no papado de João Paulo II.

Compreende-se por que a decisão sobre o que fazer com o áudio e com as fotos tivesse de ser tomada pelas mais altas autoridades da emissora. Se divulgasse o conteúdo exato das duas informações, a Globo estaria mostrando que o delegado queria usar a emissora para os claros fins políticos que manifesta e que a emissora tinha feito a sua parte nesse projeto. A saída de Kamel - aparentemente, segundo relato de terceiros, ouvidos por Carta Capital, já que ele mesmo não quis se manifestar - foi a de omitir qualquer referência à existência do áudio: "Não nos interessa ter essa fita. Para todos os efeitos, não a temos", teria dito Kamel. A informação complicava a Globo. A informação sumiu.

2006-10-16 13:05:56 · answer #4 · answered by lalala 3 · 0 0

Isso não me surpreende, eu sempre soube disso. O jogo é mais sujo que "nossas vãs filosofias" possam imaginar.

Já armaram sim para o segundo turno, mas acredito que o povo já aprendeu.

Os ratos estão ávidos por mamar nas tetas do FMI, e os americanos já deram a ordem a seus capangas da Globo para tentar sabotar a reeleição de Lula.

Não esqueçam que a Globo vivia sendo subsidiada por FHC, por isso ele conseguiu a reeleição.

Acredito que desta vez toda essa maquinaria não vai vencer. Pena que muitos não enxergam!

>>>>>>>>>

2006-10-16 13:05:49 · answer #5 · answered by Diana 4 · 0 0

Não sabia se que e verdade?

2006-10-16 12:45:53 · answer #6 · answered by Anonymous · 0 0

fedest.com, questions and answers