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CARTA DE GERALDO ALCKMIN AOS SEUS ELEITORES: (recebi em meu e-mail)
Cinthya,
Recebo com alegria sua mensagem de apoio à minha candidatura no segundo turno das eleições. Esta segunda fase zera tudo, é como uma nova eleição. O resultado do primeiro turno demonstra que recebi do Brasil inteiro uma enorme manifestação de confiança. Muito obrigado. Vamos, agora, seguir para a vitória final.
Conto com você e com o apoio dos brasileiros e brasileiras que se mostram indignados com a situação. Estão comigo todos aqueles que querem mudanças, que desejam um governo honesto e competente, com desenvolvimento e inclusão social.
O Governo Lula teve a sua chance e deixou passar. Perdeu a oportunidade para desenvolver o País quando o mundo vivia período de calmaria e prosperidade, num momento extremamente favorável. Agora é a nossa vez. É pé na estrada e fé na caminhada.
Enfrentamos no momento uma sucessão de boatos com o objetivo de assustar as pessoas.

2006-10-12 05:41:25 · 13 respostas · perguntado por Anonymous em Governo e Política Eleições

(continuação da carta)
...Há três meses nossos opositores covardemente espalham mensagens anônimas pela internet dizendo que vou privatizar a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, os Correios, a Petrobrás. Agora inventam que vamos privatizar as universidades, o Serpro, acabar com a Zona Franca de Manaus. Tudo mentira. Não venderemos ativos do Estado. Não há razão para isso. Também não vou acabar com o Bolsa-Família. Pelo contrário, vou expandi-la e aperfeiçoá-la. Ajude-nos a desmentir essa boataria articulada.
Nós somos sinceros. Olhamos nos olhos das pessoas e dizemos a verdade. Estamos em uma caminhada que nos levou de forma consagradora ao segundo turno e que vai nos levar à vitória. Agradeço de coração o seu contato conosco, e conto com você e com o seu voto.
Um forte abraço,
Geraldo Alckmin

2006-10-12 05:42:40 · update #1

13 respostas

Meu subrinho tem 4 meses, gosta de olhar eleição, mas só de ver lula falando, começa a chorar. Como ele sabe?

Realmente, pelo que lula apresentou de proposta no debate, é polo petroquimico, ou siderurgico, hbio, ou biodísel, quantos de nós vamos trabalhar nesses lugares? Quais empresas serão beneficiadas? E o resto do país não precisa de trabalho?...
Disse que vai investir em infra estrutura, não fez nada relativo em 4 anos, e não detalhou no debate quais... dá pra confiar?

Vi todos esses boatos e ataques a FHC que nem é candidato, ainda estão no vale tudo, e isso confirma minha decisão de não votar no lula!

Espero sinceramente que as pessoas de bem vençam nessas urnas. Esse país é belo de gigante potencial, para ficar na mão de exploradores inescrupulosos extraindo nosso sangue e doando nossas riquezas. O dia que o Brasil realmente acordar, nenhum país do mundo será mais rico que esse tanto no povo quanto em abundancia de recursos e produtos.

2006-10-12 06:03:01 · answer #1 · answered by Ti 4 · 3 0

O Lula está tão inseguro que aposta todas, ele já não conhece mais o limite.

2006-10-12 05:53:24 · answer #2 · answered by ivoneferr 3 · 3 0

Olá Cinthya,
Tenho minha opinião formada! Vou votar no Dr. Geraldo.
Abraço.

2006-10-12 05:48:09 · answer #3 · answered by Jos2010 6 · 3 0

Além de inventar boatos, eles tentam também comprar provas não verídicas e levantar falso testemunho...

2006-10-12 05:48:02 · answer #4 · answered by jo㯠antonio g 4 · 3 0

É o medo de perder!

2006-10-12 06:06:33 · answer #5 · answered by André 2 · 1 0

Cinthya, se formos analisar de como os políticos agem no decorrer da história, veremos que tudo se repete. Uns tentam denegrir a imagem dos outros, enfatizando menos oque interessa que é o "Plano de Governo". Quando finalmente um partido conquista o governo, obviamente não consegue fazer tudo que se comprometeu, pois isso era necesário para se eleger, todos são assim. E todos são criticados, vejamos os últimos, Lula, FHC, Collor, Sarney e mesmo que o Alckmin seja eleito, mais cedo ou mais tarde vai receber críticas, a probalidade é de 100%. A política é (infelizmente) um jogo sujo, vergonhoso. E fazemos parte disso. Se Alckmin ganhar, só vão trocar os corruptos (há alguns bons, honestos). Qual será o menos pior? Boa sorte pra nós.

2006-10-12 05:59:51 · answer #6 · answered by Anonymous · 1 1

e quem te garante que isso é so boataria?
qual seria o argumento que te leva a essa conclusão,a unica certeza que eu tenho é que nesse jogo politico todo se merecem todos tem culpa no cartorio e te digo mais com uma boa colocação no governo todos se calam.

2006-10-12 13:34:42 · answer #7 · answered by san 2 · 0 2

bom olhando do aspecto de que, quando o presidente lula era candidato á ultma eleiçao... a de 2001. varios buatos feitos pelo PSDB de que lula iria fzer com que os investidores internacionais nao investissem mais no Brasil.. de que levaria o pais á falencia... de que iria acabar com igrejas evangelicas etc e etc.... o fato de lula dizer que o candidato do PSDB irá fazer coisas similares á que FHC fez em sua gestao federal é bem que concreto, pois empresas como vale do rio doce... que com fundos monetarios populares foi fundada.... foram privatizadas. E dizer que Geraldo Alquimim ira privatizar outras como a Petrobras nao é ilusorio... mas sim convincentes.........

2006-10-12 06:06:56 · answer #8 · answered by Hugo SIRI 2 · 0 2

Fontes: IBGE, IBGE/Pnad (Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar - desde
1994); ANEEL; Bovespa; CNI; CIESP; Ministérios Federais e Agências Reg.; SUS;
CES/FGV; jornais FSP, O Globo e O Estado;

Dados do IBGE
Os valores são totalizados considerando 8 anos de governo PSDB e 3 anos e 1/2 de
governo Lula:

Número de policiais federais:
Lula: 11 mil PSDB: 5 mil

Operações da PF contra a corrupção, crime organizado, lavagem de dinheiro,
etc...:
Lula- 183 PSDB - 20

Prisões efetuadas:
Lula: 2.971 PSDB: 54

Criação de empregos :
Lula: 6 milhões (4 milhões com carteira assinada) PSDB: 700 mil

Média anual de empregos gerados :
Lula: 1,14 milhão PSDB: 87,5 mil

Taxa de desemprego nas regiões metropolitanas:
Lula: 8,3% PSDB: 11,7%

Desemprego em SP:
Lula: 16,9% PSDB: 19,0%

Exportações (em dólares):
Lula: 118,3 bilhões PSDB: 60,4 bilhões

Balança comercial (em dólares):
Lula: 103,3 bilhões (positivos) PSDB: - 8,4 bilhões
(negativos)

Transações correntes (em dólares):
Lula: 30,1 bilhões (positivos) PSDB: - 186,2 bilhões
(negativos)

Risco-país:
Lula: 204 PSDB: 2.400 (!!)
* No governo Lula, o país atingiu o patamar mais baixo da história.

Inflação:
Lula: 2,8% PSDB: 12,53%

Dívida com o FMI (em dólares):
Lula: dívida paga PSDB: 14,7 bilhões

Dívida com o Clube de Paris (em dólares):
Lula: dívida paga PSDB: 5 bilhões

Dívida pública:
Lula: 34,2% PSDB: 35,3%

Dívida externa:
Lula: 2,41% PSDB:12,45%

Investimento em desenvolvimento (em reais):
Lula: 47,1 bilhões PSDB: 38,2 bilhões

Empréstimo para habitação (em reais):
Lula: 4,5 bilhões PSDB: 1,7 bilhões

PIB:
Lula: 2,6% ao ano (até 2005) PSDB: 2,3% ao ano

Crescimento industrial:
Lula: 3,77% * O lucro líquido das grandes empresas com ações em Bolsa quase
triplicou nos três anos e meio de overno de Luiz Inácio Lula da Silva em
relação ao período da segunda gestão de Fernando Henrique Cardoso, de 1999 a
2002. Folha de S. Paulo (20/08/2006)
PSDB: 1,94%

Produção de bens duráveis:
Lula: 11,8% PSDB: 2,4%

Aumento na Produção de veículos:
Lula: 2,4% PSDB: 1,8%

Crédito para a agricultura familiar:
Lula: 6,1% PSDB: 2,4%

Crescimento real do salário mínimo:
Lula: 25,3% PSDB: 20,6%
* Ganho real de 25,7% em três anos

Valor do salário mínimo em dólares:
Lula: 152 PSDB: 55

Poder de compra do salário mínimo em relação à cesta básica:
Lula: 2,2 cestas básicas PSDB: 1,3 cesta básica

Aumento do custo da cesta básica:
Lula: 15,6% PSDB: 81,6%

Índice de Desigualdade Social:
Lula: 0,559 PSDB: 0,573

Participação dos mais pobres na renda:
Lula: 15,2% PSDB: 14,4%

Número de pobres:
Lula: 33,57% PSDB: 34,34%

Número de miseráveis:
Lula: 25,08% PSDB: 26,23%

Transferência de renda (em reais):
Lula: 7,1 bilhões PSDB: 2,3 bilhões

Média por família:
Lula: 70 reais PSDB: 25 reais

Atendidos pelo programa Saúde da Família:
Lula: 43,4% PSDB: 30,4%

Atendidos pelo programa Brasil Sorridente (atendimento odontológico) :
Lula: 33,7% PSDB: 17,5%
* 15 milhões de brasileiros foram pela primeira vez ao dentista.

Mortalidade infantil indígena (por 1000 habitantes):
Lula: 21,6 PSDB: 55,7

Número de turistas que vêm ao Brasil:
Lula: 4,6 milhões PSDB: 3,8 milhões

Pró-jovem - estudo subsidiado
Lula: 93 mil (18 a 24 anos) PSDB: não havia programa, nem
registro.
* 100 reais por mês de subsídio a cada estudante

Bolsa Família
Lula: 11,1 milhões de famílias PSDB: o programa era o
Bolsa Escola com menos atendidos e atendimento mais limitado.
* Educação e subsídio alimentar

Incremento no acesso a água no semi-árido nordestino
Lula: 762 mil pessoas e 152 mil cisternas PSDB: zero, não
havia programa.

Distribuição de leite no semi-árido (sistema pequeno produtor)
Lula: 3,3 milhões de brasileiros PSDB: zero, não havia
programa.

Áreas ambientais preservadas
Lula: incremento de 19,6 milhões de hectares (2003 a 2006)
Do ano de 1500 até 2002: 40 milhões de hectares

Apoio à agricultura familiar
Lula: 7,5 bilhões (safra 2005/2006) PSDB: 2,5 bilhões (último ano
de governo)
* O governo Lula investirá 10 bilhões na safra 2006/2007

Compra de terras para Reforma Agrária
Lula: 2,7 bilhões (2003 a 2005) PSDB: 1,1 bilhão (1999 a
2002)

Investimento do BNDES em micro e pequenas empresas:
Lula: 14,99 bilhões PSDB: 8,3 bilhões

Investimentos em alimentação escolar:
Lula: 1 bilhão PSDB: 848 milhões

Investimento anual em saúde básica:
Lula: 1,5 bilhão PSDB: 155 milhões

Equipes do Programa Saúde da Família:
Lula: 21.609 PSDB: 16.698

População atendida pelo Prog. Saúde da Família:
Lula: 70 milhões PSDB: 55 milhões

Porcentagem da população atendida pelo Programa Saúde da Família:
Lula: 39,7% PSDB: 31,9%

Pacientes com HIV positivo atendidos pela rede pública de saúde:
Lula: 151 mil PSDB: 119 mil

Juros:
Lula: 16% PSDB: 25%

BOVESPA
Lula: 35,2 mil pontos PSDB: 11,2 mil pontos

Dívida externa:
Lula: 165 bilhões PSDB: 210 bilhões

Desemprego no país:
Lula: 9,6% PSDB: 12,2%

Dívida/PIB:
Lula: 51% PSDB: 57,5%

Eletrificação Rural - Luz Para Todos
Lula: 3 milhões de pessoas PSDB: 2,7 mil pessoas

Livros gratuitos para o Ensino Médio
Lula: 7 milhões PSDB: zero

Geração de Energia Elétrica
Lula: 1.567 empreendimentos em operação, gerando 95.744.495 kW de potência.
Está prevista ara os próximos anos uma adição de 26.967.987 kW na capacidade
de geração do País, proveniente os 65 empreendimentos atualmente em
construção e mais 516 outorgadas.
PSDB em final de governo: apagão

Privatizações
Lula: zero PSDB : 100 bilhões ( onde foi parar ?)

2006-10-12 06:05:18 · answer #9 · answered by Carlos Wagner S 1 · 0 3

MISSÃO DIVINA DE ALCKMIN: TOMAR O PODER PARA O OPUS DEI
Por Altamiro Borges
Geraldo Alckmin de inocente não tem nada. Conhece bem a história nefasta do Opus Dei. Numerário ele não é, já que não reside nos casarões da Obra de Deus, não fez voto de castidade e, tudo indica, não usa duas vezes ao dia o cilício nas coxas (cinturão com pontas de metal) e nem se chicoteia com a "disciplina". Mas ele se encaixa perfeitamente no figurino do supernumerário, o seguidor com "disfarce civil" e a missão divina de conquistar poder político para o Opus Dei.

"Fanático e doente mental"
O Opus Dei (do latim, Obra de Deus) foi fundado em outubro de 1928, na Espanha, pelo padre Josemaría Escrivá. O jovem sacerdote de 26 anos diz ter recebido a "iluminação divina" durante a sua clausura num mosteiro de Madri. Preocupado com o avanço das esquerdas no país, este excêntrico religioso, visto pelos amigos de batina como um "fanático e doente mental", decidiu montar uma organização ultra-secreta para interferir nos rumos da Espanha. Segundo as suas palavras, ela seria "uma injeção intravenosa na corrente sanguínea da sociedade", infiltrando-se em todos os poros de poder. Deveria reunir bispos e padres, mas, principalmente, membros laicos, que não usassem hábitos monásticos ou qualquer tipo de identificação.
Reconhecida oficialmente pelo Vaticano em 1947, esta seita logo se tornou um contraponto ao avanço das idéias progressistas na Igreja. Em 1962, o papa João 23 convocou o Concílio Vaticano 2, que marca uma viragem na postura da Igreja, aproximando-a dos anseios populares. No seu fanatismo, Escrivá não acatou a mudança. Criticou o fim da missa rezada em latim, com os padres de costas para os fiéis, e a abolição do Index Librorum Prohibitorum, dogma obscurantista do século 16 que listava livros "perigosos" e proibia sua leitura pelos fiéis. "Este concílio, minhas filhas, é o concílio do diabo", garantiu Escrivá para alguns seguidores, segundo relato do jornalista Emílio Corbiere no livro Opus Dei: El totalitarismo católico.

O poder no Vaticano
Josemaría Escrivá faleceu em 1975. Mas o Opus Dei se manteve e adquiriu maior projeção com a guinada direitista do Vaticano a partir da nomeação do papa polonês João Paulo II. Para o teólogo espanhol Juan Acosta, "a relação entre Karol Wojtyla e o Opus Dei atingiu o seu êxito nos anos 80-90, com a irresistível acessão da Obra à cúpula do Vaticano, a partir de onde interveio ativamente no processo de reestruturação da Igreja Católica sob o protagonismo do papa e a orientação do cardeal alemão Ratzinger". Em 1982, a seita foi declarada "prelazia pessoal" - a única existente até hoje -, o que no Direito Canônico significa que ela só presta contas ao papa, que só obedece ao prelado (cargo vitalício hoje ocupado por dom Javier Echevarría) e que seus adeptos não se submetem aos bispos e dioceses, gozando de total autonomia.
O ápice do Opus Dei ocorreu em outubro de 2002, quando o seu fundador foi canonizado pelo papa numa cerimônia que reuniu 350 mil simpatizantes na Praça São Pedro, no Vaticano. A meteórica canonização de Josemaría Escrivá, que durou apenas dez anos, quando geralmente este processo demora décadas e até séculos, gerou fortes críticas de diferentes setores católicos.
Muitos advertiram que o Opus Dei estava se tornando uma "igreja dentro da Igreja". Lembraram um alerta do líder jesuíta Vladimir Ledochowshy que, num memorando ao papa, denunciou a seita pelo "desejo secreto de dominar o mundo". Apesar da reação, o papa João Paulo II e seu principal teólogo, Joseph Ratzinger, ex-chefe da repressora Congregação para Doutrina da Fé e atual papa Beto 16, não vacilaram em dar maiores poderes ao Opus Dei.
Vários estudos garantem que esta relação privilegiada decorreu de razões políticas e econômicas. No livro "O mundo secreto do Opus Dei", o jornalista canadense Robert Hutchinson afirma que esta organização acumula uma fortuna de 400 bilhões de dólares e que financiou o sindicato Solidariedade, na Polônia, que teve papel central na débâcle do bloco soviético nos anos 90. O complô explicaria a sólida amizade com o papa, que era polonês e um visceral anticomunista. Já Henrique Magalhães, numa excelente pesquisa na revista A Nova Democracia, confirma o anticomunismo de Wojtyla e relata que "fontes da Igreja Católica atribuem o poder da Obra à quitação da dívida do Banco Ambrosiano, fraudulentamente falido em 1982".

O vínculo com os fascistas
Além do fundamentalismo religioso, o Opus Dei sempre se alinhou aos setores mais direitistas e fascistas. Durante a Guerra Civil Espanhola, deflagrada em 1936, Escrivá deu ostensivo apoio ao general golpista Francisco Franco contra o governo republicano legitimamente eleito. Temendo represálias, ele se asilou na embaixada de Honduras, depois se internou num manicômio, "fingindo-se de louco", antes de fugir para a França. Só retornou à Espanha após a vitória dos golpistas. Desde então, firmou sólidos laços com o ditador sanguinário Francisco Franco. "O Opus Dei praticamente se fundiu ao Estado espanhol, ao qual forneceu inúmeros ministros e dirigentes de órgãos governamentais", afirma Henrique Magalhães.
Há também fortes indícios de que Josemaría Escrivá nutria simpatias por Adolf Hitler e pelo nazismo. De forma simulada, advogava as idéias racistas e defendia a violência. Na máxima 367 do livro Caminho, ele afirma que seus fiéis "são belos e inteligentes" e devem olhar aos demais como "inferiores e animais". Na máxima 643, ensina que a meta "é ocupar cargos e ser um movimento de domínio mundial". Na máxima 311, ele escancara: "A guerra tem uma finalidade sobrenatural... Mas temos, ao final, de amá-la, como o religioso deve amar suas disciplinas". Em 1992, um ex-membro do Opus Dei revelou o que este havia lhe dito: "Hitler foi maltratado pela opinião pública. Jamais teria matado 6 milhões de judeus. No máximo, foram 4 milhões". Outra numerária, Diane DiNicola, garantiu: "Escrivá, com toda certeza, era fascista".
Escrivá até tentou negar estas relações. Mas, no seu processo de ascensão no Vaticano, ele contou com a ajuda de notórios nazistas. Como descreve a jornalista Maria Amaral, num artigo à revista Caros Amigos, "ao se mudar para Roma, ele estimulou ainda mais as acusações de ser simpático aos regimes autoritários, já que as suas primeiras vitórias no sentido de estabelecer o Opus Dei com estrutura eclesiástica capaz de abrigar leigos e ordenar sacerdotes se deram durante o pontificado do papa Pio XII, por meio do cardeal Eugenio Pacelli, responsável por controverso acordo da Igreja com Hitler". Um outro texto, assinado por um grupo de católicas peruanas, garante que a seita "recrutou adeptos para a organização fascista `Jovem Europa´, dirigida por militantes nazistas e com vínculos com o fascismo italiano e espanhol".
Pouco antes de morrer, Josemaría Escrivá realizou uma "peregrinação" pela América Latina. Ele sempre considerou o continente fundamental para sua seita e para os negócios espanhóis. Na região, o Opus Dei apoiou abertamente várias ditaduras. No Chile, participou do regime terrorista de Augusto Pinochet. O principal ideólogo do ditador, Jaime Guzmá, era membro ativo da seita, assim como centenas de quadros civis e militares. Na Argentina, numerários foram nomeados ministros da ditadura. No Peru, a seita deu sustentação ao corrupto e autoritário Alberto Fujimori. No México, ajudou a eleger como presidente seu antigo aliado, Miguel de La Madri, que extinguiu a secular separação entre o Estado e a Igreja Católica.

Infiltração na mídia
Para semear as suas idéias religiosas e políticas de forma camuflada, Escrivá logo percebeu a importância estratégica dos meios de comunicação. Ele mesmo gostava de dizer que "temos de embrulhar o mundo em papel-jornal". Para isso, contou com a ajuda da ditadura franquista para a construção da Universidade de Navarra, que possui um orçamento anual de 240 milhões de euros. Jornalistas do mundo inteiro são formados nos cursos de pós-graduação desta instituição.
O Opus Dei exerce hoje forte influência sobre a mídia. Um relatório confidencial entregue ao Vaticano em 1979 pelo sucessor de Escrivá revelou que a influência da seita se estendia por "479 universidades e escolas secundárias, 604 revistas ou jornais, 52 estações de rádio ou televisões, 38 agências de publicidade e 12 produtores e distribuidoras de filmes".
Na América Latina, a seita controla o jornal El Observador (Uruguai) e tem peso nos jornais El Mercúrio (Chile), La Nación (Argentina) e O Estado de S.Paulo. Segundo várias denúncias, ela dirige a Sociedade Interamericana de Imprensa, braço da direita na mídia hemisférica. No Brasil, a Universidade de Navarra é comandada por Carlos Alberto di Franco, numerário e articulista do Estadão, responsável pela lavagem cerebral semanal de Geraldo Alckmin nas famosas "palestras do Morumbi". Segundo a revista Época, seu "programa de capacitação de editores já formou mais de 200 cargos de chefia dos principais jornais do país". O mesmo artigo confirma que "o jornalista Carlos Alberto Di Franco circula com desenvoltura nas esferas de poder, especialmente na imprensa e no círculo íntimo do governador Geraldo Alckmin".
O veterano jornalista Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, há muito denuncia a sinistra relação do Opus Dei com a mídia nacional. Num artigo intitulado "Estranha conversão da Folha", critica seu "visível crescimento na imprensa brasileira. A Folha de S.Paulo parecia resistir à dominação, mas capitulou". No mesmo artigo, garante que a seita "já tomou conta da Associação Nacional de Jornais (ANJ)", que reúne os principais monopólios da mídia do país. Para ele, a seita não visa a "salvação das almas desgarradas. É um projeto de poder, de dominação dos meios de comunicação. E um projeto desta natureza não é nem poderia ser democrático. A conversão da Folha é uma opção estratégica, política e ideológica".

A "santa máfia"
Durante seus longos anos de atuação nos bastidores do poder, o Opus Dei constituiu uma enorme fortuna, usada para bancar seus projetos reacionários - inclusive seus planos eleitorais. Os recursos foram obtidos com a ajuda de ditadores e o uso de máquinas públicas. "O Opus Dei se infiltrou e parasitou no aparato burocrático do Estado espanhol, ocupando postos-chaves. Constituiu um império econômico graças aos favores nas largas décadas da ditadura franquista, onde vários gabinetes ministeriáveis foram ocupados integralmente por seus membros, que ditaram leis para favorecer os interesses da seita e se envolveram em vários casos de corrupção, malversação e práticas imorais", acusa um documento de católico do Peru.
A seita também acumulou riquezas através da doação obrigatória de heranças dos numerários e do dizimo dos supernumerários e simpatizantes infiltrados em governos e corporações empresariais. Com a ofensiva neoliberal dos anos 90, a privatização das estatais virou outra fonte de receitas. Poderosas multinacionais espanholas beneficiadas por este processo, como os bancos Santander e Bilbao Biscaia, a Telefônica e empresa de petróleo Repsol, tem no seu corpo gerencial adeptos do Opus.
Para católicos mais críticos, que rotulam a seita de "santa máfia", esta fortuna também deriva de negócios ilícitos. Conforme denuncia Henrique Magalhães, "além da dimensão religiosa e política, o Opus Dei tem uma terceira face: da sociedade secreta de cunho mafioso. Em seus estatutos secretos, redigidos em 1950 e expostos em 1986, a Obra determina que `os membros numerários e supernumerários saibam que devem observar sempre um prudente silêncio sobre os nomes dos outros associados e que não deverão revelar nunca a ninguém que eles próprios pertencem ao Opus Dei´. Inimiga jurada da Maçonaria, ela copia sua estrutura fechada, o que frequentemente serve para encobrir atos criminosos".
O jornalista Emílio Corbiere cita os casos de fraude e remessa ilegal de divisas das empresas espanholas Matesa e Rumasa, em 1969, que financiaram a Universidade de Navarra. Há também a suspeita do uso de bancos espanhóis na lavagem de dinheiro do narcotráfico e da máfia russa. O Opus Dei esteve envolvido na falência fraudulenta do banco Comercial (pertencente ao jornal El Observador) e do Crédito Provincial (Argentina). Neste país, os responsáveis pela privatização da petrolífera YPF e das Aerolineas Argentinas, compradas por grupos espanhóis, foram denunciados por escândalos de corrupção, mas foram absolvidos pela Suprema Corte, dirigida por Antonio Boggiano, outro membro da Opus Dei. No ano retrasado, outro numerário do Opus Dei, o banqueiro Gianmario Roveraro, esteve envolvido na quebra da Parlamat.

"A Internacional Conservadora"
O escritor estadunidense Dan Brown, autor do best seller O Código da Vinci, não vacila em acusar esta seita de ser um partido de fanáticos religiosos com ramificações pelo mundo. O Opus Dei teria cerca de 80 milhões de fiéis, muitos deles em cargos-chave em governos, na mídia e em multinacionais. Henrique Magalhães garante que a "Obra é vanguarda das tendências mais conservadoras da Igreja Católica".
Num livro feito sob encomenda pelo Opus Dei, o vaticanista John Allen confessa este poderio. Ele admite que a seita possui um patrimônio de US$ 2,8 bilhões - incluindo uma luxuosa sede de US$ 60 milhões em Manhattan - e que esta fortuna serve para manter as suas instituições de fachada, como a Heights School, em Washington, onde estudam os filhos dos congressistas do Partido Republicano de George W.Bush.
Numa reportagem que tenta limpar a barra do Opus Dei, a própria revista Superinteressante, da suspeita Editora Abril, reconhece o enorme influência política desta seita. E conclui: "No Brasil, um dos políticos mais ligados à Obra é o candidato a presidente Geraldo Alckmin, que em seus tempos de governador de São Paulo costumava assistir a palestras sobre doutrina cristã ministradas por numerários e a se confessar com um padre do Opus Dei. Alckmin, porém, nega fazer parte da ordem". Como se observa, o candidato segue à risca um dos principais ensinamentos do fascista Josemaría Escrivá: "Acostuma-se a dizer não".

2006-10-12 05:51:05 · answer #10 · answered by amigodomundo 6 · 0 3

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