Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg, 22 de Abril de 1724 — Königsberg, 12 de Fevereiro de 1804) foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, um representante do Iluminismo, indiscutivelmente um dos seus pensadores mais influentes. Kant teve um grande impacto no Romantismo alemão e nas filosofias idealistas do século XIX, tendo esta sua faceta idealista sido um ponto de partida para Hegel.
Aparte essa vertente idealista que iria desembocar na filosofia de Hegel (e Marx), alguns autores consideram que Kant fez ao nível da epistemologia uma síntese entre o Racionalismo continental (de René Descartes e Gottfried Leibniz, onde impera a forma de raciocínio dedutivo), e a tradição empírica inglesa (de David Hume, John Locke, ou George Berkeley, que valoriza a indução).
Kant é famoso sobretudo pela sua concepção conhecida como idealismo transcendental - todos nós trazemos formas e conceitos a priori (que não necessitam de experiência) para a experiencia crua do mundo, os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. A filosofia da natureza e da natureza humana de Kant é historicamente uma das mais determinantes fontes do relativismo conceptual que dominou a vida intelectual do século XX. No entanto, é muito provável que Kant rejeitasse o relativismo nas suas formas contemporâneas, como por exemplo o Pós-modernismo.
Kant é também conhecido pela sua filosofia moral pela sua proposta, a primeira moderna, de uma teoria da formação do sistema solar, conhecida como a hipótese Kant-Laplace.
Por volta de 1770, com 46 anos, Kant leu a obra do filósofo escocês David Hume. Hume é por muitos considerados um empirista ou um cético, desprezando toda a metafísica, enquanto outros o consideram um naturalista. A sua tese mais famosa é que nada na nossa experiência justifica a existência de "poderes causais" inerentes nas coisas. Por exemplo, quando uma bola de bilhar choca com outra, a segunda "deve" mover-se. Obviamente, as coisas sempre aconteceram assim, e por isso tendemos a pensar, "pelo costume e pelo hábito" que assim seja. Só que não há motivos racionais para isso.
Kant sentiu-se profundamente perturbado, achava o argumento de Hume irrefutável, mas as suas conclusões inaceitáveis. Durante 10 anos não publicou nada e, então, em 1781 publicou o massivo "Crítica da Razão Pura", possivelmente o livro mais influente da moderna filosofia.
Neste livro, ele desenvolveu a sua noção de um argumento transcendental para mostrar que, em suma, apesar de não podermos saber necessariamente verdades sobre o mundo "como ele é em si", estamos forçados a percepcionar e a pensar acerca do mundo de certas formas: podemos saber com certeza um grande número de coisa sobre "o mundo como ele nos aparece": por exemplo, que cada evento estará causalmente conectado com outros, que aparições no espaço e no tempo obedecem a leis da geometria, da aritmética, etc.
Nos cerca de vinte anos seguintes, até à sua morte em 1804, a produção de Kant foi incessante. O seu edifício da filosofia crítica foi completado com a "Crítica da Razão Prática", que lidava com a moralidade de forma similar ao modo que a primeira "crítica" lidava com o conhecimento; e a "Crítica do Julgamento", que lidava com os vários usos dos nossos poderes mentais que nem conferem conhecimento factual nem nos obrigam a agir: o julgamento estético (Do Belo e Sublime) e julgamento teleológico (Construção de Coisas Como Tendo "Fins"). Como Kant os entendeu, o julgamento estético e teleológico conectam os nossos julgamentos morais e empíricos um ao outro, unificando o seu sistema.
2006-10-14 13:45:49
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answer #1
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answered by jorge luiz stein 5
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A "Crítica da Razão Pura" (Kritik der reinen Vernunft), publicada incialmente em 1781 com uma segunda edição em 1787, é considerada a obra mais influente e mais lida do filósofo alemão Immanuel Kant e uma das mais influentes e importante em toda história da filosofia ocidental. Ela é geralmente referida como "primeira crítica" de Kant, sendo procedida pela "Crítica da Razão Prática" e "Crítica do Julgamento".
Neste livro Kant responde 3 questões fundamentais da filosofia: Que podemos saber? Que devemos fazer? Que nos é lícito esperar?
2006-10-14 20:57:41
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answer #7
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answered by Rossa 2
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Socialist,
A "Crítica da Razão Pura" (Kritik der reinen Vernunft), publicada incialmente em 1781 com uma segunda edição em 1787, é considerada a obra mais influente e mais lida do filósofo alemão Immanuel Kant e uma das mais influentes e importante em toda história da filosofia ocidental. Ela é geralmente referida como "primeira crítica" de Kant, sendo procedida pela "Crítica da Razão Prática" e "Crítica do Julgamento".
Neste livro Kant responde 3 questões fundamentais da filosofia: Que podemos saber? Que devemos fazer? Que nos é lícito esperar?
Dá para você também me responder essa tres perguntas?
2006-10-14 20:37:21
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answer #9
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answered by O GRANDE MESTRE 3
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