Via Láctea
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Via LácteaA Via Láctea é a galáxia onde está localizado o Sistema Solar da Terra. É uma estrutura constituída por cerca de 200.000.000.000 (Duzentos bilhões) de estrelas (algumas estimativas colocam esse número no dobro, em torno de 400.000.000.000) e tem uma massa de cerca de 750 bilhões e um trilhão de massas solares. A idade da Via Láctea está calculada entre treze e vinte bilhões de anos, embora alguns autores afirmem estar na faixa de quatorze bilhões de anos.
Índice [esconder]
1 Estrutura
1.1 Núcleo
1.2 Bulbo central
1.3 Disco
1.4 Braços espirais
1.5 Componente esférico
1.6 Halo
1.7 Dificuldades à observação
1.8 A rotação Galáctica
2 Envolvente
3 Histórico
3.1 Harlow Shapley
3.2 Edwin Hubble
3.3 Walter Baade
4 Ligações externas
5 Bibliografia recomendada
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Estrutura
São seis as partes constituintes da Via Láctea:
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Núcleo
O núcleo está localizado no centro do sistema, tem a forma de uma esfera achatada e é igualmente constituído por estrelas, mas de idade mais avançada (chamada de população 2) apresentando por isso, uma cor mais avermelhada do que o disco. Tem um diâmetro calculado em cerca de 100.000 anos-luz e uma altura de 30.000 anos-luz, sendo uma fonte de intensa radiação eletromagnética, provavelmente devido à existência de um buraco-negro no seu centro. Este é envolto por um disco de gás a alta temperatura e por partículas de poeira interestelar que ocultam-no, absorvendo a luz visível e a radiação ultravioleta. Porém, na faixa de radiofreqüência é detectável com certa facilidade. O buraco negro central recebeu o nome de Sagittarius A, sua massa foi estimada em aproximadamente quatro milhões de vezes a massa do Sol. Em torno do buraco negro Sagitarius A parece haver indicação da presença de nuvens de gás em rápido movimento e ionizadas. Esta é devida a fortes emissões de raios X e radiação infravermelha provenientes núcleo galáctico.
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Bulbo central
O bulbo central galáctico é em torno do núcleo galáctico, sua forma é esférica e constituído principalmente por estrelas do tipo população II (estrelas velhas). Esta região da galáxia é rica em elementos pesados. Também estão presentes aglomerados globulares de estrelas semelhantes (de mesma composição), suas órbitas são aproximadamente radiais ao redor do núcleo.
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Disco
O disco é a parte mais visível da galáxia, é nesta estrutura sobre a qual repousam os braços da Via Láctea, sua espessura equivale a um quinto de seu diâmetro. Constituído pela população mais jovem de estrelas (chamada de população 1) de cor azulada, por nuvens de poeira, gás e por aglomerados estelares. As estrelas do disco, têm um movimento de translação em volta do núcleo. Todas as estrelas que observamos no céu nocturno, estão localizadas no disco galáctico.
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Braços espirais
Até 1953 não se conhecia a existência de braços espirais na Via Láctea. A visualização da estrutura espiral era ocultada pela poeira interestelar e dificultada por ser efetuada do interior da própria galáxia. As estrelas estão concentradas em cinco braços que formam espirais opticamente identificáveis:Perseu, Órion, Sagitáro, Norma e Braço 3kpc.Desta forma, a Via-Láctea é classificada como sendo uma galáxia espiral e seus braços estão em movimento rotatório em torno do núcleo à semelhança de um grande cata-vento. É nesta região galáctica, o braço de Órion, que está localizado o nosso sistema solar. O Sol efetua uma rotação completa a cada 200 Milhões de anos e está localizado a cerca de 27.000 anos-luz do centro galáctico.
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Componente esférico
A forma de disco da Via Láctea não é compacta, o centro e o bulbo central configuram uma região chamada de componente esférico. As estrelas compreendidas nesta são do tipo 1 e tipo 2 estando distribuídas de forma mais ou menos uniforme. Esta região é envolta pelo Halo e somente identificável de forma indireta.
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Halo
O halo tem uma forma esférica e é constituída por partículas ultra excitadas a alta temperatura, anãs vermelhas, anãs brancas e por aglomerados globulares, que estão em órbita em torno do centro de massa galáctico. O halo, como tal, não é observável opticamente. As estrelas que formam os aglomerados globulares (de forma esférica) são as mais antigas da galáxia. Por ser o componente menos conhecido da Via Láctea, supõe-se que sua estrutura seja gigantesca. O Halo envolve toda a estrutura visível da galáxia. Sua existência é demonstrada pelos efeitos provocados na curva de rotação externa da galáxia. É sabido, porém, que o halo se estende para além de cem mil anos-luz do centro galáctico. A sua massa gira entre cinco ou dez vezes maior do que a massa restante da galáxia. Sua forma, seus componentes e seus limites no espaço intergaláctico são desconhecidos até o início do século XXI, e muitas das afirmações acerca do halo são especulações científicas.
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Dificuldades à observação
A observação e o estudo da Via Láctea é dificultado pelo facto de o plano galáctico estar obscurecido por nuvens de poeira e gás (atómico - H e molecular - HII) que absorvem a luz visível. Assim, muito do que sabemos da estrutura geral da nossa galáxia é inferido a partir da observação de outras galáxias e por observação através de observatórios capazes de medições em comprimentos de onda não bloqueados pelas poeiras (nomeadamente infravermelho, Raios X e SHF, principalmente).
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A rotação Galáctica
A Via Láctea descreve como um todo um movimento de rotação. Seus componentes não se deslocam à mesma velocidade. As estrelas que estão a uma distância maior do centro, movem-se a velocidades mais baixas do que as mais próximas.
O Sol descreve uma órbita que pode ser considerada circular. Sua velocidade relativa ao Universo, gira em torno de 225km/s, seu período de revolução é de aproximadamente de 200 milhões de anos.
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Envolvente
A Via Láctea está inserida no chamado Grupo Local de galáxias que é constituído por cerca de trinta outras galáxias. As principais são a Via Láctea (a mais massiva) e a galáxia de Andrómeda (a de maior dimensão) separadas entre si em cerca de 2.600.000 de anos-luz. Estas duas galáxias espirais gigantes estão em órbita de um centro de massa comum. As restantes galáxias do Grupo Local são de pequenas dimensões e forma irregular sendo que algumas são satélites quer da nossa galáxia (como as famosas nuvens de Magalhães) quer da de Andrómeda.
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Histórico
Historicamente, sempre se considerou que a Via Láctea englobava todo o universo. Mesmo as outras galáxias observadas pelos telescópios de então, estariam incluídas dentro da nossa galáxia.
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Harlow Shapley
Até o início do século XX, acreditava-se que a Via Láctea fosse um sistema relativamente pequeno, com o Sol próximo de seu centro. Harlow Shapley em 1917, mediante a análise da distribuição espacial dos aglomerados globulares (esféricos ou elipsóides) na galáxia, realizou o primeiro cálculo seguro das reais dimensões da Via Láctea.
Shapley descobriu por exemplo, que o Sol se situava a trinta mil anos-luz do centro galáctico e que estava mais próximo das bordas. Calculou um diâmetro de cem mil anos-luz para a Via Láctea, e que havia corpos aparentemente em órbita desta, que em futuro próximo Edwin Hubble provou serem outras galáxias.
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Edwin Hubble
Foi a partir do trabalho realizado pelo astrónomo norte-americado Edwin Hubble em 1924 que houve a determinação aproximada da extensão de nosso universo. Hubble provou pela teoria conhecida atualmente como a constante de Hubble que existem outras galáxias e que estas se afastam de nós. Ao medir a razão (velocidade) a que as galáxias se afastavam (indicando assim que se encontravam a uma grande distância), permitiu demonstrar que afinal essas estruturas se encontravam fora da Via Láctea e eram, elas mesmo, "ilhas" constituídas por estrelas.
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Walter Baade
O astrônomo Walter Baade observou pela primeira vez na década de 1940, durante suas pesquisas sobre a galáxia de Andrômeda, a teoria da nucleossíntese, que estabelece que a abundância de elementos pesados em gerações sucessivas de estrelas deve aumentar com o tempo, e que o processo de formação de estrelas terminou no halo há muito tempo, mas continua até os dias atuais no disco de Andrômeda. Através deste estudo, descobriu haver um paralelo também com a formação e evolução da Via Láctea pela análise da correlação existente entre a localização espacial de uma estrela no sistema galáctico e sua abundância em elementos pesados.
Baade e outros astrônomos concluíram então que as estrelas encontradas no disco da Via Láctea são tipo população I (estrelas jovens e pouco abundantes em elementos pesados), e que as do halo classificam-se principalmente como população II (estrelas velhas e abundantes em elementos pesados), enquanto as do núcleo são uma mistura homogênea dos dois tipos.
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Ligações externas
Dep. de Astronomia da Univ. Federal do Rio Grande de Sul - Brasil
Clube de Astronomia do Colégio Estadual do Paraná.
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Bibliografia recomendada
Cooper, Heather; Henbest, Nigel; The Guide to the Galaxy - Cambridge University Press, 1994.
Croswell, Ken; The Alchemy of the Heavens - Anchor Books, New York, 1995.
J., Bart; Bok, Priscilla F.; The Milky Way - 5th edition. Harvard University Press, 1981.
Retirado de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Via_L%C3%A1ctea"
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2006-10-11 06:58:47
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