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Você acredita que ao nascermos,seria como se recebecemos uma folha em branco, onde escrevemos a nossa história?

2006-10-14 06:55:25 · 16 respostas · perguntado por suely 4 em Artes e Humanidades Filosofia

16 respostas

Sou co-autor.
O primeiro autor é Deus.
Os seguintes, foram meus pais, com sua educação e genética.
Depois eu tomei as rédeas e dei muita cabeçada por aí.
Agora, meu parceiro é Deus.
Eu o convidei a me guiar e Ele, com carinho, tem me ajudado nesta caminhada. E tem dado muito certo! A minha vida não é nenhum "best-seller", mas é bem interessante.
Obrigado, Suely, por me levar a pensar no assunto.

2006-10-14 08:04:29 · answer #1 · answered by Colorado 4 · 2 0

A primeira pergunta a se fazer é: A que livro da vida você se refere?
A primeira referência histórica de um livro com este nome se deu no Egito, por volta de 1.000 a.C. e foi escrito por astrólogos dos Faraós.
A questão do "livro da vida" surge principalmente no Apocalipse. A primeira referência está no Salmos (69:28), onde Deus escreve o nome daqueles que são os justos e que serão salvos no juízo final.
Jesus fala cita o livro da vida, e seus apóstolos comentam sobre a inscrição dos nomes, como por exemplo em Filipenses (4:3). A parte citação clássica sobre o livro da vida, até hoje discutido entre os teólogos, é Apocalipse (20:15) "E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo."
O livro da vida, segundo o velho e novo testamento, será aberto pelo cordeiro de Deus, que segundo o velho testamento é o messias que será sacrificado pelos pecados do homem. No cristianismo é Jesus Cristo.

Santo Agostinho coloca exatamente esta questão no seu livro "Confições" e "Livre-Arbitrio". Se Deus escreve o livro da vida, somos então passivos a sua vontade? Temos alguma participação? Se Deus já montou o destino humano, e o que cada um fará, então ele escolheu quem seria salvo ou condenado? Sua resposta é que se olharmos para o "Livro do Mundo" a razão nos levará a fé em Jesus Cristo. "Todo o signo do mundo remete a Jesus Cristo" (De Magistro, XI). O mundo condena, mas a razão nos tira do destino de condenação e nos leva a Jesus. O processo disso é simplesmente uma questão de fé.

Na modernidade Lutero e Calvino também colocaram esta questão. Lutero, estudioso de Sto. Agostinho, não crê que sua resposta foi bem respondida. Para ele não existe livre-arbitrio, pois tudo Deus conhece. Porém, Deus não interefere na salvação. Deus só sabe quem será salvo, porém é o indivíduo, vivendo no mundo, que escolherá ser ou não salvo. Para isso ele remete ao livro de Galatas (cap. 2 em diante). Deus dá a oportunidade, e é o homem que escolhe o que fazer - sem interferência. Neste sentido participamos em parte da inclusão de nosso nome no livro. Porém, Deus já sabe qual será a escolha.

Para Calvino, nem esta possibilidade Deus nos dá. Ele, ao fazer o mundo, e seu destino, já escolheu, de antemão, quem será ou não salvo. Ao escrever, de antemão, o livro do mundo, ele obrigatóriamente teve de escrever o livro da vida. As causalidades que formam o mundo nos tiram qualquer perspectiva de escolha livre. A sensação de liberdade, como diria os filósofos estóicos, é fruto da ignorância. Ele já escolheu os salvos, e não fixou a lista. O que o homem pode fazer é buscar os sinais de Deus sobre sua salvação.
As igrejas calvinistas, no decorrer dos anos, colocaram como um dos critérios de salvação a prosperidade oriunda do trabalho (Ver Max Weber, Ética protestane e o espírito do capitalismo).

Sendo assim, a resposta a sua pergunta dependerá da perspectiva que você adota.

2006-10-14 12:11:09 · answer #2 · answered by Prof. Dr. Licenau D´Aville 2 · 1 0

Com certeza!!!!!!!!!!!!!!!!

"Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, e ser feliz".

2006-10-14 10:26:20 · answer #3 · answered by Hera Venenosa 6 · 1 0

Olá, Suely, Te respondo como jungueano mais que convicto, não porque tenha transformado a psicologia analpitica num dogma, mas porque vejo em suas formulações conceituais as mais profícuas e promissoras até o momento atual. Assim, te respondo que quando nascemos, somos, se pensarmos em termos de conteúdo, folha em branco; mas, se pensarmos em termos de estruturas psíquicas, não o somos, vez que trazemos em nosso "incosciente coletivo", em termos de estrutura, toda a história anímica da humanidade e, cogita-se, até dos animais em geral. Não vou, porém, me estender mais a respeito de tal aspecto, se não teria de considerar muitas coisas que um discípulo e depois colaborador de Jung, Erich Newmann desenvolveu maravilhosamente em seu livro inacabado (que era judeu e foi vítima do nazismo) "The Child".
Bem, tornemos. Podemos ser em determinada medida autores ou senhores de nossa vida, de nosso destino, se conseguimos alargar, mediante o que Jung denomina "processo de individuação" (o confronto e a assimilação adequadas de figuras do "inconsciente coletivo", nosso ínfimo campo consciente (em comparação com o praticamente infinito campo inconsciente)), ou seja, nossa personalidade total, que tem como centro o Si-Mesmo (Selbst, em alemão), que é, ao mesmo tempo uma das figuras que Jung elencou desse "inconsciente coletivo". Se não, não o seremos. Bem ao contrário, das duas uma: Ou permaneceremos para sempre vítimas da ilusão de que somos plenamente conscientes, o que não impede o "iconsicente coletivo" de sempre invadir, de diferentes maneiras, nessa nossa vida (?) que acreditamos apenas consciente. Ou tendo tendo nos confrontamos com as figuras do "incosciente coletivo", mas de maneira inadequada e, assim, longe de assimilar aspectos dele à consciência, somos por ele possuídos, o que acarreta tragédias inomináveis.
Tanto num caso como no outro, o que se observa é o fenômeno a que Jung se refere como "perda da alma".
Desculpe se, porventura, a exposição não te ficou muito clara. Jung é extremamente complexo e precisamos de uma vida inteira para estudá-lo e vivenciá-lo. De tal modo, que só é possível abordá-lo de maneira mais ou menos pertinente orientando grupos de estudo - e começando pelos livros básicos (de autoria dele).
&
Ao que me lembre, foi v quem fez a pergunta sobre Heráclito e Parmênides, não foi? E tb respondeu a minha pergunta, ainda em aberto, dizendo que todas as coisas têm dois lados. Perfeito.
Mas, às vezes, caímos, ou quase, em ciladas.
Bem, despeço-me, te dizendo, brevemente que podemos ser senhores de nossa vida, de nosso destino, ou vítimas dela, dele.
Abçs.

2006-10-14 10:07:13 · answer #4 · answered by Anonymous · 1 0

Suely,
Duas coisas caminham juntas: a Soberania de Deus e a Responsabilidade Humana.
A Soberania de Deus ensina que Ele determina todas as coisas, estando inclusa a Responsabilidade Humana. Existem certas leis de Deus condicionadas à resposta humana. Por exemplo, "aquilo que o homem plantar é o que o homem colherá".
Isto deixa claro que Deus criou o homem para ser responsável, com isso em mente, podemos dizer que o homem tem uma história já traçada ao mesmo tempo que é responsável por escrevê-la.
Isso não tira a honra do Deus Soberano nem despreza a responsabilidade humana. Deus não inventou um robô, pelo contrário, criou um homem responsável, pensante como Ele o é.
Muito boa a sua pergunta.
Tchau.

2006-10-14 07:14:10 · answer #5 · answered by Anonymous · 1 0

Se e uma folha eu não sei,mais que somos nós que colhemos o que plantamos sim. somos nós mesmos é que decidimos o nosso destino nisto sim eu acredito,pois se dou bons frutos bons frutos eu colherei.

2006-10-14 07:07:52 · answer #6 · answered by locadora v 1 · 1 0

SOU CO-AUTOR. NÃO O ÚNICO AUTOR.

SOU O ESCRITOR PRINCIPAL, EM ALGUMAS CIRCUNSTÂNCIAS QUE CABEM SÓ A MIM ESCREVER, MAS NÃO ESCREVI TODAS AS CENAS PELAS QUAIS VOU PASSAR, NEM COM TODAS AS PESSOAS COM QUEM VOU CONTRACENAR.

ESSAS SÃO ESCOLHIDAS PELO ACASO, PELA OPORTUNIDADE QUE SE ABRE SEM MINHA INTERFERÊNCIA, POR DEUS OU PELO QUE MAIS QUISER PENSAR.

SOU O ASTRO PRINCIPAL DE UM FILME QUE TÊM MUITOS ROTEIRISTAS.

2006-10-14 07:06:28 · answer #7 · answered by ClaiX 6 · 1 0

Sim nosso livre arbítrio, escrevemos nossas páginas dia-a-dia...

2006-10-14 10:14:46 · answer #8 · answered by cida moura 4 · 0 0

Sim, gosto de pensar na vida como um filme.
Mas sou adpta da teoria espírita, que antes de nascermos já estamos com uma missão traçada,mas temos o livre arbítrio de fazer nossas próprias escolha, dai entra a pagina em branco, já temos um projeto, cabe a nos cumprir ou não, temos a escolha...
Não sei se consegui explicar bem, mas e fascinante, complexo também, se gosta do assunto leia E preciso algo mais da Elisa Masselli, da editora vida e consciência, não tem muito a ver com os conceitos de filosofia mas e legal ver os dois parâmetros.

2006-10-14 07:27:26 · answer #9 · answered by Yasmin P 1 · 0 0

ACREDITO SO QUE MUITAS VEZES DEIXAMOS AS FÇLHAS EM BRANCO

2006-10-14 07:08:54 · answer #10 · answered by maia 2 · 0 0

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