PORQUE NÃO VOTAR EM ALCKMIN
Um apelo contra a guinada reacionária
Há uma forte argumentação tucana que parte de alguns pressupostos preconceituosos sobre os eleitores de Lula e que fazem chegar a conclusões discriminatórias e equivocadas. Esta argumentação encontra na revista Veja um dos seus principais veículos de propagação e encontra no eleitorado desinformado uma adesão perplexificante.
Segundo essa argumentação, o voto em Lula seria um voto “burro”, um voto “manipulado” e um voto “nordestino”. Numa matéria de capa da revista Veja, a manchete parecia ironizar com a frase: “Ela vai decidir a eleição” e a imagem mostrava a foto de uma mulher negra, pobre, nordestina e com baixíssimo grau de escolaridade. Este é o perfil que a Veja e a direita traçam do eleitorado de Lula num tom de repulsa e deboche.
Os principais meios de comunicação não se cansam de enfatizar que, no primeiro, turno Lula ganhou no Nordeste, mas Alckmin venceu no Centro-Sul do País, procurando associar o eleitorado de Alckmin a uma parcela da sociedade cujo voto é mais qualificado.
Convenhamos, este mito deve ser desfeito de uma vez por todas! Afinal de contas, que “voto qualificado” é esse? Alckmin venceu com 54% dos votos em São Paulo, o Estado que elegeu Paulo Maluf (PP), Celso Russomanno (PP) e Clodovil (PTC) como os três deputados federais mais votados. Enéas (PRONA), Frank Aguiar (PTB), Paulo Renato de Souza (PSDB), Valdemar Costa Neto (PL) e os petistas envolvidos nos últimos escândalos (João Paulo Cunha, José Mentor, Antônio Palocci e Ricardo Berzoini) também foram eleitos por São Paulo. O velho Maluf está de volta com o status de deputado mais votado da próxima legislatura!
Sobre os mitos em torno do voto em Lula, sugiro a leitura da revista CartaCapital 412, de 22 de setembro de 2006. Nessa edição, Marcos Coimbra, com base em pesquisa VoxPopuli , desfaz essas “teses equivocadas que impedem a adequada compreensão de como se formaram as intenções de voto a favor da reeleição”. A quem interessar é possível ler parte da matéria acessando o link:
http://www.cartacapital.com.br/index.php?funcao=exibirMateria&id_materia=5409.
Mas a minha proposta aqui não é fazer uma exclusiva defesa de Lula, que avançou nas políticas sociais com muita timidez e teve sob seu governo um verdadeiro cataclismo de denúncias de corrupção. O que não dá para tolerar é o discurso alckmista que transforma toda a orgia tucana numa écloga cheia de benevolência. A política liberal de FHC arrasou a classe trabalhadora do País e favoreceu apenas à elite, aos grandes empresários, aos banqueiros e aos investidores externos. A privataria desenfreada nos governos tucanos representou o colapso do Poder Público em favor de interesses privados e escusos.
Em São Paulo, o PSDB está no governo há 12 anos e já provocou irreparáveis desastres econômicos e graves transtornos à população com a venda de empresas como a Eletropaulo, a Telesp, a Congás e a CESP, fora as constantes ameaças de privatizar outras instituições públicas, como a USP, por exemplo.
Em Minas, ainda estamos experimentando. Aécio, eleito com 77% dos votos, já iniciou a privatização de várias estradas e vem solapando importantes instituições governamentais, como o IPSEMG, para justificar futuras privatizações.
No âmbito da federação, nenhum exemplo é melhor do que o da Companhia Vale do Rio Doce, cuja privatização é alvo de protestos intensos, sendo contestada inclusive pela Justiça.
Não concordo que o voto em Lula seja um voto “burro”, “cínico” ou “manipulado”, pois os últimos quatro anos nos trouxeram avanços importantes para o Brasil. A corrupção, que não encontrará seu remédio sob o bico tucano, deve ser combatida – e nenhum governo anterior fez mais para detê-la do que o governo petista. Alckmin engavetou 70 CPIs para investigar a corrupção em seu governo e ainda não explicou seu envolvimento no escândalo de Furnas e nem a acusação que recai sobre Eduardo Azeredo, senador do PSDB por Minas, que teria utilizado o Valerioduto em 1998.
Refrescar a memória é um exercício fundamental nessas horas. Durante a Era FHC não foram poucas e nem menos graves as denúncias de corrupção. Pelo contrário! Por ordem cronológica, podemos citar os escândalos do Sivam (início de 1995), da Pasta Rosa (agosto de 1995), dos Precatórios (1996), da compra de votos para passar a emenda da reeleição (1997), do socorro governamental aos bancos Marka e FonteCidam (1999), da privatização da Telebrás e das denúncias que recaíram sobre Eduardo Jorge, Secretário-Geral do presidente Fernando Henrique, no início dos anos 2000. Todos esses episódios tiveram suas investigações esvaziadas ou barradas pelos articuladores governistas. Nessa época, o procurador-geral da República foi apelidado de “engavetador geral”, pois quase 80% dos inquéritos instalados foram arquivados ou engavetados.
Não devemos esquecer os erros do governo Lula. Não vamos esconder os fatos e acreditar que não houve corrupção durante os últimos quatro anos. A luta contra a corrupção é uma luta permanente de toda a sociedade, seja no governo tucano ou petista. Mas as experiências de FHC e Alckmin mostram que a corrupção encontrou caloroso aconchego, acobertada sob as asas tucanas.
Para completar, segue abaixo uma série de informações que sustentam uma opção que faz muito bem para o Brasil – NÃO VOTAR EM ALCKMIN.
FATOS DA HISTÓRIA
RECENTE
"Um estudioso de São Paulo, Altamiro Borges, recuperou brevemente a
nossa memória política da década recente e a colocou na rede. O
sociólogo Rogério Chaves enxugou o texto, que envio a vocês na esperança de que possa contribuir com o debate - e para que não esqueçamos dos anos
tucanos (ainda tão recentes e precocemente esquecidos) e de que a
campanha presidencial
já começou.
- Sivam: Logo no início da gestão de FHC, denúncias de corrupção e tráfico de influências no contrato de US$ 1,4 bilhão para a criação do Sistema de vigilância da Amazônia (Sivam) derrubaram um ministro e dois assessores presidenciais. Mas a CPI instalada no Congresso, após intensa pressão, foi esvaziada pelos aliados do governo e resultou apenas num relatório com informações requentadas ao Ministério Público.
- Pasta Rosa: Pouco depois, em agosto de 1995, eclodiu
a crise dos bancos Econômico (BA), Mercantil (PE) e Comercial (SP). Através do Programa
de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro (Proer), FHC beneficiou com R$ 9,6 bilhões o Banco Econômico numa jogada política para favorecer o seu aliado ACM. A CPI instalada não durou cinco meses, justificou o "socorro" aos bancos quebrados e nem sequer averiguou o conteúdo de uma pasta rosa, que trazia o nome de 25 deputados subornados pelo Econômico.
- Precatórios: Em novembro de 1996 veio à tona a falcatrua no pagamento de títulos no Departamento de Estradas de Rodagem (Dner). Os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor destes precatórios
para a quadrilha que comandava o esquema, resultando num prejuízo à União de quase R$ 3 bilhões. A sujeira resultou na extinção do órgão, mas os aliados de FHC impediram a criação da CPI para investigar o caso.
- Compra de votos: Em 1997, gravações telefônicas colocaram sob forte
suspeita a aprovação da emenda constitucional que permitiria a
reeleição
de FHC. Os deputados Ronivon
Santiago e João Maia, ambos do PFL do
Acre, teriam recebido R$ 200 mil para votar a favor do projeto do
governo.
Eles renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido, mas o pedido
de uma CPI foi bombardeado pelos governistas.
- Desvalorização do real: Num nítido estelionato eleitoral, o
governo
promoveu a desvalorização do real no início de 1999. Para piorar,
socorreu com R$ 1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCidam - ambos com
vínculos
com tucanos de alta plumagem. A proposta de criação de uma CPI
tramitou
durante dois anos na Câmara Federal e foi arquivada por pressão da
bancada governista.
- Privataria: Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no
BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de Barros,
ministro
das Comunicações, e André Lara Resende, dirigente do banco. Eles
articulavam o apoio a Previ,
caixa de previdência do Banco do Brasil,
para
beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos
donos
o tucano Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado de R$ 24
bilhões. Apesar do escândalo, FHC conseguiu evitar a instalação da
CPI.
- CPI da Corrupção: Em 2001, chafurdando na lama, o governo ainda
bloqueou a abertura de uma CPI para apurar todas as denúncias contra
a sua triste gestão. Foram arrolados 28 casos de corrupção na esfera
federal, que depois se concentraram nas falcatruas da Sudam, da privatização
do sistema Telebrás e no envolvimento do ex-ministro Eduardo Jorge. A
imundície no ninho
tucano novamente ficou impune.
- Eduardo Jorge: Secretário-geral do presidente, Eduardo Jorge foi alvo de várias denúncias no reinado tucano: esquema de liberação de verbas
no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; montagem do caixa-dois para
a reeleição de FHC; lobby para favorecer empresas de informática com
contratos no valor de R$ 21,1
milhões só para a Montreal; e uso de
recursos
dos fundos de pensão no processo das privatizações. Nada foi apurado
e hoje o sinistro aparece na mídia para criticar a "falta de ética" do
governo Lula.
E apesar disto, FHC impediu qualquer apuração e sabotou todas as
CPIs.
Ele contou ainda com a ajuda do procurador-geral da República,
Geraldo Brindeiro, que por isso foi batizado de "engavetador-geral". Dos 626
inquéritos instalados até maio de 2001, 242 foram engavetados e
outros
217 foram arquivados. Estes envolviam 194 deputados, 33 senadores, 11
ministros e ex-ministros e em quatro o próprio FHC. Nada foi apurado,
a mídia evitou o alarde e os tucanos ficaram intactos. Lula inclusive
revelou há pouco que evitou reabrir tais investigações - deve estar
arrependido dessa bondade!
Diferente do reinado tucano, o que é uma importante marca distintiva
do atual governo, hoje existe maior seriedade na apuração das denúncias
de
corrupção. Tanto que o Ministério da Justiça e sua Polícia Federal
surgem nas pesquisas de opinião com alta credibilidade. Nesse curto
período
foram presas 1.234 pessoas, sendo 819 políticos, empresários, juízes,
policiais e servidores acusados de vários esquemas de fraude - desde
o
superfaturamento na compra de derivados de sangue até a adulteração
de
leite em pó para escolas e creches. Ações de desvio do dinheiro
público
foram atacadas em 45 operações especiais da PF.
Já a Controladoria Geral da União, encabeçada pelo ministro
Waldir
Pires, fiscalizou até agora 681 áreas municipais e promoveu 6 mil
auditorias em órgãos federais, que resultaram em 2.461 pedidos de
apuração ao
Tribunal de Contas da União. Apesar das bravatas de FHC, a
Controladoria
só passou a funcionar de fato no atual governo, que inclusive já
efetivou 450 concursados para o trabalho de investigação. "A ação do
governo
do presidente Lula na luta decidida contra a corrupção marca uma nova
fase na história da administração pública no país, porque ela é uma
luta
aberta contra a impunidade", garante Waldir Pires.
Diante de fatos irretocáveis, fica patente que a atual investida do
PSDB-PFL não tem nada de ética. FHC, que orquestrou a recente eleição
de
Severino Cavalcanti para presidente da Câmara, tem interesses menos
nobres nesse embate. Através da CPI dos Correios, o tucanato visa
imobilizar o governo Lula e desgastar sua imagem, preparando o clima
para a
sucessão presidencial. De quebra, pode ainda ter como subproduto a
privatização dos Correios, acelerando a tramitação do projeto de lei
1.491/99,
interrompida pelo atual governo, que acaba com o monopólio estatal
dos
serviços postais."
Conclusão: OK, o atual governo usou da corrupção pra fazer política,
mas o anterior, que hoje evoca a "ética" para desgastar a imagem dos
petistas, passou por vários escândalos de corrupção - e, importante:
nenhum
deles devidamente investigado. Quem está mais ganhando nesta crise
não
é Roberto Jefferson ou a corja do PFL, que já é reconhecidamente
corrupta. Mas os tucanos, que estão se saindo com a imagem de éticos,
graças
ao esquecimento geral da nação. Isso poderá se refletir nas eleições
do
ano que vem, em que (o ditador) Aécio Neves, Geraldo Alckmin, FHC,
José
Serra - ou qualquer outro que concorrer - poderá chegar à Presidência
da República, com todo seu histórico de corrupção na bagagem.
Nunca devemos nos esquecer que a Cia. Vale do Rio Doce foi vendida
por
R$ 3 bilhões de reais,financiados pelo BNDES, e hoje vale mais de
48
bilhões de dólares.
2006-10-09 02:07:30
·
answer #1
·
answered by Rodrigo Celi Veiga Dias 3
·
0⤊
0⤋
Antro de corruptos? Bem, sabe-se que tal como no PT existem pessoas corruptas, entretanto, há uma diferenças dominante, os corruptos do PFL, se assim podemos dizer, são senhores que estão incrustados na estrutura orgânica do Estado brasileiro desde os tempos militares, e em alguns casos, até antes. Já o PT, realmente não é antro de corruptos, é antro de mafiosos, isso foi explicitado nesses últimos 4 anos, são pessoas que sofreram com os regimes dos ditos senhores do PFL, pois este partido se originou da ARENA, ou estou enganado?, e ao contrário de desenvolverem mecanismos para solucionar o problema da corrupção, criaram mecanismos que ampliaram a corrupção aproximando suas ações a ações comparáveis a de organizações criminosas como o PCC, CV, dentre muitas.
O PSDB se alia ao PFL pois necessita de governabilidade, e por saber que a nova era dentro do PFL compartilha desejos e metas de desenvolvimento e progresso nacional semelhantes ao do próprio PSDB.
2006-10-09 09:24:11
·
answer #3
·
answered by chrishenrique 1
·
0⤊
0⤋
CORRUPTO É O PT
O BNDES do governo LULA emprestou
milhões de dólares para a
VENEZUELA do palhaço HUGO CHAVEZ
para a construção do METRÔ, gerando
empregos para milhares de
venezuelanos.
O BNDES de LULA emprestou milhões
de dólares a BOLÍVIA para que fosse
construída uma estrada com 100% em
território boliviano, que liga
"lugar nenhum" a "***** nenhuma" só
para dar emprego a milhares de
bolivianos .
O BNDES do LULA emprestou 450
milhões de dólares para o
sanguinário ditador FIDEL CASTRO
para diversas obras em CUBA, para
dar empregos aos cubanos.
O governo LULA anistiou a dívida
do assassino FIDEL CASTRO, de
Cuba, de 150 milhões de dólares.
O BNDES emprestou mais de milhões
de reais para salvar a Rede Globo,
além de lhe dar milhões de reais em
propagandas.
O governo de LULA anistiou a
dívida de diversos PAISES
AFRICANOS, todos governados por
DITADORES SANGUINÁRIOS, de mais de
700 milhões de dólares.
O governo LULA deu para os
banqueiros internacionais, somente
em um ano, 170 bilhões de dólares
em juros, sendo que, nestes 3
últimos meses, já pagou 35 bilhões
de dólares, estimando-se que, até o
fim do ano, pagará cerca 200
bilhões de dólares.
O governo LULA permitiu que os
banqueiros nacionais tungasse dos
brasileiros, no ano passado, mais
de 30 bilhões de reais, às custas
de juros e taxas imorais e
degradantes, destruindo os lares de
milhares de famílias.
O governo LULA deu à Rússia 22
milhões de reais para pagar a
passagem de um cabo eleitoral ao
espaço, cuja maior experiência
científica foi soltar um "peido" na
gravidade zero para saber se
cheirava ou não.
O governo LULA pagou mais de 55
milhões de dólares por um avião
nababesco, ao nível dos marajás das
arábias.
O governo LULA gasta, anualmente,
mais de 10 milhões de reais com
cartões de créditos corporativos
distribuidos aos ministros, ao
próprio LULA. Só a inútil da 1ª
Dama, a "galega" Marisa, gastou
cerca de 450 mil reais em
futilidades.
O governo LULA gasta, anualmente,
mais de 30 milhões em mordomias,
tais como: whisk, vinho, cerveja,
cachaça, churrascos, toalhas,
roupas de cama, sabonetes, bombons
e outras porcarias.
O governo LULA mandou reformar o
campo de futebol, fez um ginásio
para servir de academia, fez um
"galinheiro de ouro" que a imbecil
da Marisa Letícia chama de
"aviário", usou iates da marinha e
aviões da FAB, e no Boeing, para
levar os filhos e dezenas de amigos
dos filhos para passear, tudo isso
ao custo de MILHÕES DE REAIS.
O governo LULA pagou passeios para
a Benedita da Silva em Buenos
Aires.
O governo LULA gasta MILHÕES de
reais com propagandas, cuja única
finalidade é pagar a dívida da sua
campanha para presidente e do PT
com o DUDA MENDONÇA com o dinheiro
público.
O GOVERNO LULA PERMITIU QUE FOSSEM
ROUBADOS DOS COFRES PÚBLICOS MAIS
DE 300 MILHÕES PELO VALERIODUTO,
cujos malfeitores beneficiários
eram seus ministros,
correligionários do PT e diverso
amigos íntimos.
O governo LULA está fazendo uma
LOTERIA para que os clubes de
futebol possam pagar as suas
dívidas com o INSS.
POIS BEM, SR. MANTEGA:
Por quê vocês não tiveram o mesmo
zelo com o dinheiro público nesses
acontecimentos?
Por quê a VARIG é diferente da
Venezuela, da Bolívia, de Cuba, dos
africanos, da Rússia, da Rede
Globo, do astronauta "de araque",
dos ministros, dos políticos, dos
petistas, dos filhos do LULA , da
d. Marisa e do próprio LULA?
Com certeza é porque é uma empresa
séria, filantrópica, brasileira que
dá empregos a brasileiros, cuja
ética não a permitiu de contribuir
com a sua campanha de presidente: o
famigerado caixa 2 que o Senhor
acha "uma prática normal".
2006-10-09 09:21:10
·
answer #4
·
answered by RAQUEL 4
·
0⤊
0⤋